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Por que tem de ser assim?

Eloy Melonio*

“Ver e não crer” está para São Tomé assim como “concordar e não fazer” está para um monte de brasileiros. Se é mesmo assim, adivinhe então o que a moça da limpeza de uma farmácia fez com um saco de lixo, depois de varrer a área externa da loja?

Essa pergunta já é uma boa pista sobre o tema desta crônica. Então, vamos lá. Lixo e luxo, atitude responsável, rachadinha, mulheres no mercado de trabalho?

Antes, algumas ponderações. A primeira é que o mundo parece estar mesmo de cabeça para baixo. Pelo menos é o que se percebe quando se vê e se ouve o que as pessoas estão falando e fazendo por aí. Nas redes sociais, muita gente opinando sobre tudo, e se mostrando por inteiro. Se o falatório é geral, o que dizer do fazetório?

E, assim, vamos direto ao que interessa. Nessa intenção, aproveito para repetir o que um amigo recentemente me confidenciou: Estou me esforçando muito mas muito mesmo! para fazer as coisas da forma mais ética possível.

Aí perguntei a mim mesmo: Tá ouvindo isso?

Sabe aquela pergunta que não quer calar? Pois é, essa máxima não envelhece e se torna, nestes dias de fake news, ainda mais jovem e atual. E a pergunta, carregada de indignação, é: Por que tem de ser assim?

Uma campanha da Rede Globo, estrelada por Mateus Solano, mostra uma situação-problema e o que é esperado de cada um de nós em relação a ela. Em seguida, o astro global, para vergonha nacional, constata: “Todo mundo concorda, mas nem todo mundo faz”. E conclui com uma afirmação que faz muita gente boa tremer na base: “Quem concorda faz”.

Certo dia, enquanto pensava na vida, William Bonner (JN, 19-8-2019), depois de dar algumas notícias sobre a “loucura humana”, soltou esta: “Às vezes a gente tem a sensação de que o mundo anda para trás”. Peguei minha caneta e anotei. Não muito longe dos estúdios Globo (Rio de Janeiro), meu amigo e escritor Jáder Cavalcante, na apresentação de seu “Decadência Humana” (EDUFMA, 2019), revela a razão da temática do livro: meu total desapontamento com a sociedade que me rodeia e nos seres que a habitam.

Neste ponto, peço ao amigo leitor que feche os olhos por um minuto e “se imagine” nas duas situações que vou apresentar, e faça a si mesmo a minha pergunta, tentando respondê-la.

Uma senhora levando o filho para a escola, em seu Renault Fluence, dirige com uma ou com as duas mãos? Segura o celular com a mão direita ou a esquerda? Seu filhinho de nove anos está na poltrona do passageiro ou no banco de trás?

O dono do Honda Civic, estacionando na vaga preferencial de “gestante” na frente de uma loja de brinquedos, é uma mulher com uma “barrigona” ou um homem jovem, barbudo e sarado?

Pode parecer exagero, mas presenciei cada uma dessas cenas. Considerando tudo o que disse antes, você deve ter acertado todas as perguntas. E poderia também enumerar outras mais. Se afiar a memória, vai se lembrar de um sem-número de situações semelhantes. Ou ver, se sair por aí observando as pessoas e seus comportamentos.

Dizem que esse é o nosso “jeitinho” de fazer e/ou resolver as coisas. Que é cultural, que tá na nossa veia. Excetuando o amigo de que falei antes, acho que somos todos um pouquinho assim. E eu já vou avisando, antes de ser julgado, que também não sou tão “certinho” como pode parecer. Mas, repito, estou tentando seguir o exemplo do meu amigo.

Falando da minha “seara”, muita gente acha que nós, poetas, somos pessoas da mais nobre estirpe. Mas que nada! Somos pessoas comuns, parecidos com o João e a Maria. E, com relação a essa questão, algumas vezes eu ouço o conselho da saudosa Cássia Eller, e também “peço a Deus um pouco de malandragem”. No bom sentido, se é que isso existe.

