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Braide “já ganhou”?!

As lições mais elementares da política são resumidas em duas premissas que, na maioria das vezes, acabam em derrota.

Uma: o candidato cantar vitória antes do tempo.

Outra: entrar na disputa com o sentimento de derrota diante de um adversário forte.

Achar que já ganhou ou perdeu são dois erros que todo político conhece.

Para além dessa obviedade, é necessário observar os dados, os fatos, os movimentos das candidaturas e a conjuntura.

Os dados (pesquisas), por enquanto, têm pouca relevância. A campanha efetiva e ostensiva só começa a tomar corpo no início da propaganda eleitoral no rádio e na TV, quando o público vai prestar mais atenção no processo.

Embora a internet seja um espaço de propaganda permanente, o público só passa a ter um interesse focado na eleição quando a campanha chegar aos meios convencionais. Aí sim, aquelas pessoas desinteressadas na eleição passam a conhecer as candidaturas e formar opinião, que depende de vários fatores. Será o momento da atenção seletiva.

Por outro lado, forçar a barra agora com uma pesquisa inserindo a “não candidata” Roseana Sarney tem um efeito apenas passageiro para induzir o eleitorado. E nada mais.

Enquanto aguardamos os dados reais, de preferência dos institutos confiáveis, os números não informam algo relevante.

Já os fatos dizem muito. O prefeito pré-candidato à reeleição, Eduardo Braide, tem obras na cidade. Ninguém pode negar que ele é uma das referências de gestor obreiro como foram na década de 1970 Haroldo Tavares e Jackson Lago nos dois primeiros mandatos (1989-1992 e 1997-2000).

Assim, não há dúvidas de que o prefeito é o favorito, mas não ganhou nada ainda. Ele mesmo sabe disso e vai fazer uma convenção discreta, sem oba oba, conhecedor que é do jogo bruto da política.

Quem precisava fazer uma convenção gigante e alcançou esse objetivo foi o deputado federal Duarte Junior, o principal opositor da atual administração.

A sua demonstração de força foi atingida. Reunindo 12 partidos, o evento superlotou o ginásio Castelinho, prestigiado pelo governador Carlos Brandão e figuras expressivas do seu primeiro escalão, presidentes de partidos, deputados federais e estaduais, o ministro dos Esportes André Fufuca, a presidenta da Assembleia Legislativa, a senadora Eliziane Gama, o presidente da Câmara Municipal, vereadores e candidatos de todos os naipes com as suas respectivas comitivas.

Detalhe: a ausência sentida do vice-governador Felipe Camarão, indicativo preocupante.

Ademais, Duarte Junior vai partir para a campanha com um ativo político notável, denominado “time de Lula”, representado na chapa majoritária pela candidata a vice-prefeita Isabelle Passinho, recém-filiada ao PT.

Se houver concretamente um interesse do grupo político familiar do governador Carlos Brandão em dominar a Prefeitura de São Luís, o candidato Duarte Junior será um adversário forte de Eduardo Braide.

E não custa nada repetir uma tese incontestável: o poder eleitoral do Palácio dos Leões. Se eles, leões, entrarem na campanha, o favoritismo do prefeito vai enfrentar um animal político bastante selvagem.

Eduardo Braide pode ser abatido, sim!

É preciso observar também os sinais de hoje com reflexos no futuro. As obras do prefeito, a sua visibilidade, o desempenho nas redes sociais, a euforia intensa de uma eventual vitória no primeiro turno catapultam Eduardo Braide para disputar o Palácio dos Leões em 2026.

Há um certo temor da chamada “classe política” diante do efeito Braide e a sua intenção de ser governador do Maranhão. Por isso, é natural que ele seja abatido, abortado ou ferido em 2024.

Por ferido entenda-se uma vitória difícil no segundo turno e não um passeio no parque logo em 6 de outubro.

Uma disputa em dois turnos deve ser colocada no cenário por vários motivos. Além do rugir dos leões, é preciso observar o nocivo crescimento do eleitorado de extrema direita. Esse voto pode ser capturado, por exemplo, pelo candidato Wellington do Curso.

Nem sempre um fenômeno se repete nas mesmas proporções, até porque cada eleição é diferente da outra, mas é importante lembrar o efeito Lhaesio Bonfim na eleição para o governo do Maranhão, em 2022.

Saindo da minúscula São Pedro dos Crentes, ele ultrapassou uma raposa do naipe de Weverton Rocha e ficou em segundo lugar na disputa.

A eleição de 2024 é um tipo de prévia de 2026, quando a polarização será extrema.

Agora, as duas ondas estão se formando. Duarte Junior, nesse momento acolhido pelo Palácio dos Leões, deve colar o seu discurso no “time de Lula”, argumentando o alinhamento de forças nacional, estadual e municipal para governar a capital.

