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Operadores do obscurantismo contra a vacina

A conversa seguia animada. Dois jornalistas durante o almoço dialogavam com o casal proprietário do pequeno restaurante próximo a uma grande faculdade. Falávamos sobre o ano difícil da pandemia e o movimento do comércio atrelado ao calendário escolar interrompido em 2020.

Dois meses por ano, nas férias, aqui é meio parado e com a pandemia ficou pior, registrou o marido.

Quando chegar a vacina as coisas vão melhorar, confortaram os jornalistas.

De rompante, a esposa atravessou a conversa e decretou:

Eu não vou tomar vacina e nunca vacinei meus filhos nem os netos!

A partir desse momento choveram teorias da conspiração e outros relatos obscurantistas contra a Ciência. As crenças iam desde a introdução de doenças pela vacina até a suposta “máfia dos laboratórios”.

Obesa, a proprietária do restaurante disse não tomar nenhum tipo de remédio oriundo da indústria farmacêutica.

– Se eu tiver uma tontura, chego em casa e coloco meus pés em uma bacia de água fria. Aí essa frieza vai para o cérebro e isso daí cura, sacramentou.

O marido, por sua vez, elocubrava outras tantas narrativas, cada qual mais estranha, a exemplo do assassinato de cientistas chineses dentro de uma casa que explodiu. Bum!

Esse tipo de situação enfatiza a poderosa indústria da desinformação, um negócio altamente lucrativo criado por empresários e corporações baseados em teorias da conspiração, obscurantismo e negação das instituições científicas e do Jornalismo.

A máquina de desinformação fundada em crenças e convicções espalha no mundo inteiro uma estratégia definida em vários operadores com maldita eficácia na mente dos incautos.

Vejamos alguns exemplos de como a desinformação cavalga, através das falácias, um “método” baseado em argumentos inconsistentes com o objetivo de confundir o interlocutor ou induzir a pessoa e erro por falta de conhecimento da realidade.

Veja alguns tipos de falácias:

“Eu vi em uma reportagem” é uma frase dita repetidamente sobre algum tipo de teoria conspiratória. Trata-se um tipo de operador baseado em fonte desconhecida ou genérica, sem checagem, que circula facilmente nos aplicativos de mensagens dos aparelhos celulares;

“A verdade sobre as vacinas” geralmente titula vídeos atribuídos a cientistas renomados, só que as supostas autoridades acadêmicas são às vezes pessoas comuns sem qualquer mérito em instituições de pesquisa. O operador desse tipo é a autoridade falsa;

“A mídia é mentirosa” traduz um bordão usado para desacreditar a instituição Jornalismo e, dessa forma, negar os relatos objetivos construídos pelo trabalho profissional dos meios de comunicação. Eis aí o operador clichê, usado para refutar qualquer tipo de argumento baseado em fatos, estatísticas e provas;

“Acidentes matam mais que vacina” é outra frase inconsistente para comparar coisas sem equivalência. Os “advogados” dessa sentença dizem que as mortes no trânsito são mais evidentes e nem por isso tem lockdown. Esse operador chama-se falsa equivalência. É o mesmo que comparar caju com abacaxi, algo absurdo e fácil de refutar: acidentes não são contagiosos como um vírus e; portanto, não podem ser comparados a uma pandemia.

No próximo texto vamos conversar sobre o “dragão invisível”.

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Novos espaços de lazer ampliam qualidade de vida em várias regiões do Maranhão

Após longo período de isolamento em massa para conter a propagação do coronavírus, o Maranhão começou a flexibilizar, em junho deste ano, o isolamento social com a reabertura limitada dos Parques do Itapiracó e do Sítio Rangedor, espaços de lazer construídos e geridos pelo Governo do Maranhão.

Especialistas em saúde mental apontam que o uso de áreas verdes e espaços públicos pode ser de grande valia para a vida urbana no pós-pandemia. Mas enquanto ainda não existe oferta de vacina no Brasil, o Maranhão aposta na reativação gradual dos espaços de lazer e na criação de novos parques e equipamentos para usufruto do convívio social, em meio a um cenário sanitário ainda limitador e marcado de incertezas.

