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Fenaj organiza ocupa Brasília pela PEC do Diploma

Os dirigentes da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e de Sindicatos de Jornalistas filiados preparam o 3º Ocupa Brasília pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do diploma para os dias23 a 25 de abril.

De acordo com a Fenaj, o objetivo do Ocupa é marcar o ‘Mês do Jornalista na Câmara dos Deputados’, como forma de dialogar com as lideranças partidárias sobre a necessidade de aprovação da PEC do Diploma, que está pronta para ser votada na Câmara. A PEC do diploma restabelece a obrigatoriedade do diploma de nível superior específico em Jornalismo para o exercício habitual e remunerado da profissão no Brasil.

A atividade envolve uma série de audiências em ministérios e outros órgãos e associações.O 3º Ocupa Brasília tem o apoio da Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo (Abej), Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Associação Brasileira dos Jornalistas de Turismo (Abrajet Nacional) e da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Jornalismo (SBPJor). Além da participação pessoal em Brasília, jornalistas do país também podem se envolver no Ocupa Brasília pelas redes sociais.

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Dirigente nacional do PSOL participa de eventos em São Luís

No próximo fim de semana, dias 19 e 20 de abril, Deborah Cavalcante, integrante do Diretório Nacional do PSOL e da Secretaria de Relações Internacionais, estará em São Luís para cumprir agenda em um debate público com os filiados da legenda e os movimentos sociais sobre a conjuntura internacional e a ascensão da extrema direita.

O evento na sexta-feira (19), às 19h, será realizado no Solar Cultural Maria Firmina dos Reis, na rua Rio Branco, Centro Histórico de São Luís.

A dirigente é advogada e mestre em Ciência Política. Ela vem representando o PSOL em viagens pelo continente europeu e em países da América do Sul, como Chile e Argentina, para acompanhar os processos eleitorais daqueles países. As viagens são parte dos processos de integração política e troca de experiências com os movimentos sociais e parlamentares de distintos lugares no mundo.

Cavalcante deverá ainda reunir com a militância da Resistência, tendência interna do PSOL, que fará sua conferência no fim de semana, quando pautará, entre outros temas, a participação nas eleições municipais de 2024 em São Luís.

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Livro “Literatura & Performance”, de Isis Rost, tem lançamento e roda de conversa

Nesta quarta-feira, 17, a partir das 17h, haverá um bate papo no Solar Cultural Maria Firmina dos Reis sobre o livro “Literatura & Performance”, de Isis Rost, com a presença de Luís Inácio Oliveira, Josoaldo Lima Rego e Marivânia Moura.

O livro traz uma visão insólita da nossa República das Letras no início do século XX e uma visita ao experimental dos anos 70 formam o largo espectro deste Literatura & Performance. Através de pesquisa em jornais da época, Isis Rost vai à pré-história do modernismo oswaldiano, remontando o caso da sua fixação na bailarina Carmen Lydia, uma menina que o fascinou durante anos, e o encontro explosivo e trágico com a normalista Maria de Lourdes, a Miss Cyclone, personagem múltipla, farol luminoso do diário coletivo intitulado “O Perfeito Cozinheiro das Almas Deste Mundo”, desenvolvido na primeira garçonnière, localizada na rua Líbero Badaró, entre maio e setembro de 1918.

Da província que alçava o voo do modernismo, para São Luís do Maranhão, capital de antiga província já abatida no sonho efêmero de pujança vivido no início do século XIX e mergulhada na construção fantasmagórica de uma identidade ilustre.

Sob a capa da Atenas Brasileira, a realidade crua das marcas da escravidão, do racismo à flor da pele, explode na polêmica envolvendo o germanófilo Antônio Lobo, considerado fundador da Academia Maranhense de Letras, e o intelectual negro Nascimento Moraes, autor de Vencidos e Degenerados, um romance sobre o momento da Abolição e da República em São Luís.

A mesma cidade, bela, terrível e mesquinha, inscrita na poética de Nauro Machado, visto aqui numa chave interpretativa além do tradicionalismo em que alguns tentam enquadrar (e resumir) sua obra.

De volta ao centro, ao mundo da performance e do experimental, em escritos de Antonin Artaud e na literatura de Valêncio Xavier, caracterizada pela apropriação/fusão de textos, imagens, recortes; no “não cinema” de Hélio Oiticica em Agripina é Roma-Manhattan, curta realizado em New York, reverberando Sousândrade de O Inferno de Wall Street, sua genial intuição do novo império; e na arte visceral da cubana exilada Ana Mendieta, arte do corpo feminino, arte efêmera, arte conceitual.

