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Cabe uma retratação

O secretário de Saúde, Carlos Lula, é um dos melhores gestores do governo Flávio Dino (PCdoB).

Durante a pandemia do novo coronavírus ele tem feito o bom combate, em sintonia com as orientações das autoridades sanitárias, trabalhando com seriedade no enfrentamento da doença.

Porém, na convenção partidária governamental em Coroatá, Carlos Lula fez discurso sem máscara e até dançou com os seus correligionários no palanque, vendo na plateia um ambiente aglomerado e perigoso.

Não adianta usar o argumento de que o cidadão Carlos Lula é uma pessoa; e o secretário, outra. Ambos estão na mesma humanidade, falível.

O secretário errou e deveria fazer uma retratação.

Outros políticos e candidatos fizeram convenções aglomeradas atropelando as recomendações médicas.

A convenção do candidato a prefeito de São Luís, Duarte Junior, ex-comunista e atualmente no Republicanos, foi um exagero de aglomeração.

O que ele fez depois? Gravou e divulgou um vídeo pedindo desculpas.

O secretário de Saúde poderia tomar uma atitude semelhante. Na condição de autoridade referência no combate à pandemia é até pedagógico ele vir a público explicar a falha e reforçar os cuidados com a vida.

Basta um gesto simples e didático, com uma pequena dose de humildade.

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Há 41 anos São Luís era a cidade rebelde da meia passagem

Nesse 17 de setembro é lembrada a conquista da meia passagem, em 1979, após uma greve histórica que mobilizou a cidade e sensibilizou a sociedade local.

Centenas de estudantes ocuparam a região central de São Luís em diversos atos públicos, caminhadas, discursos e enfrentamento das forças repressivas sob o comando do então governador João Castelo, aliado da ditadura militar.

Quatro décadas depois, a cidade que ganhou a denominação de “ilha rebelde” já não é mais a mesma.

Desde 1989 o mesmo grupo político manda e desmanda em São Luís e a cidade passa por graves problemas estruturais, ambientais e falta de transparência na gestão pública.

Ainda bem que temos boas recordações.

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Bolsonaro faz recuo tático no Renda Brasil

Durante o período mais forte da pandemia do novo coronavírus o Auxílio Emergencial passou a ser um ativo importante nos índices de aprovação e popularidade do governo Jair Bolsonaro.

O presidente sentiu nas pesquisas o efeito da injeção do dinheiro no bolso da população pobre. Somado ao Bolsa Família, o Auxílio Emergencial acendeu a luz verde para a reeleição de Bolsonaro em 2020.

Falta, apenas, rebatizar o Bolsa Família e transformá-lo no Renda Brasil, apagando a marca tucano-petista para criar um novo mote publicitário de ajuda aos pobres, sob a insígnia nacionalista e uma provável paleta de cores verde e amarela.

Momentaneamente há um conflito entre a sedução eleitoreira de Bolsonaro e as restrições orçamentárias somadas à antipatia pelos pobres do ministro da Economia Paulo Guedes.

Para evitar um desgaste maior com a equipe econômica, o presidente faz um recuo tático no Renda Brasil, mas na virada de 2021 para 2022, ano eleitoral, o tema voltará à pauta com todo vigor.

O bolsonarismo, que odeia os programas sociais pejorativamente denominados “esmola para os pobres”, vai mudar de opinião em nome da reeleição do presidente.

Espelhado no PSDB e no PT, pai e mãe dos programas sociais recentes, Bolsonaro vai manter e aperfeiçoar tudo aquilo que condenava.

Assim, o Renda Brasil tende a ser o maior cabo eleitoral de 2022.

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Convenção do PSB em São Luís foi marcada pelo respeito às normas sanitárias

Ainda repercute nas redes sociais e nos meios de comunicação a forma como os partidos e as coligações fizeram as suas convenções no fim de semana – a maioria desobedecendo as orientações de prevenção diante da pandemia covid19 que ainda contamina e mata.

Várias candidaturas foram homologadas com aglomerações e um grande aparato de mobilização já bastante conhecido na forma tradicional de transportar pessoas em ônibus e vans para fazer volume nos eventos.

