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Jargão ‘comunossocialismo’ é confuso e impreciso

“Nem um, nem outro!” Assim reagiu uma atenta observadora da cena política do Maranhão ao ler uma das manchetes compartilhadas com freqüência por vários blogs locais: “Deputados comunossocialistas tentam cassar prefeito aliado de Brandão em Colinas”.

A notícia tratava de um suposto racha entre os grupos liderados pelo ministro do SFT e ex-governador Flavio Dino (PCdoB) e o governador Carlos Brandão (PSB).

Para a mencionada observadora, pedagoga e doutoranda, “comunossocialistas” não expressa com o devido cuidado conceitual o legado teórico e prático dos socialistas e comunistas.

A pergunta é: como o Maranhão pode ter um campo político assim designado se a estrutura oligárquica permanece firme e forte, renovada com o velho filhotismo eleitoral?

Outra pergunta: é possível falar em utopias revolucionárias em um dos estados mais pobres do Brasil, vivendo na idade política da pedra lascada, “governado” pelo multideputado Josimar de Maranhãozinho, ministros do naipe de Juscelino Filho e André Fufuca, e vereador do tipo de Paulo Vitor?

É preciso sublinhar ainda que o jargão comumente utilizado por alguns jornalistas e blogueiros não expressa o alinhamento dos grupos partidários mutantes a cada eleição. Eles são de tal modo heterogêneos, contraditórios, líquidos e passíveis de constantes agregações, diásporas e ressignificações que se torna impossível separar o joio do trigo.

Tudo no Maranhão se mistura e separa de acordo com os interesses econômicos e eleitorais que têm uma referência superior, acima de tudo e todos(as), chamado Palácio dos Leões.

No geral, os jornalistas, ao noticiarem o cotidiano, acumulam registros que futuramente serão fonte de consulta dos historiadores, pesquisadores e curiosos.

Fica aqui a sugestão aos jornalistas e blogueiros para refletirem sobre as manchetes e o noticiário que evidenciam um suposto “comunossocialismo” tupiniquim.

Para evitar confusões e imprecisões na História, seria mais apropriado trocar “comunossocialismo” por “dinismo”, fazendo jus ao legado e ao poder do atual ministro do Supremo Tribunal Federal (SFT), Flavio Dino, que segue mais forte, na fila de pré-candidato a presidente do Brasil.

Guardadas as devidas proporções, características e diferenciações, é bem mais pertinente utilizar os jargões alinhados aos seus respectivos significados práticos e históricos, condizentes aos fatos.

Em ordem cronológica, o Maranhão já teve o vitorinismo, em referência ao mandonismo do ex-interventor Vitorino Freire; e o sarneísmo, relativo à longa temporada do oligarca José Sarney.

A era atual é o dinismo e não “comunossocialismo” .

Sem citar Michel Foucault, a astuta pedagoga diz que “comunossocialismo” é uma caótica mistura das palavras com as coisas e as criaturas e, no final, não é uma coisa nem outra.

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Mobiliza SLZ é referência da economia criativa

Evento conectou mais de mil empreendedores e faz história na quarta edição, articulando arranjos produtivos com mais de 70 ações pela capital maranhense, de 16 a 24 de novembro. Destaque deste ano foram as ações nos Territórios Criativos.

A quarta edição do Mobiliza SLZ, maior movimento de incentivo à economia criativa, cultura e turismo do Maranhão e da região, chegou ao fim no último dia 24 de novembro, após nove dias de intensa programação em São Luís. O evento, que ocorreu de 16 a 24 de novembro, consolidou-se como um importante catalisador de negócios criativos, conectando empreendedores, artistas e muita gente inovadora de diversas áreas. Com mais de 70 eventos e ações distribuídos pela cidade, o Mobiliza SLZ destacou o poder da colaboração e a importância do empreendedorismo criativo para o desenvolvimento econômico e social da região.

Idealizado pelo Sebrae Maranhão e realizado pela primeira vez em 2021, o Mobiliza SLZ vem crescendo ano após ano, ampliando o alcance e o impacto de suas ações. A edição de 2024 foi especialmente marcada pela interação entre os negócios criativos e pelo espírito de união entre os participantes, além do fortalecimento do empreendedorismo nos mais diversos setores da economia criativa, como artesanato, moda, música, cinema, dança, cultura, games, entre outros. Ao todo, direta e indiretamente, mais de mil empreendedores criativos participaram ativamente, promovendo trocas de experiências que ajudaram a consolidar ainda mais o movimento.

