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Medida Provisória de Bolsonaro ataca profissão de Radialista, denuncia Fitert

Em nota, a Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão (Fitert) afirma que a Medida Provisória 905/19 revoga artigos da regulamentação profissional e elimina direitos dos radialistas.

Leia abaixo o texto integral

Alerta: MP de Bolsonaro acaba com registro de radialista e precariza profissão. Vamos reagir.

Nesta terça-feira (12), foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) a Medida Provisória (MP) 905/19, que altera uma série de pontos da legislação trabalhista e institui a chamada carteira de trabalho Verde e Amarela.

A medida, anunciada como uma suposta forma de criar postos de trabalho para pessoas entre 18 e 29 anos, promove uma nova reforma trabalhista, retirando direitos de todos os trabalhadores e atacando categorias específicas, como os radialistas. O texto revoga artigos da regulamentação profissional dos radialistas – Lei 6.615/1978 -, que preveem a obrigação de registro para o desempenho da atividade. Ou seja, a MP extingue a necessidade dessa autorização.

A alteração é um duro golpe na categoria, que já havia sofrido como Decreto 9.329/2018 do Michel Temer que desregulamentou quase 70 das nossas funções. Agora mais este promovido por Bolsonaro. Sem registro, não há controle sobre quem é radialista e torna difícil exigir o cumprimento dos direitos desta categoria, que passará a ser facilmente enquadrada em outras profissões. Assim, pode ser alijada dos seus direitos, como jornada especial e elevação desta somente mediante pagamento adicional, a chamada prorrogação de jornada.

Esses ataques são alguns dos exemplos das diversas mudanças, também graves, que a MP traz ao criar uma categoria de sub-trabalhadores, sob o discurso de geração de empregos. Assim, repete a desculpa falaciosa de que a criação de novos postos de trabalho depende da redução de direitos. Esse argumento já foi refutado pela história no Brasil e no mundo.

A mais recente prova de que esse mecanismo não funciona é a reforma trabalhista implementada pelo governo Temer em 2016, que retirou diversos direitos e não teve como consequência a ampliação das contratações. Ao contrário, a economia segue em crise e o número de desempregados e de pessoas em situação de miséria só aumenta.

A MP é mais uma ofensiva à classe trabalhadora. Neste caso, para além da ofensiva contra direitos do conjunto dos trabalhadores, promove um grave desmonte da categoria dos radialistas e representa mais um dos tantos ataques que os radialistas vêm sofrendo deste governo.

Com isso, o governo evidencia mais uma vez sua falta de apreço pela comunicação profissional e por quem o pratica. A FITERT conclama os radialistas da capital federal e de todo o país a lutar contra esta medida e a pressionar os parlamentares para que seja rejeitada no Congresso Nacional.

Mais prejuízos

Fora as alterações na regulamentação e registro de radialistas e outras profissões, a MP 905/2019 impõe uma série de prejuízos aos jovens que estiverem no mercado de trabalho com a carteira Verde e Amarela.

Neste modelo, os salários terão valor máximo de um salário mínimo e meio (R$ 1.497). Entretanto, em caso de demissão sem justa causa, o jovem receberá valor menor de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), já que, pela MP, a multa cai de 40% para 20%. Além disso, o governo cobrará 7,5% de alíquota para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) do valor do seguro-desemprego.

A MP de Bolsonaro também permite que, além de trabalhadoras/es do comércio, aquelas/es que atuam em indústrias poderão trabalhar aos domingos e feriados. Neste caso, a folga será em dias de semana e o repouso semanal remunerado deverá cair em um domingo pelo menos uma vez por mês para trabalhadoras/es da área do comércio e serviços. Já para as/os trabalhadoras/es das indústrias, o repouso semanal remunerado será pelo menos uma vez a cada sete semanas.

Em contraponto, os empregadores que adotarem o programa terão uma série de vantagens. Eles não precisarão, por exemplo, pagar a contribuição patronal de 20% sobre a folha para o INSS, além das alíquotas do Sistema S (Sebrae, Senai, Sesc, Sescoop, Sest, Senat e Senar) e do salário-educação. Segundo aponta matéria da CUT Nacional, “com o Programa Verde e Amarelo, os empresários deixarão de pagar cerca de 34% em tributos”. A Medida Provisória tem validade de 60 dias.

Não aceitaremos caladas e calados mais esse ataque. Vamos reagir!

FEDERAÇÃO INTERESTADUAL DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS DE RADIODIFUSÃO E TELEVISÃO

Acesse a Medida Provisória na íntegra aqui

Imagem destacada capturada neste site

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Vem aí o festival BR135, edição 2019. Veja as novidades sobre shows e os eventos paralelos

Evento chega ao 8º ano de realização consolidado como um dos mais importantes festivais de música independente do país; na programação, destaques para Céu, DJ Dolores, Xênia França, Edgar, Potyguara Bardo e Attooxxa, além de outras atrações selecionadas em edital

O maior festival de música e mercado do Maranhão acontece dias 28, 29 e 30 de novembro. O BR135 volta a ocupar o centro histórico de São Luís, dessa vez abrindo os braços em um espaço maior, nas praças Maria Aragão e Gonçalves Dias. Com um poderoso painel de sonoridades nos palcos, atividades formativas, rodada de negócios e mercado de arte e gastronomia, o BR135 é um dos únicos festivais de música independente do país em que todas as atividades são gratuitas.