Assim, a extrema direita não pode ser desprezada nas outras composições, com alguns pesares. Há dúvidas sobre um fenômeno do tipo Lhaesio Bonfim em São Luís.

Wellingon do Curso, embora seja bolsonarista, não incorpora na íntegra o falso discurso moralista “deus (minúsculo mesmo, porque não é o Deus verdadeiro), pátria e família.

O crescimento dele é uma dúvida.

Eduardo Braide, sabedor da brutalidade do jogo, tem um conjunto de obras para mostrar.

Essas obras custaram e ainda escoam muito dinheiro. Não se sabe até que ponto a oposição conservadora de Duarte Junior está disposta a apurar e denunciar e o uso da montanha de recursos públicos investidos em São Luís, caso sejam constatadas irregularidades.

Algumas perguntas são relevantes.

Houve corrupção na gestão do atual prefeito?

Uma eventual prova de que houve malversação de recursos vai interferir na definição do voto?

Esse tema – corrupção – será explorado pelos estrategistas de campanha?

Duarte Junior deve ter pesquisas qualitativas mensurando os cenários para montar o seu ataque.

O favorito, por enquanto, só pensa em surfar nas suas obras. E, quando a onda é muito grande, corre-se o risco de uma queda fatal.

Analisados os fatos, os movimentos das candidaturas e a conjuntura, ainda na fase de pré-campanha, eu prefiro ficar com os versos do poeta José Accioly Cavalcante Neto, na canção “A natureza das coisas”, interpretada por Flavio José:

“Se avexe não
Amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada”

Isso enquanto aguardamos a campanha no rádio e na TV e as pesquisas reais. Então, o jogo será jogado para valer.

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Um amor flertado no busão

“Ferrinho do amor” rendeu um casamento de 25 anos. Conheça a história do love de Concita Boliviana e Raimundo Nonato

Todos os dias, nos idos de 1999, a professora Maria da Conceição Lima Sousa saia de casa para dar aula na escola Julio de Mesquita Filho. Naquele itinerário, o transporte era a linha de ônibus São Raimundo-Cohab, pilotada pelo motorista Raimundo Nonato Oliveira Silva, funcionário da empresa Menino Jesus de Praga.

Busão vai busão vem, até que um dia começaram a trocar gentilezas. Ela, vez por outra, ao entrar no ônibus, segurava o “ferrinho do amor”, jargão muito conhecido entre os profissionais do transporte coletivo para identificar o ponto de apoio do passageiro próximo ao motorista, atrás da cadeira de pilotagem.

O motorista Nonato aos poucos foi conquistando Conceição

A viagem sempre acontecia à noite. Durante o dia, Conceição trabalhava vendendo purificador de água, de porta em porta, em diversos bairros de São Luís.

Ele já tinha separado duas vezes e ela, na época, filosofava que morar junto ou casar “não ia mais dar certo”.

Naquele tempo a ex-noviça (como assim?!) já havia finalizado um relacionamento com o primeiro namorado e marido. Eles iam ser freira e padre, respectivamente. “Eu tinha entrado no convento e ele no seminário. É uma longa história”, revelou.

Em síntese, a vocação religiosa fracassou e, fora da igreja, eles namoraram dois anos, noivaram mais três e ficaram casados seis anos, 11 meses e 15 dias.

Flanela e o “ferrinho do amor”

Já com Raimundo Nonato o flerte foi mais rápido. Ele nunca esquece o “lance da flanela”, que Concita lembra como se fosse hoje. “Chovia muito. Eu estava muito gripada e quando desci do ônibus ele me emprestou a flanela com a recomendação para eu colocar na cabeça e não me molhar”, detalhou.

Conceição gostou a gentileza e, ao desembarcar, aproveitou a oportunidade para mostrar a localização da sua casa, próximo da avenida principal onde o busão passava na hora de recolher.

No dia seguinte, lavou a flanela, secou e completou a astúcia: “Botei um pouquinho do meu perfume e passei no ferro para quando ele fosse usar sentir o meu cheiro”.

Daí em diante, já com o aroma da paquera, as gentilezas foram progredindo.

Certo dia ela pegou o ônibus lotado, com uma pasta (escarcela) na mão. Ficou um bom tempo em pé, segurando no estratégico “ferrinho do amor”. Quando a lotação folgou, a professora tentou passar a catraca, mas ele pediu para ela sentar e conversar. A partir daí a paquera fluiu…

O namoro desembocou em um casamento duradouro

Ambos, na época, argumentavam não ter tempo para namorar porque trabalhavam muito, até que certa vez Nonato apareceu na casa dela de surpresa, justamente no dia em que a pretendente estava fazendo uma faxina e recepcionou o motora “toda desarrumada”.