O diretor técnico do Sebrae Maranhão, Mauro Borralho, ressaltou a importância do movimento para o fomento da economia local e o impacto nas comunidades criativas. “O Mobiliza SLZ tem sido um verdadeiro motor para o desenvolvimento da economia criativa no Maranhão. Desde a primeira edição, em 2021, o movimento só cresceu, e este ano conseguimos ver, na prática, o resultado do trabalho de centenas de empreendedores. Mais do que nunca, ficou claro que a economia criativa é um pilar fundamental para o crescimento sustentável de nossa região, gerando emprego e renda, além de valorizar nossa rica cultura.”, acentuou.

Na quarta edição do Mobiliza SLZ, também chamou a atenção a realização de ações e eventos que promovem o orgulho de ser maranhense, como, por exemplo, as atividades ligadas ao movimento Reggae. O afroempreendedorismo, bandeira da Feira MA Preta, foi fortalecido, assim como o empreendedorismo feminino, bastante presente em todas as feiras criativas da programação.

Força feminina

Quase 70% dos realizadores de eventos do Mobiliza SLZ foram mulheres. Além disso, alguns grupos culturais, como o Boi d’Itapari e o Laborarte, realizaram atividades que atraíram grandes públicos e mostraram outras formas de manter o faturamento fora do período junino. Também houve espaço para o mercado geek e a cultura do k-pop, debates do ecossistema de inovação e encontro de desenvolvedores de games, o que evidencia outros aspectos da economia criativa aliada à tecnologia.

Danielle Abreu, coordenadora-geral do Mobiliza SLZ, destacou o espírito colaborativo como um dos pontos altos desta edição. “Este ano, conseguimos estabelecer uma conexão ainda mais forte entre os criativos de São Luís. O que vimos foi uma verdadeira união entre os empreendedores, compartilhando suas vivências e aprendizados, e isso é o que fortalece o movimento. O Mobiliza SLZ vai além de um movimento; ele representa a potência transformadora da economia criativa na nossa cidade e no nosso estado.”, pontuou.

Idealizador do Mobiliza SLZ, o Sebrae Maranhão também realizou uma importante ação com a equipe da Unidade de Mercado, em parceria com o Sindbebidas e a Associação dos Donos de Bares da Avenida Litorânea: o “Sabores do Mará”, que promoveu a degustação de bebidas destiladas genuinamente maranhenses (Capotira, Baronesa, Vale do Brejão, Vale do Riachão, Santo Ambrósio, Gin Luar e Reserva do Zito) em 15 bares e restaurantes da Litorânea, em dias alternados (Barraca do Chef, Casa da Peixada, Estrela Dalva 2, Barraca da Marcela, Bar da Jacira, Kalamazoo, Bar da Vitória, Landruá, Adventure, Barraca do Henrique, Barraca do Samuka, Carnaubar, Mallibu, Ohana e Açaí Raízes).

Territórios Criativos

Um dos grandes destaques da edição 2024 foi a robusta participação dos Territórios Criativos de São Luís – regiões como Itaqui-Bacanga, Liberdade, Centro, Coroadinho e Cidade Operária, que se transformaram em verdadeiros polos de inovação e empreendedorismo. A presença dessas comunidades foi essencial para ampliar o impacto social do Mobiliza SLZ, proporcionando novas oportunidades de negócios e destacando talentos locais que movimentam a cultura e a economia da cidade. A mobilização desses territórios gerou uma transformação significativa, não apenas nas áreas diretamente envolvidas, mas em toda a cidade, reafirmando a importância da inclusão e da diversidade no movimento.

Centro: Entre os cinco Territórios Criativos que tiveram espaço na programação, a região do Centro de São Luís foi a que mais concentrou atividades, em todos os nove dias do movimento. Nessa importante localidade, foram realizadas diversas feiras criativas, saraus, passeios turísticos, experiências gastronômicas, além de apresentações culturais e oficinas voltadas ao empreendedorismo.

Por sua relevância geográfica e histórica, o Centro também foi a área escolhida pela organização do Mobiliza SLZ para a realização do “Dia D”, ocorrido em 20 de novembro, data simbólica de luta antirracista com o Dia da Consciência Negra. O “Dia D” envolveu diversos parceiros, como o SESI Casarão da Indústria, a Agência Marandu e o Restaurante Quintas da Lisboa, em uma grande mobilização que ocupou a praça João Lisboa e o Largo do Carmo ao longo de todo o dia.

No Itaqui-Bacanga, houve batalhas de rimas de hip hop; oficinas de empreendedorismo, práticas esportivas, culturais e de lazer no evento “Trilhas para a Prosperidade”; e passeio turístico pelo rio Bacanga. Já no Quilombo Liberdade, houve passeio histórico, experiência gastronômica; programação com feiras, desfile e debates na Semana da Consciência Negra; além do evento “Ritmos da Favela”. Na região do Coroadinho, houve uma movimentada feira criativa. E na área da Cidade Operária/Cidade Olímpica, rolou uma extensa programação antirracista no festival criativo “Territórios de Resistência”.

