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UFMA despreza orientação de TCC

Imagem destacada / Cerimônia de defesa do TCC: professor orientador Arnold Filho, professor membro da banca avaliadora Marcos Figueiredo, o estudante Lucas Gonçalves e o professor coorientador Ed Wilson Araújo

Causa indignação e total repúdio a omissão dos nomes dos professores orientadores do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do aluno autista Lucas Marques Araújo Gonçalves, do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Ele desenvolveu um excelente trabalho, intitulado “A popularidade dos artistas na Era de Ouro do rádio: a construção da celebridade de Emilinha Borba e Marlene”

Aluno brilhante, Lucas Gonçalves teve assistência dos tutores da Diretoria de Acessibilidade (Daces-UFMA), formada por uma equipe multidisciplinar que deu total apoio ao estudante.

Segundo a Daces, Lucas é o primeiro estudante com Transtorno de Espectro Autista (TEA) a concluir sua graduação na UFMA e foi aprovado com nota máxima (10) no TCC.

É muito importante também lembrar e registrar que ele teve orientador e coorientador; respectivamente, os docentes José Arnold da Serra Costa Filho e Ed Wilson Ferreira Araújo.

Foram dias e noites, horas e horas de trabalho, inclusive fora do horário normal da UFMA. Lembro especialmente de uma sexta-feira, quando tive de sair às pressas no início da missa de sétimo dia de uma família amiga para correr muito, chegar em casa 21h sem jantar e ter uma das tantas orientações. Isso sem contar as constantes demandas por WhatsApp, até nos fins de semana.

Apesar de todo esse esforço e trabalho, meu nome de coorientador não teve registro nas redes sociais da UFMA, conforme prints abaixo:

Publicação do Instagram sem os nomes do orientador e coorientador. O mesmo textão foi reproduzido no Facebook

A UFMA só registrou a orientação e coorientação na matéria do site (no último parágrafo!), mas omitiu a informação nos textões das redes sociais.

Para mim, professor Ed Wilson Ferreira Araújo, não é surpresa que a UFMA tenha deletado meu nome da orientação nas redes sociais.

Sigamos em frente. A luta continua.

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Podcast: obra de Josué Montello tem adaptações produzidas por estudantes de Rádio & TV da UFMA

Alunos(as) da disciplina Texto e Roteiro para Mídia Sonora criaram narrativas em audio baseadas no romance “Noite sobre Alcântara”, de Josué Montello. A obra, lançada em 1978, terá nova edição em 2022

Concebidos no gênero educativo-cultural, os podcasts (veja links ao fim da postagem) têm o objetivo de proporcionar aos ouvintes o acesso a alguns trechos, conteúdos e personagens emblemáticas do livro.

O romance memorial e histórico transita entre a opulência e a decadência de Alcântara, manifestada no processo de empobrecimento da aristocracia.

Duas personagens evidenciam o conflito: Natalino, herói militar da Guerra do Paraguai; e Maria Olivia, filha da aristocracia que na juventude estudara na Europa. Ambos retornam a Alcântara e as suas vidas são pontuadas por vários lances ao longo da narrativa.

Na aurora do século XX, a obra é marcada pelos contrastes entre opulência e decadência, republicanos e monarquistas, escravocratas e abolicionistas, sagrado e profano, vida e morte…

Os podcasts foram estruturados com aberturas que situam a audiência no tema abordado, seguidos da leitura de trechos do livro relacionados ao assunto e a análise de especialistas na obra montelliana: o professor doutor do Departamento de Letras da UFMA, Dino Cavalcante; e a bibliotecária gestora da Casa de Cultura Josué Montello, Wanda França de Sousa.

Na fase de planejamento e redação dos roteiros, Wanda Sousa e Dino Cavalcante proferiram palestras alusivas à obra Noite sobre Alcântara e fomentaram junto aos alunos um conhecimento mais detalhado acerca do livro, enfatizando as suas personagens, os cenários, a conjuntura político-econômica da época e a dimensão estética presentes no romance.

