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Feira Resex Tauá-Mirim homenageia Maria Máxima Pires

Fonte: Agência Tambor

A liderança da zona rural de São Luís, Maria Máxima Pires, recebe homenagem póstuma na nova edição da Feira da Resex Tauá-Mirim, que acontece hoje, 10 de abril, no hall do Centro de Ciências Humanas (CCH) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). 

Dona Máxima, como era carinhosamente conhecida, faleceu em dezembro de 2023, em decorrência de um câncer. Ela era extrativista, agricultora familiar e militante popular.

Ela sempre foi fonte de inspiração, força e luta das comunidades tradicionais da Resex Tauá-Mirim. Máxima defendia a vida, a natureza e o bem viver como parte da nossa existência.

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O adeus às rádios AM de São Luís

Um novo capítulo na história da comunicação começa a ser desenhado a partir da migração das emissoras AM para FM. Das seis antigas rádios AM (Educadora, Mirante, Difusora, Capital, Timbira e São Luís) resta apenas a Mirante, que também vai migrar ainda em 2024

A migração de AM para FM é fruto do Decreto nº 8.139, de 7 de novembro de 2013, dispondo “sobre as condições para extinção do serviço de radiodifusão sonora em ondas médias de caráter local, sobre a adaptação das outorgas vigentes para execução deste serviço e dá outras providências.”

No começo de 2024, mais duas emissoras desligaram os antigos transmissores e migraram para FM. A Timbira AM e a Educadora AM não existem mais. A primeira foi desativada às 15h08 do dia 2 de fevereiro 2024, uma sexta-feira. A segunda apagou o antigo transmissor às 15h de domingo (4 de fevereiro/2024).

Veja abaixo o vídeo narrado pelo radialista Robson Junior sobre o fim da Timbira AM.

Vinculada à Secretaria de Comunicação do Governo do Maranhão, a Timbira começou a operar hoje (9 de abril) definitivamente na nova frequência 95,5 Mhz.

A rádio Timbira AM (1290 Khz) foi uma das mais antigas emissoras do Maranhão, fundada em 1941. Antes dela existia a Rádio Difusora do Estado do Maranhão (prefixo PRJ-9), inaugurada em 14 de agosto de 1940, com um discurso do então interventor Paulo Ramos.

Controlada pela Igreja Católica, a ex-Educadora AM já migrou e pode ser sintonizada na FM em 88,3 Mhz.

Apenas a rádio Mirante segue na AM, sintonizada em 600 Khz, mas vai migrar para FM ainda em 2024. A emissora integra o Sistema Mirante de Comunicação, controlado pela família do ex-presidente José Sarney.

A Capital AM (1180 KHz) foi extinta em outubro de 2017, após a destruição dos equipamentos no parque de transmissão, em um ato de vandalismo atribuído a um grupo de sem teto que pretendia ocupar o terreno de propriedade da emissora. A concessão da Capital é vinculada à família do senador Roberto Rocha.

Em setembro de 2018 houve a migração da Difusora AM (680 KHz) para a FM 93.1 MHz. (leia mais aqui sobre a migração da Difusora AM)

A Pan News / São Luís AM (1340 KHz) foi desativada em setembro de 2020, migrou para FM e teria sido vendida pelo empresário Zildeni Falcão ao deputado federal Cleber Verde (Republicanos).

Veja na tabela abaixo o cenário da
migração das emissoras sediadas em São Luis

COMO ERAMCOMO ESTÃOSINTONIA NA FM
Educadora AM (560 KHz)  – já migrou e manteve o nome Educadora88.3 Mhz
Mirante AM (600 KHz)– vai migrar ainda em 2024104.1 MHz
Difusora AM (680 KHz)  – mudou o nome para Difusora News93.1 MHz
Capital AM (1180 KHz)  – desativada em 2017– – –
Timbira AM (1290 KHz)– migrou e manteve o nome Timbira FM95.5 MHz
São Luís (1340 KHz)– mudou o nome para Massa FM98.5 MHz

Ex-ouvintes assíduos de AM estão acompanhando a migração. É o caso de Edinho Sousa, morador do Quintas do Calhau, que gravou um vídeo (veja abaixo) manifestando a “satisfação de ser o primeiro ouvinte fiel a sintonizar a rádio Educadora na FM 88,3 Mhz”.

