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Baile paulistano da DJ Carlu terá edição especial em São Luís

Conheça o efervescente baile Coletânea, que reverencia o trabalho artístico dos DJs que se conectam com a pista através dos grandes sucessos da sua pesquisa musical. Em São Luís (MA), o baile Coletânea vai ocorrer no próximo dia 17 de janeiro, sexta-feira, às 20h, no Miolo Bar (avenida Litorânea), reunindo a DJ Carlu (SP) mais os DJs Vanessa Serra e Jorge Choairy (MA).

Na pista todos podem dançar livremente sentindo todo o poder de conexão, alegria e afeto que transborda através do amor à Música. Serão sets empolgantes em um chamado aos ouvintes interagirem com os DJs. Muito brilho, furta-cores, dança, rebolado e groove de um som eletrizante para aguçar aquele gostinho de pré-carnaval aquecendo o final de semana. 

Idealizado pela DJ Carlu e pela produtora Milena Camilotti, o baile acontece no Boteco Prato do Dia, tradicional reduto paulistano da cultura do vinil, onde vários nomes importantes da cena artística brasileira e internacional já passaram por lá. O evento em São Luis será a primeira edição especial da Coletânea no Nordeste.

Coletânea Vol.X recebe o apoio cultural do Miolo Bar, Metalúrgica Kiola e Capella Sonorizações.

O primeiro lote de ingressos está à venda: R$ 20,00 (individual), R$ 60,00 (mesa 4 lugares). Mais informações, reservas e vendas (sem taxa) no whatsapp: 98 99177 2593.

Perfil dos DJS

Carlu – DJ, colecionadora de discos em vinil, pesquisadora,  amante da música dos clássicos aos malditos e fascinada pelos poderes de conexão proporcionados por ela. Uma família musical e rodeada com discos fez crescer a paixão pelas vitrolas e desde lá uma pesquisa musical profunda, analógica e digital. Na coleção estão relíquias que formaram a musicalidade da família, novidades que chegam em vinil e resultados de garimpos constantes pelos sebos paulistanos e qualquer lugar por onde passa.

Professora de educação infantil, criou o “Disco é Brinquedo”,  vivências com toca discos para crianças e discotecagem de música infantil que extrapolou suas salas de aula e já passou por diversas unidades do Sesc SP e espaços culturais de São Paulo.

Entusiasta e pesquisadora das histórias de mulheres, criou o “Mulheres na Cultura do Vinil”, pesquisa que garimpa e destaca aquelas que fazem os discos girarem e, é uma das idealizadoras da Uh!ManasTV, coletivo  de mulheres DJs e produtoras. Atualmente, com  o coletivo, apresenta o videocast “mana a mana”, que celebra e documenta mulheres da música.

Suas discotecagens marcam presença em festas que movimentam a cultura periférica na região onde nasceu e cresceu, na zona sul da capital de São Paulo, divisa com o município de Diadema. Esteve em festas tradicionais realizadas pelo município de Diadema como São João e Carnaval, é residente do projeto Discotekombi, que leva os bailes em vinil de forma itinerante pelas ruas do território e do SLAM Interescolar Nossa Voz, realizado pelas escolas da região. 

Vanessa Serra – Jornalista e DJ. É criadora e apresentadora do Programa Alvorada – Paisagens e Memórias Sonoras (Rádio Timbira) e produtora fonográfica do LP “Vinil & Poesia – Vol. 01”. Herdou da família o hábito de colecionar vinis.

Começou a atuar como DJ desde 2016, contribuindo significativamente com a difusão da cultura do vinil no Estado, com participação em diversos festivais, festas e temporadas nos bares e restaurantes da capital e municípios maranhenses, como Alcântara, São José de Ribamar, Rosário, Santo Amaro, Barreirinhas e no povoado de Atins.

Em São Paulo (SP), participou do Festival SIM (2018), Virada Cultural (2019) e em 2024 esteve em temporada com apresentações em importantes locais do circuito do vinil paulistano, entre eles, Casa de Francisca, A Balsa, Dõmo Bar, Baile dos Ratos e Boteco Prato do Dia. Integra o Coletivo de Mulheres Uh!Manas TV.