A disciplina inteira foi ministrada de forma remota, inclusive a gravação dos podcasts, utilizando a plataforma Zencastr. No uso da plataforma os estudantes foram orientados por Saylon Sousa, radialista, mestrando em Comunicação e sonoplasta do Laboratório de Rádio da UFMA. Os trabalhos foram concluídos em janeiro de 2022.

Ao longo da disciplina, a única atividade presencial foi uma visita à rádio Timbira AM, quando os(as) discentes tiverem o primeiro contato face a face (veja fotos abaixo):

Escadaria de acesso à rádio Timbira AM
Estudantes com gestores e profissionais no estudio da Timbira AM
Visita técnica à rádio Timbira AM

Durante o planejamento, a produção, a redação dos scripts, a gravação e a edição, os(as) estudantes aplicaram as técnicas e o conteúdo teórico sobre a estratégia do roteiro, manejando os elementos da linguagem radiofônica: palavra falada, música, efeitos sonoros e silêncio.

Os podcasts foram elaborados em equipes, mas a turma inteira participou de todas as etapas de planejamento e produção. A coordenação geral da série é do professor Ed Wilson Araújo.

Clique na lista abaixo para ouvir os episódios.

A decadência das fazendas, por Fernanda Daphiny, Marcos Grativol e Mateus de Sousa.

O incêndio no casarão de Davi Cohen, por Ana Rafaele Silva, Sylmara Durans e Jarina Gomes.

Alcântara do passado e o cenário atual, por Joelma Baldez e Cryslane Sousa.

O contexto sócio político de Alcântara, por Victor Sá e Amorim Filho.

A falência do modelo agro-exportador, por Luis Felipe Ribeiro, Raul Pontes e Camila Moura.

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UFMA presta homenagens alusivas aos 200 Anos da Imprensa no Maranhão

Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no
Maranhão é uma das organizações contempladas

Fonte: Portal Padrão /UFMA

Nessa terça-feira, 21, em comemoração aos 200 Anos da Imprensa no Maranhão, a Universidade Federal do Maranhão realizará a solenidade de entrega da Comenda dos 200 anos de Fundação da Imprensa no Maranhão. O evento ocorrerá no Centro Pedagógico Paulo Freire, com início às 18h, com transmissão no Canal Institucional da UFMA, no YouTube.

Contar dois séculos de história da imprensa maranhense é uma missão ambiciosa que surgiu como um tributo ao primeiro jornal fundado na cidade de São Luís – O Conciliador do Maranhão. À frente dessa empreitada, a Universidade Federal do Maranhão, com o apoio da Fundação Josué Montello, da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) e da Vale, tem realizado uma série de eventos que fazem parte da programação do projeto 200 Anos de Imprensa no Maranhão.

A realização desse evento e das ações realizadas ao longo do ano é fruto da união entre as entidades que viabilizaram à Diretoria de Comunicação da UFMA organizar e efetivar atividades que homenageassem esse marco histórico, que teve início no dia 15 de abril de 1821, data de circulação do primeiro exemplar de O Conciliador.

As festividades estrearam na data emblemática para o projeto. Foi na noite do dia 15 de abril de 2021, por meio do Canal Institucional da UFMA, no YouTube, que ocorreu a abertura oficial do bicentenário.

Dentro da programação, a Diretoria de Comunicação lançou WebStoriePodcastsLongForm e um Documentário. Para encerrar o ano do bicentenário da imprensa no Maranhão, a Universidade homenageará cinquenta profissionais distribuídos nas categorias Votação Popular, Pesquisadores, Empreendedores, Produção Jornalística, Jornalista, Outros Profissionais e Homenagem Especial.

