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Seguimos de olho na bancada federal do Maranhão

Vigiar, fiscalizar e cobrar são as palavras de ordem permanentes para os deputados e as deputadas, senadores e senadoras do Maranhão.

Após as manifestações que denunciaram os apoiadores da PEC da Bandidagem, seguimos firmes monitorando o posicionamento da bancada na importante votação sobre a isenção de impostos para quem ganha até 5 mil reais e tributação dos super ricos em 10%.

Essa votação será um marco no longo processo de uma justiça tributária que cobre dos que ganham muito e zere o imposto de renda para quem ganha pouco.

Parlamentar do Maranhão, estamos de olho e vamos divulgar voto a voto.

Na imagem estão as fotos e nomes de todos os parlamentares que votaram a favor da PEC da Bandidagem.

Apenas três deputados votaram contra: Marcio Jerry (PCdoB), Duarte Júnior (PSB) e Rubens Junior (PT).

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Andi e organizações parceiras lançam campanhas para combater termo que estigma de crianças e adolescentes

Portal Intercom – A Andi, em parceria com a Abej, Abraji, Fenaj, Jeduca e SBPJor, lançou a campanha #nãoémenor, que visa desconstruir o uso inadequado do termo “menor” na mídia, espaços públicos e no cotidiano. O objetivo da campanha é demonstrar que a palavra, além de incorreta, carrega uma herança histórica de estigmatização e  criminalização da infância e juventude no Brasil.

Assim, tem-se como meta, conscientizar principalmente profissionais da mídia, educadores, estudantes e familiares, a fim de que percebam os impactos negativos do uso do termo, bem como demonstrar que a linguagem mais respeitosa é mais adequada aos princípios e normativas legais brasileiras.

Como explicam as entidades envolvidas na campanha, o termo menor é um resquício ainda do Código de Menores, que dava respostas punitivas a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. O Código deixou de existir no país com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e com a Constituição Federal/88.

Para que a campanha seja efetiva, recomenda-se a substituição em larga escala do termo menor para palavras como criança, adolescente, menino, menina, jovem, estudante, conforme o contexto. A escolha da palavra certa impacta percepções e resulta diretamente na forma como políticas públicas, coberturas jornalísticas e relações sociais tratam as realidades de crianças e adolescentes.

Profissionais, professores e demais pesquisadores/as que desejem ter acesso aos materiais da campanha, podem clicar neste link.

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Nesse domingo, 4ª edição do Re[x]istência Fest celebrará cultura e Amazônia

Um dos eventos mais aguardados do calendário cultural, musical e ambiental do Maranhão, o Re[x]istência Fest está de volta com produção do Coletivo Reocupa. As atividades acontecem nesse domingo (28 de setembro), das 15h às 23h, na praça Deodoro, no Centro Histórico de São Luís, com entrada gratuita.

Nos palcos, estarão artistas da cultura maranhense, preta e periférica, mostrando sua diversidade para o público. “São artistas de diversos segmentos que expressam a multiculturalidade de um estado que é um dos territórios mais pretos da federação”, acrescenta Deuza Brabo, co-fundadora do Coletivo Reocupa.

Em homenagem ao Setembro Amazônico, o festival tem o objetivo de celebrar os povos, a cultura e a floresta amazônica, em um dia de atividades que incentivam a produção local, o consumo consciente e a relação com o meio ambiente. Tudo isso com programação cultural e musical.

“O Re[x]istência Fest é nossa maneira de buscar acentuar caminhos e possibilidades para tornar a vida mais sustentável”, destaca Karol Ramos, uma das organizadoras do festival e coordenadora do Coletivo Reocupa.

Em sua quarta edição, o festival quer promover a reflexão sobre a Amazônia maranhense, homenageando o bioma que tem sido o centro das atenções por seu papel fundamental na regulação do clima e na preservação da vida.