Familiares e a juíza festejaram o casamento

A conversa progrediu e começaram a namorar, apenas para fazer um teste. “Uma semana ele dormiu na minha casa e na outra eu dormi na dele. E deu certo até hoje. Depois de alguns anos juntos, casamos”, sintetiza.

Aquela paquera no busão rende um casamento que já dura 25 anos e quatro meses.

Rádio e futebol

Raimundo Nonato, Concita Boliviana, a sua irmã Celia Lima e este
repórter: boas lembranças do rádio e de uma história de amor

Outra coisa uniu muito o casal. Ele gostava da revista Placar, especializada em futebol, e ela passou a se interessar pelo assunto para aproximar os gostos do marido, abastecendo a casa com revistas e jornais esportivos.

Ambos tiveram também outra afinidade – o rádio. No tempo das emissoras AM, Conceição passou a ser conhecida pela reputação de ouvinte falante nos programas jornalísticos e esportivos. Até hoje, mesmo com a extinção das rádios AM, ela é a famosa “Concita Boliviana”, torcedora do Sampaio Correa.

Concita Boliviana nunca gostou de bebida alcoólica e fez um truque para acompanhar o pretendente no convite para tomar uma cerveja. Ao chegarem na churrascaria, ela despistou alegando um tratamento de saúde e naqueles dias não podia beber, mas acompanhou Nonato no bar.

“Viver junto não é fácil. Às vezes precisamos ceder”, ensina a professora.

Hoje, ambos aposentados, curtem a maturidade da melhor maneira possível. O companheirismo é a chave do sucesso.

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Cantor e compositor James Pierre estreia espetáculo inédito

A apresentação será no palco do Teatro Sesc “Napoleão Ewerton” (no Jardim Renascença), dia 25 de julho (quinta-feira), às 20h.

“Minha expectativa é poder me conectar com o público. Que as pessoas se conectem com as canções e que isso seja como um ‘restart’, começando com o pé direito essa minha volta aos palcos em projeto solo”, destacou o cantor e compositor James Pierre – paulista de nascimento e maranhense de coração – sobre sua nova fase musical, que será celebrada em grande estilo com o espetáculo musical “Tudo Que Eu Queria Cantar”, que estreia nesta quinta-feira (25), no palco do Teatro Sesc “Napoleão Ewerton” (no Jardim Renascença), em São Luís, às 20h.

No show, além da nostalgia das canções que marcam a trajetória musical do artista, também estão canções que moldaram sua caminhada artística e fonográfica: faixas até então guardadas nas gavetas do peito e que finalmente ganharão vida em 2024 – e com várias surpresas.

Entre os destaques da apresentação, estão previstas as participações de Carlos Ernane, Gabi Marques, Matheus Pinheiro e Romulo Marques – todos parceiros musicais de James Pierre ao longo de sua jornada musical.

“Todos eles são muito importantes para este espetáculo. Carlos compartilha música praticamente todo dia comigo. A Gabi me ensina tanta coisa musicalmente também. O Matheus veio pra somar em outro projeto e seguiu conosco, carregando toda a sua sensibilidade no teclado e no piano. E o Romulo eu sempre admirei: era um sonho meu participar de alguma coisa com ele e terei esse privilégio no meu show”, comemorou James Pierre pelas parcerias.

E garantiu: “Tudo Que Eu Queria Cantar” contará com outras novidades. “Eu tô muito feliz de estar compartilhando música com essas parcerias. Para além deles, estamos pensando em outras participações especiais durante o show. Com certeza, será uma noite com muitas surpresas”, acrescentou.

Este novo momento da carreira musical de James Pierre terá novas faixas, que poderão ser conhecidas muito em breve: irão integrar o primeiro álbum de estúdio do artista e será lançado em breve, pelo selo Piauí Records/Sony Music.

“A estreia de ‘Tudo Que Eu Queria Cantar’ vem para consolidar essa nova fase. Espero que seja uma noite positiva, que seja satisfatório para todos nós, tanto para os músicos quanto para a plateia. Que saiam todos felizes e que possam receber a mensagem que minha música carrega. A de esperança e de humanidade, para entender que todo mundo tem os questionamentos que são comuns e que a gente pode conversar e aprender abertamente uns com os outros”, pontuou James Pierre.

O compositor acrescenta que além das faixas do novo álbum, a apresentação também contará com outras faixas “perdidas” da sua jornada musical, como canções que fazem parte do documentário caseiro “Girassóis”, disponibilizado em 2019.