Confira a lista dos agraciados por categoria

Votação Popular

Douglas Pinto

Douglas Pires Cunha

Edvânia Kátia Sousa Silva

Jailson Mendes

José Tribuzi Pinheiro Gomes (Bandeira Tribuzzi) – in memoriam

Luiz Carlos da Cunha

Lukas Carvalho

Marcos Saldanha

Mário Linconl

Paulo Melo Sousa

Pesquisadores

Josefa Melo e Souza Bentivi Andrade (Zefinha Bentivi)

Marcelo Cheche Galves

Sebastião Barros Jorge

Empreendedores

Associação Brasileira de Rádios Comunitárias no Maranhão (Abraço-MA)

José Ribamar Bogéa – in memoriam

José Sarney

Moacyr Sposito Ribeiro

Pedro Freire

Sergio Antonio Nahuz Godinho

Produção Jornalística

Célio Sérgio Serra Ferreira

Dreyfus Nabor Azoubel – in memoriam

Hipólito César Vieira Ferreira (César Hypolito)

Jornalista

Alberico Carneiro

Benedito Bogéa Buzar

Bernardo Coelho de Almeida – in memoriam

David Peres

Djalma Silva Rodrigues

Félix Alberto Gomes Lima

Herbert Fontenele Filho – in memoriam

José de Jesus Louzeiro – in memoriam

José Raimundo Rodrigues

José Raposo Gonçalves da Silva (Amaral Raposo)

José Ribamar Gomes (Gojoba)

Josilda Bogéa – in memoriam

Manoel dos Santos Neto

Marcelo Rodrigues

Marcia Maria de Paiva Coimbra

Nascimento Moraes Filho – in memoriam

Neiva Moreira – in memoriam

Othelino Nova Alves – in memoriam

Pergentino Holanda Silva

Raimundo Jurivê Pereira de Macedo – in memoriam

Raimundo Nonato Borges

Ribamar Correa

Roberto Fernandes – in memoriam

Sebastião de Almeida Negreiros

Sidney Pereira

Outros Profissionais

Francisco Melo Filho  – in memoriam

Chafi Braide Júnior

Homenagem Especial

Curso de Comunicação UFMA – São Luís

Fonte / Portal Padrão UFMA / TextoSansão Hortegal / Revisão: Jáder Cavalcante

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Lançamento: livro “Vozes do Anjo” relata duas experiências de comunicação popular e comunitária em São Luís

A formação do Anjo da Guarda, bairro localizado na área Itaqui-Bacanga, em São Luís, tem muitas personagens e fatos marcantes. Parte dessa História é contada no relato sobre duas experiências de comunicação registradas no livro “Vozes do Anjo: do alto-falante à Bacanga FM”, que será lançado sexta-feira (27 de agosto), às 19 horas, na igreja Nossa Senhora da Penha.

Denominado “Rádio Popular”, o sistema de som em alto-falante ou “voz” foi criado em 1988 com a participação de religiosos católicos, lideranças comunitárias do bairro, artistas, jovens, mulheres e homens atuantes nas pastorais sociais.

A “Rádio Popular” funcionou durante 10 anos, até 1998, quando a comunidade dialogou sobre a criação de uma emissora FM. E assim surgiu a rádio comunitária Bacanga FM 106,3 Mhz, em pleno funcionamento e completando 23 anos de existência nesse ano de 2021.

O livro “Vozes do Anjo: do alto-falante à Bacanga FM” costura a criação do bairro às duas emissoras. Fruto de uma pesquisa iniciada em 2016, no curso de Rádio e TV da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), a obra é uma produção do OMMAR (Observatório da Mídia no Maranhão), com apoio do ObEEC (Observatório de Experiências Expandidas em Comunicação). A edição tem o selo da Editora da UFMA (EdUFMA) e a impressão viabilizada pela Direção Regional do Serviço Social do Comércio (Sesc) no Maranhão.