“Minha gratidão e carinho imensos pela acolhida desde o início. Deu muito certo furar a bolha, porque os Territórios Criativos são um celeiro de riquezas infinitas e muitas vezes invisibilizadas. Saio para além de feliz por termos conseguido graças ao Mobiliza SLZ estimular o sentimento de rede, parceria e conexão entre as organizações de base comunitária que fazem parte da Rede de Prosperidade Familiar. Isso tudo é tão verdade que uma das lideranças me pediu para manter esse nome e que sejam atividades fixas dentro do projeto”, enfatizou Déborah Arruda, coordenadora de projetos do Cieds Brasil no Maranhão, que realizou as ações do “Trilhas para a Prosperidade”, com integrantes da Rede de Prosperidade Familiar.

Com a conclusão da quarta edição, o Mobiliza SLZ reafirma seu compromisso com a economia criativa e se projeta para o futuro com ainda mais força, consolidando-se como um movimento essencial para o fortalecimento do turismo, da cultura e do empreendedorismo criativo em São Luís e em todo o Maranhão. O legado deixado por esta edição certamente impulsionará novas ideias e projetos, contribuindo para o crescimento e o reconhecimento da cidade como um hub criativo no cenário nacional e internacional.

Imagem destacada: Centro Histórico de São Luís e outros bairros da capital receberam passeios guiados durante o evento (Foto: Divulgação/Mobiliza SLZ)

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Memórias do PT: Manoel da Conceição homenageado no Prêmio Fapema de 2017

O líder camponês Manoel da Conceição, um dos fundadores do PT, junto com Lula, foi homenageado no Prêmio Fapema (Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão).

A premiação de Honra ao Mérito teve como patrono o jornalista e político Neiva Moreira. Na edição de 2017 do Prêmio Fapema o secretário de Ciência e Tecnologia era Bira do Pindaré e o presidente da Fapema Alex OIiveira.

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Escuta Ciência: 5º episódio aborda pesquisa sobre os grandes tradutores de livros, no século XIX, em São Luís

Você sabia que o clássico “Os miseráveis”, de Victor Hugo, foi traduzido e publicado em São Luís poucos meses depois do lançamento da obra na Europa?

Essa é uma das revelações da pesquisa do doutor em Estudos Portugueses pela Universidade Nova de Lisboa (Portugal), Roberto Sousa Carvalho, autor do livro “Maranhão, província tradutora: livros e tradutores em São Luís do séc. XIX”, publicado pela Editora da UFMA.

O 5º episódio do Escuta Ciência (clique aqui para ouvir) conversou com o pesquisador sobre o movimento intelectual formado por médicos e escritores dedicados ao ofício de traduzir relevantes textos que circulavam fora do Brasil.

O programa aborda também o surgimento da imprensa no Maranhão, em 1821, no nascedouro do jornal “O Conciliador”, além da pujante produção gráfica e editorial das tipografias instaladas em São Luís naquele período.

Escuta Ciência é um programa de divulgação científica que tem o objetivo de popularizar trabalhos acadêmicos ou da cultura popular. A produção tem apoio da Apruma Seção Sindical e é fruto da Oficina de Divulgação Científica realizada durante a greve dos docentes e técnicos administrativos da UFMA, no primeiro semestre de 2024.

O programa tem produção e apresentação dos professores Carlos Agostinho Couto e Ed Wilson Araújo.

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Inundações. E quando for a vez do Maranhão?

Artigo chama atenção para as cheias do rio Mearim e a importância do uso sustentável dos campos naturais, na Área de Proteção Ambiental (APA) da Baixada Maranhense, como forma de prevenir alagamentos em grandes proporções. Veja o que pode ocorrer se os campos naturais forem depredados.

Texto e imagens de Adriano Almeida, cidadão.

A catástrofe que aflige o Rio Grande do Sul neste ano de 2024 é aterradora. O flagelo sofrido pelo povo gaúcho diante das chuvas torrenciais que atingem implacavelmente aquela região comove a todos. Diariamente, os boletins de informações emitidos pelos órgãos públicos e pela imprensa trazem notícias que nos afetam, nos causam perplexidade e instigam nossa empatia para nos engajarmos, dentro das possibilidades de cada um, nas campanhas de doação, além de manter viva a esperança de rápida reconstrução do Rio Grande do Sul quando esta tormenta cessar.

Por ora, a prioridade é acolher as famílias vitimadas e ajudá-las a seguir em frente, resgatando sua dignidade para uma vida ressignificada. O Rio Grande do Sul será reconstruído, talvez com a oportunidade de repensar e incrementar o uso sábio dos seus recursos naturais. Será essencial refletir sobre aqueles que se foram e aqueles que perderam tudo, reconhecendo a correlação entre suas vidas e o ambiente natural circundante. Essa é a nossa esperança.