Antes mesmo da pandemia, a construção de espaços públicos de lazer já era uma das prioridades da atual gestão estadual, como ressaltou o governador Flávio Dino. “Entre praças e parques, já entregamos mais de 100 obras que democratizam as cidades”, declarou o governador. 

Conheça alguns dos equipamentos de lazer que foram entregues à população maranhense no ano da pandemia:

Parque Ambiental do Sucupira em Timon

Com uma área de 70 mil m², o Parque Ambiental do Sucupira em Timon conta com academia ao ar livre, quadras, pista de skate, campo society, áreas de ciclismo e caminhada, parque infantil inclusivo, calçadão, bancos, iluminação de LED, estacionamento, esplanada, Praça do Sol, talude e área sombreada.

A obra foi executada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA) com apoio da Secretaria de Estado de Governo (Segov), por meio de uma parceria entre o Governo do Maranhão e a Prefeitura de Timon, responsável pela administração.

Praça dos Poetas

Praça dos Poetas é mais um equipamento social no Centro Histórico (Foto: Divulgação)

Espaço dedicado para homenagear as gerações de poetas e escritores maranhenses, a Praça dos Poetas se junta a outros espaços de lazer e cultura da capital que foram revitalizados. 

O espaço conta com um mirante e, no trajeto até ele, são homenageados dez escritores e poetas maranhenses: Ferreira Gullar, Catulo da Paixão Cearense, Nauro Machado, Sousândrade, Bandeira Tribuzzi, José Chagas, Gonçalves Dias, Maria Firmina, Dagmar Destêrro e Lucy Teixeira.

Há também um painel rotativo, que a cada mês celebra a obra de outros literários. O painel inaugural trouxe o soneto Miritiba, do escritor maranhense Humberto de Campos. 

A Praça dos Poetas tem 1.130 m² e possui, ainda, quiosques, banheiros públicos e tratamento paisagístico, além de detalhes arquitetônicos que remontam o colonial e o moderno.

Nova Praça do Cohatrac

Espaço onde tradicionalmente é celebrada a festa católica em celebração ao Círio de Nazáre, a Praça do Cohatrac agora tem equipamento para acesso à internet, local aberto para a realização de eventos, salão de eventos com banheiro acessível, concha acústica, construção de praça de alimentação, espaços de vivência com grafite, área de jogos e playground, além de adequação de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida e instalação de novos mobiliários (bancos, lixeiras), nova iluminação e academia de saúde.

Praça do Cohatrac foi completamente reformada (Foto: Divulgação)

Nova REFFSA

Totalmente restaurado com base em um projeto arquitetônico que respeitou as características originais da edificação fundada em 1929, a antiga estação da REFFSA, no Centro de São Luís, foi reaberta e passou a abrigar um moderno espaço de cultura, com direito a Museu Ferroviário e Portuário e a Locomotiva Hub, espaço high tech para fomento de startups concebidas no ambiente universitário. 

Desde que foi reaberto, a exibição de videomapping e a decoração natalina na nova REEFSA vêm atraindo a população, mas o acesso é limitado e exige aferição da temperatura dos usuários, uso de máscaras de proteção e o respeito ao distanciamento social.

Imagem destacada / Parque Ambiental de Timon possui uma área de 70 mil m² (Foto: Divulgação)

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Documentário inédito por 38 anos revela censura na UFMA e resistência dos estudantes na década de 1980

Por João Ubaldo Moraes (jornalista e documentarista)

Texto publicado originalmente no site Agenda Maranhão

Este ano, lamentavelmente, perdemos para a Covid-19, o amigo Roberto Fernandes, um dos mais completos jornalistas de nossa geração.

Impactados pela sua partida repentina, os colegas da turma de Comunicação Social de 1985, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), prestaram uma homenagem, através do compartilhamento de lembranças comuns vividas em sala de aula, nos corredores do Pimentão e em outros espaços do Campus do Bacanga, em São Luís.

Sugeri, na oportunidade, disponibilizar na internet, por meio da plataforma do Promem,(www.promem.org.br ou https://youtu.be/EP0AkHCep6g), criado pelo jornalista e cineasta Luis Fernando Baima, a exibição do documentário Sem Censura (João Ubaldo de Moraes – 1984), que tinha sido telecinado e digitalizado recentemente.