Metamorfose ambulante

Mesmo antes da migração, as emissoras já se adaptaram ao novo cenário tecnológico, incorporando o velho rádio ao ambiente digital das plataformas, redes sociais, aplicativos e múltiplas opções de interação com a audiência.

A Timbira, por exemplo, mesmo no tempo da AM, já se denominava TV.

Para o pesquisador Marcelo Kischinhevsky, a fase atual é do “rádio expandido”, que agrega linguagens, plataformas, mediações e consumo, levando em conta as práticas culturais e as inovações técnicas.

Com a migração, o cenário do rádio todo em FM vai ter alta competitividade e disputa pela audiência.

Ouvintes que já acessavam as FMs de tendência musical terão agora as opções de novas FMs, fruto da migração, cuja pegada principal é o jornalismo e o esporte.

As AMs em fase de extinção tinham longo alcance e programação preponderantemente jornalística e esportiva, com pouco uso do entretenimento.

As FMs, outrora marcadas pela programação musical, já haviam adotado conteúdo jornalístico em diversos horários.

Vantagens e desvantagens

Se por um lado a FM melhora a qualidade de som, atrai o público mais jovem e tem potencial para convencer os anunciantes, por outro a migração pode abrir um “vazio da audiência” nas populações dos lugares distantes das regiões metropolitanas, que terão dificuldades em sintonizar as FM nos rádios de pilha, por exemplo.

Os dois vídeos abaixo foram gravados com ouvintes de AM nas ilhas de Guajerutíua e Mangunça, no litoral ocidental do Maranhão. Os depoimentos demonstram as dificuldades de acesso às emissoras FM.

A situação nas ilhas ocorre porque as AMs podiam ser sintonizadas em longas distâncias e o desligamento vai deixar parte da audiência “sem rádio” até que nos lugares longínquos tenha uma boa oferta de internet. Nessa situação, os ouvintes poderão acessar qualquer emissora utilizando os aplicativos dos smartfones.

O acesso depende, no entanto, de bons pacotes de dados para utilizar os telefones móveis como substitutos dos aparelhos de rádio.

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Joias roubadas? Michelle Bolsonaro ataca Flávio Dino

Agência Tambor – Michelle Bolsonaro atacou o maranhense Flávio Dino, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Isso foi sábado, dia 6 de abril.

Foi uma acusação até o momento sem provas, feita num evento do PL, em Maceió (AL). Vários veículos da grande mídia repercutiram o ataque, registrando exatamente a falta de provas.

Segundo a integrante do grupo Bolsonaro, Flávio Dino teria interferido na Polícia Federal, dando o nome da operação que investiga a mesma Michelle, por suspeita de roubo de joias.

Na versão dada ontem por Michelle, Flávio Dino teria batizado a Operação, quando exercia o cargo de Ministro da Justiça.

FBI na área

A Bolsonaro fez a acusação exatamente no mesmo dia em que circulou uma informação importante, referente ao acordo de cooperação entre a Polícia Federal e o FBI (Departamento de Investigação Federal dos Estados Unidos).

A PF e o FBI planejam refazer o trajeto da venda das joias. Segue a investigação sobre o possível crime de peculato, envolvendo o grupo Bolsonaro, especialmente Jair e Michelle.

Numa evidente tentativa de desviar o assunto relativo ao FBI e politizar a investigação, a extremista disse com todas as letras que Dino teria dado o nome da Operação da PF – batizada de Lucas 12:2 – para “desdenhar de sua fé”.

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Anistia? Grupo de Iracema Vale agirá em favor de organização criminosa?

Agência Tambor – A Assembleia Legislativa do Maranhão está tratando de um problema nacional, que envolve uma série de crimes que hoje estão sendo julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A extrema direita brasileira está mobilizada em torno de um discurso que fala em anistiar a organização criminosa que ela mesma montou.

Atuaram por intervenção militar, por golpe de Estado. E agora querem perdão para a sequência de violações que resultou nos ataques do 8 de janeiro de 2023.