“O Maranhão perdeu cerca de 80% de seu território amazônico nos últimos 70 anos. Precisamos unir esforços para garantir a preservação do pouco que temos da Amazônia maranhense, a fim de reduzir os impactos da gravecrise ambiental em que vivemos”, analisa Kadu Vassoler, que também assina a produção do festival e a coordenação do Reocupa.

Para mais informações sobre o Re[x]istência Fest, acesse

https://www.instagram.com/re_o_cupa/.

Sobre o Reocupa

Fundado em abril de 2016, o Reocupa tem sede em um casarão no Centro Histórico de São Luís. O espaço, independente e aberto ao público, conta com acervo de livros, discos e brechó. Trata-se de um espaço plural, disponível para as mais diversas manifestações artísticas, com o objetivo de democratizar a arte, a cultura e a educação através de perspectivas coletivas, influenciando e modificando a forma de ser e existir em sociedade.

Atualmente, o coletivo atua nas seguintes frentes: acesso universal à cultura, direito à cidade, educação popular e de checagem de informações, justiça climática, direitos humanos, luta feminista e manutenção dos saberes ancestrais através dos povos e territórios.

Contato: Deuza Brabo (98) 98115-2863

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Em turnê nacional, espetáculo maranhense “Abayomi” terá sessão especial em São Luís

Após passar por diversas cidades como Macapá (AP), Belém (PA), Boa Vista (RR), Manaus (AM) e Palmas/TO, a turnê nacional das dançarinas maranhenses Rebeca Carneiro e Andressa Brandão, com o espetáculo “Abayomi – a resposta está na ancestralidade”, chega ao Maranhão para uma apresentação especial no Teatro Sesc Napoleão Ewerton, em São Luís.

A dupla, que representa o estado na circulação nacional do Sesc Amazônia das Artes 2025, que celebra neste ano a 15ª edição do projeto, em passagem pela capital maranhense, fará uma sessão única – gratuita e aberta ao público – nesta segunda-feira (29), às 15h.

Espetáculo de Dança Contemporânea com foco na reflexão e no diálogo sobre pertencimento e identidades originárias brasileiras, “Abayomi” é marcado pelas identidades de Ita e Jurema, duas encantadas muito conhecidas nos cultos de religiões de matriz africana no Maranhão – apresentadas respectivamente pelas atrizes e dançarinas Rebeca Carneiro e Andressa Brandão.

Ao longo da apresentação de 40 minutos, a obra se destaca ao unir as ricas perspectivas da cultura popular, onde se referencia no Sotaque da Baixada de Bumba Meu Boi, revisitando e reconstruindo narrativas e corporeidades brasileiras que remetem aos povos originários, tomando como ponto de partida a linguagem da Dança Contemporânea e os atravessamentos da Dança Popular no Maranhão, tradição do folclore, Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade e espiritualidade.

Com produção da Cia Odu Artes Cênicas, a performance representa o Serviço Social do Comércio do Maranhão (Sesc-MA) durante todo o circuito Sesc Amazônia das Artes 2025. Após São Luís, a dupla seguirá com apresentações em Teresina (PI), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC).

Mais detalhes sobre a turnê nacional completa serão informados no Instagram oficial da Cia Odu Artes Cênicas, no link: https://www.instagram.com/ciaodubrasil.

Elenco

A obra artística “Abayomi” é estrelada pelas artistas Rebeca Carneiro e Andressa Brandão. Rebeca Carneiro é bailarina, coreógrafa, professora de dança, atriz e psicóloga. Começou seus estudos em dança em 2002, e tem formação em ballet clássico, jazz e contemporâneo. Trabalha profissionalmente em montagens de espetáculos desde 2014 – em 2015, integrou a equipe da Encanto Coletivo Cultural. Rebeca assinou a direção de inúmeros espetáculos para a Vertu Casa de Artes entre 2015 e 2018. Atualmente, faz parte do elenco do Ateliê Contemporâneo e Grupo Rua – dentre seus últimos trabalhos, estão o balé “Frida” e “Mamma Mia!”. Estuda dança contemporânea, e atualmente aprofunda seus interesses em partitura corporal e dramaturgia do movimento para composição de seus trabalhos.