Neste contexto, é natural refletir sobre a possibilidade de que o cenário ocorrido no Rio Grande do Sul possa se repetir em outro lugar, especialmente onde vivemos. E quando for no Maranhão? Como será? Essa provocação nos impõe a pensar sobre os contextos e cenários possíveis, mesmo que de forma ainda especulativa, mas de forma genuína e sincera. É necessário pensar e agir para prevenir, entendendo nosso meio ambiente frente às mudanças climáticas e à intensidade dos ciclos hidrológicos que o planeta enfrenta, que doravante serão deflagradores de situações extremas com maior frequência.

O cenário que ocorre no Rio Grande do Sul pode se repetir em qualquer lugar. Cabe às cidadãs e cidadãos atentos contribuírem com a sociedade para que ela possa imaginar os cenários e preveni-los.

Algo que chama bastante a atenção no repertório de informações trazido pela catástrofe gaúcha é a relação direta entre a cota altimétrica dos rios e o volume das chuvas em milímetros. A partir dessas variáveis lançamos olhares para nosso contexto.

Em nossa realidade geográfica, junto ao estuário do Rio Mearim, onde estão inseridas as comunidades dos municípios de São Luís, Bacabeira, Santa Rita, Anajatuba e demais municípios da Baixada Maranhense, observamos os campos naturais secularmente ocupados desde os períodos pré-históricos e que acolheu a civilização lacustre do Maranhão.

Nos municípios referidos, as cotas altimétricas são muito baixas; as margens do núcleo urbano de Anajatuba medem apenas 5 metros de altitude, enquanto o interior dos seus Campos Naturais oscila entre 3 e 4 metros. Em Santa Rita e Bacabeira, o cenário se repete.

Perfis altimétricos obtidos junto ao Google Earth Pro:

Anajatuba

Santa Rita

Bacabeira

Ao longo do único acesso à Capital do Estado, as principais infraestruturas de manutenção de serviços essenciais da Ilha de Upaon-Açu estão em cotas altimétricas inferiores a 3 metros de altitude, incluindo a BR-135, Estrada de Ferro Carajás, linhas de transmissão de energia elétrica e o sistema Italuís de abastecimento de água.

Nos perguntamos: e se chover mais na bacia hidrográfica do Mearim? E se as marcas históricas de cheias forem superadas em 20%, tal como no RS? Quais seriam os cenários possíveis para a Capital, Baixada Maranhense e demais regiões? Quais as marcas históricas das cheias nas regiões citadas? Quais os planos e medidas necessárias em caso de longa interrupção do acesso à Ilha?

Consideremos que nossos campos são inundáveis e alagáveis sazonalmente, refletindo suas características de relevo baixo, com média entre 0 e 5 metros de altitude. A vastidão das planícies permite o espraiamento do volume excedente do leito do Mearim sem afetar a rotina dos núcleos urbanos, adaptando a vida anfíbia do povo baixadeiro e seus costumes.

Devido às imposições da natureza, os campos nunca permitiram uma ocupação humana massiva que não fosse integrada aos seus sistemas ecológicos, que são extremamente relevantes para o controle hídrico do Mearim, e “normalmente” atingem a cota altimétrica de 5 a 6 metros no período das cheias, similar à medida de altitude registrada na tragédia de Porto Alegre.

Observando Porto Alegre, verifica-se que persistiu um cenário caótico provocado pela cheia do Lago Guaíba, com uma altitude de 5,31 metros, praticamente 20% a mais do que sua cota histórica de 1941, a qual era a referência padrão adotada no planejamento urbano.

Diante disso, percebemos que é urgente entender nossos ecossistemas, protegê-los e compreender a dinâmica hidrológica a que estamos expostos no Maranhão, para garantir margens de segurança em um futuro promissor.

É importante ressaltar que a Constituição Estadual do Maranhão e a legislação ambiental estadual determinam uma série de medidas que resguardam o uso cuidadoso daquela área, preservando o uso comunal dos campos naturais para produção econômica e livrando-os das cercas e interferências que descuidem de sua função socioambiental preciosa, inclusive alçando-os ao status de unidade de conservação na categoria de Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense.

No entanto, desde 1991, o Governo Estadual sequer elaborou um necessário Plano de Manejo tecnicamente robusto e politicamente participativo para discutir o gerenciamento racional de seus recursos naturais e o desenvolvimento econômico de forma verdadeiramente sustentável e adequada às micro-realidades locais.

Ademais, a União reconhece desde o início do século a referida área como uma “Área Úmida de Interesse Internacional” ou “Sítio Ramsar” (internacionalmente conhecidos como wetlands ou humedales), conforme preceitos da Convenção de Ramsar, haja vista também o interesse na proteção de seus terrenos de marinha que abrangem a totalidade da área alagada.