Se sairmos dos espaços públicos e adentrarmos os escritórios e gabinetes do mundo político-corporativo, aí mesmo é que a pobrezinha da pergunta vai ter de trabalhar.

E, assim, meu amigo, infelizmente a moça da farmácia pode até concordar com o que Mateus Solano disse sobre “atitude irresponsável”, mas fez exatamente o contrário. Jogou o saco de lixo no meio da rua, a dois passos da lixeira que estava à margem de uma movimentada avenida de nossa cidade.

Verdade seja dita, “bons exemplos são raros”. Quando vi a cena, repeti silenciosamente a perguntinha do título: Por que tem de ser assim?

Tanto que, se você achar uma cueca cheia de dinheiro no banheiro do shopping, não tente devolvê-la ao dono. Ele não vai aparecer para recebê-la.

*Eloy Melonio é professor, escritor, poeta e compositor.

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Genocídio cultural em São Luís

# cena 1: o VLT dorme em um cemitério no Aterro do Bacanga;

# cena 2: um fantasma brinca de malabares no Circo da Cidade;

# cena 3: caiu uma chuva de lixeiras na cidade;

# cena 4: o abrigo do Largo do Carmo virou pó;

# cena 5: uma onda gigante varreu as bancas de revista;

# cena 6: festival de música vira palanque gospel;

# cena 7: um homem arrasta e mata um morador de rua amarrado a uma caminhonete no Centro Histórico.

Cena de garimpo em São Luís

Vou dar zoom na # cena 3: repentinamente, nos lugares mais esquisitos, onde não tem calçada, só matagal e lama, a prefeitura plantou um pé de lixeira em cada poste.

Você sabe quanto foi gasto nesse arranjo? Tem ideia de como seu dinheiro foi aplicado? Houve licitação? Qual empresa ganhou?

De uma hora para outra algum gestor iluminado decidiu que teria de colocar lixeiras por toda parte e assim foi feito. Até nos lugares inadequados.

Chuva de lixeiras em São Luís

Há décadas as obras são tocadas sem qualquer mecanismo de consulta aos moradores, empreendedores e fruidores dos espaços públicos.

No geral, são ouvidas as empreiteiras, os lobistas e os negócios do entorno. O trânsito muda para atender o condomínio. O esgoto sem tratamento é jogado num rio qualquer. A zona rural é devastada para atrair grandes empreendimentos… e por aí vai…

O Plano Diretor, principal meio de planejamento da cidade, é ignorado pela maioria da população porque a prefeitura vem escondendo esse tema tão importante da agenda pública.

É muito estranho. Com tanto dinheiro torrado em propaganda para divulgar obras, quase nada é investido na divulgação das audiências públicas de revisão da legislação urbanística.

Vivemos em uma cidade sem participação e transparência, princípios fundamentais de uma administração democrática.

Um dos sintomas mais graves do genocídio cultural é a falta de diálogo sobre as decisões de interesse coletivo.

Os cidadãos foram consultados para saber se a melhor solução seria derrubar o abrigo do Largo do Carmo?

Quem decidiu plantar lixeira, questionou os moradores sobre calçada ou rampa?

Não existe conexão entre a gestão e os cidadãos. As intervenções urbanas são feitas sem qualquer mecanismo de participação da população. E sem transparência quanto à aplicação dos recursos públicos.

O atraso em São Luís é tamanho que reforma de praça, operação tapa-buracos, asfaltamento, capina do matagal e chuva de lixeira viram exemplo de gestão.

Em qualquer capital antenada com os princípios elementares da civilização, equipamentos como bancas de jornais e revistas são incorporados à dinâmica das cidades, inclusive adaptadas às inovações tecnológicas.

Aqui, bancas são exterminadas.

Perseguição às bancas de revista
é uma das marcas da cidade

Não adianta higienizar os espaços e inaugurar obras se a mentalidade provinciana permanece entranhada na administração da cidade.