Jorge Choairy – DJ, ator, sonoplasta e pesquisador musical desde 1995. Sempre leva para a pista um set poderoso que o consolidou como uma referência e um dos mais requisitados da capital. Divide ultimamente suas aparições em São Luís e Atins (MA). Realiza o baile “Carnavália”. É cativo nos Festivais de Música e em vários projetos culturais do Estado. Circulou o país, recentemente, em atuação na Pequena Cia. de Teatro. 

SERVIÇO:

Baile Coletânea Vol. X

Quando: 17 de janeiro, sexta-feira, às 20h, no Miolo Bar (av. Litorânea).

Quem: DJs Carlu (SP), Vanessa Serra e Jorge Choairy (MA).

Preço: 1º lote de ingressos à venda, r$ 20,00 (individual), r$ 60,00 (mesa 4 lugares).

Onde: Miolo Bar (avenida Litorânea)

Vendas (sem taxa) e reservas no WhatsApp: 98 99177 2593.

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“Eles” ainda estão aqui

Uma reportagem da jornalista Juliana Dal Piva, publicada no Instituto Conhecimento Liberta (ICL), revela o gasto de dinheiro público com salários dos militares que mataram o ex-deputado Rubens Paiva.

“O governo federal gasta todos os meses um total de R$  59.448,61 mil com pagamentos de salários para dois oficiais do Exército acusados pelo assassinato e ocultação do cadáver do ex-deputado federal Rubens Paiva, em janeiro de 1971. Além disso, a União também paga um total de R$ 80.793,40 em pensões para oito familiares de outros três réus apontados pelo homicídio de Paiva que morreram nos últimos anos. Os dois valores somados chegam a um gasto mensal de R$ 140.242,01”, detalha a reportagem.

Rubens Paiva, torturado e assassinado pela ditadura militar, não está mais entre nós.

Os assassinos e os seus familiares ainda estão aqui, desfrutando de salários e pensões pagos com dinheiro público.

Essa gente precisa ser denunciada sempre.

Os assassinos e torturadores do passado são “atualizados” pelos atuais golpistas.

Trata-se de uma gente execrável que odeia a democracia e tem na violência a única maneira de exercer o poder.

Golpes, tentativas de golpe, planos para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes são evidências de que vivemos momentos de necessário reforço da democracia, das leis e das instituições.

Ditadura nunca mais!

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Mímico Gilson César interpreta “O Pescador: a cidade e um corpo que narra”

A vídeo performance “O Pescador: a cidade e um corpo que narra” estreou em ambiente virtual, trazendo ao público uma experiência artística que explora o diálogo entre o corpo, máscaras e o espaço urbano de São Luís.

O projeto se entrelaça com as práticas artísticas do renomado mímico maranhense Gilson César, utilizando mímica e máscaras para revelar figuras e expressões populares da cultura local.

Com roteiro e direção de Jéssica Bellini e Gilson César, a produção é um convite para revisitar a história e a cultura de São Luís através de uma narrativa visual que destaca a interação entre o corpo do artista e os espaços urbanos.

A vídeo performance está disponível gratuitamente em ambiente virtual (veja abaixo)

O projeto também realizou uma oficina sobre técnicas de mímica e o uso de máscaras com alunos do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). A atividade formativa destacou os processos criativos da performance e proporcionou uma imersão prática no universo da mímica alinhada ao uso de máscaras.

Fomentado pela Prefeitura de São Luís através da Lei Paulo Gustavo, o projeto reforça o compromisso com a valorização da cultura maranhense e a democratização do acesso às artes.

Para mais informações, acompanhe as redes sociais @mimicogilsonoliveira/ @pedepalhaco.

Ficha Técnica

Projeto: O Pescador: a cidade e um corpo que narra

Roteiro e Direção: Jéssica Bellini e Gilson César

Caracterização: Jéssica Bellini

Máscaras: Jéssica Bellini e Gilson César

Sonoplastia: Isaías Alves

Direção de Arte e Edição: Enderson Duarte

Produção: Pé de Palhaço Criações Artísticas

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Ceumar celebra 35 anos de música e faz show com Josias Sobrinho em São Luís

Turnê nacional da cantora e compositora mineira abre a temporada de espetáculos no Teatro Arthur Azevedo em 2025

O show “Ceumar 35 Anos de Música” será apresentado nos próximos dias 25 e 26 de janeiro, sábado e domingo, no Teatro Arthur Azevedo. Após o espetáculo haverá uma sessão de bate-papo com a artista, aberto à participação do público. 