Esta condição singular de nível internacional permite aos gestores ambientais locais alçar instâncias de alto nível para promover iniciativas inovadoras alinhadas aos novos valores das políticas ambientais ao redor do planeta. No entanto, o que vemos no âmbito estadual, junto aos decisores políticos, é o usual desleixo, miopia administrativa e solene ignorância frente aos avisos científicos e técnicos.

Estamos cientes de que órgãos como a CODEVASF, UEMA, IMESC, SEMA e CPRM possuem qualificados estudos técnicos sobre o Rio Mearim. Contudo, a dúvida permanece: nesses estudos foram considerados os cenários de mudanças extremas em suas análises? Se existem, quais são? Quais os cenários possíveis?

No sentido contrário às boas práticas de gestão do desenvolvimento sustentável, vemos ações governamentais estaduais preocupantes, sobretudo, pasme-se, aquelas voltadas para interferir no sistema de drenagem dos Campos Naturais Inundáveis, sem discussões públicas e técnicas abertas e consistentes, além do afrouxamento das regras de proteção ambiental e má fiscalização de atividades poluidoras.

Por exemplo, o Governo do Estado do Maranhão atualmente incentiva (Programa PODESCAR -I) grandes empreendimentos no interior dos Campos Naturais para o desenvolvimento da carcinicultura com espécies exóticas, sem a prévia promoção sustentável da cadeia produtiva das culturas nativas secularmente adaptadas aos Campos e sem comunicação prévia para as comunidades do entorno sobre os impactos da dita política pública.

Importante ressaltar que os Campos Naturais, para além de seus potenciais ainda inexplorados, já são altamente produtivos de várias formas, como, por exemplo, através:

– do trabalho de milhares de pescadores artesanais e comerciais, em suas centenas de açudes, valas, igarapés, mangues, que garantem segurança e soberania alimentar para suas famílias e comunidades, à revelia das sempre ausentes políticas públicas de assistência técnica e científica, em um contexto riquíssimo de interação da ictiofauna fluvial e da zona costeira;

– da produção de toneladas de mel por parte dos apicultores e meliponicultores, que bravamente conseguem interagir com os manguezais dos Campos Naturais e suas floradas sem destruí-los e gerando renda, também sem a devida assistência;

– dos pecuaristas e pequenos criadores com sua imensa diversidade de rebanhos e modo de produzir;

– dos agricultores com suas variadíssimas culturas ambientadas ao ritmo da sazonalidade de cheias e secas e que são desenvolvidas em ambiente de pouquíssima incidência de assistência técnica e científica, entre outros.

Então, é justo e oportuno indagar publicamente: promover interferências na drenagem dos Campos Naturais no atual contexto de mudanças climáticas é seguro? Subverter a função socioambiental daquela área de segurança contra enchentes é responsável?

Ao nosso ver, ante os imperativos de garantia do equilíbrio ecológico da Baixada Maranhense com segurança hidrológica e a necessária promoção do desenvolvimento econômico, é certo que promover o desenvolvimento sustentável das comunidades baixadeiras, considerando seus potenciais econômicos nativos e as funções ecológicas dos Campos Naturais Inundáveis, é a grande oportunidade neste contexto de mudanças climáticas com impacto direto sobre o IDH e PIB estadual.

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Blog do Ed Wilson tem duas reportagens agraciadas no Prêmio de Jornalismo do Ministério Público

Nos anos de 2019 e 2023, o Blog do Ed Wilson teve duas reportagens vencedoras no Prêmio de Jornalismo do Ministério Público do Maranhão, ambas na categoria webjornalismo.

O trabalho de 2019 abordou a violação de sítios arqueológicos em comunidades quilombolas de Bacuri, no litoral ocidental do Maranhão, com imagens de Marizélia Ribeiro.

Veja abaixo o noticiário:

https://agendamaranhao.com.br/2019/12/14/ed-wilson-araujo-vence-premio-de-jornalismo-do-ministerio-publico-do-maranhao/

Já o texto premiado em 2023, cuja entrega ocorreu em 2024, apurou a situação de crise humanitária dos refugiados indígenas venezuelanos da etnia warao, acampados em dois bairros da região metropolitana de São Luís. As imagens são de Adriano Almeida.

Fotógrafo Adriano Almeida e Ed Wilson Araújo

Na edição 2023 também foi vencedora na categoria webjornalismo o trabalho “Seis anos após morte de detento e ações na Justiça, Maranhão não usa mais gaiolões para presos”, de Rafael Cardoso, publicado no G1 Maranhão.