Genocídio cultural não diz respeito apenas às ações específicas relacionadas à morte dos espaços e do fomento às diversas manifestações artísticas na cidade.

No fundo, o genocídio é uma forma de governança excludente, instituída nos moldes arcaicos, amparada numa levada obreira, como o milagre dos tapumes e puxadinhos em anos eleitorais.

Todo esse peso é suportado pelo alicerce duro do pragmatismo eleitoral. Aí quase tudo vira uma prática arcaica entre as elites principais.

O Plano Diretor, a grande política, o governo municipal esconde.

Apesar da boa aparência e gentileza do prefeito, São Luís parece administrada na vida real por alguém saído recentemente do estado de natureza, bicho bruto do agronegócio, tipo de gente que odeia jornal, banca de revista, atriz, gay, estética, leitura, encantamento, poeta, índio e arte em geral.

Desativado em 2012, o Circo da Cidade virou lenda

Além de requalificar as praças, a cidade precisa mudar é a mentalidade provinciana, racista e; às vezes, estúpida, como a ocupar irregularmente os espaços para estacionamento. Essas marcas do autoritarismo, herdeiras das sociedades escravocratas e clientelistas, ainda estão presentes no dia a dia da gestão tocada pelo quero, posso e mando…tirar as bancas de revista, derrubar o abrigo, arrancar o circo, fazer um VLT nas coxas ou enfiar lixeiras nos postes.

Outro forte traço do genocídio cultural é o processo de gentrificação dos espaços públicos, a exemplo do ocorrido na “península”, que transformou uma vila de pecadores no “Leblon ludovicense”.

Os espectros da direita e da extrema direita rondam São Luís. Uma das variações do bolsonarismo, a bibliocracia, está presente e valendo na gestão do prefeito Edivaldo Holanda Junior (PDT).

O exemplo mais esdrúxulo é o recente edital para um festival de música religiosa que exclui as vertentes emanadas do rico patrimônio estético dos povos de matriz africana.

Atualidades do racismo em São Luís

A mentalidade provinciana e racista de hoje guarda resquícios de fatos marcantes em outras épocas: o mulato Gonçalves Dias rejeitado pela família de Ana Amélia; o exílio forçado de Aluísio Azevedo após a repercussão da obra “O mulato”; a fuga de Nina Rodrigues porque era incompreendido na sua província; os rituais de matança de escravos no Largo da Forca Velha (hoje praça da Alegria); a rumorosa absolvição unânime da grã-fina Anna Rosa Viana Ribeiro, acusada de torturar e matar uma criança negra de oito anos, no final do século 19; os escritos racistas de Corrêa Araújo contra Nascimento de Moraes…

Esses e outros tantos outros exemplos estão bem aí, na cara da gente, todos os dias, na São Luís que quer virar Paris…

A capital do Maranhão está parada, olhando o retrovisor: as velhas práticas permanecem e a novidade é tão antiga quanto os esqueletos do passado.

Neto Evangelista prometeu o VLT na eleição de 2012

Então, é mais ou menos isso: uma sequência dos últimos 30 anos repaginados no velho discurso da renovação. Assim, novas gerações conservadoras e os 50 tons de bolsonarismo manobram à direita na antiga ilha rebelde.

# cena 7: a serpente acordou expelindo veneno: “sou 19 e estou pronto”

Imagem destacada / As novas caras do conservadorismo: Eduardo Braide, Duarte Junior e Neto Evangelista lideram as pesquisas para a Prefeitura de São Luís em 2020

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Eduardo Braide, as pesquisas e a campanha real

As pesquisas de opinião em período eleitoral nem sempre correspondem à realidade plena. Algumas são visivelmente forjadas com o intuito de favorecer o contratante. Outras, de institutos razoavelmente confiáveis, são mais próximas da vontade do entrevistado.

Geralmente, as sondagens induzem o voto e têm um papel significativo na formação das correntes de opinião que influenciam o conjunto do eleitorado.

