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Projeto que define educação como atividade essencial pode transformar escolas e universidades em campos da morte

O projeto de lei (PL 5594/20), já aprovado em regime de urgência na Câmara dos Deputados, quer transformar em serviços essenciais a educação básica e o ensino superior das redes pública e privada. Na sua justificativa, o texto apresenta “um objetivo muito simples: estabelecer que a educação se torne atividade essencial em todo o território nacional. Diante disso, procura-se garantir a retomada das atividades escolares no formato presencial”.

A votação da urgência teve 307 votos favoráveis e 131 contra.

Caso seja aprovado em definitivo, o projeto pode obrigar os trabalhadores da educação (professores, técnicos do setor administrativo, auxiliares e terceirizados) a retornarem às atividades presenciais.

A proposta é das deputadas Adriana Ventura (Novo-SP), Aline Sleutjes (PSL-PR) e Paula Belmonte (Cidadania-DF). Segundo o texto, no parágrafo 7º-D, estão incluídas entre as atividades essenciais “as aulas presenciais nas unidades das redes pública e privada de ensino, no âmbito municipal, distrital, estadual e federal, relacionadas à educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, Educação de Jovens Adultos (EJA), ensino técnico, ensino superior e afins.”

Parlamentares de oposição e sindicatos teceram críticas ao projeto. “Reabrir escolas nesse momento é uma política de morte. As nossas escolas não estão sendo preparadas para esse retorno”, pontuou a presidente do Andes Sindicato Nacional, Rivânia Moura, defendendo a vacinação em massa e um plano sanitário com todas as condições de segurança à saúde dos trabalhadores e trabalhadoras da educação.

Presidente do Andes, Rivânia Moura, diz que volta às aulas é genocídio

Além de colocar em risco a vida de professores, estudantes, familiares de alunos e todo o conjunto de trabalhadores das escolas e universidades, o PL pode restringir direitos dos professores às manifestações e reivindicações, como as greves. Se a educação passar a ser enquadrada como atividade essencial, terá implicações nas formas de mobilização e luta dentro das instituições, principalmente nas universidades federais.

Caso seja considerado atividade essencial, o setor da educação poderia paralisar apenas 30% dos trabalhadores, obrigando 70% a manter as atividades normalmente.

Vários analistas interpretam o projeto como tentativa de cercear um dispositivo constitucional – a greve – duramente conquistado pelos trabalhadores como forma de mobilização pelos seus direitos.

O Consed (Conselho Nacional de Secretário de Educação) divulgou nota contra o PL que torna as aulas presenciais um dos serviços essenciais no país, mesmo durante a pandemia do novo coronavírus. Segundo o conselho, o texto é mais uma forma de pressão sobre os governadores e prefeitos que suspenderam aulas presenciais para conter o avanço da covid-19.

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Rádio Abraço Saúde e as vacinas: novo programa esclarece dúvidas sobre a imunização contra a covid19

A Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no Maranhão começa a circular hoje nas emissoras filiadas mais um programa da série Rádio Abraço Saúde com o tema vacina.

No formato de entrevista, o programa tem como fonte a médica infectologista Maria dos Remédios Freitas Carvalho Branco, doutora em Medicina Tropical e Saúde Internacional, pesquisadora e professora associada da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Ouça abaixo o programa

Rádio Abraço Saúde é uma produção que tem o objetivo de informar a população sobre a pandemia covid19, destacando a importância das medidas sanitárias e os cuidados no dia a dia para evitar a contaminação.

O tema vacina já havia sido abordado no programa de fevereiro de 2021, mas diante do crescimento do número de casos e do surgimento de variantes do vírus causador da doença, a Abraço Maranhão está retomando o tema.

“Através do rádio temos a responsabilidade e o compromisso com a informação confiável para orientar e educar a população, levando conteúdo verdadeiro sobre um aspecto tão importante como a imunização”, destacou o engenheiro Fernando Cesar Moraes, dirigente da Abraço Maranhão.