No filme, o Roberto aparece como liderança estudantil, na luta contra a Ditadura Militar, e mostra sua versatilidade como narrador, roteirista, além de fazer a interpretação da fala de um “foca” do jornalismo impresso.

Na semana passada, recebi o convite do site Agenda Maranhão, por meio dos jornalistas José Reinaldo Martins e Ed Wilson Araújo, para falar um pouco mais da realização do documentário Sem Censura e sobre o projeto de digitalização dos filmes integrantes do “Ciclo Super 8mm”.

Filme Sem Censura

Sem Censura é um documentário, realizado em 1984, que permaneceu inédito por 38 anos. Filme de curta metragem, com 6,28m de duração, registra os principais momentos da preparação e realização da passeata de protesto de estudantes da UFMA, liderados pelo Diretório Acadêmico de Comunicação Social e Diretório Central dos Estudante (DCE), contra a censura e interferência da direção do curso, nas matérias produzidas pelo Jornal Laboratório de Jornalismo.

Ao fazer um protesto público, os estudantes, além de reivindicar o direito à liberdade de expressão, desafiavam as regras do governo militar e as orientações seguidas pela reitoria do professor José Maria Cabral Marques.

O inusitado movimento dos estudantes, surpreendeu a comunidade universitária que, há mais de uma década, deixara de conviver com atos de protesto. Os alunos dos outros cursos, funcionários da administração e a segurança privada, atônitos e sem saber que atitude tomar, apenas olhavam a passagem dos manifestantes.

A passeata, realizada sob um clima de muita tensão, aconteceu de forma pacífica e sem qualquer incidente, ao som de um “bumbo” solitário, que marcava o compasso da caminhada dos estudantes pelas salas de aulas e prédios.

Situando o filme no tempo e no espaço

Mais de duas décadas de exceção política, distanciou a UFMA dos interesses da comunidade estudantil e maranhense. Durante esse período aconteciam repressões aos movimentos reivindicatórios de estudantes e o corpo docente desestimulava qualquer contato dos alunos com as “cabeças pensantes” de fora dos muros da UFMA.

Nas salas de aulas, a desconfiança era nota dissonante entre os jovens alunos. Havia um permanente patrulhamento ideológico e qualquer acusação contra “elementos” apontados como “subversivos aos ideais revolucionários”, era levada à sério e apurada com rigor.

Em 1984, data da realização do filme, atravessavamos os últimos anos do governo do Presidente da República, general João Batista de Figueiredo. A estratégia dos militares para se manter no poder derretia a olhos vistos, exaurida e contaminada pela presença ostensiva dos políticos tradicionais, fisiologistas, viciados em clientelismo e troca de favores. A situação se apresentava insustentável.

O sistema mostrava sinais evidentes de desgaste nas áreas política, social e principalmente econômica. Avesso ao diálogo com a sociedade, o general Figueiredo foi um presidente burocrático, que cumpriu as ordens do quartel, com a rispidez que lhe era peculiar: garantiu a continuidade da abertura política iniciada no Governo Geisel e assinou a anistia geral aos militares acusados de tortura e civis exilado e perseguidos pelo regime.

Após a rejeição da emenda das Diretas Já, no Congresso Nacional, o general Figueiredo teve o mérito de dar um passo importante na redemocratização do país. Extinguiu o bipartidarismo, o que permitiu a coalizão das forças democráticas, que acabaram elegendo, indiretamente, no Colégio Eleitoral, Tancredo Neves, à Presidência da República.

Essa sequência de acontecimentos culminou com a explosão da bomba, por militares terroristas, no estacionamento do Riocentro, no Dia do Trabalho. O desgaste do sistema e o clima de insubordinação política e popular, que tomava conta do país, era refletido no ambiente universitário, que ansiava pelo retorno à normalidade democrática.

O documentário

O documentário Sem Censura faz parte do denominado “Ciclo do Cinema Super 8”, um movimento cinematográfico iniciado pela Coordenação de Assuntos Estudantis da UFMA, com a fundação do Cineclube Universitário (depois UIRÁ) e liderado por estudantes universitários e jovens da comunidade ludovicence.