Já na convenção do PSB as regras sanitárias foram devidamente administradas com uso de máscara, distanciamento entre os convencionais, sala especial com telão para uma parte do público e higienização com álcool gel.

O ambiente restrito não ofuscou o brilho do evento. As pré-candidaturas de Bira do Pindaré a prefeito de São Luís, Letícia Cardoso vice e da chapa dos vereadores e vereadoras teve momentos de emoção como todo ato político, mas os cuidados com a vida foram devidamente tomados com antecedência.

No salão principal do evento estavam apenas filiados e os pré-candidatos com cadeiras marcadas. Simpatizantes e apoiadores acompanharam em outros espaços através de telões.

Bira e Letícia entraram no salão entoando a música “Oração Latina”, de Cesar Teixeira, momento de entusiasmo devido à motivação da letra que embala tantos sonhos em várias gerações.

Diferente de algumas candidaturas homologadas em grandes eventos com espetáculos pirotécnicos, alguns até assemelhados às convenções dos EUA, o PSB fez a festa com pés no chão, respeito às recomendações das autoridades sanitárias e muita aglomeração de emoções no coração de cada militante presente.

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Emílio para vereador! Mais um passo!

O jornalista Emílio Azevedo – da Agência Tambor e do Jornal Vias de Fato – teve seu nome confirmado ontem (12/09), na convenção do PSB, como candidato a vereador de São Luís.

A candidatura de Emilio havia sido proposta, em meados de agosto, por uma carta aberta que contou com mais de duzentas assinaturas.

A convenção também escolheu Bira do Pindaré, como candidato a prefeito e professora da Ufma, Letícia Cardoso, como candidata a vice da chapa.

Leticia, que também é jornalista, foi uma das pessoas que assinou a carta aberta propondo o nome de Emilio como candidato.

A campanha começará oficialmente no dia 27 deste mês de setembro.

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Lançados mais três editais do programa Adote um Casarão

Dando continuidade ao programa Adote um Casarão, o Governo do Estado, por meio da Secretaria das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid), lançou mais três editais para reforma e concessão de imóveis da administração pública estadual, situados no Centro Histórico de São Luís.

Os editais fazem parte de uma estratégia do Governo do Estado com a finalidade de fomentar o empreendedorismo local e ocupar os imóveis públicos ociosos ou subocupados de propriedade do Estado com atividades que promovam o desenvolvimento sustentável do Centro Histórico aliado à preservação do patrimônio histórico.

Para tanto, o Governo do Estado lançou mais três concursos com a finalidade de identificar pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, com ou sem fins lucrativos, com interesse em recuperar e utilizar gratuitamente esses três casarões por dez anos, renovável por mais cinco anos.

Na primeira etapa do programa, nove empreendimentos foram contemplados com imóveis pertencentes ao poder público estadual. 

Já nesta segunda, iniciada agora em setembro, serão disponibilizados mais três prédios da administração estadual, direcionados para as atividades do polo comercial, gastronômico e cultural. 

O secretário das Cidades e Desenvolvimento Urbano, Raimundo Reis, destaca que é mais um importante passo do governo na transformação do Centro Histórico de São Luís por meio do programa Nosso Centro.

“É uma união de esforços onde estão sendo realizadas diversas ações como o reforço na segurança da região, a reforma do edifício João Goulart, construção do estacionamento e praças, revitalização de equipamentos públicos, a concessão e acompanhamento do Cheque Minha Casa e o uso e ocupação de casarões do Estado”, ressaltou Raimundo Reis.

De acordo com a secretária adjunta de Assuntos Metropolitanos da Secid, Arlene Vieira, a próxima etapa do processo consiste na avaliação das propostas de uso dos prédios públicos quanto à viabilidade e ao enquadramento tanto nas diretrizes do programa Adote um Casarão quanto do programa Nosso Centro. 

“Por consequência, a proposta que for selecionada deve trazer aquilo que o governo espera: o desenvolvimento sustentável e a preservação do patrimônio histórico de São Luís”, destaca a gestora.