Já Andressa Brandão é bailarina profissional, dançarina de salão, atriz, coreógrafa e produtora cultural em São Luís. Sua vida artística começou em 1999, como bailarina clássica. Hoje, trabalha profissionalmente em espetáculos de artes cênicas e também no setor audiovisual, como atriz, cantora, dançarina e preparadora de elencos. Assinou obras como Ópera do Malandro – Chico Buarque, Bandeira de Aço – Papete, além de colecionar premiações em festivais de cinema no Maranhão. Atualmente, é presidente da Pìtàn Produções, onde realiza produções culturais em todo Brasil.

Cia Odu Artes Cênicas

Manifesto pelo corpo brasileiro, a Cia Odu Artes Cênicas é uma companhia de Dança Contemporânea com o objetivo de contar histórias não contadas. Os odus, em sua etimologia, significa “destino”, mas também são uma representação gráfica e simbólica de narrativas dos povos originários. São eles que (re)direcionam e põem os corpos em movimento a partir das intenções e desejos.

Os odus são também reconhecidos como fonte de conhecimento ancestral, uma tecnologia de sobrevivência que atravessa o tempo. São histórias que demarcam e estruturam caminhos, vivências e experiências humanas sempre pautados numa referência ancestralizada e, portanto, também decolonial, o que casa com a proposta criativa da companhia: o investimento e escolha de referenciar em busca de perspectivas não eurocêntricas.

Serviço

O quê: apresentação única em São Luís da turnê nacional do espetáculo “Abayomi – a resposta está na ancestralidade”, na circulação do Sesc Amazônia das Artes 2025;

Onde: no Teatro Sesc Napoleão Ewerton;

Quando: no dia 29 de setembro (segunda-feira), às 15h;

Entrada: gratuita e aberta a todos os públicos;

Mais informações: no Instagram da Cia Odu Artes Cênicas, produtora do espetáculo, no link: https://www.instagram.com/ciaodubrasil

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Professores da UFMA debatem as transformações do rádio

Os docentes do curso de Rádio e TV da UFMA, Ed Wilson Araújo e Saylon Sousa, participaram hoje pela manhã do podcast Atualidades, na rádio Mirante News, por ocasião do Dia Nacional do Rádio, celebrado em 25 de setembro.

A data é alusiva ao cientista, professor e radialista Edgard Roquette Pinto, uma das referências de pioneirismo no rádio, ao fazer a transmissão da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, em 1922, durante a celebração do Centenário da Independência do Brasil.

Atulidades tem apresentação de Tiago Bastos e Marcelo Rodrigues.

Temas como as mudanças tecnológicas e na programação, a participação do ouvinte, a migração de AM para FM e a incorporação das novas tecnologias no rádio pautaram o debate.

Veja o programa completo:

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Teatro: “A Escritora e o Empalhador de Animais” estreia no Maranhão

O espetáculo de teatro “A Escritora e o Empalhador de Animais”, da Cia. Em Comma, de Brasília-DF, estreou em 2022 e se consolidou como um dos melhores monólogos do Brasil, conquistando 10 prêmios, entre 25 indicações, em 07 festivais de Teatro. Nesta semana, chega ao Maranhão, na cidade de São José de Ribamar, para apresentação única e gratuita, no Xama Teatro, no dia 25 de setembro, às 20h.

A peça aborda temas como a violência doméstica silenciosa (gaslighting) e o grande amor pela escrita – seu subterfúgio – permeiam a história de Elvira (Lilian França), uma mulher casada há 40 anos com Benjamim. Na história, Elvira passou grande parte de sua vida sofrendo com o isolamento social, com a solidão e com todo o distanciamento e regras impostas pelo marido. No entanto, ela resolve dar um basta e retormar a sua vida e seus contos.

