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Há 41 anos São Luís era a cidade rebelde da meia passagem

Nesse 17 de setembro é lembrada a conquista da meia passagem, em 1979, após uma greve histórica que mobilizou a cidade e sensibilizou a sociedade local.

Centenas de estudantes ocuparam a região central de São Luís em diversos atos públicos, caminhadas, discursos e enfrentamento das forças repressivas sob o comando do então governador João Castelo, aliado da ditadura militar.

Quatro décadas depois, a cidade que ganhou a denominação de “ilha rebelde” já não é mais a mesma.

Desde 1989 o mesmo grupo político manda e desmanda em São Luís e a cidade passa por graves problemas estruturais, ambientais e falta de transparência na gestão pública.

Ainda bem que temos boas recordações.

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Emílio para vereador! Mais um passo!

O jornalista Emílio Azevedo – da Agência Tambor e do Jornal Vias de Fato – teve seu nome confirmado ontem (12/09), na convenção do PSB, como candidato a vereador de São Luís.

A candidatura de Emilio havia sido proposta, em meados de agosto, por uma carta aberta que contou com mais de duzentas assinaturas.

A convenção também escolheu Bira do Pindaré, como candidato a prefeito e professora da Ufma, Letícia Cardoso, como candidata a vice da chapa.

Leticia, que também é jornalista, foi uma das pessoas que assinou a carta aberta propondo o nome de Emilio como candidato.

A campanha começará oficialmente no dia 27 deste mês de setembro.

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O que fazer com o abrigo da praça João Lisboa?

Desde as suas origens São Luís teve traços de violência, pilhagem e exploração dos recursos naturais pelo poder econômico em sintonia com as forças políticas dominantes.

Quem se encanta com o visual dos casarões do Centro Histórico sabe que as construções foram financiadas pelo dinheiro da elite rural escravocrata e erguidas pela mão-de-obra escrava, parte dela mutilada nas condições de trabalho desumanas.

Por falar em violência, apenas a título de ilustração, basta rememorar as origens praça da Alegria. O local remonta ao início do século XIX (1815), quando um desembargador mandou enfiar lá uma forca para a execução de escravos e batizou de “Largo da Forca Velha”.

Isso mesmo! No Centro Histórico os escravos e os criminosos eram enforcados.

Quando a cidade passou a ser domada pelas administrações republicanas o modus operandi da produção de desigualdade manteve os padrões.

Imensas áreas dentro e fora do perímetro urbano, especialmente os territórios “nobres” da cidade, foram grilados; e os pobres, empurrados para a periferia.

Outros grilos vieram em todos os tempos, à revelia das leis e das autoridades.

Em São Luís tudo pode. Basta ir ao supermercado e perceber as faixas e estacionamentos reservados aos idosos e pessoas com deficiência ocupadas descaradamente por carros de pessoas “normais”.

Se as regras básicas não são obedecidas, imagine outras mais sofisticadas como o Estatuto das Cidades, o Plano Diretor, a Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano, a legislação ambiental e outras tantas.

Dito isso, nada impede que as autoridades entrem em acordo para encontrar uma brecha na lei e fazer a demolição do abrigo da praça João Lisboa.

Mas, não basta demolir em mais um ato violento e de apagamento das memórias da cidade.

O abrigo, lembram os especialistas, foi construído para acolher as pessoas que tomavam bonde na praça João Lisboa.

Nada impede, portanto, que no lugar do abrigo seja colocada a réplica de um bonde antigo e nele seja instalado uma cafeteria, sorveteria ou algo similar, com os trabalhadores paramentados de motorneiros e cobradores.

Sem ferir a paisagem do conjunto arquitetônico no complexo Largo do Carmo/praça João Lisboa, a réplica do bonde viria a ser mais um atrativo turístico no Centro Histórico de São Luís.

Aos trabalhadores dos atuais boxes do abrigo devem ser asseguradas todas as condições para implantar seus empreendimentos em outro lugar.

Reitero: as atuais lanchonetes e bares do abrigo precisam ter os seus meios de sobrevivência garantidos em outros espaços apropriados.