Performance, vídeos, instalações, esculturas em rochas, a água, a terra, o fogo, o belo e o grotesco, natureza e sangue, tudo se mistura no furacão visual do texto elaborado em série e disposto em forma de silhuetas, num voo radical sobre a obra da artista desterrada, arremessada à morte. Direto e vibrante, o livro de Isis Rost é viagem surpreendente aos subterrâneos da literatura e das artes no século XX.

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Por que os professores das federais vão entrar em greve?

Luis Felipe Miguel, professor de Ciência Política da UNB.

Os professores da Universidade de Brasília, assim como de muitas outras instituições federais de ensino superior, entram em greve na segunda-feira. Os servidores técnico-administrativos já estão em greve há quase um mês.

Temos perdas salariais acumuladas da ordem de 30%, mas o governo nos ofereceu um reajuste redondo – de exatamente 0%.

Zero. Nada. Nem um centavo.

E promete 4,5% para os próximos dois anos – algo insuficiente até mesmo para repor a inflação oficial de cada ano.

Tudo isso de um governo que se elegeu prometendo a valorização do funcionalismo público, ciente de que políticas bem planejadas e bem executadas dependem de pessoal respeitado e remunerado condignamente.

Tudo isso para categorias profissionais que estiveram na linha de frente da defesa da democracia e da resistência aos retrocessos.

Tudo isso embora a arrecadação esteja em alta e haja margem para o reajuste.

O que é negado para professores, funcionários das universidades e quase todas as categorias do serviço público foi concedido generosamente às bases do bolsonarismo. Polícia Rodoviária Federal (aquela que foi mobilizada para melar as eleições) e Polícia Federal foram contempladas com reestruturação da carreira e aumentos que dão perspectiva de salários superiores a 40 mil mensais. O Banco Central também foi beneficiado com reajustes na faixa dos 23%.

Para o resto, zero.

Qual a justificativa para esse duplo padrão? Nenhuma. Só um oportunismo político muito míope.

Na quarta-feira passada, a pressão grevista fez com que o governo reabrisse a mesa de negociação com os trabalhadores.

Mas, na verdade, sem nenhuma disposição para negociar. Horas antes, o ministro Fernando Haddad declarou, taxativo: “Não tem reajuste pro funcionalismo. O orçamento está fechado”.

Fechado só para alguns, na verdade. Ao mesmo tempo em que nega diálogo com o funcionalismo, o governo se prepara para acomodar a liberação de mais cerca de 6 bilhões de reais em emendas do Centrão.

Para o Centrão, para as igrejas, para as grandes corporações – para esses o orçamento sempre tem elasticidade. Abre-se mão de receita, concedem-se benefícios, subsidia-se tudo.

Já para o funcionalismo, para a educação, para as políticas sociais, a ordem é “austeridade”. É ferro no lombo.

Mas a greve, instrumento legítimo de luta dos trabalhadores, cumpre seu papel.

O presidente Lula desautorizou aqueles que, de dentro do governo, ameaçavam grevistas. A ministra Esther Dweck, contrariando Haddad, disse lutar por uma solução negociada. O governo abriu mesas setoriais para tratar das demandas de cada segmento do funcionalismo.

Fazer greve é ruim, ainda mais para quem se sente envolvido com o trabalho que faz. Prejudica o andamento das aulas, desorganiza a vida pessoal.

Porém, ao contrário de quem diz apenas que “greve na educação” não presta, acredito que assumir nossa posição como trabalhadores e mostrar que devemos lutar por nossos direitos tem também um caráter pedagógico.

Há colegas que temem, sinceramente, que fazer greve contra o governo Lula fortaleça a extrema-direita. Falam até em “desestabilização” do governo.

Não creio. É um discurso cujo horizonte é entregar o governo à direita, sem disputa, e conduzi-lo à derrota, por ser incapaz de promover as políticas necessárias para a reconstrução do Brasil.

Somos – tenho certeza – suficientemente maduros para lutar por nossos direitos sem descuidar da luta pela democracia

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Meu nome vem do rádio e da Jovem Guarda

Eu estava com meus alunos da disciplina Crítica da Mídia (Jornalismo/UFMA) no setor de obras raras da Biblioteca Pública Benedito Leite, em São Luís, pesquisando nos jornais antigos sobre um fato rumoroso ocorrido no Maranhão, na década de 1990, quando um aluno chamou minha atenção para essa página do jornal O Debate, de 14 de maio de 1993.

É uma notícia anunciando show do cantor e compositor Ed Wilson, um dos ícones da Jovem Guarda, movimento cultural dos anos 1960 liderado por Wanderléa, Roberto Carlos e Erasmo Carlos.