Equipe do programa Rádio Abraço Saúde

Roteiro: Ed Wilson Araújo

Locução: Marcio Calvet e Lanna Gatinho

Produção: Fernando Cesar Moraes

Edição: Marcio Calvet

Direção: Ed Wilson Araújo

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Tribo Futurista: Beto Ehong e Rita Benneditto juntos em clipe musical

Agora é oficial. O clipe musical Tribo Futurista, com Beto Ehong e Rita Benneditto, será lançado dia 22 de abril de 2021, às 18h, no Youtube. Depois de meses de produção, o trabalho será oferecido ao público. A música aborda questões importantes do cenário atual da sociedade brasileira, como religiosidade, antirracismo e a imaginação como ferramenta de transformação.

O trabalho foi produzido em um formato todo especial, cheio de cores, representatividade e referências universais do amor e da liberdade, além da pegada dançante que leva o público para a pista.

Assim, o clipe cria um universo distinto e une Rita e Beto em um mundo futurista, usando foto/animação, multicoloridade e a importância de estar vivo e resistindo. Em São Luís, além da voz de Beto Ehong, foi gravada também a guitarra de Filipe Lisboa.

Já Rita Benneditto registrou sua participação no Eme Studio, localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, sob a batuta técnica de Tuta Macedo e o guitarrista Fred Ferreira. Fizeram parte da produção geral Nairon Botão, Emílio Sagaz, Filipe Lisboa, Elza Ribeiro, Tuta Macêdo, Fred Ferreira, as fotógrafas Natália Swiatopovski Misk, Elisa Gaivota, Emir Penna, Gal Oppido, Marcio Vasconcelos, Chuseto e Emílio Sagaz.

O argumento é de Beto Ehong, roteiro e direção de Emílio Sagaz, montagem e color Daguerre Conteúdos, produção musical da Raja Home Studio e direção executiva MundiOca Produções. A artista Rita Benneditto é gentilmente cedida pela gravadora Elza Ribeiro Produções.

O clipe será divulgado no canal Beto Ehongue no You Tube

Mais informações: https://www.betoehong.com

Instagram @betoehong

Instagram @amundioca

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Grupo de Pesquisa da UFMA realiza workshop sobre modelos de negócios e tecnologias digitais de comunicação

Empreendedorismo. Tecnologias digitais de comunicação. Inovação. Modelos de negócios. Se você tem interesse em algum desses temas, vai gostar de participar desse evento gratuito.

O Grupo de Pesquisa ETC (Comunicação, Tecnologia e Economia), vinculado ao Departamento de Comunicação Social e ao Mestrado Profissional em Comunicação da UFMA, realiza workshop gratuito sobre os potenciais dos modelos de negócios da economia da confiança para a cidade de São Luís (MA). O evento será online, através do Google Meet, no dia 22 de abril de 2021 às 19h.

O workshop faz parte da pesquisa “Empreendedorismo e colaboração: as tecnologias digitais de comunicação e o estímulo à inovação em modelos de negócios”, coordenada pelo professor Ramon Bezerra (UFMA) com financiamento da FAPEMA (Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão).

No evento serão apresentadas iniciativas da economia da confiança identificadas na pesquisa e discutida a viabilidade dos modelos de negócios dessas organizações na cidade de São Luís (MA). Por isso, o intuito é reunir pessoas que já tenham familiaridade com o ecossistema empreendedor da cidade e/ou estejam dispostas a atuar nele.

economia da confiança diz respeito a um processo comunicacional por meio do qual é possível acessar produtos e serviços através do compartilhamento impulsionado pelas tecnologias digitais de comunicação e possui três características: a dinâmica entre pares, a confiança entre desconhecidos e a existência da abundância de recursos e não da escassez.

INSCRIÇÕES. Para participar é preciso se inscrever, gratuitamente, preenchendo o formulário disponível neste link. O link para a sala do Google Meet será enviado posteriormente para as pessoas cadastradas. Para facilitar o diálogo no workshop, as inscrições são limitadas e, caso seja necessário, serão priorizadas as pessoas que possuam algum tipo de relação com o ecossistema empreendedor de São Luís (MA).

PARA SABER MAIS. Se quiser conhecer o ETC e suas pesquisas acesse o perfil no Instagram.

MAIS INFORMAÇÕES: É só enviar um e-mail para etc@ufma.br.

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Pajelança gospel irresponsável

Sem máscara e aglomerados, alguns pastores evangélicos fizeram uma grotesca pajelança gospel em frente ao STF, durante a votação sobre a abertura das igrejas no período mais crítico da pandemia.