Seguem os links:

https://portalpadrao.ufma.br/site/noticias/professores-e-discentes-de-comunicacao-social-da-ufma-recebem-premio-mpma-de-jornalismo

https://portalpadrao.ufma.br/site/noticias/professores-e-discentes-de-comunicacao-social-da-ufma-recebem-premio-mpma-de-jornalismo

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Reportagem do Blog do Ed Wilson ganha Prêmio de Jornalismo do MP

Jornalista e professor do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) foi contemplado na categoria webjornalismo, com uma reportagem sobre a crise humanitária dos refugiados indígenas venezuelanos da etnia warao

Site do MP – Em café da manhã realizado nesta segunda-feira, 6, no Hotel Luzeiros, o Ministério Público do Maranhão divulgou os vencedores do Prêmio MPMA de Jornalismo 2023. Membros e servidores da instituição, jornalistas e concorrentes no concurso participaram da cerimônia, que contou com a participação especial da jornalista Cristina Serra.

Eduardo Nicolau destacou importância da imprensa

Foram premiados trabalhos inscritos nas categorias Jornalismo Impresso, Telejornalismo, Radiojornalismo e Webjornalismo, além de Estudantes.

Na categoria Telejornalismo, uma reportagem especial sobre “Importunação sexual no transporte público”, de autoria da repórter Márcia Carvalho e veiculada pela TV Assembleia, no dia 1º de novembro de 2023, foi a vencedora. A reportagem também foi a premiada como o melhor trabalho dentre os quatro vencedores nas categorias de profissionais, conforme prevê o edital do concurso.

Márcia Carvalho, da TV Assembleia, foi a vencedora geral da premiação

Na categoria Jornalismo Impresso, a vencedora foi a jornalista Patrícia Cunha, do jornal O Imparcial, que escreveu a reportagem intitulada “Violência contra a mulher – em 3 meses, site do MPMA já recebeu 50 pedidos de medidas protetivas”. A matéria foi publicada na edição dos dias 26 e 27 de agosto de 2023.

Premiados com a administração superior do MPMA

Na categoria Webjornalismo, ficaram empatados no primeiro lugar os trabalhos intitulados “A diáspora dos indígenas venezuelanos warao: dos caños aos semáforos”, de Ed Wilson Araújo, publicado no Blog do Ed Wilson, em 31 de outubro de 2023, e “Seis anos após morte de detento e ações na Justiça, Maranhão não usa mais gaiolões para presos”, de Rafael Cardoso, publicado no G1 Maranhão, em 30 de outubro de 2023.

No Radiojornalismo, foi premiada a série “A terra é nossa: quilombolas no Maranhão e conflitos fundiários”, de Wanderson Camelo, veiculada na Rádio Teresina FM, no dia 25 de outubro de 2023.

Na categoria Estudantes, saiu-se vencedora a matéria intitulada “Violência contra idosos é silenciosa e atinge mais as mulheres com baixa renda, no Maranhão”, de Juliano Amorim, publicada no G1 Maranhão, em 1º de novembro de 2023.

Falando em nome dos vencedores, a jornalista Márcia Carvalho agradeceu ao Ministério Público pela premiação e pelo reconhecimento ao trabalho, que ela fez questão de compartilhar com toda a equipe da TV Assembleia. “Esse trabalho é como se fosse um filho pra gente. O nosso objetivo é passar a informação da melhor forma possível e educar, levando para a população aquilo que é mais relevante”.

SOLENIDADE

Relevância do Prêmio MP de Jornalismo foi ressaltada na solenidade

Na abertura da solenidade, o procurador-geral de justiça, Eduardo Nicolau, ressaltou a importância da imprensa em todo o mundo e, em especial, no Maranhão. “O Ministério Público precisa da comunicação e nós, que temos o dever de cuidar de todos, temos a obrigação de valorizar os profissionais de comunicação”, afirmou.

A coordenadora de Comunicação do MPMA, Poliana Ribeiro, enfatizou a relevância do Prêmio MPMA de Jornalismo como forma de reconhecimento ao trabalho da imprensa na defesa da democracia e da sociedade, pilares de atuação do Ministério Público. Poliana Ribeiro também agradeceu à jornalista Cristina Serra, convidada como palestrante do evento.

O subprocurador-geral de justiça para Assuntos Jurídicos, Danilo de Castro Ferreira, também reforçou a importância e a responsabilidade da imprensa na sociedade democrática. O procurador de justiça agradeceu à equipe de comunicação da instituição pelo trabalho desenvolvido.

A solenidade contou, ainda, com as presenças dos promotores de justiça Theresa Muniz (chefe de gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça) e Fábio Meirelles Mendes (integrante da Assessoria Especial da PGJ).

PALESTRA

Cristina Serra enfatizou defesa da democracia, direitos humanos e liberdade de expressão

Com mais de 40 anos de jornalismo, já tendo trabalhado em diversos veículos de comunicação do país (na Rede Globo foram 26 anos), Cristina Serra permeou sua palestra com manifestações em defesa da democracia, dos direitos humanos e da liberdade de expressão.