Batizado Edson Vieira de Barros, Ed Wilson era filho de uma família de artistas. A sua mãe, Elair Silva, foi cantora da Rádio Nacional; e o pai, ator de cinema. Os manos, chamados irmãos Barros, tinham música na veia.

O rádio, o parto e um nome

Jornal “O Debate” anunciava show em 1993

A escolha do meu nome é daquele tempo e tem uma história interessante, envolvendo o rádio.

Quando eu nasci, em 1967, meu pai estava sintonizado na antiga Difusora AM (A Poderosa) e tocava a música “Festa de Arromba”, um hit frenético popularizado por Roberto Carlos, o tremendão Erasmo Carlos, a banda The Fevers, entre outras interpretações.

A música é uma celebração dos famosos da época que agitavam o evento, provocando euforia d@s fãs.

Uma das celebridades da festa era o cantor e compositor Ed Wilson, que foi denominado pela Revista do Rádio, em 1962, de “O Elvis Brasileiro”, devido as suas afinidades performáticas e a imitação do imortal Elvis Presley.

Um trecho da música “Festa de Arromba” diz assim:

“”Renato e seus Blue Caps tocavam na piscina
The Clevers no terraço, Jet Black’s no salão
Os Bells de cabeleira não podiam tocar
Enquanto a Rosemary não parasse de dançar


Mas vejam quem chegou de repente
Roberto Carlos com seu novo carrão
Enquanto Tony e Demétrius fumavam no jardim
Sérgio e Zé Ricardo esbarravam em mim


Lá fora um corre-corre dos brotos do lugar
Era o Ed Wilson que acabava de chegar
Hey, hey (hey, hey), que onda
Que festa de arromba!
“”

Veja a música na íntegra:

Quando mamãe pariu, meu pai, ouvindo a música no rádio, não teve dúvidas:

… era o Ed Wilson que acabava de chegar…

O cantor e compositor integrou o famoso grupo Renato e Seus Blue Caps, em atividade até hoje. Foi também um dos criadores da banda The Originals, composta por ex-integrantes de três grupos de referência da Jovem Guarda: The Fevers, Renato e Seus Blue Caps e Os Incríveis.

Uma das músicas célebres da autoria de Ed Wilson é “Chuva de prata”, interpretada por Gal Costa. Ele compôs também “Aguenta coração”, famosa na voz de José Augusto; “Pede a ela”, cantada por Tim Maia; e “O pensamento vai mais longe”, interpretada pelo The Feveres.

Na década de 1980 ele aderiu à onda gospel e gravou vários CDs e DVDs com temática religiosa evangélica, entre eles o álbum “Chuva de bênçãos”.

Ed Wilson, uma referência na cena musical brasileira, era carioca do bairro Piedade e faleceu em 2010, aos 65 anos de idade.

Abaixo tem um vídeo de minha autoria gravado em uma exposição sobre as mulheres do rádio, no Centro Cultural Santander, em São Paulo, onde também faço menção à origem do meu nome. Assista:

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Comunidade do Porto Grande denuncia empresa por apropriação indevida de terras

Em nota, moradoras e moradores do povoado Porto Grande, na zona rural litorânea de São Luís, repudiam atos da Empresa OPS Open Service, que estaria usurpando terras na comunidade. Veja a nota:

O Porto Grande é Nosso!

A comunidade do Porto Grande, localizada às margens do Rio Coqueiro, zona rural de São Luís, está travando uma batalha com a Empresa OPS Open Service. O que começou como promessas de progresso e oportunidades de emprego se transformou em uma luta desigual pela posse da terra e dos recursos locais.

A empresa chegou à comunidade com a promessa de desenvolvimento, oferecendo escrituras individuais das terras, cursos profissionalizantes e empregos para os moradores. No entanto, após prometer sonhos e conquistar a confiança da comunidade, a OPS Open Service deu um golpe surpreendente ao reivindicar a propriedade de toda a área do Porto Grande na Superintendência de Patrimônio da União (SPU).

A situação se agravou ainda mais quando a empresa instalou um portão, efetivamente fechando o acesso ao porto, que há gerações tem sido o sustento e o coração da comunidade. O acesso ao porto foi limitado apenas a quem se cadastrasse, com a alegação de segurança, mas os moradores veem isso como uma tentativa de controle e exclusão.

Para piorar, a OPS Open Service lançou acusações infundadas, alegando que o porto está sendo utilizado para atividades ilegais de contrabando. Essas afirmações foram veementemente repudiadas pelos moradores que afirmam categoricamente que o porto sempre foi usado para fins legítimos de pesca e comércio.