O espetáculo musical “Tudo Que Eu Queria Cantar” conta com duração de 60 minutos e classificação indicativa livre. Para retirada dos ingressos, basta acessar o site do Sesc-MA, no link: https://www.sescma.com.br/.

James Pierre

James Pierre é um cantor e compositor inserido no contexto musical pela família desde a infância. Levado por essa forte ligação com a música, timidamente começou suas apresentações nos púlpitos da igreja onde cresceu. Em 2009, foi convidado por Edimar Filho para interpretar algumas de suas canções. Daí nasceu o EP “Música pra Dois”, com poucos recursos de gravação, mas com muito afeto e dedicação.

O encontro com Memel Nogueira (músico e produtor que já trabalhou com diversos artistas maranhenses, como Phill Veras, Marcos Lamy, Israel Costa, Regiane Araújo, entre outros) resultou no seu primeiro trabalho oficial, o EP homônimo “James Pierre” (2014). O álbum contém 5 faixas, sendo canções de sua autoria e outros grandes amigos e parceiros.

O projeto “Gabi + James Duo”, ao lado de Gabriela Marques e Carlos Ernane, surgiu como uma proposta minimalista da banda onde se conheceram, a chamada “JazzEncontros”, que soma participações em edições do Lençóis Jazz e Blues Festival, um dos festivais de música mais importantes do Maranhão.

Em 2020, lançou o single “Deixa”, em parceria com A Quarta Antena e foi um marco na trajetória de James Pierre: marcou um caminho para novas sonoridades a serem exploradas pelo artista, assim como o “Projeto Ys”, de 2023, feito em parceria com Carlos Ernane.

Siga o cantor James Pierre nas redes:

·        Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/artist/1jPNeqtPvVo9BjcN6hhc5D

·        Instagram: https://www.instagram.com/jamespierre31/

·        Facebook: https://www.facebook.com/james.pierre.108

SERVIÇO

O quê: o espetáculo musical “Tudo Que Eu Queria Cantar”, do cantor e compositor James;

Onde: no Teatro Sesc “Napoleão Ewerton” (no Jardim Renascença, em São Luís);

Quando: nesta quinta-feira (25), às 20h (sessão única), com duração de 60 minutos e classificação livre;

Ingressos: antecipados, no site do Sesc-MA: R$ 10,00 (público geral), R$ 8,00 (conveniado), R$ 5,00 (meia para estudantes) e R$ 2,50 (funcionários Fecomércio/Sesc/Senac). Acesse em: https://www.sescma.com.br/.

Imagem destacada / O cantor e compositor James Pierre – Foto – Isaque Junior

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Evento internacional vai debater mudanças climáticas e os impactos na população

Nos dias 18, 19 e 20 de setembro será realizado, na Universidade Federal do Maranhão, o VI Dcima – Colóquio Internacional Mídia e Discurso na Amazônia. Com o tema “Mudanças climáticas e oralidades amazônicas: entre discursos e memórias”, o evento pretende debater as mudanças climáticas e sua influência na vida da população em geral e em particular os povos da Amazônia.

O Colóquio é uma iniciativa do Grupo de Pesquisa em Linguagem e Discurso (GPELD-UFMA/CNPq), Grupo de Pesquisa em Patrimônio Cultural (GPAC-UFMA/CNPq), Grupo de Estudo Mediações, Discurso e Sociedades Amazônicas (GEDAI-UFPA-CNPq), vinculados, respectivamente, aos Programas de Pós-graduação em Letras (PGLetras-UFMA), Programa de Pós-graduação em Cultura e Sociedade (PGCult-UFMA), Programa de Pós-graduação em Letras (PPGLetras-UFPA).

A programação do evento é constituída de mesas redondas, conferências, palestras, minicursos, rodas de conversas e comunicações orais. Propõe um diálogo com pesquisadores de todas as regiões do Brasil sobre a importância de resguardar a vida de comunidades que mantêm uma relação íntima com a biodiversidade amazônica e que preservam sua cultura por meio de narrativas orais, as quais são fundamentais para manter viva a riqueza cultural e o conhecimento tradicional.

A conferência de abertura será realizada no auditório setorial do Centro de Ciências Humanas – CCH – pela professora doutora Ana Pizarro, da Universidade de Santiago do Chile.

Doutora em Letras pela Universidade de Paris, a conferencista destaca-se em mais de 50 anos de atividade intelectual, como especialista em diversos temas: a América Latina e a Amazônia; a história da cultura; oralidade e literatura, literatura de mulheres e povos nativos; Gabriela Mistral e Vicente Huidobro, entre outros. É uma das poucas acadêmicas de origem hispano-americana que decidiu incorporar o Brasil em suas pesquisas.