Obra tem a capa de Isis Rost e diagramação de Bruno Ferreira

Durante cinco anos de trabalho os pesquisadores Ed Wilson Araújo, Saylon Sousa, Rodrigo Anchieta, Rodrigo Mendonça e Robson Correa entrevistaram várias fontes vinculadas diretamente à criação das duas emissoras. O radialista e líder comunitário Luis Augusto Nascimento, um dos fundadores da Rádio Popular e da Bacanga FM, destaca a importância dos dois meios de comunicação em todo o processo de lutas dos moradores do bairro nas suas reivindicações por transporte coletivo, infraestrutura, água potável, educação e saúde, entre outras. As rádios para ele também são o palco de divulgação dos valores culturais do Anjo da Guarda.

“O livro representa uma das profícuas experiências de pesquisa acadêmica em comunicação no estado do Maranhão, mas também uma excelente oportunidade de conhecermos parte significativa da história contemporânea da sua capital”, pontuou o coordenador do OMMAR, professor doutor Carlos Agostinho Couto, na apresentação da obra.

No prefácio do livro, a pesquisadora Ana Carolina Escosteguy ressalta: “Há muito o que dizer deste trabalho, de suas características e qualidades, que, com certeza, o fazem merecedor de se tornar um alento e uma referência na pesquisa em comunicação”

A pesquisa para a produção do livro constou de revisão bibliográfica e trabalho de campo. Todas as entrevistas em áudio estão disponíveis em uma plataforma digital e podem ser acessadas, assim como a obra em pdf. A capa é de Isis Rost e a diagramação de Bruno Ferreira

O livro está organizado em etapas, conectando a evolução das duas rádios em cinco capítulos, com as respectivas abordagens sobre a relação entre comunicação e mobilização popular no Anjo da Guarda; o surgimento da Rádio Popular no alto-falante; a transição para a Bacanga FM; o posicionamento da emissora na Internet; e um balanço sobre os 20 anos da legislação que disciplina o serviço de radiodifusão comunitária.

Neste último capítulo é feito um apanhado sobre a criação e a luta para a obtenção da outorga para a Bacanga FM no contexto de organização da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no Maranhão. Ambas, a entidade e a rádio, foram criadas em 1998, ano marcante na luta pela democratização da comunicação no Maranhão.

SERVIÇO

Pauta: Lançamento do livro “Vozes do Anjo: do alto-falante à Bacanga FM”.

Autores: Ed Wilson Araújo, Saylon Souza, Rodrigo Anchieta, Rodrigo Mendonça e Robson Silva

Quando: 27 de agosto (sexta-feira)

Onde: Igreja Nossa Senhora da Penha (Rua Honduras, s/n, Anjo da Guarda)

Horário: 19h

Valor do livro: R$ 30,00 (trinta reais)

OBS: Devido às condições sanitárias e em cumprimento ao decreto do Governo do Maranhão, o evento é limitado a 150 pessoas convidadas, mantendo distanciamento no (amplo) salão da igreja, uso de máscara e higienização das mãos.

Foto destacada / Entrada principal do Anjo da Guarda nos anos 1980 / Imagem: Acervo do jornal O Imparcial /

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Justiça Federal manda suspender reunião do Conselho Universitário convocada irregularmente para mudar o Estatuto e o Regimento Geral da UFMA

Uma liminar da 13ª Vara Federal Cível, em ação ajuizada pela Apruma (Associação dos Professores da Universidade Federal do Maranhão), suspendeu a reunião do Conselho Universitário (Consun) que seria realizada terça-feira (27) com o objetivo de alterar o Estatuto e o Regimento Geral da instituição.

No seu despacho, o juiz Juiz Federal Substituto da 2ª Vara, respondendo pela 13ª Vara, Pedro Alves Dimas Junior, deferiu o pedido da Apruma para suspender a convocatória e cancelar a realização da reunião do Consun prevista para 27 de abril.

“Determino, também, à UFMA que se abstenha de remarcar a referida sessão extraordinária antes de corrigir as irregularidades apontadas”, frisou o magistrado.