No palco, além de sua voz e violão, terá a presença do multi-instrumentista Webster Santos. Ceumar faz um compilado de canções que marcaram sua notável carreira independente e recebe a participação especialíssima do poeta, cantor, compositor, violonista, produtor e dramaturgo, mestre Josias Sobrinho.

“As Perigosas” e “Rosa Maria”, composições de Josias Sobrinho, são marcantes no álbum “Dindinha”, que marca a estreia fonográfica de Ceumar, em 1999, com produção de Zeca Baleiro. 

A turnê nacional tem fomento da Bolsa Funarte de Música Pixinguinha 2023. O repertório do show costura muitas de suas memórias e paisagens sonoras ao longo do tempo, destacando composições emblemáticas, como as já mencionadas, entre outras autorais, parcerias e releituras, com liberdade para inserir o que pode fluir na inspiração do momento, tornando cada noite, um espetáculo único. 

A música de Ceumar esteve, recentemente, presente na novela global Amor Perfeito, “O Seu Olhar” (Paulo Tatit/ Arnaldo Antunes), faixa de seu segundo disco, Sempreviva! (2003), sua estreia como produtora, arranjadora e compositora. 

Nascida na região da Serra da Mantiqueira, no sul de Minas Gerais, de uma família ligada à música, Ceumar iniciou sua trajetória musical aos 18 anos, quando foi para Belo Horizonte estudar violão clássico e canto na Fundação de Educação Artística. 

Em 1995, já em São Paulo, trabalhou com grandes músicos e lançou “Dindinha”. Na Europa, viveu por cinco anos em Amsterdam (Holanda) e circulou em países como Itália, França, Portugal e Bélgica. 

A discografia de Ceumar, iniciada em 1999, continuou com outros trabalhos como “Achou!” (2006), “Meu Nome” (2009), “Ceumar & Trio Live in Amsterdam” (2010), “Silencia” (2014), “Viola Perfumosa – Homenagem à Inezita Barroso” (2018) e “Espiral” (2019). 

Em “Ceumar 35 Anos de Música”, o público maranhense poderá sentir-se privilegiado ao assistir essa imersão na trajetória musical dessa talentosa artista. De São Luís, Ceumar partirá com a turnê para Belém (PA), com shows nos dias 1º e 2 de fevereiro, e Belo Horizonte (MG), em 15 e 16 de março. 

SERVIÇO: 

Show Ceumar 35 Anos de Música 

Participação especial: Josias Sobrinho 

Quando: 25 e 26 de janeiro de 2025 (sábado e domingo), às 20h e 19h, respectivamente.

Local: Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol – Centro)

Gratuito. Retirada dos ingressos 1h antes do espetáculo. 

Duração: 75 minutos 

Classificação: Livre

Acessibilidade: sessão com Libras 

Projeto fomentado pela Bolsa Funarte de Música Pixinguinha 2023. 

Mais informações: https://www.instagram.com/ceumar_cantora/ 

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Jargão ‘comunossocialismo’ é confuso e impreciso

“Nem um, nem outro!” Assim reagiu uma atenta observadora da cena política do Maranhão ao ler uma das manchetes compartilhadas com freqüência por vários blogs locais: “Deputados comunossocialistas tentam cassar prefeito aliado de Brandão em Colinas”.

A notícia tratava de um suposto racha entre os grupos liderados pelo ministro do SFT e ex-governador Flavio Dino (PCdoB) e o governador Carlos Brandão (PSB).

Para a mencionada observadora, pedagoga e doutoranda, “comunossocialistas” não expressa com o devido cuidado conceitual o legado teórico e prático dos socialistas e comunistas.

A pergunta é: como o Maranhão pode ter um campo político assim designado se a estrutura oligárquica permanece firme e forte, renovada com o velho filhotismo eleitoral?

Outra pergunta: é possível falar em utopias revolucionárias em um dos estados mais pobres do Brasil, vivendo na idade política da pedra lascada, “governado” pelo multideputado Josimar de Maranhãozinho, ministros do naipe de Juscelino Filho e André Fufuca, e vereador do tipo de Paulo Vitor?