Dito isso, é fato que o candidato Eduardo Braide (Podemos) vem liderando a disputa ao longo da campanha. Todos os institutos de pesquisa mostram essa tendência.

Mas, na reta final, é natural que o líder seja atacado e os candidatos mais competitivos dêem um tom mais agressivo na propaganda eleitoral, nas redes sociais e nos debates.

Nem sempre liderar pesquisas tanto tempo é vantajoso porque o primeiro colocado será sempre atacado pelos adversários.

Liderança contínua e por larga margem são dois aspectos carregados de contradições em uma disputa majoritária. Braide sente isso na pele agora na reta final, quando começa a desidratar, correndo até o risco de perder a eleição no segundo turno.

Para além das pesquisas, a campanha real nas ruas e o bom desempenho na comunicação podem mudar o jogo nos últimos minutos. O próprio Braide sabe disso. Em 2016, ele foi protagonista de um sucesso inesperado, fruto de dois debates na televisão.

Logo ele, bom de debate no passado, vem se esquivando de algumas arenas em 2020.

No sistema eleitoral institucionalizado no Brasil, a competitividade é tradicionalmente atrelada às origens familiares (filhotismo) na política, ao poder econômico, à base social e partidária (coligações) e ainda ao desempenho pessoal da candidatura no corpo a corpo e nas plataformas de comunicação.

Braide agrega vários desses ingredientes. É filho de político tradicional de família abastada, reúne partidos do campo pragmático e tem boa desenvoltura retórica.

Apesar de tudo isso, ele pode perder uma eleição que durante toda a campanha estava dada como favas contadas.

Imagem destacada / Eduardo Braide / Agência Assembleia Legislativa do Maranhão

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Nelsinho faz convocação na reta final da campanha

“Precisamos nessa última semana de campanha intensificar a mobilização e pedir votos. Vamos pra cima! É muito importante pra São Luís colocar Bira no segundo turno e eleger Emílio Azevedo vereador de nossa cidade”.

A declaração acima é de Nelsinho, professor de ensino médio, mestre de capoeira, membro da coordenação do Laborarte e suplente de vereador, que em 2016 teve cerca de quatro mil votos na eleição para Câmara Municipal de São Luís.

Nelsinho gravou um vídeo que ele divulgou ontem (domingo, 08/11) em suas redes sociais, onde apareceu tocando berimbau, cantando uma ladainha de capoeira e pedindo votos pra Bira e Emilio.

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São Luís: eleição está indefinida e tudo pode acontecer, inclusive Braide perder

Embora os institutos de pesquisa (confiáveis e falhos) apontem a liderança de Eduardo Braide (Podemos) ao longo de toda a campanha, os fatos novos podem desembocar em uma reviravolta no resultado.

O tom é dado pelo Ibope. Segundo a última sondagem, a vitória em primeiro turno está descartada e o segundo lugar é disputado por quatro candidaturas: Duarte Junior (Republicanos), Neto Evangelista (Democratas), Rubens Junior (PCdoB) e Bira do Pindaré (PSB).

Além disso, a margem folgada de Braide, caiu.

Na reta final o ânimo dos competidores foca no acirramento da disputa.

O governador Flávio Dino entrou na campanha de corpo e alma para tentar levar o seu candidato, Rubens Junior (PCdoB), ao segundo turno. Na propaganda eleitoral e nas redes sociais o próprio governador e a militância comunista desencadearam ataques frontais a Eduardo Braide e ao segundo colocado no Ibope, Duarte Junior, acusando ambos de “bolsonaristas”. Faltou só incluir Neto Evangelista no pacote.

Em decadência após a derrota de Donald Trump nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro é um péssimo cabo eleitoral. Daí a tática dos comunistas de associá-lo a Braide e Duarte Junior.

O candidato do Podemos também foi alvejado pela reportagem da Folha de São Paulo deste domingo (8), amplamente repercutida pelos adversários, que aponta a sua condição de investigado.