No período de 1974 a 1985, parte dos cineclubistas, cansados de apenas verem e discutirem filmes que quase nada lhe diziam, se apropriaram dos meios de produção disponíveis e passaram a realizar filmes na única bitola possível para nossa realidade: o Super 8mm.

Essa virada incomum no cineclubismo brasileiro tradicional permitiu que fossem produzidos, entre nós, mais de 140 filmes de curta e média metragens, nos mais variados gêneros, envolvendo mais de 30 diferentes diretores e outras tantas dezenas de colaboradores nas atividades cinematográficas.

A produção maranhense em cinema Super 8mm é considerada uma das mais importantes do país em qualidade e número de filmes. Entre os realizadores da época, podemos destacar, entre outros: César Curvelo, Carlito Silva, Djalma Brito, Euclides Moreira Neto, Ivan Sarney, João Mendes, José Filho, João Ubaldo de Moraes, Murilo Santos, Nerine Lobão, Newton Lílio e Nonato Medeiros.

Em 2014, iniciei uma parceria com o cineasta e produtor de cinema, Joaquim Haickel (Mavam – Museu Audiovisual do Maranhão), para recuperar os nossos ativos cinematográficos. O projeto vai identificar, resgatar, digitalizar, restaurar e divulgar, não só o acervo de filmes do “Ciclo Super 8mm”, como outros acervos importantes, tais como: os filmes originais, em 16mm, produzidos para o telejornalismo maranhense, dos jornalistas Lindenberg Leite, Murilo Campelo e TVE do Maranhão.

O acervo, constituído pela maioria dos filmes produzidos durante o “Ciclo de Cinema Super 8”, já está telecinado, digitalizado e se encontra depositado nos computadores do Mavam, inclusive o meu acervo pessoal. Todo esse conteúdo, está à disposição da nova geração de cineastas e pesquisadores maranhenses, que inclusive já deram vários usos em produções cinematográficas recentes, como é o caso do documentário média metragem, Maio Oito Meia, dos cineastas Beto Matuck e Félix Alberto, (www.youtube.com/watch?v=Y53WI0h9IAc) lançado recentemente. Este filme reproduziu mais de um minuto do conteúdo do Sem Censura.

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Nova edição da EJM traz dossiê sobre 100 anos do rádio

Os 100 anos do rádio são tema do dossiê especial da revista Estudos em Jornalismo e Mídia (EJM), do PPGJOR/UFSC, que acaba de ser publicada. A edição, relativa ao segundo semestre de 2021, apresenta 20 artigos, dos quais 11 fazem parte do especial “100 anos de Metamorfose – Rádio e Inovação”, coordenado pelas professoras Debora Cristina Lopez (UFOP) e Valci Zuculoto (UFSC) e pelo professor Marcelo Kischinhevsky (UFRJ). Como elas e ele apontam na apresentação do especial, são 11 trabalhos diversificados, que dão um panorama da produção contemporânea de pesquisadores brasileiros da radiofonia, convidam os leitores a pensar o meio e demonstram a vitalidade em seu centenário.

Além desses 11 trabalhos, a segunda edição anual da revista EJM traz nove artigos da seção Temas Livres. Eles abordam temáticas diversAs, como assessoria de imprensa, ensino de fotojornalismo, reportagem multimídia, transformações no imaginário do Jornalismo, e a relação do discurso jornalístico com as vozes das classes populares e com a alteridade. A edição traz ainda duas resenhas de livros e uma entrevista com a professora e pesquisadora chilena Cláudia Mellado Ruiz, da Escola de Jornalismo da Universidade Católica de Valparaíso (Chile), que coordena duas pesquisas internacionais – a Journalistic Role Performance (JRP) e a JRP-COVID -, ambas com a participação do professor do PPGJOR/UFSC, Jacques Mick.

Para a próxima edição, prevista para junho de 2021, a revista EJM trará o dossiê “Narrativas jornalísticas, testemunhos e subjetividades”, que está sendo coordenado pelas editoras convidadas Marta Maia (UFOP) e Fabiana Moraes (UFPE). Além disso, as editoras da revista, Terezinha Silva e Flávia Guidotti, lembram que a revista continua recebendo artigos em fluxo contínuo para avaliação e publicação nas próximas edições. A revista EJM pode ser acessada aqui.