Tudo pode ser resolvido. Se o abrigo foi tombado e não pode ser demolido, cabe uma boa conversa entre os poderes Executivo e Judiciário para encontrar uma brecha na lei e permitir a derrubada.

No lugar do abrigo, melhor é o bonde, bem mais atrativo e incorporado à dinâmica cultural da cidade.

Do jeito que está, o abrigo não pode ficar no meio da praça reformada. Ele destoa da paisagem e, na situação atual, o melhor remédio é a destruição criativa.

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Ameaçadas de extinção, bancas de revista e jornais de São Luís resistem e organizam associação

Ed Wilson Araújo

Uma das marcas da gestão do prefeito Edivaldo Holanda Junior (PDT) na reta final do seu segundo mandato tem sido a inauguração ou a reforma de praças em diversos bairros da cidade.

Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade está eliminando as bancas dos logradouros públicos

Na região do Centro Histórico, as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) já reformaram duas praças importantes: os complexos Deodoro/Pantheon e João Lisboa/Largo do Carmo.

As reformas melhoraram os ambientes, mas eliminaram as bancas de jornais e revistas. O mesmo ocorreu na requalificação da praça da Bíblia, onde uma pequena banca estava instalada e foi excluída do local.

O processo de extermínio chegou ao bairro Renascença II, nas imediações do shopping Tropical. Nestes casos, por ação do Ministério Público (reveja aqui).

Diante das ameaças, os gestores das bancas começaram a criar uma associação com o objetivo de unir e organizar a categoria para buscar meios de manter as suas instalações e assegurar a sobrevivência de pais e mães de família que trabalham como difusores culturais em São Luís, alguns com mais de 20 anos de atuação.

O trabalho de organização da associação já iniciou e terá prosseguimento durante uma reunião neste sábado (5 de setembro), às 10h, na sede do Sindicato dos Servidores Federais (Sindsep), no Monte Castelo.

Equipamentos culturais

As bancas são equipamentos culturais da cidade, não só um local de comércio e fonte de trabalho e renda para os seus gestores e familiares. Elas servem para congregar as pessoas, difundir produtos informativos e de entretenimento fundamentais para a formação educacional dos usuários.

Leia mais sobre as bancas no artigo Estariam “higienizando” o Centro Histórico de São Luís?

Além de ser fonte de trabalho e renda, as bancas são lugares de encontro entre os frequentadores e servem ainda como ponto de referência para fornecer informações variadas. É muito comum as pessoas irem às bancas para saber os itinerários de ônibus ou identificar locais públicos e privados de prestação de serviços.

Para as bancas convergem também públicos especiais como os produtores e fãs de histórias em quadrinhos (HQs), produtos culturais fascinantes para crianças e adultos de várias gerações.

Informalmente, as bancas funcionam até mesmo como pontos de informação turística em São Luís. Apesar de tudo isso, sofrem perseguições.

Transformações

Os gestores das bancas estão atentos às transformações tecnológicas que diminuíram o consumo dos produtos impressos diante do processo de digitalização.

Eles sabem que precisam se adaptar à nova configuração do mundo digital, mas não admitem a extinção. “Vamos nos adequar às mudanças e queremos seguir ocupando os espaços da cidade como produtores culturais diante das novas modalidades tecnológicas”, pontuam em coro os gestores das bancas.

Uma das propostas é modificar a nomenclatura de banca de jornais e revistas para ponto de cultura. A definição ainda está em curso e será parte do diálogo na construção da associação.

Os gestores também estão abertos ao diálogo com os poderes público e privado para formar parcerias. Se já são pontos de difusão cultural, as bancas poderiam ser incorporadas ou adicionadas aos projetos e ações de incentivo ao turismo em São Luís.

As instalações poderiam ser padronizadas com as motivações arquitetônicas e imagens do conceito colonial da cidade e ser equipadas com plataformas tecnológicas capazes de oferecer serviços e conteúdos aos usuários.

É possível encontrar alternativas junto às secretarias municipais e estaduais, de forma interdisciplinar, convergindo Cultura, Turismo, Ciência e Tecnologia.