“Elvira, desde criança, sabia que seu dom nato era para escrita. Escrita de contos que deram origem a vários personagens. Cada um de uma forma, estas personas de seus livros contam com sua essência e exalam um pouco de um desejo reprimido. Essa peça é um grito engasgado meu, da Elvira e de todas nós mulheres. Vamos gritar estes engasgos juntas!”, convida a atriz, Lilian França.

Entre os prêmios conquistados, destaque para o de Melhor Direção e Cenografia (Ernandes Silva), Melhor Dramaturgia (Cícero Belmar), Melhor Atriz (Lilian França), Melhor Espetáculo e Melhor Figurino. Recentemente, foi indicado e conquistou o 2º lugar no Prêmio Web DF, categoria Monólogo, promovido pelo Grupo Tripé/DF.

“É uma honra pisar neste solo tão importante culturalmente para nosso país. A personagem Elvira, interpretada pela Lilian França, chega para nos mostrar que não há idade para recomeçar e reconstruir nossas vidas. O abusador empalha, aniquila sua parceira, vive usando da desculpa que fez isso ou aqui por amor, por amar demais. É preciso ficar atento aos primeiros sinais. O amor deve ser livre”, destaca o diretor, Ernandes Silva.

Em 2025, o espetáculo voltou em sua 2ª edição, sendo apresentado também, gratuitamente, para estudantes de escolas públicas. A iniciativa foi realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal – FAC-DF. 

Para a sessão do dia 25 de setembro, no Xama Teatro, às 20h, os ingressos podem ser retirados gratuitamente pelo Sympla no link https://www.sympla.com.br/evento/a-escritora-e-o-empalhador-de-animais/3126029 

SERVIÇO: 

O quê? Espetáculo de Teatro “A Escritora e o Empalhador de Animais”

Onde? Xama Teatro – Rua das Esmeraldas, n° 03, quadra R, casa 01. Araçagi (próximo à UPA Araçagi), São José de Ribamar-MA.

Quando? 25 de setembro de 2025 (quinta-feira), às 20h. 

Classificação indicativa: não recomendado para menores de 12 anos.

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Joãozinho Ribeiro celebra a vida e a arte em dois shows com artistas convidados

Apresentações acontecem dias 3 e 4 de outubro, no Teatro Arthur Azevedo, com participações especiais de Adler São Luiz, Adriana Bosaipo, Alê Muniz, Aziz Jr, Chico Saldanha, Daffé, Josias Sobrinho, Maria Spíndola, Paulo Pirata, Rosa Reis e Sérgio Habibe

O poeta e compositor Joãozinho Ribeiro completou, em 2025, 70 anos de idade e 60 de uma vitoriosa batalha contra um câncer. Uma de suas frases de cabeceira, do pintor italiano Amedeo Modigliani (1884-1920), diz que “o dever do artista é salvar o sonho”. O artista entende que a celebração da vida passa pela celebração da arte.

Estes são os motes do show “Canções da Vida e da Arte”, que Joãozinho Ribeiro apresenta nos próximos dias 3 e 4 de outubro, às 20h, no Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol, Centro), com as participações especiais de Adler São Luiz, Adriana Bosaipo, Alê Muniz, Aziz Jr, Chico Saldanha, Daffé, Josias Sobrinho, Maria Spíndola, Paulo Pirata, Rosa Reis e Sérgio Habibe.

Com produção e coordenação geral de Lena Santos, o show de Joãozinho Ribeiro tem direção geral do artista, que será acompanhado pelos músicos Rui Mário (sanfona, teclados e direção musical), Arlindo Pipiu (violão e guitarra), Hugo Carafunim (trompete), Danilo Santos (saxofone e flauta), Robertinho Chinês (cavaquinho), Carlos Raqueth (baixo), Ronald Nascimento (bateria), Marquinhos Carcará (percussão), Kátia Espíndola (vocal), Raquel Espíndola (vocal) e Renato Serra (teclados).

