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Eduardo Braide, as pesquisas e a campanha real

As pesquisas de opinião em período eleitoral nem sempre correspondem à realidade plena. Algumas são visivelmente forjadas com o intuito de favorecer o contratante. Outras, de institutos razoavelmente confiáveis, são mais próximas da vontade do entrevistado.

Geralmente, as sondagens induzem o voto e têm um papel significativo na formação das correntes de opinião que influenciam o conjunto do eleitorado.

Dito isso, é fato que o candidato Eduardo Braide (Podemos) vem liderando a disputa ao longo da campanha. Todos os institutos de pesquisa mostram essa tendência.

Mas, na reta final, é natural que o líder seja atacado e os candidatos mais competitivos dêem um tom mais agressivo na propaganda eleitoral, nas redes sociais e nos debates.

Nem sempre liderar pesquisas tanto tempo é vantajoso porque o primeiro colocado será sempre atacado pelos adversários.

Liderança contínua e por larga margem são dois aspectos carregados de contradições em uma disputa majoritária. Braide sente isso na pele agora na reta final, quando começa a desidratar, correndo até o risco de perder a eleição no segundo turno.

Para além das pesquisas, a campanha real nas ruas e o bom desempenho na comunicação podem mudar o jogo nos últimos minutos. O próprio Braide sabe disso. Em 2016, ele foi protagonista de um sucesso inesperado, fruto de dois debates na televisão.

Logo ele, bom de debate no passado, vem se esquivando de algumas arenas em 2020.

No sistema eleitoral institucionalizado no Brasil, a competitividade é tradicionalmente atrelada às origens familiares (filhotismo) na política, ao poder econômico, à base social e partidária (coligações) e ainda ao desempenho pessoal da candidatura no corpo a corpo e nas plataformas de comunicação.

Braide agrega vários desses ingredientes. É filho de político tradicional de família abastada, reúne partidos do campo pragmático e tem boa desenvoltura retórica.

Apesar de tudo isso, ele pode perder uma eleição que durante toda a campanha estava dada como favas contadas.

Imagem destacada / Eduardo Braide / Agência Assembleia Legislativa do Maranhão

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