Presas apenas ao mundo analógico as bancas não podem ficar, mas também não devem ser extintas, apagando as marcas culturais da cidade e as fontes de sobrevivência para tantas famílias.

Que venha o diálogo para o bem da cidade.

Imagem destacada capturada no site imirante.com

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Coligação de Neto Evangelista reúne Roseana Sarney, o PSL bolsonarista e o PDT de Weverton Rocha

O campo conservador engorda as fileiras em São Luís. Dessa vez o “velho” MDB controlado pela família liderada por José Sarney vai compor ao lado do pré-candidato a prefeito Neto Evangelista (DEM).

A coligação até agora já tem o bolsonarista PSL, o MDB, o PTB e o PDT, controlado pelo senador Weverton Rocha.

Até pouco tempo considerado adversário dos Sarney, eleito em 2018 na chapa do governador Flávio Dino (PCdoB) com o discurso anti-oligarquia, o senador pedetista acomoda facilmente seus novos interesses ao lado de Roseana Sarney.

Com o apoio do MDB, Neto Evangelista torna-se um candidato competitivo para enfrentar o líder nas pesquisas, Eduardo Braide (Podemos), que recentemente obteve apoio do PSDB.

Do PDT Neto Evangelista vai agregar uma estrutura de poder há 30 anos enraizada na máquina administrativa de São Luís. O PSL bolsonarista soma um valioso tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV. E Roseana Sarney, gostemos ou não, ainda tem um certo recall eleitoral em São Luís.

Além disso, Neto Evangelista, ex-secretário de Desenvolvimento Social do Governo do Maranhão, faz parte do consórcio de postulantes à Prefeitura direta ou indiretamente vinculado ao governador Flávio Dino (PCdoB).

Assim, essa aliança heterogênea reúne partidos da extrema direita (PSL), legendas progressistas como o PDT, o velho MDB centrista e aliados de peso do governador, a exemplo do senador pedetista Weverton Rocha.

Sem Madeira

Antes de formalizar o apoio a Neto Evangelista, a ex-governadora Roseana Sarney foi cortejada duas vezes pelo ex-juiz federal e pré-candidato a prefeito Carlos Madeira (Solidariedade).

Ex-juiz Carlos Madeira ofereceu a vice e cargos ao MDB

O próprio Madeira e o secretário de Segurança do Governo Flávio Dino, Jefferson Portela (PCdoB), fizeram uma visita à ex-governadora, dia 5 de agosto.

Depois, o magistrado aposentado concedeu uma entrevista à rádio Mirante AM, dia 27 de agosto, quando fez elogios explícitos ao ex-presidente José Sarney e ofereceu a posição de vice para o MDB na chapa, além de secretarias em uma eventual vitória e composição da equipe na Prefeitura de São Luís.

Ouça aqui a entrevista completa, no programa Ponto Final, da rádio Mirante AM

Apesar dos afagos e ofertas de Carlos Madeira o MDB preferiu a aliança com Neto Evangelista.

Imagem destacada / divulgação: Roseana Sarney, ao centro, com Neto Evangelista e a cúpula de políticos do MDB

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Bira apresenta plano de governo com 40 compromissos para administrar São Luís

Fonte: Blog do Gildean Farias, com edição

Um documento construído de forma popular e plural, com a ajuda de muitas mãos. Assim foi definido o plano de governo apresentado pelo pré-candidato a prefeito de São Luís, Bira do Pindaré (PSB), aos filiados do PSB com a presença de técnicos e especialistas. A exposição dos 40 compromissos de Bira por uma São Luís mais humana, bela e justa, foi realizada nesta segunda-feira (31), em uma plenária virtual.

O pré-candidato ressaltou que o plano de governo apresentado nesta segunda-feira foi elaborado de forma coletiva, através das agendas e reuniões do movimento ‘Pense São Luís’, desenvolvido pelo PSB desde o início do ano, possibilitando a escuta e a contribuição de todos os setores da sociedade e de todas as comunidades de São Luís.