Mercadores da fé, apenas pensando no dízimo, esses maus elementos querem levar os crentes incautos à morte.

Tudo por dinheiro.

Abaixo, o tweet de uma bolsonarista defendendo o ato insano.

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Por uma política de manejo florestal de base comunitária no Pará: série de reportagens recupera saga de quase dez anos de luta

Blog Furo, editado pelo jornalista e professor universitário Rogério Almeida

Há nove anos comunidades tradicionais do estado do Pará empreendem uma luta para a efetivação da Política Estadual de Manejo Florestal, Comunitário e Familiar (PEMFCF). A jornada é realizada em parceria com ONGs e pesquisadores de variadas formações. 

Além da defesa do território, a política almeja financiamento para ações que possam garantir, além do uso racional dos recursos, a melhoria da qualidade de vida dos moradores de projetos de assentamentos agroextrativistas, territórios quilombolas e outras modalidades.

A série de três reportagens assinada por Rogerio Almeida e edição de Kátia Marko pode de ser acessada no site do Brasil de Fato do Rio Grande do Sul, onde o combate  popular encurtou a distância entre o Sul e o Norte. Saravá!!!

Abaixo os links com as matérias.

Primeira reportagem – o triste contexto de desmatamento e violência no Pará 

Segunda reportagem – A peleja pela efetivação da PEMFCF

Terceira reportagem – afinal de contas, o que é o manejo florestal de base comunitária?

Imagem destacada / Uma das muitas etapas de debate sobre o pleito para a efetivação da Política Estadual de Manejo Florestal Comunitário e Familiar / Fonte: site do Observatório do Manejo Florestal Comunitário

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Luto no Apeadouro: pandemia leva vizinhos históricos do bairro

O bairro do Apeadouro, um dos mais tradicionais de São Luís, perdeu hoje o aposentado José Braga Cantanhede, o popular “Caju” ou “Seu Braga”, aos 87 anos de idade.

Morador da rua Sousândade, era um assíduo leitor de jornal impresso e ouvinte de rádio AM, flamenguista roxo e torcedor do Maranhão Atlético Clube, o MAC, em São Luís.

“Seu Braga” era leitor assíduo de jornais e admirava a “Coluna do Sarney”

“Seu Braga” trabalhou durante muito tempo na Oleama (Oleaginosas Maranhense SA). Deixa filhos, esposa, netos e uma saudade imensa.

Um dos seus assuntos prediletos era a política. Antes da pandemia, foi entrevistado pelo repórter Thiago Bastos, do jornal O Estado do Maranhão, para a produção de uma das suas belas reportagens especiais sobre memórias de São Luís.

A família Braga é muito querida no Apeadouro, território afetivo de São Luís, visitado em 2020 para uma das produções do teatro multimídia “Pão com Ovo”. Durante o bate-papo com os moradores, os artistas conheceram “Seu Braga” ou “Caju” e o primogênito José Braga Cantanhede Filho, o também popular “Braga” ou “Braguinha”.

A pandemia covid19 já fez várias vítimas no bairro. No primeiro semestre do ano passado faleceram, na mesma rua Sousândrade, o querido casal Norberto Guimarães (89 anos) e Maria da Conceição Ferreira Guimarães (89 anos), muito conhecidos, respectivamente, como ‘O Bala” e “Dona Cocota”, moradores lendários que deixam filhos e netos com raízes no Apeadouro.

Dona Cocota e “O Bala”, duas lendas no Apeadouro

Perdemos também Terezinha de Jesus Coutinho, aos 82 anos, uma das moradoras igualmente querida e antiga, ainda com familiares morando na mesma rua.

Terezinha Coutinho deixa saudades

Todos os óbitos mencionados acima foram por covid19 de moradores da mesma rua Sousândrade.

Em janeiro de 2020 foi a óbito a minha mãe, Terezinha Ferreira Araújo, aos 89 anos. Ela não foi vítima de covid19, mas era uma das residentes mais antigas do bairro, na famosa Sousândade, juntamente com meu pai, Raimundo Nonato Araújo, falecido em 2002.

Em outras vias do bairro tivemos perdas muito sentidas. Nas ruas Astolfo Marques e Manoel da Nóbrega perdemos “Zé do Bar”, proprietário de um dos botecos mais frequentados no bairro e ainda hoje em funcionamento.