A situação tomou um rumo ainda mais preocupante quando a empresa chegou acompanhada de forças policiais, incluindo a Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Federal, afirmando ter a concessão das terras. Essa demonstração de poder e intimidação aumentou ainda mais a angústia e o medo entre os moradores.

A comunidade do Porto Grande está se unindo para resistir. Estamos buscando apoio legal e organizando protestos para proteger nossas terras e nosso modo de vida tradicional. Além disso, estamos buscando conscientizar o público sobre nossa luta, na esperança de que a justiça prevaleça.

Permaneceremos firmes e determinados em defender o nosso território, nossas terras e nossos direitos. A luta pode ser longa e difícil, mas estamos dispostos a enfrentar qualquer desafio para proteger o que é nosso por direito.

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Falcão, rei do futsal, participa de eventos esportivos em São Luís

Atleta duas vezes campeão do mundo ministra palestra e abre as Olimpíadas e Paralimpíadas Sesc 2024

Tudo pronto para as Olimpíadas e Paralimpíadas Sesc. E para a edição 2024, um convidado mais que especial: o atleta bicampeão do mundo de futsal, Falcão. Além de participar da tradicional solenidade de abertura, que acontece neste sábado (13), às 9h, no Sesc Turismo, ele também ministrará a palestra “Por que ser o número 1?” nesta sexta (12), no Teatro Sesc, às 19h30. Os ingressos são solidários, adquiridos por meio da doação de apenas 2 kg de alimentos não perecíveis, nos dias 10 e 11 de abril, das 8h às 11h30 e das 13h30 às 19h, no setor esportivo do Sesc Deodoro.

Falcão compartilhará com os ludovicenses sua trajetória no esporte e história de superação no futsal, inspirando os futuros atletas e emocionando os fãs de carteirinha. O ex-atleta foi bicampeão mundial com a seleção brasileira, conquistou medalha de ouro nos jogos Panamericanos do Rio, maior artilheiro mundial de todas as seleções de esportes ligados ao futebol e eleito quatro vezes pela Fifa o melhor jogador de futsal do mundo.  

No sábado (13), a abertura oficial da edição 2024 das Olimpíadas e Paralimpíadas será prestigiada pelo ex-atleta Falcão, representantes do esporte local e conselheiros e diretores do Sesc. A partir das 9h, os alunos de escolas públicas e privadas da capital participam do tradicional desfile das equipes.

Este ano, as competições acontecem nas seguintes modalidades: futsal sub 8, sub 11, sub 13, sub 15, futebol society, vôlei infanto masculino e feminino, handebol infantil masculino e feminino, basquete infantil masculino, basquete infanto masculino, taekwondo, karatê, natação.

Falcão, o rei do futsal

Alessandro Rosa Vieira nasceu em São Paulo. Do pai, o jogador de futebol amador João Vieira, herdou o apelido “Falcão”. Começou a jogar profissionalmente aos 14 anos e em 1992, durante um jogo contra o Corinthians, Falcão chamou a atenção do técnico do Timão e foi contratado pelo clube, no qual permaneceu por 5 anos.

Entre as suas conquistas estão a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2007, realizados no Rio de Janeiro, o Mundialito de 2001, o Campeonato Sul-Americano de 2000 e a Copa América de 1999.

SERVIÇO

Palestra “Por que ser o número 1?” com Falcão – Bicampeão Mundial de Futsal

Data: 12/03

Horário: 19h30

Local: Teatro Sesc Napoleão Ewerton / Av. dos Holandeses

Entrada: Os ingressos são solidários, adquiridos por meio da doação de apenas 2 kg de alimentos não perecíveis, nos dias 10 e 11 de abril, das 8h às 11h30 e das 13h30 às 19h, no setor esportivo do Sesc Deodoro.
Vagas limitadas!

Cerimônia de Abertura  das Olimpíadas e Paralimpíadas Sesc 2024

Data: 13/04

Horário: 9h

Local: Sesc Turismo/ Olho D’Água

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MUN Festival reúne clássicos e cultura popular em São Luís

1º Festival de Música Universal (MUN) celebra a diversidade sonora na capital do Maranhão. Todas as apresentações musicais serão realizadas na Casa Barrica, no bairro Madre Deus

Imagem: Hermeto Pascoal, aos 87 anos, um dos artistas mais consagrados da musica brasileira, será homenageado do MUN Festival

De 11 a 14 de abril de 2024, São Luís será palco do 1º Festival de Música Universal, uma celebração vibrante que promete enriquecer a capital maranhense com uma fusão de estilos musicais de todo o mundo em um intercâmbio cultural sem precedentes.