Convicta de que jornalista deve ter lado, a palestrante defende a ideia de que os profissionais da imprensa não podem achar normal a fome, a miséria, o analfabetismo, a “escandalosa” desigualdade social e econômica, a corrupção, a criminalidade explosiva, o desrespeito às liberdades civis, a afronta às instituições democráticas. “Tudo isso acontece com frequência intolerável no nosso país, mas nada disso é normal. Podemos e devemos ajudar a mudar o que está errado, porque acredito que o jornalismo é um instrumento de mudança da sociedade”, afirmou.

PREMIAÇÃO

Público foi formado por jornalistas e concorrentes

Na categoria profissional, o MPMA concedeu certificado e prêmio em dinheiro ao melhor trabalho de cada categoria no valor de R$ 5 mil. O melhor trabalho dentre os quatro premiados recebeu premiação extra no valor de R$ 4 mil.

Na categoria estudantil, o autor do melhor trabalho nas categorias Jornalismo Impresso e Webjornalismo recebeu certificado e foi premiado em R$ 1 mil.

Redação e fotos: CCOM-MPMA

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Dia do Ouvinte de Rádio é comemorado hoje

21 de setembro é o Dia Estadual do Ouvinte de Rádio no Maranhão, instituído pela Lei nº 8.925, publicada no Diário Oficial do Estado em 12 de janeiro de 2009, sancionada pelo então governador Jackson Lago.

A criação da efeméride foi uma iniciativa da Sociedade dos Ouvintes Maranhenses de Rádio (Somar), na gestão do saudoso João Carlos Silva Gomes.

O projeto que instituiu a data foi apresentado pelo deputado estadual Pavão Filho.

Lei do Dia do Ouvinte foi sancionada na gestão Jackson Lago

De acordo com a justificativa, no Dia Estadual do Ouvinte de Rádio o Governo do Maranhão, através da Secretaria de Estado de Comunicação Social, em parceria com entidades representativas da categoria, deve promover círculos de debates, fóruns, seminários, entre outras atividades.

Quem está na foto?

A imagem ilustrativa é dos familiares e vizinhos do servidor da Caema e ativista socioambiental Marcos Silva (ex-PSTU).

O registro é de 1969, no povoado Baixa da Negra, em Buriti Corrente, no município de Caxias, região leste do Maranhão.

O pai e a mãe de Marcos Silva seguram filhos no colo.

Já Marcos Silva, à época com 3 anos de idade, está sentado no banquinho segurando um aparelho de rádio.

Os demais são vizinhos.

A magia do rádio, ainda vivo em outras mídias sonoras (podcast por exemplo), está na memória e nas atualizações das diversas formas de consumir os meios de comunicação.

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Rádio e agricultura familiar: cultivo de hortaliças muda a realidade do povoado Flexeira, nos Lençóis Maranhenses

Rádio comunitária como indutora do desenvolvimento local. Esse objetivo está sendo alcançado através da parceria entre a Secretaria de Estado da Agricultura do Maranhão (Sagrima) e a Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço). A iniciativa vem mudando a realidade do povoado Flexeira, em Humberto de Campos, na região dos Lençóis Maranhenses.

Flexeira é pioneiro na implantação do projeto “Mulheres semeando quintais”, que consiste na produção de hortaliças nas áreas livres dos fundos das casas do povoado.

Os quintais que eram apenas terrenos baldios agora produzem alface, tomate, cebolinha, coentro, cheiro verde, quiabo, entre outros. O projeto já funciona em 17 quintais. Toda a produção é aproveitada para consumo e venda do excedente pelas famílias.

A Sagrima viabilizou kits de irrigação e assistência técnica para orientar todo o processo de preparo da terra, manejo das sementes, plantio e monitoramento dos cultivos.

A ideia de cultivar os quintais partiu do diretor da Abraço Maranhão, engenheiro Fernando Cesar Moraes, em diálogo com a rádio comunitária Mapari 87.9 FM, sediada em Flexeira. A emissora coordenada pela professora Lauri e Erick Viegas abraçou a ideia e foi fundamental no trabalho da comunicação visando sensibilizar a comunidade para aderir ao projeto (veja vídeo abaixo).

Dona Licinha partilha a alegria do projeto com a professora Lauri e Erick Viegas, da rádio comunitária Mapari FM

A proposta foi acatada e aperfeiçoada na Sagrima, à época sob a gestão do secretário Luiz Henrique Lula. “Percebemos o potencial da parceria envolvendo a produção de alimentos e a mobilização local através da rádio comunitária e logo designamos a nossa equipe para acompanhar o projeto, viabilizando todas as condições materiais e assistência técnica”, destacou Lula.

O engenheiro Moraes sonha em multiplicar o projeto para outras emissoras comunitárias e criar uma cadeia de produção de alimentos saudáveis, gerando renda e segurança alimentar para milhares de famílias no Maranhão.