Fonte: Site da UFSC / Programa de Pós-Graduação em Jornalismo

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Tributo a Pixixita chega à 18ª edição em formato virtual

O Tributo a Pixixita deste ano tem transmissão de LIVE por meio do YouTube Casarão Laborarte. Será neste sábado (19), às 20h.

A celebração é uma homenagem ao músico e professor José Carlos Martins, mais conhecido como Pixixita (foto), que viveu a maior parte de sua vida no Centro Histórico de São Luís.

É 18º edição que, este ano, além da apresentação online, no formato LIVE, em razão da pandemia da Covid-19, acontece em dezembro.

As homenagens anteriores foram sempre em abril, mês de aniversário de Pixixita.

A Tribo do Pixixita contará com participações de Josias Sobrinho, Rosa Reis, Sérgio Habibe, Criolina, Célia Sampaio, Gerude, Chico Nô, Camila Reis, Ronald Pinheiro, Flávia Bittencourt, Beto Ehongue, Celso Borges, Erivaldo Gomes, Tutuca, Ronaldo Mota, Aziz Jr. e a grande sensação do momento na música maranhense, o grupo Afrôs.

Serão exibidas fotos e um minidocumentário retratando os 17 anos ininterruptos do evento.

O projeto foi aprovado por meio do edital publicado pela Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão (SECMA), a Lei Aldir Blanc.

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Lewandowski autoriza estados a comprar vacina aprovada no exterior

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski (foto) acolheu pedido do governador do Maranhão, Flavio Dino (PC do B), e autorizou que Estados e municípios comprem vacinas aprovadas por autoridades sanitárias dos Estados Unidos, da União Europeia, da China e do Japão.

A decisão se deu em duas ações conjuntas. Uma apresentada pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a outra pelo governo maranhense. Leia a íntegra (316 kb).

No despacho, Lewandowski diz que o Estado poderá “dispensar” à população as vacinas “das quais disponha”, se o Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19 não for cumprido, e se a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não expedir a autorização competente no prazo de 72 horas.

Fonte: Poder 360

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Unicef e Undime concedem reconhecimento público a 160 municípios da Amazônia Legal Brasileira

Mais de 21 mil crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade foram localizadas fora da escola e (re)matriculadas por meio da estratégia Busca Ativa Escolar

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) realizam, nesta quinta-feira, 17/12, um evento virtual de reconhecimento público aos municípios da Amazônia Legal Brasileira que fazem parte do Selo Unicef (2017-2020) e que alcançaram a meta de (re)matrículas da Busca Ativa Escolar, estratégia para o enfrentamento da exclusão escolar que vem sendo implementada de norte a sul do Brasil. Nos nove estados que compõem o território da Amazônia Legal Brasileira, 160 municípios cumpriram a meta de (re)matrículas estipulada com base nos dados do Censo Escolar (Inep/MEC) e garantiram acesso à educação para mais de 21 mil crianças e adolescentes. Em todo o país, 672 municípios receberão o reconhecimento público.

“Ao fortalecer uma série de ações integradas e focadas na garantia do direito à educação, esses municípios conseguiram fazer uma diferença enorme na vida de meninos e meninas que, até então, estavam excluídos do processo de aprendizagem e do acesso à educação formal. A escola, para cada criança e cada adolescente, representa um instrumento de proteção; a educação, enquanto política, contribui para proteger esses meninos e meninas de diferentes formas de violência e diversas outras violações de direitos. Para aqueles que estavam fora da escola, reingressar ao ambiente escolar representa uma oportunidade de continuar aprendendo e sonhar com um futuro melhor.”, enfatiza Anyoli Sanabria, Coordenadora do UNICEF para a Amazônia Legal Brasileira.

“A Busca Ativa Escolar contou com ações intersetoriais realizadas em cada um dos municípios e lideradas pelas equipes técnicas da gestão pública envolvidas nas áreas da educação, saúde e assistência social que possibilitaram o cumprimento da meta de (re)matrículas pactuada no âmbito do Selo Unicef. Portanto, esses municípios merecem o reconhecimento, uma vez que dedicaram esforços para não somente identificar crianças e adolescentes que estavam fora da escola, mas, também, por encaminhá-los à (re)matrícula e por referenciá-los aos serviços públicos que, por meio de abordagem e políticas integradas, puderam dar resposta aos motivos que, lá atrás, levaram a cada caso de exclusão escolar.”, destacou Sidney Vasconcelos, Oficial de Educação do Unicef, no Amazonas.