A programação completa do VI Dcima está disponível no site do evento no endereço Colóquio Internacional Mídia e Discurso na Amazônia

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Alcântara cria Academia de Letras, Ciências, Artes e Filosofia

Imagem: A ALCAF terá uma composição eclética de membros fundadores / Foto: Oziel Pereira

Nesse sábado, dia 20 de julho, às 18 horas, no auditório do IFMA Alcântara (rua do Forte, s/nº – Centro), acontecerá a solenidade de fundação da Academia Alcantarense de Letras, Ciências, Artes e Filosofia – ALCAF, que será cognominada Casa de Agostinho Pereira Reis e de José Araújo Castro. Sonho antigo acalentado por muitos entusiastas, a instituição cultural finalmente será criada na cidade Monumento Nacional.

A própria Academia Maranhense de Letras – AML, há mais de 30 anos, através do então presidente, Jomar Moraes, chegou a cogitar a compra de um imóvel na rua Grande, centro da cidade, para ser a sede da academia alcantarense. Contudo, a iniciativa não prosperou, assim como algumas outras antes dessa e após a mesma.

No início do ano passado, no âmbito do projeto “Pão, Música & Poesia”proposta do Museu Histórico de Alcântara – MHA, foi convidada pelo Diretor do Museu (escritor Paulo Melo Sousa), a então presidente da Federação das Academias de Letras do Maranhão – FALMA, a escritora Jucey Santana, para ministrar a palestra “O processo de Formação de uma Academia de Letras”. Esse evento motivou artistas, intelectuais de Alcântara e moradores que desenvolvem trabalhos culturais na cidade a se mobilizarem em reuniões para a construção da instituição.

Foram realizados vários encontros, mês a mês, às vezes quinzenalmente ou semanalmente, nos quais foi criada uma Comissão Organizadora que agilizou o andamento da demanda. Discutido e aprovado o estatuto da futura instituição, foi organizada toda a logística da fundação da Academia, que será custeada graças às doações de mais de trinta sócios beneméritos, moradores de Alcântara, de São Luís e de outros estados, sensibilizados com a proposta cultural alcantarense.

Na solenidade de fundação, será composta uma Mesa de Honra, com a presença de representante da Diretoria da Academia Maranhense de Letras – AML e membro da Academia Ludovicense de Letras – ALL, escritor José Ribamar Neres Costa, presidente da Academia Ludovicense de Letras – ALL, escritor Sanatiel Pereira, Subsecretário de Turismo do Estado, escritor Luiz Thadeu Nunes e Silva, presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão – IHGM, escritora Dilercy Aragão Adler, presidente da Federação das Academias de Letras do Maranhão, escritor César Brito (que presidirá a cerimônia), e Myrlene Ribeiro Santos, Diretora de Administração e Planejamento em exercício, representando o Diretor Geral do IFMA, que gentilmente cedeu o auditório para a cerimônia.

Em reunião realizada na Sala Diógenes Ribeiro, do Museu Histórico de Alcântara – MHA, no último sábado, dia 13 de julho, foi eleita a primeira Diretoria da ALCAF, que ficou assim constituída: Presidente: Paulo Roberto Melo Sousa; Vice-Presidente: Fátima Diniz Ferreira; Primeira Secretária: Maria Benita Moraes Dias; Segundo Secretário: Hugo Leonardo Moraes Coelho; Primeiro Tesoureiro: Pedro Jader Bandeira Souza; Segundo Tesoureiro: José Flávio Ferreira Pinheiro; Diretor Cultural: Valdecy Onilton Coelho Cantanhede; Diretor de Relações Públicas: Maxuel Pinheiro Boaes; Conselho Fiscal: Domingos Pedro Amorim Vieira, Tayla Cristina Ferreira Oliveira, Valdinei Benedito Ribeiro, Valmir Ribeiro Campelo e Zuleide Flora do Amaral Castro. “Trata-se de um momento histórico para esta cidade viva de cultura, um antigo sonho que agora se torna realidade; a ALCAF irá contribuir para iluminar cada vez mais a história e a cultura da cidade, e somar com as contribuições que já estão sendo feitas por outras instituições congêneres”, declara o presidente da ALCAF, o escritor e jornalista Paulo Melo Sousa.

Entusiasmados com a iminente fundação da ALCAF, alguns membros da ALCAF se pronunciaram a respeito, como o Dr. Raimundo Soares, ex-prefeito de Alcântara, Bacharel em Direito, Odontólogo formado em Letras, artista plástico e escritor: “a 20 de julho de 1897 foi criada a Academia Brasileira de Letras – ABL, e por feliz coincidência Alcântara, que completará neste ano 376 anos de vida terá a fundação da sua academia justamente num dia 20 de julho, numa feliz coincidência. Este é um sonho que agora irá se concretizar, neste lugar no qual se respira arte e cultura; trata-se de um passo gigantesco para contribuir com o resgate da nossa história e da nossa cultura”.