A pandemia covid19 tem sido devastadora no Apeadouro, ficando nas nossas lembranças os bons tempos da convivência que atravessaram a infância, juventude, maturidade e as atualidades tristes.

Terezinha Araújo e “Dona Cocota”, amizade da vida inteira, agora no céu

Vamos rezar pelos entes queridos perdidos e pedir mais proteção, saúde e esperança de reencontro para que possamos nos encontrar quando tudo isso passar.

Leia mais sobre o Apeadouro aqui, aqui e aqui.

Imagem destacada: turma do Apeadouro na porta da antiga quitanda do Bala. Na sequência da esquerda para a direita: Bala, Eduardo, Maria, Cocota, Neilma, Ernildo, Solange, dona Silvia, Apolo e Lady Laura. Ao fundo: Benigno, Gugu, Guimarães e Danilo.

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O negócio da Saúde

Uma coisa explica outra:

1 – O governo Jair Bolsonaro, através da Anvisa, dificulta a negociação com os governadores para a importação da vacina Sputnik V.

2 – Deputados aprovam a compra de vacina por empresas. É o mercado ditando regras na Saúde para escantear o SUS.

A morte e o dinheiro se encontram na maior tragédia sanitária do Brasil.

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Brasil é o país com maior número de jornalistas mortos por Covid-19

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) divulga nesta terça-feira, 6 de abril, véspera do Dia do Jornalista, novos dados do dossiê “Jornalistas vitimados por Covid-19”, referentes ao primeiro trimestre de 2021, colocando o Brasil como o país com o maior número de mortes pelo novo coronavírus no mundo.

De acordo com levantamento elaborado pelo Departamento de Saúde da FENAJ, a partir de notícias e de acompanhamento pelos Sindicatos da categoria no país, 169 jornalistas morreram entre abril de 2020 e março de 2021. O dossiê também mostra que, em três meses de 2021, o número de mortes supera todo o ano de 2020, quando foram registradas 78 mortes de abril a dezembro. Este ano, são 86 vítimas, percentual 8,6% maior que no total de 2020.

Conforme Norian Segatto, diretor do Departamento de Saúde da FENAJ e responsável pela sistematização do dossiê, no primeiro trimestre de 2021 a média é de 28,6 mortes de jornalistas por mês. “Os 169 casos apurados até agora são resultado da necropolítica do governo federal. Os números mostram a urgência de a sociedade se posicionar contra o governo genocida de Jair Bolsonaro”, afirma o dirigente.

Os estados com maior número de mortes de jornalistas são Amazonas, Pará e São Paulo, com 19 ocorrências cada, seguido do Rio de Janeiro (15) e Paraná (13). Na categoria, a maioria dos casos é na faixa etária dos 51 a 70 anos (54,9% das mortes) e entre homens, sendo que entre as vítimas fatais da doença, 9,8% são mulheres jornalistas.

“Assim com os profissionais da saúde, a categoria dos Jornalistas também está se sacrificando para garantir informação de qualidade para a população brasileira. Os números são alarmantes, mas vamos continuar cumprindo nosso papel, porque informação verdadeira também ajuda a salvar vidas”, afirma Maria José Braga, presidenta da FENAJ.

A FENAJ alerta que os dados podem estar subnotificados e que o dossiê é atualizado de maneira constante.

Desde o início da pandemia, a FENAJ atua em diversas frentes para orientar e organizar a ação dos Sindicatos, de forma a garantir condições adequadas de trabalho, denunciar junto aos órgãos fiscalizadores quando as medidas sanitárias são desrespeitadas e, ainda, denunciar à sociedade os ataques sofridos pelos profissionais jornalistas, que também contribuem pelo combate à pandemia com a produção de informação.

Acesse aqui o dossiê.

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Dia do Jornalista

Nessa data especial – 7 de abril – quero reverenciar especialmente as reportagens do The Intercept Brasil sobre o submundo da Lava Jato.

As revelações da Vaza Jato mudaram o curso do golpe no Brasil e trouxeram a público as fraudes do ex-juiz Sérgio Moro e do procurador Deltan Dallagnol com o objetivo de condenar sem provas e prender o ex-presidente Lula, impedindo-o de concorrer nas eleições de 2018.

Viva o Jornalismo!