As celebrações de Joãozinho Ribeiro têm caráter solidário: os ingressos para os shows serão trocados por alimentos, materiais de limpeza e higiene pessoal, pedagógicos, hospitalares, descartáveis, roupas e utensílios domésticos para a Casa de Apoio da Fundação Antonio Dino. A troca pode ser feita no Convento das Mercês (sede da Fundação da Memória Republicana Brasileira, Rua da Palma, Desterro) ou no Teatro Arthur Azevedo (nos dias do espetáculo).

Joãozinho Ribeiro é um dos artistas maranhenses mais gravados, tendo músicas suas em registros de nomes como Betto Pereira, Célia Maria, Chico César, Elba Ramalho, Flávia Bittencourt, Josias Sobrinho, Lena Machado, Olodum, Rita Benneditto, Rosa Reis e Zeca Baleiro, entre outros.

Parte deste repertório autoral será lembrada nas duas apresentações do show “Canções da Vida e da Arte”, que tem patrocínio da Potiguar através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão.

Serviço

O quê: show “Canções da Vida e da Arte”

Quem: Joãozinho Ribeiro e convidados

Quando: dias 3 (sexta) e 4 de outubro (sábado), às 20h

Onde: Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol, Centro)

Quanto: os ingressos solidários serão trocados por alimentos, materiais de limpeza e higiene pessoal, pedagógicos, hospitalares, descartáveis, roupas e utensílios domésticos para a Casa de Apoio da Fundação Antonio Dino

Informações: no Instagram @joaozinhoribeiromilhoesdeuns

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Zeca do Cavaco celebra mestres da música maranhense

Na próxima sexta-feira, dia 26 de setembro, o Solar Cultural Maria Firmina dos Reis (Rua Rio Branco, 420, Centro de São Luís) recebe o show O Samba da Minha Terra, espetáculo protagonizado por Zeca do Cavaco em homenagem a compositores maranhenses. O intérprete será acompanhado pelo Trio Terra (João Eudes no violão, João Neto na flauta e Carbrasa na percussão). A apresentação começa às 20h, com ingressos a R$ 20,00 disponíveis na porta. 

Cantor, cavaquinista e violonista, Zeca do Cavaco é uma das vozes mais marcantes da música maranhense contemporânea. Com trajetória fortemente ligada ao samba, já se destacou como intérprete de compositores fundamentais do gênero, como Paulinho da Viola, Lupicínio Rodrigues, Nelson Cavaquinho, Noel Rosa e Cartola, além de ser um grande intérprete de compositores maranhenses. 

O Samba da Minha Terra reverencia a obra de compositores que marcaram gerações. Para Zeca, trata-se de um compromisso antigo: “Desde o tempo em que tocava cavaquinho base no grupo Tira-Teima, já cantava músicas de Cesar Teixeira, Josias Sobrinho, Joãozinho Ribeiro, Chico Maranhão, Antonio Vieira e Cristóvão Alô Brasil. Sempre vi a necessidade de levar essa obra ao conhecimento das pessoas, em qualquer momento.”

O repertório reúne canções que já acompanhavam a trajetória do artista e outras descobertas que se somaram ao longo do tempo. Entre elas, Das cinzas à paixão (César Teixeira), Saiba rapaz (Joãozinho Ribeiro), Terra de Noel (Josias Sobrinho), Cocada (Antonio Vieira) e Mestre Orfila (Cristóvão Alô Brasil). “São músicas que não poderiam faltar nesta homenagem ao samba maranhense”, observa Zeca.

A escolha do projeto também reflete o momento atual do intérprete, que se reconhece mais maduro e atento às nuances da música local. “Esse diálogo é perfeito, porque hoje consigo apreciar com muito mais zelo e sensibilidade a obra musical da nossa terra”, resume.