Devido à pandemia, o evento terá uma configuração diferenciada. Está sendo preparada uma super estrutura virtual com muita música, cores, arte e cultura local para celebrar, juntamente a gestores políticos, coordenadores operacionais, supervisores institucionais, técnicos verificadores, agentes comunitários e equipes municipais do Selo Unicef, cada menino e cada menina que teve o direito à educação devidamente garantido por meio das ações da Busca Ativa Escolar realizadas nos municípios.

Direito à educação

Estar na escola, aprendendo, é essencial para meninas e meninos. Nestes quatro anos, 90% (1.735) dos municípios da Amazônia Legal e do Semiárido Brasileiro que participaram do Selo Unicef implementaram a estratégia Busca Ativa Escolar, indo atrás de cada criança e adolescente que estava fora da escola e tomando as medidas necessárias para a (re)matrícula e a manutenção da sua aprendizagem.

Além disso, 573 municípios realizaram ações para diminuir o número de crianças e adolescentes com dois ou mais anos de atraso escolar. E outros 683 capacitaram professores sobre inclusão de crianças e adolescentes com deficiência, por meio de práticas de esporte educacional seguro e inclusivo.

Como resultado, eles avançaram mais do que a média do país. No Brasil, entre 2016 e 2019, o percentual de estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental público com dois ou mais anos de atraso escolar caiu 10,7%. Nos municípios da Amazônia e do Semiárido, a queda foi de 11,9%. Já nos municípios que participaram do Selo Unicef, a redução foi maior: 12,5%. E, nos municípios que foram certificados com o Selo Unicef, foi maior ainda: 15%.

Sobre o Selo Unicef

O Selo Unicef é uma iniciativa para estimular e reconhecer avanços na promoção, realização e garantia dos direitos de crianças e adolescentes em municípios do Semiárido e da Amazônia Legal brasileira. A metodologia inclui o monitoramento de indicadores sociais e a implementação de ações que ajudem o município a cumprir a Convenção sobre os Direitos da Criança, que no Brasil é refletida no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A Edição 2017-2020 do Selo Unicef contou com a adesão espontânea de 1.924 municípios de 18 estados da Amazônia Legal brasileira e do Semiárido, que se comprometeram a priorizar crianças e adolescentes nas políticas públicas, com metas e indicadores claros. Ao longo desses quatro anos, o Unicef acompanhou os municípios, capacitou gestores públicos e forneceu apoio técnico para a formulação e fortalecimento de políticas públicas, a partir de uma metodologia baseada nas prioridades do Unicef para o Brasil: alcançar crianças e adolescentes excluídos, melhorar a qualidade das políticas públicas existentes para crianças e adolescentes, prevenir e enfrentar as formas extremas de violência contra meninas e meninos e promover a participação da comunidade, especialmente de adolescentes.

Sobre a Busca Ativa Escolar

A Busca Ativa Escolar é uma metodologia social e uma plataforma gratuitas para ajudar os municípios e os estados a enfrentar a exclusão escolar, desenvolvida pelo Unicef em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), o Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Para a sua implementação, cada pessoa ou grupo que faz parte da estratégia tem um papel específico que vai desde a identificação de uma criança ou adolescente fora da escola, até a tomada das providências necessárias para a matrícula e a permanência deste estudante na escola. Todo o processo que pode ser feito online ou off-line deve ser acompanhado através da plataforma virtual da Busca Ativa Escolar que pode ser acessada em qualquer dispositivo como computadores de mesa, computadores portáteis, tablets e celulares.

Sobre o Unicef

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) trabalha em alguns dos lugares mais difíceis do planeta, para alcançar as crianças mais desfavorecidas do mundo. Em 190 países e territórios, o Unicef trabalha para cada criança, em todos os lugares, para construir um mundo melhor para todos. Acompanhe nossas ações em www.unicef.org.br e no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e LinkedIn.