Braide rebateu a matéria nas redes sociais, dizendo-se ficha limpa, e acusou a Folha de requentar o tema em véspera de eleição (veja abaixo).

Ainda segundo o Ibope, Duarte Junior e Bira do Pindaré são as candidaturas com o maior crescimento. Nas caminhadas pelas ruas e nas redes sociais, o nome de Bira vem sendo muito receptivo e o trabalho de corpo a corpo pode alavancar a campanha na reta final e até apontar no segundo turno.

Debate

Não se deve menosprezar também a capacidade e o desempenho de todos os candidatos nas entrevistas e nos debates nesta última semana.

As candidaturas não listadas entre as mais competitivas pelo Ibope têm as suas peculiaridades e podem surpreender na fase decisiva do primeiro turno, a exemplo de Franklin Douglas (PSOL) e Hertz Dias (PSTU).

Basta lembrar da campanha de 2016, quando Eduardo Braide, então candidato por um partido minúsculo (PMN), chegou ao segundo turno contra Edivaldo Holanda Junior (PDT) devido ao seu desempenho nos debates.

Máquina

Outro aspecto a destacar é a famosa máquina eleitoral do PDT, cuja expertise de 30 anos no comando da Prefeitura de São Luís deve ser sempre colocada em avaliação.

O PDT está na coligação de Neto Evangelista, que tem ainda o apoio do MDB de José Sarney, além do PTB e do PSL.

No eventual segundo turno, a reacomodação das forças políticas muda todo o cenário naquilo que se costuma dizer: é outra eleição!

Braide sempre liderou com folga. Se ele chegar na frente com pequena vantagem, vai sinalizar desidratação. O sinal amarelo está aceso desde já. E pode avermelhar no segundo turno.

Imagem destacada / Candidatos a prefeito de São Luís nas eleições 2020 / Foto: Arte/G1. / Da esquerda para a direita Bira do Pindaré, Duarte Junior, Eduardo Braide, Franklin Douglas, Hertz Dias, Jeisael Marx, Neto Evangelista, Rubens Junior, Silvio Antônio e Yglesio.

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Candidatos escondem Bolsonaro em São Luís

Os três candidatos melhor posicionados na pesquisa Ibope para a Prefeitura de São Luís querem distância de qualquer associação das suas campanhas com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Direta ou indiretamente vinculados à base bolsonarista, Eduardo Braide (Podemos), Duarte Junior (Republicanos) e Neto Evangelista (Democratas) querem distância do presidente.

Bolsonaro esteve recentemente no Maranhão e foi ignorado pelos candidatos a prefeito. Apenas Silvio Antônio (PRTB), em último lugar nas pesquisas, faz questão de assumir a ligação com o presidente.

A rejeição de Bolsonaro é ainda maior depois da derrota de Donald Trump na eleição dos EUA.

O efeito da vitória de Joe Biden é devastador sobre o campo político da ultradireita fundamentalista e das suas bandeiras anticiência, homofóbica, racista, misógina e contra os preceitos civilizatórios fundamentais.

Bolsonaro, o maior representante do trumpismo no Brasil, é uma espécie de vírus político pandêmico. Quando não mata, deixa sequelas graves.

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XV Semana do Teatro no Maranhão recebe inscrições até segunda-feira (9)

Com a prorrogação do prazo de inscrição, os artistas e grupos de teatros maranhenses têm até a próxima segunda-feira (09) para submeterem seus espetáculos à XV Semana do Teatro no Maranhão. Os interessados devem preencher o formulário na bio do perfil @semanadeteatro2020 no Instagram. O concurso não exige o ineditismo dos espetáculos. A décima quinta edição da Semana ocorre de 13 a 20 de dezembro.

Devido à pandemia do Covid-19, a produção e execução da Semana foi adaptada e inserida no ambiente virtual. A programação de 2020 terá classificação livre e será transmitida e assistida exclusivamente nas plataformas digitais e nas redes sociais do evento, com espetáculos/apresentações gravados (inéditos ou não) e ao vivo.