Jair Bolsonaro e seu séquito correm um enorme risco de serem presos, por uma sucessão de delitos cada vez mais evidentes.

E é para livrar sua própria pele, que os Bolsonaro pedem perdão para os criminosos. Querem anistia para os partícipes que já estão presos, condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

E Michelle Bolsonaro, mesmo envolvida nas investigações, vem percorrendo o Brasil para tentar mobilizar setores da opinião pública em favor da organização criminosa da qual ela faz parte.

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Barreirinhas, 1950

Agenda Maranhão – O Portal Agenda Maranhão já fez algumas postagens referentes a Barreirinhas.

Esta última publicação mostra mais uma fotografia da cidade na década de 1950 (provável). A autoria é desconhecida.

Hoje, Barreirinhas é uma das portas de entrada para o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

História

A região atualmente ocupada pelo município de Barreirinhas foi habitada pelas etnias indígenas Tapuio e a dos Caeté. Os Caeté viviam na região das areias próxima a foz do Rio Preguiças.

A presença de povos europeus aconteceu no século XVIII quando a Companhia de Jesus instalou a fazenda Santo Inácio.

Em 1858 foi criada a freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Barreirinhas, que foi elevada categoria de vila em 14 de julho de 1871 e a de cidade em 1938.

Em 1981 foi instituído o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

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Inscrições abertas para cursos de iniciação musical do Sesc

O Projeto Sesc Musicar está com inscrições abertas para cursos de iniciação musical gratuitos. Podem se inscrever crianças de 7 a 14 anos até o dia 11 de abril, na Associação dos Moradores do Conjunto Angelim – AMCA, das 8h às 12h e das 14h às 17h (segunda a sexta) e das 8h às 11h (sábado). A edição 2024 ofertará aulas de violão, violino, canto coral, cavaquinho e flauta doce a partir de 20 de abril, aos sábados, das 8h às 12h.

A edição 2024 do Sesc Musicar está com inscrições abertas para um total de 95 vagas, sendo 70 destinadas a alunos que não tenham instrumento musical e 25 para quem que já possua instrumento. As aulas serão ministradas na Associação dos Moradores do Conjunto Angelim, localizada na Avenida 04, s/n Praça Cristo Rei.

Para concorrer à vaga é necessário apresentar os seguintes documentos: cópia do RG e CPF do candidato e do responsável; cópia do comprovante de escolaridade ou declaração escolar original do candidato; Cartão Sesc atualizado do titular e dependente (caso o candidato possua o cartão Sesc); comprovante de residência atualizado; documento que comprove deficiência física ou mental do candidato, quando for o caso e uma foto 3×4.

Iniciado em 2006, o projeto Sesc Musicar nasceu com o objetivo de utilizar a música como instrumento de educação e inserção social, permitindo às crianças ingressaram no universo musical e aos jovens que já tenha atuação na área o aperfeiçoamento de  suas habilidades artísticas. 

Sesc Musicar

O Projeto Sesc Musicar se constitui em uma ação cultural que tem como objetivo a promoção de cursos de música visando contribuir para o desenvolvimento sociocultural de crianças, adolescentes e jovens para os cursos de iniciação musical.

Para além de uma oficina de instrumento, a iniciativa contribui para a ampliação cultural dos alunos e o desenvolvimento de habilidades artísticas, permitindo que todos participem ativamente do processo.

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Edvaldo Goulart denuncia problemas no bairro Santa Cruz e Conjunto Radional

Agência Tambor – Moradores do bairro Santa Cruz e conjunto Radional, em São Luís, sofrem há anos com problemas de infraestrutura na localidade.

Segundo eles, falta segurança, limpeza pública, transporte de qualidade, esgoto. Além disso, a população convive com um lixão a céu aberto há 50 anos. 

Isto coloca em risco a saúde das pessoas. E é preciso considerar que tanto o Maranhão, quanto outros estados brasileiros estão sob surto de dengue. 

A situação dos bairros é gravíssima. Os problemas trazem consequências alarmantes para os moradores. 

A ponte da matança, utilizada para chegar ao bairro de Santa Cruz, apresenta condições precárias.

A população cobra providências da prefeitura de São Luís.