Zuleide Castro, Pedagoga e Servidora Pública Federal, por sua vez, diz que “vamos contribuir com o resgate do prazer de ler, para se conhecer e entender a história de Alcântara, ajudando a nossa cidade a ter um futuro melhor, contribuindo com a construção da identidade das novas gerações”. Hugo Morais, formado em Filosofia e graduando em Letras, afirma que “a expectativa é a de que, juntos, coletivamente, possamos contribuir com a cultura de Alcântara, conclamando a juventude a participar desse importante processo”. “A ALCAF será mais uma ferramenta para a educação e cultura de Alcântara, servindo para que a comunidade possa expandir seus conhecimentos”, conclui Maria Benita Moraes Dias, professora aposentada, Bacharel em Direito, ex-tabeliã, atualmente juíza de casamento.  A entrada para o evento é franca. Ao final da solenidade será servido um coquetel aos presentes.

SERVIÇO

O quê? Solenidade de fundação da Academia Alcantarense de Letras, Ciências, Artes e Filosofia – ALCAF.

Quando? Dia 20 de julho de 2024, às 18 horas.

Onde? Auditório do IFMA Alcântara (rua do Forte, s/nº – Centro. Alcântara – MA).

Entrada franca.

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Margem Equatorial: o Maranhão agora vai!

Puxando as margens da esquerda e da direita em direção ao centro, uma nova promessa de prosperidade é anunciada no Maranhão: a exploração de petróleo na Margem Equatorial.

Já tivemos outros momentos eufóricos aqui, na surrada narrativa da modernização conservadora.

Nos anos 1980, o Projeto Carajás (Vale) e a Alumar. Em 2010 foi a vez do estelionato eleitoral chamado Refinaria Premium, que seria instalada em Bacabeira, para gerar “milhares de empregos”.

O embuste só serviu mesmo de propaganda para reeleger a governadora Roseana Sarney.

Vez por outra o ex-governador José Reinaldo Tavares anuncia projetos mirabolantes para o Maranhão. Recentemente, bodejou horrores sobre uma ferrovia de Açailândia até Alcântara…

É a velha lenga lenga de sempre: gerar empregos, desenvolver, crescer, distribuir renda…

A pergunta persiste: essa riqueza toda para quem?

E a resposta é óbvia: para os milionários e bilionários.

Entre embustes e coisas realizáveis, a exploração de petróleo na Margem Equatorial deve enfrentar críticas e resistências, mas ela virá por uma imposição do capital internacional.

O petróleo ainda é um dos principais ativos da agiotagem praticada no mercado global de energia.

Basta observar os golpes contra a democracia no Brasil e na Venezuela, ambos focados respectivamente nas petroleiras Petrobras e PDVSA.

A indústria do petróleo é uma das maiores concentradoras de renda do planeta.

Seria até ingenuidade tentar conter algo tão grande, empurrado pela ciranda financeira para acumular mais riqueza entre os bilionários.

No caso do Maranhão, a extração de petróleo pode ter impacto em um precioso bioma – o manguezal – fonte de produção e reprodução de alimentos para uma cadeia produtiva de peixes e mariscos.

Uma grande devastação na área de mangue vai ter impacto na sobrevivência de milhares de pescadores e extrativistas ao longo de uma larga faixa do litoral.

Se for implantada de forma violenta, sem diálogo, a retirada de petróleo na Margem Equatorial vai eliminar as fontes de alimento e renda de um variado contingente de trabalhadores e trabalhadoras da vida marinha.

Sem alimentos e fonte de renda, o que essas pessoas vão fazer?

Não se trata de previsão catastrófica para o litoral. É apenas uma reflexão sobre a realidade do Maranhão, já vive um tipo de guerra no campo, onde os “grandes projetos” do agronegócio dizimam as formas de vida dos povos e comunidades tradicionais e da agricultura familiar.

É uma realidade cruel a contaminação da água, do ar e do solo pelo veneno do agronegócio, provocando a expulsão de camponeses dos seus territórios.

Corremos o risco, num futuro bem próximo, de termos uma nova grande leva de migração do campo (e do litoral!) para as zonas urbanas dos municípios maranhenses e para São Luís.

Pessoas que perderem as suas fontes de sobrevivência virão para a capital tentar a vida, ou a sorte, se não caírem nas mãos de facções criminosas, pastores inescrupulosos ou coachs de empreendedorismo.

Como será uma imposição do mercado internacional, mais importante que tentar negar ou impedir a nova promessa de bonança, crescimento e riqueza para este Maranhão miserável, deve-se reivindicar um amplo processo de diálogo e respeito à legislação ambiental para algo tão impactante.