A novidade das tecnologias digitais levará ao palco as apresentações que encantam e reforçam o vínculo com o público, que acompanhará de casa ou de onde se sentir mais confortável e seguro.

A programação da XV Semana do Teatro No Maranhã contará com a Mostra Praia Grande de Cenas Curtas/Performance, Mostra Infanto-Juvenil, Mostra Circo e Rua, Mostra Teatro de Animação, Mostra Stand-up, Mostra Universitária Luiz Pazzini, Festival Maranhense de Teatro Estudantil (Femate), Contação de Histórias, Mostra de Teatro Adulto, Oficinas e Webinários.

Atento a inserir políticas públicas que movimentam o cenário cultural e artístico do Maranhão, o secretário de Estado da Cultura, Anderson Lindoso, ressalta que a realização da Semana de Teatro no Maranhão é fundamental, sobretudo para os jovens artistas que tiveram seus sonhos abalados com a incerteza do futuro com a pandemia. “Precisamos alimentar novamente a arte como uma alternativa de transformação de vidas. A realização da Semana vem reacender essa afirmativa para que as pessoas voltem a atuar e voltem a consumir arte”, pontuou o secretário.

FEMATE

A Semana realizará a inserção da 24ª edição do Festival Maranhense de Teatro Estudantil (FEMATE) e a Mostra Luiz Pazzini em sua programação. A mostra faz uma homenagem ao ator e professor Luiz Pazzini, que faleceu em abril deste ano, vítima da Covid-19.

Inscrições

As inscrições para a XV Semana do Teatro no Maranhão acontecerão até a próxima segunda-feira (09). Os formulários de inscrição estão no perfil @semanadeteatro2020, no Instagram (link na bio).

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Hoje tem debate na TV Guará

TV Guará realizará nesta quinta-feira, 5 de novembro, o Debate Guará. De forma democrática, todos os candidatos à Prefeitura de São Luís foram convidados e poderão expor suas ideias e também questionar os demais candidatos.

O debate acontece a partir das 22h e será mediado por Hugo Reis.

O tema das questões é livre e todos os candidatos terão a mesma oportunidade de perguntas e respostas. Serão 30 segundos para fazer a pergunta, 2 minutos para responder e 1 minuto de réplica.

Você pode assistir pela TV Guará ou ao vivo pelo Portal Guará. Acompanhe também os bastidores pelo Instagram @tvguara23.

SERVIÇO

O que: Debate Guará com candidatos a prefeito de São Luís

Quando: dia 5 de novembro de 2020

Onde: Estúdios da TV Guará – Renascença I

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Empenho e a mobilização de professoras e professores podem interferir na eleição para a Câmara Municipal de São Luís

Por Ed Wilson Araújo*

Ao longo dessa campanha é visível a crescente mobilização e o empenho de professoras e professores para eleger Emilio Azevedo vereador de São Luís.

A candidatura do jornalista já nasceu proposta por uma carta-aberta que foi assassinada, entre outros, por professores e professoras da UFMA, da UEMA, do IFMA, de cursinhos, de ensino médio, ensino fundamental e também de escolas comunitárias.

A jornalista e professora da UFMA, Letícia Cardoso, candidata a vice na chapa de Bira do Pindaré (PSB), foi uma dessas dezenas de assinaturas que propuseram a candidatura de Emilio Azevedo.

A partir daí, com o desenrolar da campanha, muita gente da Educação vem se juntado e vários já gravaram vídeos de apoio, pedindo votos para Emílio.

Todas e todos entraram de cabeça na campanha: “Meu voto não tem preço! Tô com Emílio Azevedo.

Está claro que a ideia geral é interferir diretamente no resultado da eleição em São Luís, elegendo um parlamentar com o longo histórico de luta de Emilio Azevedo.