Os imóveis que integram o certame estão localizados no Centro Histórico de São Luís na Rua Direita (Rua Henriques Leal), 156; Rua Oswaldo Cruz (Rua Grande), S/N; e na Rua Rio Branco (Rua dos Remédios), 279, quadra 52.

Propostas

O envio das propostas pelos proponentes deverá ser feito até o dia 19 de outubro e os interessados deverão encaminhar à Comissão de Análise do Programa Adote um Casarão (Capac), todos os documentos requisitados no edital e seus anexos, no prazo de até 45 dias corridos a partir da sua publicação.

A documentação deverá ser entregue via postal (Sedex ou carta registrada com aviso de recebimento), ou pessoalmente, no Setor de Protocolo da Secid, na Avenida Getúlio Vargas, 1908, Monte Castelo, São Luís/MA, CEP: 65030-005, de segunda a sexta-feira, no horário das 13h às 18h30.

Mais informações sobre o edital estão disponíveis no site da Secretaria das Cidades e Desenvolvimento Urbano pelo endereço www.secid.ma.gov.br

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Morto pela covid-19, cacique Bepkot Kayapo Xikrin era um guardião da floresta

[Por Catarina Barbosa | Brasil de Fato/Belém(PA)] O povo Xikrin perdeu a liderança Bepkot Kayapo Xikrin, de 78 anos, conhecido como Cacique Onça. Ele era da aldeia Pytakô, da Terra Indígena Trincheira/Bacajá, em Altamira, no Pará. O ancião passou 24 dias internado no Hospital Regional de Altamira, chegou a ser entubado, mas não resistiu às complicações da covid-19. A morte foi confirmada na segunda-feira (31).

Bepkot não falava português, apenas seu idioma nativo. Ele foi uma liderança de destaque na defesa de seu povo contra ameaças, desde queimadas e grilagem à usina hidrelétrica de Belo Monte.

Seu sobrinho, Yann Xikrin, de 24 anos, afirma que são muitas as lutas dos seus parentes, não apenas contra a covid-19, mas também a preservação do ambiente e contra o preconceito. Ele lamenta que governo não seja capaz de reconhecer a importância dos povos indígenas.

“A perda de um ancião nosso não é simplesmente uma morte de uma pessoa. É toda uma história cultural, todo o ensinamento que vai embora. Eles são os guardiões da nossa cultura. Nós já sofremos tanto na época do colonizador e ainda sofremos. Então, queremos que os governos respeitem mais a nossa cultura”, diz Yann.

A terra indígena tem em seu limite leste as rodovias Belém-Brasília (BR-010) e a PA-150, entre Belém, Redenção e São Félix do Xingu.

O território é fruto de conflitos devido a fronteira agropecuária, o que facilita o acesso a atividades ilegais como a extração de madeira, pesca e garimpo dentro de seus limites.

Segundo informações oficiais do Distrito Sanitário Especial Indígena de Altamira (DSEI), a região contabilizou 429 casos confirmados da covid-19.

A TI Trincheira/Bacajá conta com diversas aldeias, entre elas, Mrotidjam, Bacajá, Pytakô, Potkrô, Kamoktikô, Pykayaká, Krayn e Kenkudjoi, das etnias Apiterewa, Araweté, Assuriní e Xikrin. Segundo o último dado da Funai de 2011, há 746 indígenas no território.

Edição: Rodrigo Durão Coelho

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Resposta a um fanático

Recentemente postei no twitter a seguinte pergunta:

Inflação e desemprego em alta, disparada nos preços dos alimentos, Queiroz em prisão domiciliar, a Lava Jato desmoralizada, mais de 130 mil mortos de covid19….

Onde estão os histéricos batedores de panela?

Um conhecido bolsonarista que sempre polemiza minhas colocações fez a pergunta ensaiada para a qual ele tem a resposta – quem é o culpado?

Para não perder tempo em um vai e vem infinito de textos, onde eu apresento argumentos e ele crenças, elaborei uma só resposta e encerrei a discussão.

Segue minha resposta.