Serviço

Show: O Samba da Minha Terra – Zeca do Cavaco e Trio Terra

Data: Sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Horário: 20h

Local: Solar Cultural Maria Firmina dos Reis (Rua Rio Branco, 420 – Centro, São Luís)

Ingressos: R$ 20 (à venda na porta)

Atrações: Zeca do Cavaco (voz e cavaquinho) e Trio Terra – João Eudes (violão), João Neto (flauta) e Carbrasa (percussão)

Produção: Aziz Junior e Paulo Vinícius Coelho

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Moradores denunciam esgoto de empreendimento na praia Olho de Porco

Agência Tambor – A praia Olho de Porco, localizada entre o Araçagi e Mangue Seco, na Ilha de São Luís, está sob ameaça de poluição causada pelo esgoto de um empreendimento imobiliário. A denúncia foi feita por representantes da comunidade local e por entidades ambientalistas, que alertam para o risco de destruição de uma das poucas áreas ainda consideradas próprias para banho na região.

Segundo Cássia Silva, dirigente da Associação de Bares da Praia Olho de Porco, a empresa responsável pelo empreendimento teria prometido lançar apenas águas pluviais, mas instalou um ponto de despejo identificado como esgoto. “Eles garantiram que não se tratava de esgoto, mas de águas da chuva. No entanto, abriram uma boca de esgoto na praia. Isso é um desrespeito com a comunidade e com o meio ambiente”, denunciou.

A situação levou moradores a acionar o Ministério Público e a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão (Sema). Uma reunião com o promotor ocorreu nesta semana para avaliar as providências. “O básico do básico da transparência, que é colocar uma placa informando a obra, não existe. Cortaram vegetação em área com olho d’água e nada foi fiscalizado”, criticou o advogado ambientalista Jackson Rocha.

Cássia Silva, Jackson Rocha e, ainda, Graça Soares, representante da ONG Artemojó, estiveram no programa Dedo de Prosa denunciando a situação.

[Veja entrevista na íntegra ao final desta matéria.]

Além dos relatos atuais, os moradores lembram que a praia já enfrentava problemas ambientais anteriores. Há cerca de 25 anos, outro grande condomínio despejou esgoto no mangue local, comprometendo a qualidade da água e da pesca artesanal. “As empresas agem sempre na calada da noite. Foi assim no passado e continua sendo assim”, afirmou Cássia.

As organizações comunitárias defendem que o poder público adote medidas efetivas de fiscalização e criação de leis que responsabilizem os empreendimentos. “Não somos contra o progresso. Queremos apenas que cumpram a legislação e tratem o esgoto de verdade. O meio ambiente é vida”, reforçou Graça Soares, representante da ONG Artemojó.

Ameaça da expansão imobiliária

O impacto da expansão imobiliária em São Luís é apontado como um dos fatores centrais da degradação ambiental. Segundo Jackson Rocha, a lógica do mercado privilegia os ganhos financeiros em detrimento das comunidades. “Esses imóveis são vendidos a preços exorbitantes, mas o lixo e o esgoto ficam para a população tradicional. É um crime ambiental e social”, avaliou.

Para os moradores, o caso da praia Olho de Porco simboliza a fragilidade do controle ambiental no Maranhão. “Se esse esgoto descer para a orla, vai contaminar quilômetros de praia, colocando em risco pescadores, banhistas e famílias que dependem dali para viver”, alertou Cássia.

Mobilização de alerta

Como forma de mobilização, a comunidade anunciou um ato de panfletagem e conscientização para este domingo (21), com o objetivo de alertar frequentadores da praia e cobrar providências das autoridades. “Esse é só o começo de uma luta maior. Estamos organizados e não vamos aceitar a destruição da nossa praia”, disse a dirigente.

Assista na íntegra ao programa Dedo de Prosa, da Agência Tambor.

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Crime de golpe de Estado: jornalismo local precisa combater a desinformação

Agência Tambor – Ameaças de ruptura democrática, violência contra instituições e uma rede de mentiras coordenadas estão presentes no atual cenário político brasileiro. O recente e necessário julgamento do Supremo Tribunal Federal, que condenou uma organização criminosa comandada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, reforça a urgência de combater a desinformação e de preservar a memória democrática no país.