SERVIÇO:

Assunto: Unicef e Undime concedem reconhecimento público a 160 municípios da Amazônia Legal Brasileira

Data: 17 de dezembro de 2021, quinta-feira

Horário: 15h para municípios do semiárido e 16h para municípios da Amazônia Legal (horário de Brasília)

Link de acesso: https://youtu.be/1MmtGNgXc_I

Mais Informações:

Elizabeth da Costa Cavalcante

(92) 981733114/eldacosta@unicef.org

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Livro “Transas da Contracultura Brasileira” pode ser acessado nas versões impressa e digital

Obra está disponível nas livrarias AMEI, Poeme-se, no Chico Discos ou nos sites da Estante Virtual e da Amazon

“Transas da Contracultura Brasileira” (Editora Passagens; 336 p.), organizado por Patrícia Marcondes de Barros e Isis Rost, chega em versão impressa.

O livro traz uma reunião de entrevistas, depoimentos e textos de figuras expressivas da época (Maciel, Chacal, Macalé, Régis Bonvicino, Cesar Teixeira, Murilo Santos, Edmar Oliveira), além de ensaios de pesquisadores tratando de temas variados, que vão da imprensa alternativa à cena punk em Teresina, passando pela poesia marginal de Ana Cristina César, o cinema experimental da Belair, o Movimento Tropicália, o som do Módulo Mil, o LABORARTE em São Luís e a Geração GRAMMA teresinense.

Conta também com a participação de poetas (Celso Borges, Durvalino Couto, Cesar Carvalho, Dyl Pires e Danilo Lopes), tudo embalado num verdadeiro show de imagens. Pode ser encontrado nas livrarias AMEI, Poeme-se e no Chico Discos ou nos sites da Estante Virtual e da Amazon. A versão colorida em e-book está disponível gratuitamente no blog da editora Passagens (links na descrição). Vale a pena conferir!

Descrição

TRANSAS DA CONTRACULTURA BRASILEIRA

Patrícia Marcondes de Barros e Isis Rost (orgs.)

Ed. Passagens, 2020 / brochura formato 16 x 23 / 336 p.

E-book Gratuito:

https://editorapassagens.blogspot.com/2020/07/transas-da-contracultura-brasileira.html

Impresso:

https://www.estantevirtual.com.br/livros/patricia-marcondes-e-isis-rost-orgs/transas-da-contracultura-brasileira

ou na Amazon (abaixo)

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Governo do Maranhão e Fundação Butantan assinam memorando para fornecimento da vacina contra o novo coronavírus

Em visita à sede do Instituto Butantan, em São Paulo, nesta segunda-feira (14), o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, assinou memorando reafirmando a intenção do Governo do Maranhão em adquirir as vacinas contra a Covid-19. A CoronaVac, em fase final de testes pelo Instituto e pelo laboratório internacional Sinovac, será submetida à aprovação das agências reguladoras de saúde do Brasil e da China até a próxima semana. 

O objetivo do Governo do Maranhão é garantir, inicialmente, 200 mil doses para a primeira fase da vacinação, caso o Programa Nacional de Imunização (PNI) retarde a decisão sobre a aquisição da vacina a ser ofertada para todo o país. O governador Flávio Dino e a Secretaria de Estado da Saúde estão em diálogo com o Instituto Butantan. 

“A medida é preventiva. A assinatura do documento coloca o nosso estado junto aos demais que já declararam interesse na aquisição das doses da CoronaVac para dar início à vacinação com maior brevidade. O governo federal ainda está desenvolvendo a estratégia de imunização enquanto outras nações já deram início à vacinação. Esta insegurança é grave, por isso o Governo do Maranhão dá este passo para garantir as doses necessárias ao início da imunização dos maranhenses, tão logo a vacina seja aprovada”, explica Carlos Lula. 

Segundo o presidente do Conselho Curador da Fundação Butantan, Dimas Covas, os estudos da CoronaVac são bem sucedidos e a confiança da pesquisa permitiu o início da produção de um milhão de doses da vacina na fábrica em São Paulo. “Já estamos com um processo adiantado de registro desta vacina e, de forma realista, tudo leva a crer que a vacina estará disponível até o fim de janeiro para a vacinação da população”, disse. 