Na ação, a assessoria jurídica da Apruma sustentou que a tentativa de fazer mudanças estatutárias e regimentais não permitiu tempo viável para o debate na comunidade universitária, pois as propostas foram apresentadas com apenas uma semana de antecedência.

Saiba mais aqui

Os advogados argumentaram ainda que as mudanças pretendidas para o Estatuto e o Regimento Geral não poderiam ser apreciadas na mesma reunião porque a convocação para a alteração de ambos os documentos em apenas uma sessão viola os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.

A assessoria jurídica do sindicato amparou o seu pedido no fato de que o processo administrativo de alteração do regimento geral corria em sigilo, afrontando o princípio da publicidade; e, logo no art. 1º da proposta de mudança estatutária, “há previsão de alteração da UFMA para fundação de direito privado, enquanto o Estatuto atual trata a UFMA como fundação de direito público.”

O pedido foi baseado também no Art. 9º da Lei 5.152/1966, que autorizou a instituição da UFMA, determinando que o Estatuto da Universidade deve ser submetido à apreciação do Conselho Federal da Educação para fins de aprovação do Poder Executivo.

Antes da divulgação da decisão judicial, houve um recuo da Administração Superior da UFMA. No final da tarde de hoje, o Gabinete da Reitoria da UFMA divulgou uma nota oficial informando que a reunião do Conselho Universitário está adiada.

A nota pode ser interpretada como um tipo de recuo tático da Reitoria, que teria tomado conhecimento da decisão judicial e se precaveu para não ser surpreendida por uma ordem para cancelar a reunião do Consun.

Houve, portanto, duas vitórias da comunidade universitária: política e jurídica.

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UFMA: mobilização da comunidade universitária adia a reunião do Consun

Uma nota oficial do Gabinete da Reitoria da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), distribuída na tarde de hoje (26), informa que a reunião do Conselho Universitário (Consun) convocada para terça-feira (27) está adiada.

“Por solicitação de membros do CONSUN, em especial diretores de centro, de mais tempo para consultar, analisar e discutir os documentos, resolve adiar a 111ª Sessão Extraordinária do Conselho Universitário/CONSUN, marcada para o dia 27 de abril, às 8 horas, na Plataforma Google Meet”, esclareceu a UFMA.

Segundo a nota, a Reitoria “estabelecerá cronograma e metodologia que atendam ao processo de consulta aos documentos e a sua consequente deliberação coletiva, em nova reunião do CONSUN, a ser oportunamente marcada.”

A reunião iria apreciar mudanças profundas no Estatuto e no Regimento Geral da UFMA, sem consulta prévia aos professores, estudantes e técnicos administrativos.

As propostas de alteração estatutária e regimental não foram submetidas aos órgãos colegiados da Universidade e seriam votadas intempestivamente na reunião dos conselheiros.

Ao tomar conhecimento das alterações, os três segmentos da UFMA questionaram o método imposto pela Reitoria para mudar o Estatuto e o Regimento Geral à revelia das assembleias dos cursos, dos conselhos de centro e dos fóruns de estudantes e técnicos administrativos.

A Associação dos Professores da UFMA (Apruma), seção sindical do Andes, mobilizou a categoria para questionar a forma como a Administração Superior tentava impor mudanças na gestão da instituição. Em nota distribuída nos meios de comunicação, a entidade afirmou que as alterações propostas “tramitaram em sigilo e sem respaldo jurídico”, constituindo “uma afronta à autonomia universitária.”

“Em tempos de aulas remotas, mortes de servidores e estudantes, as propostas alteram o caráter público e estatal da UFMA, centralizam no reitor todas as decisões, que passa a ter maior poder que o Conselho Universitário. A prioridade, agora, é a vida e a luta por recursos públicos para a Educação Pública, que sofreu corte de 3,8 bilhões de reais”, enfatizou a Apruma.