“Prezado, recentemente conversei com um terraplanista, que também é contra vacinas e uso da máscara. Ouvi dele a seguinte “teoria” sobre o culpado pela atual situação do país:

Quando estava preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, Lula recebeu a visita de um agente secreto do Partido Comunista Chinês (PCC), que presenteou o petista com um notebook. O equipamento já estava conectado à dark web, uma zona digital onde transitam informações não controladas pelas grandes corporações dominantes da rede mundial de computadores convencional.

Pela dark web Lula fez um curso avançado de farmácia e biomedicina, concluído com uma descoberta-bomba: a fórmula do novo coronavíruos (covid19). Lula, então um cientista famoso nos subterrâneos da internet, traficou a fórmula para o Partido Comunista Chinês. Tudo isso fazia parte de uma grande conspiração para implodir a economia internacional e deixar a China controlando todas as riquezas do mundo. Assim, Lula e o PCC espalharam o vírus no mundo…

Porém, a descoberta mais audaciosa do petista satânico foi o desenvolvimento de um chip capaz de converter aliados de Jair Bolsonaro ao comunismo. Esse chip foi introduzido de forma experimental na deputada Joice Hasselman e em Alexandre Frota, Delegado Valdir e Major Olímpio. Todos se converteram ao comunismo! Faltava o teste definitivo e Lula mandou um agente ultra secreto do PCC introduzir o chip em Sergio Moro.

Agora tudo faz sentido. Existe uma grande conspiração internacional para favorecer a China e destruir o mito. A alta no preço do arroz e nos derivados da soja só está ocorrendo porque a China comunista está importando grande parte da produção brasileira do agronegócio. E a descoberta do esconderijo de Fabrício Queiroz no escritório de advogado de Jair Bolsonaro foi obra do ex-ministro chipado Sergio Moro.

Conclusão: tanto a crise econômica quanto as investigações que alcançam familiares e aliados do mito são partes de uma grande armação. É tudo CULPA DO PT.”

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Futebol no rádio é “colorido”

Nesses tempos de pandemia, quando a televisão brasileira está prestes a comemorar 70 anos de implantação, as transmissões dos jogos de futebol, sem público, estão frias.

O espetáculo futebolístico na tela ocorria em dupla força expressiva: o espetáculo dentro de campo e o festival de reações nas arquibancadas.

Sem as torcidas, as TVs têm de se contentar com os mosaicos e faixas, imagens meramente ilustrativas.

Já o “velho” rádio consegue dar uma sensação de ao vivo permanente nas transmissões, graças ao uso dos efeitos sonoros das torcidas.

Em várias emissoras, a criatividade exalta as emoções da torcida no som ambiente funcionando como background, alguns até modulados de acordo com a intensidade dos lances.

Os efeitos sonoros funcionam como os ruídos das torcidas e “colorem” a narrativa dos locutores.

Assim, a magia do rádio dá um show nas transmissões, enquanto a TV, com a imagem das arquibancadas vazias, vive o jejum de público nas arenas e perde audiência também para o streaming.

São outros tempos.

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Onde foi parar o acervo do Memorial Bandeira Tribuzzi?

Ainda no rescaldo das comemorações do aniversário de São Luís, cabe perguntar às autoridades onde está guardado, armazenado ou dispensado o rico acervo do escritor Bandeira Tribuzzi (?).

A coleção de livros, fotos, desenhos, gravuras, quadros, documentos e objetos em geral do poeta estava na sede do antigo Memorial Bandeira Tribuzzi, na Ponta d’Areia, equipamento fundado ainda no governo Luiz Rocha.

Desde que a Ponta d’Areia recebeu o equivocado codinome de “Península” e a especulação imobiliária tomou conta daquele pedaço da cidade, vários equipamentos culturais foram dizimados de lá.

O Memorial Bandeira Tribuzzi está desativado e no local funcionam a CAT (Central de Atendimento ao Turista) e uma igreja católica.

Não há informações publicizadas sobre o paradeiro do acervo do poeta.

Detalhe: Bandeira Tribuzzi é autor do precioso hino “Louvação a São Luís”