O MUN Festival envolve a diversidade e a pluralidade, trazendo ao público um estilo musical único que incorpora influências de várias tradições musicais do mundo todo e influências da música popular brasileira, dos sons da natureza, da cidade ou do silêncio. Ao longo dos quatro dias intensos, o festival – com patrocínio do Instituto Cultural Vale por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – oferecerá, gratuitamente, uma variedade de atividades, desde oficinas e workshops até concertos, sendo um marco histórico como o primeiro evento desse gênero no país. O evento tem o propósito de visitar outras cidades dando seguimento em seus objetivos.

Homenageado

O festival é uma homenagem direta ao lendário compositor e multi-instrumentista Hermeto Pascoal e sua inovadora trajetória musical, sendo ele o criador desse novo estilo. Sob a curadoria de Carol d’Avila, renomada flautista, saxofonista, compositora, arranjadora, o MUN Festival reunirá projetos artísticos, concertos e atividades educacionais com o objetivo de formar plateias e enriquecer o conhecimento musical.

O projeto vai destacar a música universal como uma poderosa forma de expressão artística, e exaltará a música tradicional do Maranhão como uma das fontes de pesquisa e inspiração para toda essa diversidade musical da qual nasceu a Música Universal. Com concertos de diferentes gerações influenciadas por essa linguagem musical única, a iniciativa promete cativar e inspirar os espectadores.

Programação (workshops e shows)

Na quinta-feira, 11 de abril, o evento tem início com o workshop de Itiberê Zwarg, das 10h às 12h. E o show de abertura do festival se dá com o grande homenageado Hermeto Pascoal e seu grupo às 20h.

Já na sexta-feira, 12 de abril, o destaque será o workshop de André Marques das 10h às 12h. A noite será embalada pela apresentação de Carol Panesi e trio, às 19h30, seguida pelas Caixeiras do Divino, com mestra Rosa Barbosa à frente, e em seguida a apresentação de André Marques Trio, das 21h às 22h.

No sábado, 13 de abril, o MUN Festival continuará com o workshop de Carol Panesi, das 10h às 12h. A noite será animada pela apresentação de Aline Gonçalves Quinteto, às 19h30, seguida pelo Tambor de Crioula, com mestre Tonico, e pelo grupo de Itiberê Zwarg.

Por fim, no domingo, 14 de abril, o festival encerrará suas atividades, com o workshop de Mariana Zwarg, das 10h às 12h. À noite, o público poderá desfrutar do espetáculo Cacuriá da Dona Teté em colaboração com Carol d’Avila, das 18h30 às 19h30, seguido pela apresentação de Mariana Zwarg e grupo, das 19h30 às 20h30.

Todas as apresentações musicais e culturais serão realizadas na Casa Barrica (Avenida Rui Barbosa, n. 238, bairro Madre Deus), enquanto os workshops acontecerão na Escola de Música do Maranhão “Lilah Lisboa de Araújo” (Rua da Estrela, 363, Praia Grande, Centro). Todas as atividades serão gratuitas. Os workshops terão limite de inscrições, através do Sympla e podem ser feitas através do munfestival.com.

Conheça os músicos e artistas do 1º MUN Festival

Hermeto Pascoal e Grupo

Aos 87 anos, Hermeto Pascoal é um dos ícones mais venerados da música brasileira. Com uma carreira multifacetada como compositor, multi-instrumentista e arranjador, Hermeto é aclamado mundialmente por sua genialidade e criatividade sem limites. Seus inúmeros prêmios, incluindo dois Latin Grammy Awards, atestam seu impacto duradouro na cena musical. Ao lado de seu lendário Grupo, Hermeto continua a surpreender e encantar o público com sua música inovadora e única. Atualmente, o Grupo se apresenta com a tradicional formação “Nave Mãe” que hoje é composta por Itiberê Zwarg (baixo), Jota P. (saxes e flautas), Fabio Pascoal (percussão), André Marques (piano) e Ajurinã Zwarg (bateria) que acompanham Hermeto e, ao lado do “Campeão”, tornam suas apresentações uma verdadeira experiência sensorial, indescritível.

Mestra Rosa Barbosa

As Caixeiras do Divino são responsáveis por conduzir todos os rituais da festa do Divino Espírito Santo no Maranhão. Trata-se de um conjunto de pessoas que tocam caixa (instrumento de percussão) e cantam, comandando os rituais da festa. São guardiãs da tradição e se espalham pelo estado do Maranhão.

Realizada nas casas de culto e terreiros de umbanda, também chamadas Tambor de Mina, a festa começou no Brasil no início do século XVII, com a vinda dos colonos portugueses para o Brasil. No século XIX, essa tradição já fazia parte da cultura popular da região.