É preciso sublinhar ainda que o jargão comumente utilizado por alguns jornalistas e blogueiros não expressa o alinhamento dos grupos partidários mutantes a cada eleição. Eles são de tal modo heterogêneos, contraditórios, líquidos e passíveis de constantes agregações, diásporas e ressignificações que se torna impossível separar o joio do trigo.

Tudo no Maranhão se mistura e separa de acordo com os interesses econômicos e eleitorais que têm uma referência superior, acima de tudo e todos(as), chamado Palácio dos Leões.

No geral, os jornalistas, ao noticiarem o cotidiano, acumulam registros que futuramente serão fonte de consulta dos historiadores, pesquisadores e curiosos.

Fica aqui a sugestão aos jornalistas e blogueiros para refletirem sobre as manchetes e o noticiário que evidenciam um suposto “comunossocialismo” tupiniquim.

Para evitar confusões e imprecisões na História, seria mais apropriado trocar “comunossocialismo” por “dinismo”, fazendo jus ao legado e ao poder do atual ministro do Supremo Tribunal Federal (SFT), Flavio Dino, que segue mais forte, na fila de pré-candidato a presidente do Brasil.

Guardadas as devidas proporções, características e diferenciações, é bem mais pertinente utilizar os jargões alinhados aos seus respectivos significados práticos e históricos, condizentes aos fatos.

Em ordem cronológica, o Maranhão já teve o vitorinismo, em referência ao mandonismo do ex-interventor Vitorino Freire; e o sarneísmo, relativo à longa temporada do oligarca José Sarney.

A era atual é o dinismo e não “comunossocialismo” .

Sem citar Michel Foucault, a astuta pedagoga diz que “comunossocialismo” é uma caótica mistura das palavras com as coisas e as criaturas e, no final, não é uma coisa nem outra.

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Sem anistia para os golpistas do 8 de janeiro

Hoje é um dia para ser lembrado e denunciado sempre!

8 de janeiro de 2023 marcou a tentativa de um golpe no Brasil, perpetrado pela extrema direita, com requintes de violência absurda para destruir o Estado Democrático de Direito.

As ideias golpistas de 1964 seguem vivas e precisam ser execradas. Por isso, gritemos bem alto: sem anistia para os golpistas do 8 de janeiro!

Mas hoje é também um dia para celebrar vitórias dos democratas contra a ditadura militar. O Brasil comemora a premiação do longa-metragem “Ainda estou aqui”, em memória de Rubens Paiva, da sua esposa Eunice e filh@s, da atriz Fernanda Torres, do ator Selton Mello e do diretor Walter Salles.

Essa obra cinematográfica, baseada no livro homônimo do escritor Marcelo Rubens Paiva, denuncia as atrocidades cometidas pela ditadura militar, fruto do golpe civil-militar de 1964, retratando a coragem e a perseverança de todos e todas as pessoas que lutaram pelo legado e memória do deputado Rubens Paiva (PTB-SP).

O filme, de alta sensibilidade estética e política, deu à atriz Fernanda Torres o Globo de Ouro 2025, uma das mais importantes premiações do cinema mundial.

Um viva à resistência das forças democráticas e populares e também às instituições, à figura política do presidente Lula, ao sistema eleitoral confiável, ao Supremo Tribunal Federal (STF), guardião da Constituição Brasileira, e aos segmentos do Congresso Nacional e do campo da comunicação comprometidos com a memória e a verdade.

Rubens Paiva presente na luta da gente!

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#vitória da greve: governo publica Medida Provisória com reajuste para 2025

Apruma Seção Sindical – No apagar das luzes de 2024, o governo federal publicou a Medida Provisória 1.286, que altera a remuneração das carreiras do serviço público, reestrutura planos de cargos e carreiras, cria três novas carreiras, entre outras alterações.

A medida, editada em 31 de dezembro, traz, entre outros, os reajustes para as carreiras do Magistério Federal e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) em 2025 (9%) e 2026 (3,5%), além de alterar a estrutura do plano de carreira, conforme acordo firmado em junho do ano passado, após 74 dias de greve.

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“Ainda estou aqui” serve para lembrar e dizer sempre: ditadura nunca mais!

A estética e a política são indissociáveis na premiação de Fernanda Torres como melhor atriz de drama no Globo de Ouro 2025, uma das maiores premiações do cinema internacional.