“O nosso plano de governo e os nossos 40 compromissos apresentados hoje são fruto de um processo de muito diálogo, construído de forma coletiva, popular, ouvindo técnicos e especialistas e que vai resultar num programa de alto nível, de alta qualidade e muito enraizado na realidade que a gente vive que é o nosso grande desafio: transformar essa realidade que aí está”, pontuou o pré-candidato.

A plenária virtual teve a participação de pré-candidatos(as) a vereador(a) pelo PSB, apoiadores e lideranças comunitárias e de movimentos sociais que acrescentaram propostas e sugestões para serem adicionadas ao documento final que será registrado na Justiça Eleitoral.

Entre os compromissos apresentados por Bira, destaque para a área da Educação, com a proposta de criação do programa Escola Plena, que tem como objetivo expandir a oferta de educação integral com uma pedagogia pautada no protagonismo infanto-juvenil e com a introdução da formação de um segundo idioma em todo o itinerário escolar.

Outro destaque do plano de governo é relativo à mobilidade urbana, com a proposição de um transporte coletivo mais seguro, sustentável, acessível e de boa qualidade, revisão e transparência na política tarifária, além da implantação do Passe Livre para estudantes e famílias de baixa renda.

“Temos um plano pautado no compromisso com as principais demandas e prioridades da nossa cidade. Um plano coerente e possível de ser implementado através de uma gestão criativa, capaz de gerir o orçamento público com eficiência, otimizando os resultados e construindo tudo com a participação popular”, ressaltou Bira.

Com a apresentação do plano de governo com os compromissos por uma São Luís mais humana, bela e justa, Bira do Pindaré (PSB) está pronto para encarar mais um desafio em sua trajetória política, que soma meio milhão de votos na campanha de senador, em 2006, e quase 100 mil votos que o elegeram deputado federal no último pleito, alcançando uma das maiores votações em São Luís. A pré-candidatura de Bira está consolidada e cada vez mais crescente nas pesquisas eleitorais e é considerada prioridade pelo PSB nacional.

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O machado afiado da poesia e do reggae em canção e clipe

Os poetas Fernando Abreu e Celso Borges juntaram seu amor ao reggae e a música de Bob Marley para fazer uma versão livre da canção Small Axe, do cantor e compositor jamaicano.

O reggae Machado Afiado foi gravado no mês de junho e virou clipe pelas mãos de Inácio Araújo, da Carabina Filmes. O lançamento acontece no próximo sábado.

Na primeira etapa do projeto, em junho, os poetas gravaram a parceria no Estúdio Zabumba Records. A produção musical foi assinada pelo percussionista Luiz Claudio que, também, tocou na sessão. Fernando Abreu fez os violões e dividiu os vocais com Celso Borges; Jesiel Bives tocou teclados e baixo; e George Gomes, bateria. Jailton Sodré gravou, mix e masterizou a faixa.

No mês seguinte, a dupla saiu às ruas, acompanhada pela câmera de Inácio Araújo, da Carabina Filmes, e gravaram imagens na Praia Grande. A edição final do clipe terá também a participação especial do artista plástico Edson Mondego tocando berimbau.

“Nos divertimos muito nas gravações, tanto no estúdio quanto nas ruas do centro. A gente sabe que não é cantor nem tem pretensões de seguir carreira ou algo parecido.  Machado Afiado é antes de qualquer coisa uma homenagem a Bob Marley, um  cara que admiramos muito”, afirma Celso Borges.

Para o poeta Fernando Abreu “o reggae e Bob Marley estão misturados com a poesia da gente desde o começo. Estamos muito felizes de cantar uma letra que é uma leitura livre mas reverente de um poeta do povo, que sempre será farol e referência”.

MACHADO AFIADO

Versão livre de Fernando Abreu e Celso Borges
Para a música Small Axe, de Bob Marley

Se é tarde eu não sei
Resistimos
Somos Davi
Se você é Golias

A gente vai pra cima de ti
É inútil fugir
Tu queda é pra já
Cadê tua coragem?