Para falar sobre essa questão, o Jornal Tambor de terça-feira (02/04) entrevistou Edvaldo Goulart. Ele é estudante de Jornalismo da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

(Veja, abaixo, a edição completa do Jornal Tambor com a entrevista de Edvaldo Goulart)

Segundo Edvaldo, os moradores fizeram denúncias formais no Ministério Público e em veículos de comunicação de São Luís. No entanto, os problemas permanecem sem solução.

De acordo com o universitário, que é uma pessoa com deficiência física, ele sofre diariamente com a ausência de mobilidade em seu bairro.

Edvaldo Goulart vem apresentando denúncias sobre a situação do bairro

“Temos dois ônibus que fazem linha para o nosso bairro, mas demora passar. Faz tempo que estamos denunciando, porém os gestores públicos não fazem nada para resolver”, disse Edvaldo.

Ao final da entrevista, ele cobrou melhorias estruturais no bairro Santa Cruz e conjunto Radional. E alertou que nesse ano eleitoral a população denuncie e cobre ações dos candidatos.

(Confira abaixo a edição do Jornal Tambor, com a entrevista completa de Edvaldo Goulart)

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Após cobranças do Sindsalem, Assembleia Legislativa convoca candidatos classificados no concurso público

Fonte: Sindsalem

A luta pela moralização do serviço público teve uma vitória importante, conquistada pelo Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa do Maranhão (Sindsalem). O Diário Oficial da Alema divulgou nesta terça-feira (02/04) a lista dos 30 primeiros aprovados e classificados no concurso reivindicado historicamente pelo sindicato. Os primeiros convocados vão preencher os cargos de assistente, técnico e consultor legislativo.

“Ao todo, 30 concursados foram chamados na lista inicial. Sobre os demais aprovados, a Diretoria-Geral da Assembleia Legislativa garantiu que eles devem ser convocados em maio. Ressalto, inclusive, que um aprovado no cadastro de reserva para o cargo de revisor foi chamado nesta relação. Valeu a pena lutar por mais concursados e menos comissionados”, afirmou o presidente do Sindsalem, Nataniel Serejo.

Os candidatos deverão enviar a documentação prevista no edital (itens 18.1.3, 18.2 e 18.3) para o e-mail ouvidoradrh@al.ma.gov.br e realizar exames como condição para a posse, que deverá ocorrer em até 30 dias após a publicação da nomeação no Diário Oficial do Estado.

Após a nomeação, os candidatos deverão se submeter ainda à avaliação médica obrigatória pela Junta Oficial do Estado, mediante agendamento pelo Sistema Eletrônico de Perícias, acessível em http://requerimento.iprev.ma.gov.br/pericia.

Para o diretor do Sindsalem, Noleto Chaves, o concurso e a convocação dos aprovados é uma vitória sem precedentes construída pelo sindicato, em conjunto com o finado Dr. Pedro Leonel e seus associados, desde 2013.

“Essa luta antiga do sindicato foi ganhando parceiros, como a Agência Tambor, o Preparatório Júris, o Lex Concursos e, sobretudo, apoio dos concurseiros e da sociedade. Agradecemos ainda a atuação firme do juiz Douglas Martins, que conduziu – nos rigores da lei – a execução da sentença que garantiu a realização desse certame tão almejado. Mais uma batalha foi vencida hoje, mas a luta do Sindsalem pela equiparação entre concursados e comissionados na Casa do Povo continuará. Contem conosco”, evidenciou Chaves.

Confira a lista dos convocados no Diário Oficial da Alema do dia 2 de abril 2024

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Viva os 89 anos do Sindicato dos Bancários

Essa foto é de 1991, na Redação da Assessoria de Comunicação do Sindicato dos(das) Bancários(as) do Maranhão (Seeb), entidade que hoje completa 89 anos.

Eu era recém-formado pela UFMA e tive meu primeiro emprego com carteira assinada na profissão Jornalismo. Foi uma experiência incrível trabalhar ao lado da jornalista paraense Vera Paoloni, veterana da comunicação sindical da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Na virada dos anos 1980 para 1990, o Movimento de Oposição Bancária (MOB), vinculado à CUT Maranhão, assumia o comando da entidade com a nova perspectiva do sindicalismo classista, de luta, independente do Estado, rompendo o modelo corporativo da Era Vargas.