O filme “Ainda estou aqui”, dirigido por Walter Salles, conta um entre tantos capítulos de violência da ditadura militar vividos por milhares de brasileiros vítimas da tortura, dos assassinatos, dos desaparecimentos e de todas as formas de violação dos direitos humanos no Brasil.

Fernanda Montenegro interpreta Eunice Paiva, a esposa do ex-deputado federal Rubens Paiva, preso, torturado e assassinado pelos militares em 1971.

A produção cinematográfica é baseada no livro do escritor Marcelo Rubens Paiva, um dos quatro filhos de Eunice e Rubens.

A vitória do cinema brasileiro é sobretudo um grande alerta para o tempo presente. É preciso dizer sempre, bem alto: ditadura nunca mais!

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Viva a cultura, abaixo a ditadura!

A premiação do filme “Ainda estou aqui” no Globo de Ouro 2025 é mais uma demonstração de resistência cultural contra todas as formas de opressão e violação de direitos.

O cinema demonstra a força criativa da arte como forma de mostrar ao mundo que as atrocidades cometidas pela ditadura militar no Brasil foram cruéis e devem ser banidas para sempre.

Ditadura é morte! Vamos lembrar sempre, denunciar e nunca esquecer.

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Vinícius de Moraes: Dia da Criação

O Dia da Criação
Que tem como epígrafe as palavras da Bíblia
Macho e fêmea, os criou
Segundo Gênese, versículo 27

Hoje é sábado, amanhã é domingo
A vida vem em ondas, como o mar
Os bondes andam em cima dos trilhos
E nosso Senhor Jesus Cristo morreu na cruz para nos salvar

Hoje é sábado, amanhã é domingo
Não há nada como o tempo para passar
Foi muita bondade de nosso Senhor Jesus Cristo
Mas por via das dúvidas, livrai-nos, meu Deus, de todo mal

Hoje é sábado, amanhã é domingo
Amanhã não gosta de ver ninguém bem
Hoje é que é o dia do presente
O dia é sábado

Impossível fugir a essa dura realidade
Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios
Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas
Todos os maridos estão funcionando regularmente
Todas as mulheres estão atentas
Porque hoje é sábado

Neste momento há um casamento
Porque hoje é sábado
Há um divórcio e um violamento
(Porque hoje é sábado)

Há um homem rico que se mata
(Porque hoje é sábado)
Há um incesto e uma regata
(Porque hoje é sábado)

Há um espetáculo de gala
(Porque hoje é sábado)
E há uma mulher que apanha e cala
(Porque hoje é sábado)

Há um renovar-se de esperanças
(Porque hoje é sábado)
E há uma profunda discordância
(Porque hoje é sábado)

Há um sedutor que tomba morto
(Porque hoje é sábado)
E há um grande espírito de porco
(Porque hoje é sábado)

Há uma mulher que vira homem
(Porque hoje é sábado)
E há criancinhas que não comem
(Porque hoje é sábado)

Há um piquenique de políticos
(Porque hoje é sábado)
E há um grande acréscimo de sífilis
(Porque hoje é sábado)

Há um ariano e uma mulata
(Porque hoje é sábado)
E há um tensão inusitada
(Porque hoje é sábado)

Há adolescências seminuas
(Porque hoje é sábado)
E há um vampiro pelas ruas
(Porque hoje é sábado)

Há um grande aumento no consumo
(Porque hoje é sábado)
E há um noivo louco de ciúmes
(Porque hoje é sábado)

Há um garden-party na cadeia
(Porque hoje é sábado)
E há uma impassível lua cheia
(Porque hoje é sábado)

Há damas de todas as classes
(Porque hoje é sábado)
Umas difíceis, outras fáceis
(Porque hoje é sábado)

Há um beber e um dar sem conta
(Porque hoje é sábado)
Há uma infeliz que vai de tonta
(Porque hoje é sábado)

Há um padre passeando à paisana
(Porque hoje é sábado)
E há um frenesi de dar banana
(Porque hoje é sábado)

Há a sensação angustiante
(Porque hoje é sábado)
De uma mulher dentro de um homem
(Porque hoje é sábado)

Há a comemoração fantástica
(Porque hoje é sábado)
Da primeira cirurgia plástica
(Porque hoje é sábado)

E dando os trâmites por findos
(Porque hoje é sábado)
Há a perspectiva do domingo
Porque hoje é sábado (sábado!)