Você me dá pão e circo
Querendo se dar bem
Mas o pau que dá em Chico
Dá em Francisco também

Você cavou sua cova
Se envenenou com seu ódio
Eu já disse e vou repetir
Sai fora, man
Sai fora
É capoeira pra cima de ti
Não corre man
Não corre

Você me dá pão e circo
Querendo se dar bem
Mas o pau que dá em Chico
Dá em Francisco também

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Coronelismo no PSDB ameaça a pré-candidatura de Wellington do Curso

O senador bolsonarista Roberto Rocha (PSDB) opera com todas as armas para destituir o deputado estadual tucano Wellington do Curso (WC) das pretensões de disputar a Prefeitura de São Luís.

No velho estilo autoritário, o coronel tucano vem fazendo pressões e dividindo o partido para impor a desistência de WC e adesão à pré-candidatura de Eduardo Braide (Podemos).

Ele usa como argumento uma hipótese sem força nos fatos: caso WC desista para apoiar Eduardo Braide a eleição seria decidida em primeiro turno.

Qualquer pessoa com o mínimo de vivência sobre os pleitos em São Luís sabe que em 2020 existem várias candidaturas competitivas com ampla tendência de levar a decisão para o segundo turno.

Até mesmo Eduardo Braide tem ciência de que a sua liderança nas pesquisas é preocupante e perigosa porque ele será alvo do bombardeio de todos os adversários.

Internamente, o trator de Roberto Rocha sobre WC vem desagradando muito os pré-candidatos a vereador do PSDB. Embora não tenha coligação na eleição proporcional, eles avaliam que, na ausência do candidato majoritário tucano, ficarão preteridos e sem palanque próprio, algo fundamental para mobilizar as campanhas à Câmara Municipal.

A chapa da vereança argumenta que Wellington do Curso é um candidato competitivo, vem pontuando nas pesquisas e não deve abrir mão para submeter o protagonismo do PSDB a uma aliança.

O senador bolsonarista, por sua vez, sustenta que a convergência entre o PSDB e o Podemos é o resultado de um acordo celebrado na eleição de 2016, quando WC apoiou Braide no segundo turno contra Edivaldo Holanda Junior (PDT). Em 2018, na eleição para governador, o candidato derrotado Roberto Rocha obteve o apoio de Eduardo Braide (à época no PMN) contra Flávio Dino.

Caso abra mão da pré-candidatura, WC está prometido para ser o vice na chapa de Braide.

Mas, WC já percebeu o desfecho de uma eventual capitulação. Se desistir do protagonismo em 2020, mesmo em uma eventual vitória de Braide, vai desaparecer do cenário político.

Escorpiões são assim mesmo. Roberto Rocha foi capaz de negar a sua eleição de senador como apêndice de Flávio Dino e depois virou o maior inimigo do governador. Imagine o que ele será capaz de fazer com WC apenas na condição de vice-prefeito…

Lembrando que Roberto Rocha tem o mesmo sonho de consumo de Braide – ser governador. Sinal de que essa onda de paz e amor entre o PSDB e o Podemos é passageira.

No mais, é sempre importante lembrar: Roberto Rocha “foi eleito” senador em 2014 montado nas costas de Flávio Dino, surfando na onda de desgaste da oligarquia liderada por José Sarney.

Em 2018, na eleição para governador, já inimigo dos seus antigos aliados, o tucano disputou contra Flávio Dino e teve apenas 2% dos votos. Melhor dizendo: 2,05% = 64.446 votos! Isso em uma eleição majoritária.

Muito metido a estrategista, no velho estilo de coronel, Roberto Rocha quer primeiro atropelar Wellington do Curso para ficar ele sozinho “dono” do PSDB. Depois, vai confrontar Braide, quando o interesse de ambos for o mesmo – o Palácio dos Leões.

Assim, traindo uns e atropelando outros, Roberto Rocha vai sedimentando aquilo que já é quase uma profecia dos analistas políticos: ele nunca será governador do Maranhão.

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Indignação! Cultura de São Luís com prejuízo milionário!