A entidade seguirá em mobilização para que qualquer mudança na gestão da UFMA seja feita com base no diálogo, ouvindo todas as partes interessadas, assegurando os princípios da democracia, transparência e autonomia universitária.

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Professora da UFMA sofre intimidação depois de postagem “Bolsonaro genocida”

A professora do Departamento de Medicina III da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Marizélia Ribeiro, recebeu intimidação em uma rede social na noite de sábado (20) após compartilhar uma imagem que associava o adjetivo “genocida” ao presidente Jair Bolsonaro.

O compartilhamento foi rebatido em tom de intimidação. A bolsonarista Denicy Alves, também docente da UFMA, adicionou um print do perfil “Conservadores do Brasil (OACB)” alusivo à criação um canal de denúncias para coagir pessoas que façam críticas ao presidente Jair Bolsonaro. “A organização garantiu que irá ingressar com ações judiciais contra todos os autores das mensagens”, diz o texto. Após isso, Alves fez o comentário “Cuidado professora”.

O panfleto eletrônico informa os critérios e o e-mail para enviar as denúncias, especificando os alvos: “Se você receber ou deparar com vídeos, fotos ou qualquer outro tipo de postagem ofensiva ao Presidente Jair Bolsonaro, sua família e membros do seu governo, seja por parte de políticos, artistas, professores ou qualquer um do povo, envie o material para o e-mail secretariageral@oacb.org.br. A professora Denicy Alves postou em seu Facebook esse print dos Conservadores do Brasil (OACB).

Mais abaixo a publicação diz que as denúncias podem ser anônimas e reitera a ameaça: “VAMOS PROCESSAR TODOS” e “vamos derrotar o mal”, em alusão aos críticos do presidente.

Denicy Alves opera nas redes sociais defendendo a ditadura militar e Jair Bolsonaro, como pode ser observado nas mensagens abaixo. Um dos compartilhamentos da professora é da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli, elogiando a data de 31 de março de 1964, quando foi deflagrada a ditadura militar no Brasil, que resultou em torturas, mortes e desaparecidos políticos.

Além desses post, o perfil da docente expõe fotos, prints e textos contendo críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), expressões depreciativas sobre o comunismo (sem qualquer fundamentação teórica), ironias sobre a adoção de medidas restritivas para combater a pandemia, frases sintomáticas de fanatismo e idolatria bolsonarista, menções depreciativas ao ex-presidente Lula e até mesmo a publicação de uma imagem sobre uso de medicamentos sem comprovação científica no combate à covid19, intitulada “”VIDEO: médicos europeus pedem uso urgente da invermectina no tratamento contra a covid19.

Ela chegou inclusive a publicar conteúdo falacioso em uma rede social e foi censurada por conteúdo indevido.

FRASE DO ANO

A frase “Bolsonaro genocida” vem sendo usada largamente nas redes sociais para denunciar a inoperância do governo federal no combate à pandemia covid19 e os discursos violentos, depreciativos, grotescos e irônicos do presidente Jair Bolsonaro diante da morte de quase 300 mil brasileiros.

O epíteto “genocida” associado ao presidente vem sendo combatido de variadas formas pelo governo federal. O influenciador Felipe Neto já foi alvo de ação da Polícia Federal após criticar a política necrófila de Bolsonaro em relação à pandemia.

As ameaças e intimidações alcançaram outras pessoas Brasil afora. Fatos amplamente divulgados dão conta de ameaças e intimidações não só de bolsonaristas comuns, mas do aparelho coercitivo do Estado contra professores e até reitores.

Ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas (RS), o epidemiologista Pedro Hallal foi processado pelo governo federal após criticar ações governamentais durante uma atividade on line. Antes desse episódio, Hallal já havia sido atacado pelo próprio Bolsonaro em uma rede social.

https://congressoemfoco.uol.com.br/saude/professor-pesquisa-boicote/

Perseguições, ameaças, intimidações e agressões nas redes sociais e nos pronunciamentos do presidente e de vários ministros têm como alvo professores, uma categoria das mais odiadas pelo espectro bolsonarista. A pedido do ministro da Justiça e Segurança Pública, André Luiz de Almeida Mendonça, a Polícia Federal instaurou inquérito para investigar o sociólogo Tiago Costa Rodrigues, do Tocantins, pela publicação de frases em outdoor contendo críticas ao presidente Jair Bolsonaro. Uma das peças publicitárias compara o chefe do executivo a um “pequi roído”.

Profissionais de saúde que defendem protocolos sanitários também são hostilizados pela horda negacionista. Um dos casos mais graves ocorreu recentemente contra a médica cardiologista Ludhmila Hajjar, que chegou a ser cotada para substituir Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde. “Realmente foi assustador. Está sendo, porque eles não terminaram. Mas eu tenho muita coragem, e pelo Brasil eu estava disposto a passar por isso. Mas isso me assustou. Criaram perfis falsos meus em Twitter, perfis falsos em Instagram. Divulgaram meu celular em redes sociais. Imagina, eu sou uma médica, eu preciso do meu telefone para atender meus doentes. Eu recebo mais de 300 chamadas. Ameaças de morte. Houve uma tentativa de entrar no meu hotel no qual eu estou em Brasília. Houve ameaças à minha família. Então, tudo o que você imaginar de pessoas que eu só posso considerar que estejam lutando para o Brasil dar errado eu sofri” , detalhou Hajjar.

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Simpósio aborda a produção literária maranhense

Com o tema “A produção maranhense em foco: a escrita, o espaço e o tempo”, começa segunda-feira (22), pela plataforma GoogleMeet, o Simpósio de Literatura Maranhense, realizado pelo Grupo de Estudos em Literatura Maranhense (Gelma), vinculado ao Departamento de Letras (Deler) da Universidade Federal do Maranhão.

O evento estende-se até 26 de março (sexta-feira), com palestras, conversa entre autores e acadêmicos na seção Café Literário, apresentação de trabalhos (comunicações orais) e mesa redonda.

A conferência de abertura será proferida pelo doutor Ricardo Leão, abordando o assunto principal do simpósio: “A literatura maranhense em foco”. 

O diálogo entre literatura, história, memória e a presença da mulher na produção literária dão a tônica com evento. O tema “Literatura Maranhense e História” terá a participação na mesa redonda dos doutores Dino Cavalcante, Henrique Borralho e Cristiane Tolomei.

Pesquisadores de outras instituições participam do simpósio, como o doutor Giscard Farias Agra, da Universidade Federal da Paraíba, que vai proferir palestra sobre a trajetória do escritor Humberto de Campos.

No encerramento, o tema “A lírica maranhense” terá abordagem dos escritores Salgado Maranhão, José Neres e Ricardo Leão.

Veja a programação completa e os horários das atividades aqui

Imagem destacada / estátuas com bustos de escritores maranhenses na praça do Pantheon, no Centro de São Luís / Foto capturada aqui

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IX Ciclo ObEEC terá palestra e lançamento de livros

Atividades acontecem hoje (sexta-feira, 11), às 16h, via Google Meet

O IX Ciclo de Debates realizado pelo Observatório de Experiências Expandidas em Comunicação (ObEEC), da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), tem como tema “Outras epistemologias” e receberá a professora doutora Cynthia Carvalho Martins para a conversa.

Cynthia Martins é antropóloga e poeta, além de professora do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual do Maranhão e do Programa de Pós-Graduação em Cartografia Social e Política do Maranhão (UEMA). É, ainda, conselheira da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência).