O Instituto também iniciou as obras no seu parque industrial a fim de ampliar a capacidade de produção da vacina. A estimativa é produzir 100 milhões da CoronaVac por ano. Durante a visita, Dimas Covas anunciou o envio de  doses destinadas, exclusivamente, à vacinação dos profissionais de saúde, grupo mais exposto ao vírus da Covid-19. “Neste momento, estamos firmando o compromisso do Butantan de fornecer quatro milhões de doses para os profissionais da saúde. Isto para garantir o início de uma Campanha Nacional com esta vacina”, revelou.  

A reunião no Instituto Butantan também contou com a participação do secretário adjunto de Atenção à Saúde (SAAS/SES), Carlos Vinícius Ribeiro; do diretor jurídico da Fundação Butantan, Paulo Luiz Capelotto; e do diretor de Estratégia Institucional do Instituto Butantan, Raul Machado Neto.

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Penalva: estudantes apresentam projetos sobre meio ambiente

Com o intuito de mostrar experimentos com o uso da tecnologia que não prejudique a natureza, estudantes do Centro de Ensino Dr. Tancredo Neves-Cema, escola da rede pública estadual localizada em Penalva, promoveram, no dia 11 de dezembro, uma Feira de Ciências com o tema Meio Ambiente e Sustentabilidade. Este ano, devido à pandemia da Covid-19, a Feira foi realizada de forma online, transmitida pelo Google Meet, com a participação de estudantes da 3ª série.

A Feira está na sua 5ª edição e contou com organização dos professores da área de Ciências Naturais e da gestão escolar, sendo realizada pelos estudantes. A escola possui quase 400 estudantes e mais de 100 estiveram envolvidos na Feira de Ciências, distribuídos em 13 equipes que apresentaram seus experimentos nas disciplinas de Biologia, Química e Física, sendo que 7 equipes se apresentaram pela manhã e 6 fizeram as apresentações à tarde.

Um dos projetos propõe a utilização de energia solar para ser utilizada nas embarcações que navegam pelo rio da cidade. A estudante Érica Vitória Lopes Pinheiro, que participou do projeto sobre Energia Sustentável, denominado Energia Solar Fotovoltaica, esclareceu sobre o funcionamento da energia solar para ser utilizada nas embarcações.

“Nós vamos trabalhar com energia solar, uma energia sustentável, barata, que não cria resíduos e não polui. Os pescadores não têm condições de comprar uma placa solar e foi pensando nisso que nós criamos a nossa própria placa. Podemos obter uma placa solar com o que temos em casa, por exemplo, utilizando LED, caixa de papelão e um motorzinho de aparelho de DVD, ou motor de impressora ou ainda outra coisa que pode ser sustentável para o barco. Essa energia será absorvida do sol que fará com que o barco navegue sobre as águas”, destacou.

A estudante Érica Vitória ressaltou ainda a sua preocupação com o meio ambiente e com a população local. “Sabemos que o óleo usado nas embarcações polui o rio e desenvolvemos esse projeto, pensando na saúde dos peixes e na saúde de nós seres humanos, porque iremos consumir esses pescados. As nossas águas são ricas em piscicultura e queremos ter uma Princesa dos Lagos bem tratada, cuidada e com peixes saudáveis para todos nós”, destacou.

O professor de Biologia, Francisco Oliveira, ressaltou a importância do Projeto e disse que a escola vem trabalhando a ideia da sustentabilidade há três anos consecutivos pela preocupação com o meio ambiente que está sendo afetado diariamente.

“O nosso município é banhado por águas, e nos preocupamos muito com a situação atual. Estamos buscando soluções para o planeta e, diretamente ou indiretamente, Penalva também faz parte dessa situação. Então, nos preocupamos em buscar tecnologias que possam fazer uma modificação na atual situação do nosso planeta, contribuindo com o nosso ambiente, com o nosso município”, expressou o professor de Biologia, Francisco Oliveira.

Outros experimentos foram apresentados na V Feira de Ciências do CE Dr. Tancredo Neves pelas equipes de estudantes, como Papel Semente em Prol da Sustentabilidade usando a reciclagem para germinar novas árvores; Maneira de evitar a perda não intencional de alimentos; O Impacto da Tecnologia na Sustentabilidade; Plantas Medicinais e seu benefício, dentre outros.

Fonte: Agência de Notícias / Governo do Maranhão