Mestra Rosa Barbosa é reconhecida como Caixeira Régia do Divino por comandar a execução dos rituais, conhecer a ordem e as necessidades de cada festa que participa, orientando as demais, além disso também confecciona as caixas em tamanho real e miniatura, uma artesã. 

Boi da Fé em Deus

No bairro Fé em Deus o boi do sotaque de zabumba chamado Boi da Fé em Deus existe desde 1930 fundado por Laurentino e hoje no comando de Antônio Ribeiro, o Mestre Tonico. Vale Ressaltar que durante muitos anos o grupo foi organizado pela Teresinha Jansen que historicamente pode ter sido a primeira mulher na cidade de São Luís a comandar administrativamente um Bumba Meu Boi Sotaque de Zabumba. É o primeiro sotaque de bumba meu boi do Maranhão que é marcado pela percussão rústica e cadenciada, caracterizada também pela presença das próprias zabumbas, além de outros instrumentos de percussão como o tambor-de-fogo, tamborino ou pandeirinho, tambor-onça, maracás e apitos.

Cacuriá de Dona Teté

O Cacuriá é uma dança tipicamente maranhense e tem seus fundamentos na Festa do Divino Espírito Santo. O primeiro Cacuriá data de 1973, inventado por Seu Lauro, mestre popular que organizava vários tipos de manifestações populares, como Festa do Divino, Bumba-meu-boi, Baião Cruzado e outros

Dona Teté foi brincante da manifestação de seu Lauro. Com seu jeito irreverente e descontraído, trouxe a sensualidade para a manifestação. Na época, uma mulher tão espontânea causava um enorme desconforto social, ao ponto de ser realocada na brincadeira como caixeira.

 Aline Gonçalves

Aline Gonçalves é flautista, clarinetista, arranjadora e compositora. Ela acabou de lançar seu álbum solo “Pacífico” e o EP da EMMBRA Big Band, no qual é fundadora. Foi integrante fundadora da Itiberê Orquestra Família por seis anos tendo gravado em seus dois primeiros discos: Pedra do Espia e Calendário do Som. Em 2002 gravou no disco Mundo Verde Esperança de Hermeto Pascoal e Grupo.

André Marques Trio

O Trio Curupira é formado por músicos e compositores do estado de São Paulo – André Marques, Cleber Almeida e Fábio Gouvêa – que vêm exibindo para plateias do Brasil e do exterior um dos trabalhos mais criativos do gênero instrumental. Destaque no Rock In Rio – Lisboa/2004, o grupo foi ainda um dos finalistas no Prêmio Visa Instrumental no mesmo ano. Além disso, seu CD “Pés no Brasil, cabeça no mundo” foi indicado para o Grammy Latino de 2008 e para o Prêmio da Música Brasileira em 2009.

Carol d’Avila

Mineira radicada no Rio de Janeiro, Carol d’Avila é uma talentosa flautista, saxofonista, compositora e educadora. Integrante do grupo Itiberê Zwarg e Grupo, desde 2007, ela traz em sua música uma rica fusão de influências da música popular brasileira e da Música Universal de Hermeto Pascoal. Com uma carreira repleta de colaborações, com diversos artistas renomados, além de projetos educacionais inovadores, Carol d’Avila é uma figura proeminente no cenário musical contemporâneo.

Carol Panesi e Grupo

Para a violinista carioca Carol Panesi, a música é uma presença constante em todos os contextos. Com uma habilidade impressionante em diversos instrumentos, como violino, piano e trompete, Carol destaca-se pela capacidade de explorar as nuances musicais onde quer que esteja. Iniciou seus estudos musicais no Conservatório Brasileiro de Música, em 1996, e foi integrante do renomado grupo “Itiberê Zwarg & Grupo” por 13 anos, com o qual gravou 3 CDs e 1 DVD. Como arranjadora, teve seu trabalho reconhecido em festivais nacionais e internacionais, como o Festival Internacional de Compositoras Sonora. Participa ativamente do Coletivo de Violino Popular e, já dividiu o palco com grandes nomes da música brasileira e internacional, incluindo Hermeto Pascoal, Edu Lobo e Nicolas Krassik.

Itiberê Zwarg e Grupo

Multi-instrumentista, compositor e arranjador, Itiberê Zwarg é uma figura lendária na música brasileira. Criador da Oficina de Música Universal, Itiberê trabalha há décadas ao lado de Hermeto Pascoal, explorando os limites da música e difundindo a “Música Universal”. Seu grupo, composto por talentosos músicos como Mariana Zwarg, Ricardo Sá Reston e Ajurinã Zwarg, encanta o público com uma performance marcada pela universalidade temática, criatividade nos arranjos e improvisação genuína. Com uma discografia rica e diversificada, Itiberê e seu grupo continuam a deixar uma marca indelével no cenário musical brasileiro e internacional.