E, nesse diálogo, garantir compensações para garantir a sobrevivência das populações afetadas. É o mínimo que se pode ter, no sentido de mitigar os impactos e amenizar os agravantes de algo tão grandioso sobre os pobres pescadores, extrativistas e marisqueiros(as).

No meio de tantos falares exóticos, há quem diga até que São Luís vai virar Dubai.

Quando os bilionários do mundo inteiro vierem visitar essa Dubai para esbanjar as suas fortunas, vão ter de passar por Bacabeirinha e tomar banho em uma praia no Calhau, onde até a areia está contaminada por bactérias.

As praias poluídas e as obras mal feitas são duas amostras do atraso neste fim de mundo das sucessivas promessas de mudanças, prosperidade, desenvolvimento e outras euforias da grife made in Maranhão.

De tudo, só temos uma quase certeza. Com a destruição do cerrado pelo agronegócio, o Maranhão já vive o luminoso projeto de uma grande fogueira que vai transformar tudo em um amontoado de cinzas.

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Sesc Nordeste das Artes tem várias atrações

Nos dias 18 e 19 de julho acontece a edição 2024 do Sesc Nordeste das Artes. Este ano, o projeto traz ao público uma programação acessível e gratuita com espetáculo teatral, show musical, lançamento de revista e intercâmbio entre grupos do nordeste, com a proposta de ultrapassar as barreiras geográficas mantendo seu caráter educativo ao promover reflexões acerca do vasto universo criativo que compõem o território nordestino.

No dia 18 de julho, a partir das 19h, o palco do Teatro Sesc recebe o Show “Ritual de Presença” com a artista alagoana Andréa Laís. Entre ritmos regionais e elementos eletrônicos, Andréa Laís faz do seu canto-reza uma experiência ritual mística e ancestral. Em seguida, às 20h, acontece o lançamento da Revista Sesc Nordeste das Artes.

Já no dia 19, a programação inclui o espetáculo “Memórias em Maranhês: A Casa” com o grupo Cena Aberta/MA. A montagem baseada em partes do livro homônimo lançado em 2022 traz as histórias de um eu-menina que viveu na Liberdade, periferia de São Luís, para falar sobre ancestralidade, oralidade e a cultura que nos compõem enquanto sujeito no mundo. O espetáculo, que tem classificação livre, acontece às 15h, também no Teatro Sesc.

Nordeste das Artes

O Sesc Nordeste visa valorizar e fomentar a produção artística e cultural dos estados da região Nordeste, contemplando as diversas linguagens artísticas e culturais por meio de atividades de formação, vivências e intercâmbios entre artistas, curadores e público de cada um dos estados participantes.

O projeto constitui uma rede que visa contribuir no movimento de articulação, estímulo e valorização da produção artística e cultural dos estados da região Nordeste, garantindo o que preconiza a política cultural do Sesc, principalmente no que concerne aos princípios da diversidade e do direito cultural.

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Sindiscam propõe instalação de restaurante popular no Centro Histórico de São Luís

Proposta foi encaminhada ao Governo do Estado. Objetivo é garantir que frequentadores do Centro Histórico tenham uma opção adequada de alimentação com preços acessíveis.

Com o intuito de ofertar uma alimentação adequada e a preços acessíveis para trabalhadores e todos que frequentam o Centro Histórico de São Luís, o Sindicato dos Servidores da Câmara Municipal (Sindiscam-SLZ) propôs recentemente a instalação de um Restaurante Popular nessa região da capital maranhense.

A proposta, que visa contribuir também com a revitalização da localidade, hoje cada vez mais abandonada pelo poder público, foi protocolada junto ao gabinete do Coletivo Nós (PT) com um pedido de indicação para o Governo do Estado efetivar a instalação do equipamento de alimentação já instalado em vários bairros da cidade.

Além de beneficiar trabalhadores e moradores, o novo espaço também servirá como uma nova opção de alimentação para os turistas que visitam a região. De acordo com o presidente Sindiscam-SLZ, Mauro Brandão Júnior, a proposta faz parte de um projeto de criação e implementação de políticas públicas reais que de fato causem impactos positivos na realidade social de São Luís, visando principalmente a melhoria da qualidade de vida não apenas dos ludovicenses, mas de todos os que frequentam a cidade.

“O Centro Histórico é um local de cultura, lazer e muitos postos de trabalho. Os moradores, servidores públicos e turistas poderão ter um restaurante com preços em conta e com alimentação de qualidade. Isso geraria também muitos empregos na região.