Fonte: Agência Tambor, em 26/08/2020

São quase oito milhões de reais que os artistas e demais produtores culturais de São Luís têm direito e já foi disponibilizado pelo governo federal. Isso a partir da Lei Aldir Blanc, aprovada no Congresso Nacional, com os votos da bancada de oposição a Bolsorano.

Mas o Secretário de Cultura da Prefeitura de São Luís, Marlon Botão, disse simplesmente que não tem previsão de quando os recursos serão repassados para a classe artística e os demais trabalhadores da cultura de nossa cidade.

Mesmo sendo um recurso emergencial (é emergencial!), simplesmente não existe um calendário da prefeitura de São Luís para que a Lei seja aplicada e o recurso seja disponibilizado a quem de direito.

A afirmação de Marlon foi dada em entrevista realizada hoje (26/08), no Rádiojornal Tambor. Ao longo da entrevista, concedida a jornalista Flávia Regina, foram feitos mais de 400 comentários da classe artística e cultural de São Luís, todos eles indignados com a fala de Marlon e com a gestão da cultura na atual administração do município. Segundo a maioria dos comentários Marlon “apenas enrolou” na entrevista.  É isso que está registrado no Facebook da Agência Tambor.

O secretário de Cultura foi convidado a falar na Rádio Tambor porque, na segunda-feira (24/08), nós recebemos representantes da classe artística de São Luís que criticaram o secretário e a política cultural da prefeitura de São Luís.

A Agência Tambor seguirá acompanhando esse caso, de grande importância para nossa cidade. Seguiremos ouvindo os dois lados e deixando bem claro que apoiamos a reivindicação e a pressão dos artistas e produtores culturais.

Como dissemos no início dessa matéria, são quase oito milhões já disponibilizados para São Luís. É um direito! É um auxílio emergencial!

Ouça a entrevista com Marlon Botão aqui

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O prefeito boa praça

Se o prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Junior (PDT) pudesse disputar o terceiro mandato ele seria um forte concorrente, até com chances de ganhar. Não sendo candidato, ainda é um cabo eleitoral no poder e tem plenas condições de influenciar o pleito.

A máquina eleitoral do grupo que domina a capital do Maranhão há 30 anos não para de operar na velha fórmula: operações tapa-buracos, asfalto, capina do matagal nos canteiros e pintura dos meios fios, além (é óbvio!) de todo o aparato do pragmatismo já de todos amplamente conhecido e decisivo na hora do voto.

Soma-se ainda a engenharia da propaganda eleitoral com aqueles vídeos bonitos e as promessas de sempre: construção de creches, escolas, hospitais etc.

Em 2020, além da antiga fórmula, há uma onda de reforma nas pracinhas da cidade. Andando pelo bairro Rio Anil, por exemplo, é visível a maquiagem nas nesgas dos canteiros, todas equipadas com aparelhos de ginástica.

As praças reformadas serão amplamente exploradas na propaganda eleitoral, destacando as vitrines da Deodoro/Pantheon e João Lisboa/Largo do Carmo, obras de impacto visual no Centro Histórico de São Luís, ainda remanescentes das obras do PAC Cidades Históricas.

Toda a maquiagem nas praças antigas vai ter sim influência na propaganda eleitoral, capaz de vender a cidade como produto lustrado. Imagine quantas peças publicitárias serão distribuídas nas redes sociais apresentando o verniz brilhoso na “nova” São Luís…

Pouco importa se o “resto” da cidade explode.

Por “resto” entendamos a totalidade do espaço urbano de São Luís, violentado pela proposta de revisão do Plano Diretor, que prevê a redução da zona rural em aproximadamente 40%, podendo ter consequências drásticas para toda a cidade.

Enquanto a gestão municipal inaugura as reformas das praças, tapa buracos e pinta os meios fios, a cidade tem uma série de desafios a serem enfrentados: mobilidade, saúde, infra-estrutura, educação e cultura, entre tantos outros, como a fundamental transparência na gestão.

A revisão do Plano Diretor, principal instrumento de planejamento da cidade, é tratado pela administração de São Luís como assunto desprezível no que diz respeito à necessária visibilidade desse tema tão importante.

No mais, o prefeito é boa praça.