A defesa de um sistema de governo onde o poder vem do povo ganha força com o fortalecimento do jornalismo crítico e pelo enfrentamento de discursos que recorrem a falsos inimigos para justificar golpes de Estado. Uma realidade já vivida em 1964, como alerta o jornalista e professor da UFMA, Ed Wilson Araújo.

Ed Wilson, que também é membro da Agência Tambor, esteve no programa Dedo de Prosa, falando sobre a importância do momento e do esclarecimento dos detalhes e da gravidade que o permeia.

[Assista a entrevista na íntegra ao final desta matéria.]

Informação é poder

Hoje, o Brasil enfrenta uma complexa rede de inimigos, que inclui organizações criminosas de extremistas de direita, assim como as máquinas de desinformação digital e os setores econômicos e financeiros que as financiam.

A ameaça se estende a setores de uma mídia tradicional conservadora e a influências externas, como a articulação da extrema direita liderada por Donald Trump, que estimulam a desestabilização política na América Latina

Crime é tratado como crime

Planejaram o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes. Isso não pode ser relativizado.

O plano “Punhal Verde-Amarelo” que detalha uma tentativa de golpe atribuída a generais do Exército Brasileiro, com suposto apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, é brutal. O plano incluía ações extremas, como o assassinato.

De acordo com o Código Penal, a simples tentativa de assassinato já configura crime, mesmo sem a consumação do ato (artigo 121). No Brasil, se alguém planeja ou tenta matar outra pessoa, mas não consegue finalizar a intenção (porque a vítima se defende, alguém intervém, ou a arma falha, por exemplo), estamos diante de tentativa de homicídio – é delito previsto por Lei.

A tentativa de golpe liderada por Bolsonaro não contou com o consenso das Forças Armadas, o que impediu a consolidação da ruptura, inclusive, das mortes planejadas. “Ainda bem que setores militares não se submeteram a essa lógica. Mas é preciso estar alerta: a cada vez que a democracia brasileira se fortalece, surgem novas ameaças”, alerta Ed Wilson.

Foi uma tentativa de destruir a democracia brasileira. E o jornalista recorda que, em 8 de janeiro de 2023, a invasão e depredação dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal mostraram ao mundo a dimensão do risco.

A desinformação

A desinformação foi peça-chave na conspiração, assim como havia sido no golpe de 1964. “Os meios de comunicação de massa fabricaram um imaginário de que o país estaria ameaçado pelo comunismo. Hoje, vemos a mesma narrativa falsa circulando nas redes sociais e aplicativos de mensagens”, explica o professor.

O jornalista critica também a postura ambígua da mídia tradicional. “As grandes redes nunca foram progressistas. Elas querem a democracia, mas uma democracia comandada pelo mercado, pelas elites. Não querem Bolsonaro, mas também não querem transformações profundas que ampliem direitos para todos”, pontua.

É consenso, o julgamento do Supremo foi uma vitória, mas ainda insuficiente. E o professor destaca: “É fundamental punir não só os executores do golpe, mas também financiadores e articuladores midiáticos. Se não houver responsabilização ampla, os riscos permanecem”.

Lembrar é resistir

A memória é parte essencial da luta democrática. “Muitas pessoas morreram para que estivéssemos aqui. Quem não conhece a história está fadado a repetir erros. Por isso, a comunicação popular, como a Agência Tambor, tem um papel vital na preservação da memória e no combate às mentiras.”

Para ele, a resistência também se faz na informação. “Enquanto o Jornal Nacional exalta o agronegócio, nós mostramos seus efeitos nocivos sobre comunidades tradicionais. É graças à democracia que podemos manter esse jornalismo alternativo vivo, contra-hegemônico e comprometido com a sociedade”, afirma.

A entrevista completa com Ed Wilson Araújo você confere no programa Dedo de Prosa, da Agência Tambor.