Após o Ciclo de Debates ObEEC haverá o lançamento de três obras, editadas pela editora da Universidade Federal do Maranhão (EdUFMA): o livro “Experiências Expandidas em Comunicação, Volume II”, organizado pela professora doutora Letícia Cardoso e pelo professor doutor Márcio Monteiro, que reúne trabalhos dos pesquisadores do ObEEC com parceiros de outras instituições; o livro “Vozes do Anjos: do alto-falante à Bacanga FM”, organizado pelo professor doutor Ed Wilson Araújo e pelo mestrando em Comunicação (UFMA) Saylon Sousa; e o livro “Trabalho escravo, políticas públicas e práticas comunicativas no Maranhão contemporâneo”, organizado pela professora doutora Flávia de Almeida Moura e pelo doutor Marcelo Sampaio Carneiro.

O ObEEC é formado pelos(as) docentes pesquisadores do Curso de Comunicação da UFMA: Ed Wilson Araújo, Flavia Moura, Larissa Leda, Letícia Cardoso, Marcio Monteiro, Melissa Moreira, Patrícia Azambuja e Ramon Bezerra.

SERVIÇO

Palestra e lançamento de livros no IX Ciclo do Observatório de Experiências Expandidas em Comunicação (ObEEC)

Quando: 11 de dezembro (sexta-feira), às 16h, via Google Meet: meet.google.com/udy-geyj-mht

Aos inscritos será fornecido certificado de participação.

Inscrição pelo SIGE Eventos: https://sigeventos.ufma.br/eventos/public/evento/CDOOE

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Portal Assobiar: jornalistas inauguram plataforma colaborativa na região Chapada das Mesas, no Maranhão

Já está no ar o primeiro portal de jornalismo colaborativo digital da região Chapadas das Mesas. A iniciativa foi lançada sábado (22) por duas jornalistas formadas pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), campus Imperatriz: Daniela Souza e Idayane Ferreira. O site nomeado de Portal Assobiar tem como objetivo agregar profissionais e população em geral que queiram retratar situações e temas alternativos pouco noticiados nos outros veículos da região.

O território Chapada das Mesas é um parque nacional e protege 160.046 hectares de cerrado nos municípios de Carolina, Riachão, Estreito e Imperatriz, no centro-sul do Maranhão. Veja mais aqui e aqui

A criação de uma plataforma de jornalismo digital surgiu a partir de conversas informais sobre a necessidade de projetos de comunicação que pudessem tratar da diversidade da região, onde mais pessoas tivessem vez e voz.  “Nossas experiências profissionais, juntamente com o hábito de sempre estar por dentro das tecnologias digitais e iniciativas jornalísticas de outros estados, também inspiradas no curso de especialização da UFMA [em Assessoria de Comunicação Empresarial e Institucional], nos fizeram acreditar (e arriscar) em um projeto como o Portal Assobiar”, afirma Daniela Souza, uma das idealizadoras do projeto.

Idayane Ferreira e Daniela Souza têm foco no jornalismo regional

O Portal Assobiar busca reunir colaboradores profissionais e comunidade em geral, seja por meio de sugestões de pautas, textos prontos (no caso de jornalistas) ou como colunistas. “Os profissionais e demais pessoas interessadas que quiserem nos sugerir pautas por meio das nossas redes sociais, endereço de e-mail e comentários no site, fiquem à vontade! A nossa ideia é fazer um projeto o mais colaborativo possível, em que as pessoas consigam visualizar suas demandas locais”, afirma a também idealizadora do projeto, Idayane Ferreira.

As jornalistas iniciaram os trâmites de toda a construção da plataforma há dois anos. Elas explicam que são responsáveis por receber e cobrir todas as pautas, exceto a dos colunistas e aquelas que já chegam prontas. “Claro que temos uma linha editorial e o nosso público alvo é agregar professores, artistas, comunidades e a classe estudantil, não só de Imperatriz mas de toda a região”, explica Idayane.

Para acessar o site basta digitar, portalassobiar.com.br e também é possível encontrar todas as redes sociais e acompanhar tudo que acontece na região.

Mais informações ou sugestão de pautas no e_mail portalassobiar@gmail.com