Mariana Zwarg

Descendente de uma família de músicos, Mariana Zwarg, filha de Itiberê Zwarg (também seu mentor) é uma flautista, saxofonista, compositora e arranjadora que cativa o público com sua música desde 2001. Com seu Sexteto Universal, Mariana combina elementos da música brasileira e do jazz em performances envolventes que já percorreram diversos países e festivais renomados. Sua dedicação à música e seu compromisso com a educação musical fazem dela uma figura inspiradora no cenário contemporâneo.

Mestra Rosa Barbosa

Rosa Barbosa é reconhecida como caixeira régia por comandar a execução dos rituais, conhecer a ordem e as necessidades de cada festa que participa, orientando as demais, além disso também confecciona as caixas em tamanho real e miniatura, uma artesã. As Caixeiras do Divino são responsáveis por conduzir todos os rituais da festa do Divino Espírito Santo no Maranhão. Trata-se de um conjunto de pessoas que tocam caixa (instrumento de percussão) e cantam, comandando os rituais da festa. São guardiãs da tradição e se espalham pelo estado do Maranhão.

Realizada nas casas de culto e terreiros de umbanda, também chamadas Tambor de Mina, a festa começou no Brasil no início do século XVII, com a vinda dos colonos portugueses para o Brasil. No século XIX, essa tradição já fazia parte da cultura popular da região.

Cacuriá de Dona Teté

O Cacuriá é uma dança tipicamente maranhense e tem seus fundamentos na Festa do Divino Espírito Santo. O primeiro Cacuriá data de 1973, inventado por Seu Lauro, mestre popular que organizava vários tipos de manifestações populares, como Festa do Divino, Bumba-meu-boi, Baião Cruzado e outros

Dona Teté foi brincante da manifestação de seu Lauro. Com seu jeito irreverente e descontraído, trouxe a sensualidade para a manifestação. Na época, uma mulher tão espontânea causava um enorme desconforto social, ao ponto de ser realocada na brincadeira como caixeira.

Mestre Tonico e o Tambor de Crioula da Fé em Deus

Mestre Tonico é hoje o responsável por conduzir o Bumba Meu Boi e o Tambor de Crioula Amor de São Benedito, no bairro da Fé em Deus. Esse Tambor de Crioula nasceu do encontro informal de amigos brincantes do Boi, Mestre Zezinho, Mestra Doraci, Mestra Tacinha e outros coreiros e coreiras. Algum tempo depois, a então gestora do Boi, Dona Teresinha Jansen, que recebeu o Boi do Mestre Laurentino, foi a responsável por ajudar o grupo de tambor com as indumentárias e incorporar o Tambor de Crioula dessa comunidade, Fé em Deus. Sendo assim, a instituição é composta por um Bumba Meu Boi e o Tambor de Crioula da Fé em Deus até os dias atuais.

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Feira Resex Tauá-Mirim homenageia Maria Máxima Pires

Fonte: Agência Tambor

A liderança da zona rural de São Luís, Maria Máxima Pires, recebe homenagem póstuma na nova edição da Feira da Resex Tauá-Mirim, que acontece hoje, 10 de abril, no hall do Centro de Ciências Humanas (CCH) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). 

Dona Máxima, como era carinhosamente conhecida, faleceu em dezembro de 2023, em decorrência de um câncer. Ela era extrativista, agricultora familiar e militante popular.

Ela sempre foi fonte de inspiração, força e luta das comunidades tradicionais da Resex Tauá-Mirim. Máxima defendia a vida, a natureza e o bem viver como parte da nossa existência.

Leia mais na Agência Tambor

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O adeus às rádios AM de São Luís

Um novo capítulo na história da comunicação começa a ser desenhado a partir da migração das emissoras AM para FM. Das seis antigas rádios AM (Educadora, Mirante, Difusora, Capital, Timbira e São Luís) resta apenas a Mirante, que também vai migrar ainda em 2024

A migração de AM para FM é fruto do Decreto nº 8.139, de 7 de novembro de 2013, dispondo “sobre as condições para extinção do serviço de radiodifusão sonora em ondas médias de caráter local, sobre a adaptação das outorgas vigentes para execução deste serviço e dá outras providências.”

No começo de 2024, mais duas emissoras desligaram os antigos transmissores e migraram para FM. A Timbira AM e a Educadora AM não existem mais. A primeira foi desativada às 15h08 do dia 2 de fevereiro 2024, uma sexta-feira. A segunda apagou o antigo transmissor às 15h de domingo (4 de fevereiro/2024).

Veja abaixo o vídeo narrado pelo radialista Robson Junior sobre o fim da Timbira AM.