Veja depoimentos de integrantes do projeto “Mulheres semeando quintais”

“Ver as famílias e especialmente as mulheres fazendo sementeiras, canteiros, plantando, colhendo e vendendo o excedente dá uma alegria danada e a certeza de que para combater a pobreza, a insegurança alimentar, gerar trabalho, renda e dignidade para o povo das comunidades rurais, precisamos de tão pouco”, comemorou José de Mesquita, coordenador da equipe técnica da Sagrima.

Imagem destacada / Pastor Teorodo, entusiasta do projeto, colhe alface em seu quintal

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Carta do II Seminário Comunicação e Poder no Maranhão

Nós, organizações que participamos do II Seminário de Comunicação e Poder no Maranhão, dias 27 e 28 de julho de 2022, reafirmamos a importância do debate e da ação em torno da democratização da mídia. Trata-se de um tema fundamental no Brasil, gerando dois eventos em nosso estado, num intervalo de cinco anos.

E estamos convictos da necessidade de começar a pensar, desde já, num terceiro seminário de Comunicação e Poder no Maranhão, a ser realizado no segundo semestre de 2023. 

Ao fazer o debate, levamos em conta que o Brasil hoje é marcado por uma extrema-direita que avançou, assumindo um protagonismo num campo político conservador.  Esse avanço se deu por uma estratégia de comunicação que, a partir de modernas tecnologias e muito dinheiro investido, vem disseminando violência, incluindo ódios e mentiras.  

É uma comunicação que mobiliza parte da sociedade brasileira, atingindo questões fundamentais,  passando por todo tipo de  ataque às possibilidades democráticas, incluindo as tentativas de apagamento de uma memória dolorosa da nossa história.

Essa comunicação de extrema direita ganha força num país marcado por um cartel de comunicação empresarial, com grandes emissoras de TV, que são de direita, movidas por interesses econômicos dos ricos, que defendem privilégios, em clara oposição as pautas de cunho popular.  

E ao tratar de Comunicação e Poder, particularmente no Maranhão, apontamos algumas prioridades: 

1 – Organização e consolidação de projetos jornalísticos que possam produzir conteúdos comprometidos com a classe trabalhadora, com justiça social, direitos humanos, igualdade racial,  gênero e orientação sexual, preservação do meio ambiente e reforma agrária. Isso significa ter referências sólidas de uma comunicação contra-hegemonica.    

2 – Seguir investindo e tentando ampliar o trabalho de formação política, com a produção coletiva de conhecimento e troca de experiências, na perspectiva de formar novos e antigos comunicadores populares, para ocupação de diferentes espaços.

3 – Estimular a comunicação oriunda das periferias, dos povos e comunidades tradicionais, comprometida com a diversidade da classe trabalhadora, das lutas por terra-território e bem viver, a partir de suas múltiplas organizações, movimentos e coletivos. 

4 – Avançar na ampliação de uma rede de solidariedade, com ações conjuntas de comunicação.

5 – Democratizar o orçamento público. Comunicação é um direito. E é inaceitável que o suado dinheiro do contribuinte, de um povo empobrecido, seja quase que exclusivamente destinado aos cofres de poderosos grupos comerciais, que já são naturalmente financiados pelo agronegócio, bancos privados, mineração, grandes empresas. O investimento público tem que garantir liberdade de expressão, pluralidade de vozes, possibilitando a quebra do silêncio diante das diferentes formas de violência, rotineiramente promovidas por elites econômicas, estruturas oligárquicas, latifúndio, agronegócio.

Núcleo Piratininga de Comunicação (RJ)

Agência Tambor

Associacão Brasileira de Rádios Comunitárias do Maranhão — ABRAÇO-MA

Teia de Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão

Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultoras e Agricultores Familiares do Maranhão – FETAEMA

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

Sindicato dos Bancários do Maranhão

Fóruns e Redes de Cidadania do Maranhão

Sindicato dos Urbanitários do Maranhão

Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias do Maranhão Pará e Tocantins – STEFEM

Associação Nacional de História – Sessão Maranhão

Caritas Brasileira Regional Maranhão

Movimento pela Soberania Popular na Mineração

Rede de Agroecologia do Maranhão – RAMA

Forum Maranhense de Mulheres

Carabina Filmes

Levante Popular da Juventude

Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa do Maranhão – Sindisalem

APRUMA – Seção Sindical do ANDES-SN

Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado do Maranhão – SINDSEP/MA

Sindicato dos Servidores do Judiciário Federal e do MPU no Maranhão – SINTRAJUF

Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Pública Municipal de São Luís – Sindeducação

Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado do Maranhão – SINTSPREV

Central Única dos Trabalhadores (CUT-MA)

Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-MA)

CSP Conlutas

Movimento de Defesa da Ilha

São Luís, 28 de julho de 2022.