É o sindicato pensando e tendo compromisso com os trabalhadores”, completou o líder sindical. A iniciativa do Sindiscam-SLZ teve uma ampla repercussão e foi muito bem aceita por todos que frequentam diariamente o Centro Histórico de São Luís, inclusive os co-vereadores do Coletivo Nós (PT), que concordam com a necessidade de mais espaços públicos para atender às necessidades dos ludovicenses.

Hospital Municipal

O Sindiscam-SLZ também está participando de uma frente sindical que vem lutando para que a Prefeitura de São Luís assuma o compromisso de instalar o primeiro hospital público para os servidores municipais, uma demanda histórica que vem sendo constantemente negligenciada não apenas pela atual gestão do Executivo Municipal, mas também as passadas.

No último dia 26 de junho, por exemplo, representantes do sindicato estiveram reunidos com dirigentes do Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação), Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de São Luís (Sinfusp-SL) e Sindicato dos Guardas Municipais de São Luís (Singmu-SLZ) para definir as primeiras estratégias e elaborar o plano de ação que visa sensibilizar o poder público municipal e a sociedade em geral sobre a urgência dessa nova unidade de saúde.

Atuação conjunta

Com pouco mais de um ano de fundação, o Sindiscam-SLZ já desponta como uma grande força sindical de referência na capital maranhense, que visa não apenas lutar por direitos dos servidores da Câmara Municipal e por melhorias salariais e estruturais de trabalho, mas também garantir que todos os trabalhadores e a sociedade tenham assegurados os seus direitos necessários para manter uma boa qualidade de vida.

Imagem destacada: Antiga região portuária de São Luís. (Foto: Marizélia Ribeiro)

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Grupo de pesquisa ETC, da UFMA, lança a terceira temporada do podcast “ETC & TAL”

Conteúdos abordam inovação social e construção de redes e comunidades. Lançamento será dia 19 de julho, às 16h, em evento online nos canais do Youtube da TV UFMA e do Instagram @etc.ufma

O Grupo de Pesquisa ETC, vinculado ao Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e coordenado pelo professor Ramon Bezerra Costa, anuncia o lançamento da terceira temporada do Podcast “ETC e TAL”.

Iniciado em 2020, o podcast conta com mais de quatorze episódios e visa divulgar conhecimento científico, promovendo discussões sobre temas relacionados à interface entre comunicação, economia e tecnologia.

Nesta nova temporada, o podcast aborda o empreendedorismo e a inovação por meio da construção de redes e comunidades, trazendo em seis episódios a diversidade como elemento central.

Ancorada em uma pesquisa sobre hubs no contexto do empreendedorismo e da inovação social, esta nova temporada apresenta episódios estruturados a partir do compartilhamento das mais diversas perspectivas sobre questões ambientais no contexto do Maranhão, interseccionalidade, ancestralidade, afroeempreendedorismo, inovação, infâncias, dentre outras.

A produção foi resultado do trabalho de pesquisa da estudante de audiovisual da UFMA, Sylmara Durans, por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), sob a orientação do professor Ramon Bezerra Costa.

“Dentre os aspectos que eu considero relevantes no podcast estão, de um lado, o esforço de compreender o cenário bastante crítico e controverso onde o empreendedorismo está inserido, marcado por forte precarização e desregulamentação dos processos de trabalho, mas também de ter um olhar atento às capacidades de resolução criativa dos desafios sociais que emergem dessa atividade. A produção desse projeto foi intensa e muito transformadora”, comenta Sylmara Durans.

Os episódios das duas primeiras temporadas do podcast “ETC & TAL” estão disponíveis em várias plataformas de streaming.

O lançamento da terceira temporada acontecerá nesta sexta-feira, dia 19 de julho, às 16h, em evento online nos canais do Youtube da TV UFMA e do Instagram do ETC.

Mais informações no e-mail: etc@ufma.br ou no Instagram:

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Senac abre 120 vagas de cursos para mulheres em Parnarama

O programa de qualificação profissional Empreende Mulher, uma parceria entre o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) em Caxias, e a Prefeitura de Parnarama, com apoio do Sebrae, visa a disponibilização de 120 vagas de cursos profissionalizantes para o público feminino do município.

Os cursos especiais são nos segmentos de Gastronomia e Beleza, dentre os quais destacam-se: Micropigmentação, Bolos Doces Regionais, Técnicas Básicas de Garçom, Salgados Fritos e Assados, além de Empreendedorismo – Atitude e Planejamento. 

As inscrições podem ser realizadas na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, sendo exclusivamente destinadas as mulheres.

As turmas estão previstas para iniciar entre julho e agosto desse ano. A gerente da unidade Senac em Caxias, Rosy Bonfim, pontou que é uma oportunidade excelente para as mulheres que buscam qualificação de qualidade e consequentemente gera renda para esse público.