Vinculada à Secretaria de Comunicação do Governo do Maranhão, a Timbira começou a operar hoje (9 de abril) definitivamente na nova frequência 95,5 Mhz.

A rádio Timbira AM (1290 Khz) foi uma das mais antigas emissoras do Maranhão, fundada em 1941. Antes dela existia a Rádio Difusora do Estado do Maranhão (prefixo PRJ-9), inaugurada em 14 de agosto de 1940, com um discurso do então interventor Paulo Ramos.

Controlada pela Igreja Católica, a ex-Educadora AM já migrou e pode ser sintonizada na FM em 88,3 Mhz.

Apenas a rádio Mirante segue na AM, sintonizada em 600 Khz, mas vai migrar para FM ainda em 2024. A emissora integra o Sistema Mirante de Comunicação, controlado pela família do ex-presidente José Sarney.

A Capital AM (1180 KHz) foi extinta em outubro de 2017, após a destruição dos equipamentos no parque de transmissão, em um ato de vandalismo atribuído a um grupo de sem teto que pretendia ocupar o terreno de propriedade da emissora. A concessão da Capital é vinculada à família do senador Roberto Rocha.

Em setembro de 2018 houve a migração da Difusora AM (680 KHz) para a FM 93.1 MHz. (leia mais aqui sobre a migração da Difusora AM)

A Pan News / São Luís AM (1340 KHz) foi desativada em setembro de 2020, migrou para FM e teria sido vendida pelo empresário Zildeni Falcão ao deputado federal Cleber Verde (Republicanos).

Veja na tabela abaixo o cenário da
migração das emissoras sediadas em São Luis

COMO ERAMCOMO ESTÃOSINTONIA NA FM
Educadora AM (560 KHz)  – já migrou e manteve o nome Educadora88.3 Mhz
Mirante AM (600 KHz)– vai migrar ainda em 2024104.1 MHz
Difusora AM (680 KHz)  – mudou o nome para Difusora News93.1 MHz
Capital AM (1180 KHz)  – desativada em 2017– – –
Timbira AM (1290 KHz)– migrou e manteve o nome Timbira FM95.5 MHz
São Luís (1340 KHz)– mudou o nome para Massa FM98.5 MHz

Ex-ouvintes assíduos de AM estão acompanhando a migração. É o caso de Edinho Sousa, morador do Quintas do Calhau, que gravou um vídeo (veja abaixo) manifestando a “satisfação de ser o primeiro ouvinte fiel a sintonizar a rádio Educadora na FM 88,3 Mhz”.

Metamorfose ambulante

Mesmo antes da migração, as emissoras já se adaptaram ao novo cenário tecnológico, incorporando o velho rádio ao ambiente digital das plataformas, redes sociais, aplicativos e múltiplas opções de interação com a audiência.

A Timbira, por exemplo, mesmo no tempo da AM, já se denominava TV.

Para o pesquisador Marcelo Kischinhevsky, a fase atual é do “rádio expandido”, que agrega linguagens, plataformas, mediações e consumo, levando em conta as práticas culturais e as inovações técnicas.

Com a migração, o cenário do rádio todo em FM vai ter alta competitividade e disputa pela audiência.

Ouvintes que já acessavam as FMs de tendência musical terão agora as opções de novas FMs, fruto da migração, cuja pegada principal é o jornalismo e o esporte.

As AMs em fase de extinção tinham longo alcance e programação preponderantemente jornalística e esportiva, com pouco uso do entretenimento.

As FMs, outrora marcadas pela programação musical, já haviam adotado conteúdo jornalístico em diversos horários.

Vantagens e desvantagens

Se por um lado a FM melhora a qualidade de som, atrai o público mais jovem e tem potencial para convencer os anunciantes, por outro a migração pode abrir um “vazio da audiência” nas populações dos lugares distantes das regiões metropolitanas, que terão dificuldades em sintonizar as FM nos rádios de pilha, por exemplo.

Os dois vídeos abaixo foram gravados com ouvintes de AM nas ilhas de Guajerutíua e Mangunça, no litoral ocidental do Maranhão. Os depoimentos demonstram as dificuldades de acesso às emissoras FM.

A situação nas ilhas ocorre porque as AMs podiam ser sintonizadas em longas distâncias e o desligamento vai deixar parte da audiência “sem rádio” até que nos lugares longínquos tenha uma boa oferta de internet. Nessa situação, os ouvintes poderão acessar qualquer emissora utilizando os aplicativos dos smartfones.

O acesso depende, no entanto, de bons pacotes de dados para utilizar os telefones móveis como substitutos dos aparelhos de rádio.