Lá eu conheci pessoas fantásticas. Tu sabias que esse grande artista Beto Ehongue trabalhou no Seeb!? Desde novinho o cara tomava conta da sonorização, do cinema (isso mesmo, o sindicato tinha um cinema!) e dos livros.

“Era público certo. Toda quinta-feira rodávamos filmes que estavam fora do circuito tradicional. Depois criamos também uma sessão infantil, às sextas-feiras, e foi outro sucesso. Eu definia a programação, divulgava, operava o projetor na hora da sessão e preparava a sala. Era totalmente livre pra organizar e até hoje tem gente que frequentava e fala como era legal”, detalha Ehongue.

Outra funcionária inesquecível foi Lucimar Carvalho, hoje destacada advogada nas causas indígenas, inclusive fazendo sustentação oral no STF, durante uma das discussões sobre o Marco Temporal.

Não posso deixar de referenciar Dona Remédios, a mulher da copa e cozinha, com seus maravilhosos café e suco de limão.

Na diretoria, convivi com Acrisio Soares Mota, Aparecida Moreira (Departamento da Mulher), Bira do Pindaré, Bernardo Felipe, Evandro Cutrim, Januário Rodrigues, Josinaldo da Luz, Jorge Cordeiro, Leda Martins, Marcos Vandaí, Rosário Braga, Uílio Oliveira…

Peço desculpas por não citar todas e todos.

Na Ascom eu aprendi muito, desde escrever o texto de uma faixa utilizada nas mobilizações e greves, até revistas e dossiês. Após a saída de Vera Paoloni, a coordenação da Assessoria de Comunicação passou ao comando do jornalista e hoje deputado federal Marcio Jerry, com quem trabalhei no sindicato e também na organização do movimento de rádios comunitárias.

Atravessei fases e equipamentos tecnológicos interessantes. As notícias chegavam por telex, depois via fax (fac símile) e computador só tinha na agência de publicidade (Estação Gráfica) que prestava serviço para o sindicato.

E tínhamos clipping!!!

Havia uma empresa chamada Recoplex, que diariamente enviava os recortes de jornais impressos, em uma encadernação, contendo notícias de interesse do sindicato.

Depois do Recoplex, veio o NewsPaper, bem mais sofisticado. Chegava por fax, diagramado no formato de jornal, trazendo a síntese das principais notícias do Brasil e internacionais sobre economia e política.

As imagens eram dos fotógrafos e das filmagens. Outra empresa, acho que VideoClipping, fornecia todo o noticiário da televisão (em fitas VHS) sobre o sindicato e áreas afins.

Quando íamos fazer um panfleto ou jornal, todos os textos eram datilografados e depois levados em papel para a Estação Gráfica, onde faziam a digitação, diagramação, arte final, fotolitagem e finalmente a impressão.

O Sindicato desencadeou campanhas sociais relevantes, como “Mais Bancários, Menos Filas”; travou grandes batalhas contra a corrupção no Banco do Estado do Maranhão (BEM); defendia com vigor o papel dos bancos públicos no desenvolvimento do país; obtinha vitórias nas causas trabalhistas; motivava o esporte; valorizava a mulher bancária e a saúde da categoria.

Uma das batalhas mais relevantes, com a participação do Seeb, desmascarou a farsa montada pela Alumar e a mídia empresarial para criminalizar Acrísio Soares Mota, Luiz Noleto e outros dirigentes no rumoroso caso Celso Motter, executivo da multinacional. Na época, os militantes foram falsamente acusados de sequestrar e torturar Motter, mas a verdade veio à tona, desmontando a mentira contra o movimento sindical.

O fim do lixão do Jaracati, onde hoje é o Shopping São Luís, também teve o protagonismo da luta bancária, a princípio para preservar a saúde dos funcionários do Cesec (setor de processamento de dados e cheques), mas no geral para assegurar a saúde da cidade.

Tive ali uma escola de formação política, área primordial para botar combustível na luta, lembrando os velhos (e necessariamente atuais) bordões sobre teoria e prática revolucionária.

Havia divergências entre dois grupos que disputavam a formação da maioria e o comando do sindicato. Esse embate proporcionava coisas ruins e boas.