O professor Flávio Reis (UFMA) foi um dos primeiros que gravou e divulgou um vídeo “com uma mensagem enfática de apoio”, dizendo que Emílio pode “fazer a diferença na Câmara Municipal”, “dando uma chacoalhada” no poder Legislativo de nossa cidade.

Vários outros estão lembrando o compromisso assumido por Emilio com a questão do Passe Livre para estudantes, com foi o caso da professora de cursinho Thainá Rosa.

Alex Oliveira, professor da UEMA, fala do “direito a cidade”, ressaltando o compromisso de Emílio com um Plano Diretor humanizado, tema também abordado por Arleth Borges e Horácio Antunes, ambos da UFMA.

E houve também a declaração de voto do professor Murilo Santos (UFMA), nome muito conhecido nos movimentos populares, dizendo que o jornalista candidato “é uma figura imprescindível”.

No IFMA a professora Lícia da Hora faz parte de um grupo que discute e apresenta ideias para a campanha. Ainda no IFMA, outros grupos, que participaram recentemente da eleição de reitor, mantêm contato direto e permanente com o candidato.

As declarações de voto dos professores convergem também com a posição assumida por Emílio Azevedo de combate ao governo Bolsonaro, principal inimigo da Educação.

Emilio tenta explicar o fenômeno dos sucessivos apoios. “Nosso trabalho com jornalismo alternativo – primeiro no Jornal Vias de Fato e agora com a Rádio Tambor – sempre esteve muito próximo dos ideais de educação política.
É um trabalho onde a informação e a formação caminham juntas. Isso nos aproximou muito de diferentes educadores, professoras, professores e também grupos de pesquisa”, relatou Azevedo.

O agora candidato diz que “essa aproximação se reflete nesse momento na campanha, até porque muitos professores foram ouvidos antes mesmo de a candidatura ser lançada, quando eles ajudaram a redigir a carta-aberta que propôs a nossa candidatura”, enfatizou.

*Ed Wilson Araújo é jornalista, professor da UFMA, presidente da Abraço Maranhão e dirigente da Rádio Tambor

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Governo disponibiliza CT da Beira Mar para testes da Covid-19 em pessoas com doenças crônicas

A partir desta terça-feira (03), pessoas com doenças crônicas podem fazer o agendamento para realização do teste rápido de detecção da Covid-19 no Centro de Testagem (CT) da Beira Mar. O atendimento precisa ser agendado pelo aplicativo ‘Procon MA’, site do Procon (www.procon.ma.gov.br) ou pelo Disque Saúde (3190-9091). 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são consideradas doenças crônicas as seguintes enfermidades: doenças cardiovasculares, respiratórias, diversos tipos de câncer, entre outras. “A testagem da população tem sido um dos pilares do Governo do Maranhão no combate à pandemia e agora podemos oferecer à comunidade que tem doenças crônicas este espaço para realização de testes rápidos. Ampliamos a testagem e, com isso, o acesso a uma estratégia importante”, afirmou o presidente da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH), Marcos Grande. 

Serão agendados 100 atendimentos por dia, das 8h às 16h, de segunda a sexta-feira, exceto feriados. É obrigatório apresentar um documento que comprove a doença crônica, como por exemplo, laudo médico, receituário, passe livre e declaração. Além destes, é preciso apresentar documento oficial com foto e cartão do SUS.

“Foi de grande importância estender o perfil do Centro de Testagem da Beira Mar para pessoas com doenças crônicas, sendo este um público que precisa de uma atenção especial. Foi organizado todo um fluxo desde a marcação até seu atendimento no local, com segurança e agilidade no resultado”, garantiu a diretora do CT da Beira Mar, Lícia Warwick Dourado Trinta. 

O Centro de Testagem, localizado no anexo do Viva Beira Mar, foi inaugurado pela Secretaria de Estado da Saúde no dia 23 de março e é administrado pela EMSERH. Antes o local era exclusivo para profissionais da saúde e da segurança. Desde a inauguração até outubro, foram realizados 27.757 testes no local.