A vitalidade do MOB pôs no campo de jogo a concepção e a prática sindicais. Afinal, sindicato é para lutar, não para conciliar!

Para além do bem e do mal, sobressaía o alto nível dos debates nas reuniões da diretoria executiva, nos longos seminários de planejamento estratégico e nos cursos de formação política.

Aliados essenciais na formação específica para a batalha da mídia, o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) e a jornalista Claudia Santiago já caminham com o sindicato em muitas parcerias, fruto do legado de Vito Gianotti e o sonho de disputar hegemonia.

Desde que surgiu, a Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no Maranhão teve apoio do sindicato.

Foi por essa compreensão da comunicação na luta de classes que o Seeb deu um impulso fundamental no nascedouro da Agência Tambor, hoje uma experiência consolidada de Jornalismo fora do circuito empresarial.

Voltando ao passado, naquele tempo fazia-se análise de conjuntura e o sindicato dialogava com outros movimentos sociais, compreendendo que a luta era da categoria e, junto com ela, da classe trabalhadora.

Eu fumava muito e me excedia no café, porque a Assessoria de Comunicação era um dos centros nervosos do sindicato.

Recentemente, foi inaugurada uma biblioteca em homenagem à escritora Maria Firmina dos Reis, um dos espaços aconchegantes da sede da entidade, na rua do Sol, Centro Histórico de São Luís.

Em 2025, no aniversário dos 90 anos, tem de ter um grande festejo para celebrar nove décadas de uma das mais importantes instituições do Maranhão.

Viva as bancárias e bancários!

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Pré-candidata à Prefeitura de Santa Rita é vítima da cultura do ódio

A pequena cidade de Santa Rita, distante 78 km de São Luís, protagonizou uma das piores imagens já vistas na política do Maranhão contemporâneo. Durante a Semana Santa, um Judas foi confeccionado com material de alta qualidade, tendo a foto da pré-candidata a prefeita, Luiza Calvet. Segundo a tradição popular, a malhação de Judas é feita no Sábado de Aleluia.

Desde que começou a crescer na disputa eleitoral deste ano, a jovem de 30 anos, que também é vereadora do município administrado pelo médico Hilton Gonçalo, começou a incomodar os adversários. Luiza é o principal nome de contraponto ao sobrinho do prefeito, Milton Gonçalo, que até alguns anos vivia em São Paulo, cursando Medicina em uma faculdade privada. Lideranças e vereadores têm deixado o grupo do prefeito e declarado apoio à pré-candidata, indignados com o projeto “familiar” de Gonçalo na sucessão municipal.

Gonçalo e a esposa, Fernanda Gonçalo, prefeita de Bacabeira, município próximo a Santa Rita, querem eleger dois sobrinhos, um em cada um dos municípios. Durante o feriado de Páscoa, carros adesivados com o nome da sobrinha pré-candidata em Bacabeira, Naila Gonçalo, foram vistos na distribuição de pescados, em flagrante propaganda eleitoral antecipada.

Carro adesivado da família Gonçalo indica antecipação de propaganda

O “Judas” com a foto de Luiza Calvet foi amplamente divulgado nos grupos de whatsaap da cidade em uma tentativa de linchamento simbólico da pré-candidatura. Leia a Nota de Repúdio:

Nota de Repúdio

O grupo de apoio à pré-candidatura de Luiza Calvet, à Prefeitura da Santa Rita, e o Diretório Estadual do Partido Republicanos no Maranhão, vêm a público repudiar a pior forma de expressão já feita na história política do município, em plena Semana Santa.

Em um exemplo de cultura do ódio e de um tipo de política que envergonha o município e o Brasil, o uso indevido da imagem da pré-candidata em um boneco de Judas, é um símbolo do desespero dos seus adversários que, com essa manifestação, só demonstram que não merecem a escolha da população no dia 6 de outubro.

Fica posto aqui, publicamente, o nosso repúdio veemente.

Santa Rita, 31 de março de 2024

Grupo de Apoio à Pré-Candidata a Prefeita de Santa Rita (MA), Luiza Calvet

Diretório Estadual do Partido Republicanos no Maranhão