Sob o comando da dupla Criolina, formada por Alê Muniz e Luciana Simões, a festa reúne os artistas convidados Edgar, Xênia França, Potyguara Bardo, Attooxxa e Céu e os selecionados ENME Paixão, Preto Nando recebe Kaminski, Paulão, Vinaa recebe Cláudio Lima e Romero Ferro (PE), Orquestra Maranhense de Reggae com a presença de Dicy Rocha, Regiane Araújo e Otília Ribeiro, The Baggios (SE), Josyara (BA) e os DJs Dolores (PE), Juliana Alba (Itz) e Sue Krsteli.

O BR135 recebeu quase 600 inscritos de todos os cantos do país. Para formar um conjunto representativo da cena e ao mesmo templo contemplar os objetivos do festival – fomentar o mercado da música independente, promover o intercâmbio de experiências, colocar o Maranhão no mapa dos festivais e fortalecer as ações fora do eixo Rio-SP – a comissão chegou aos dez nomes divulgados.

“Neste ano a curadoria buscou contemplar a diversidade, dando visibilidade à música feita nas periferias, à música negra, nordestina, dando voz às mulheres, à cena LGBTQ. Estamos vivendo uma revolução que envolve gênero, etnia, geografia e a força da nossa música está na reunião de diversos atores”, afirma Luciana Simões. “Importante destacar que essa representatividade foi contemplada com base na qualidade musical e na capacidade de dialogar com o público do festival, que é exigente”, completa Alê Muniz.

No que já se tornou uma tradição do BR135, cada uma das noites do festival será aberta por uma atração da cultura popular do Maranhão. O Tambor de Crioula de Mestre Leonardo vai dar a largada na quinta-feira e nas noites seguintes apresentam-se o Boi da Liberdade e o Boi do Maracanã. “Temos muito orgulho das nossas tradições e neste momento elas são ainda mais necessários porque reúnem arte e fé, as verdadeiras armas de que precisamos para resistir”, afirma Alê Muniz.
 
O BR135 mantém suas ações de fomento ao mercado da música em dois eixos principais: o da Música, que reúne shows de bandas locais e nacionais que se destacam no cenário independente, e o eixo Formação, contemplado nas atividades do Conecta Música, com oficinas, painéis, roda de conversa e rodadas de negócios. As principais atividades serão realizadas no Casarão Tech (Rua da Estrela).

O Mercado BR135 – Arte + Gastronomia, que reúne pequenos negócios, como bikefood, comércio de camisetas, cervejas artesanais e produtos ligados ao mundo da arte, será montado na Praça Gonçalves Dias, onde também será realizada uma programação de música com DJs locais. O palco, no coreto, vai reunir 15 DJs do Movimento Cidade Alta durante os três dias do evento.
 
Para ampliar o acesso de pessoas com dificuldade de locomoção e necessidades especiais, o BR135 contará com um espaço próximo ao palco, para que possam aproveitar os shows em segurança, além de  banheiros adaptados, com acesso por rampa. Além disso, toda a programação terá interpretação simultânea em libras e as informações do evento na internet contam com dispositivo de audiodescrição.

Conecta música, mercado & literatura

Nesta edição do BR 135 o Conecta Música coloca na pauta, entre outros temas, tendências e futuro das mídias de música, cultura e comportamento na internet, internacionalização de carreiras, direitos autorais e tem um painel especial sobre o Circuito Nordeste – A Revolução. Entre as ações formativas, está confirmado um workshop de tradução em libras.

Outro tema que está na pauta do Conecta é a presença feminina na música, poder e maternidade. E quem vai falar sobre o assunto é a cantora Céu em um bate-papo na tarde de sábado.

Além das atividades de fomento ao mercado da música, com a presença de produtores e representantes de eventos, o Conecta Música deste ano contempla a literatura em três ações especiais: o lançamento da biografia de Raul Seixas, do jornalista Jotabê Medeiros, a edição do programa Palavra Acesa, da jornalista Andréa Oliveira, que vai receber a cantora Xenia França para falar sobre sua relação com os livros, e a Feira de Livros usados na Praça Gonçalves Dias.

A rodada de negócios, que abre a programação, está marcada para o dia 28, às 14h. Participam da atividade, entre outros, representantes dos festivais Do Sol (RN),  Festival de Inverno de Garanhuns (PE) e Radioca (BA), além da agência Brazilian Música e Artes (SP) e da produtora Uhuu Manegement (EUA).

Imagem destacada: The Baggios, de Sergipe, será uma das atrações no BR135. Foto: Felipe Diniz

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Intercom repudia MP 905/19 e defende manutenção do registro profissional na área da Comunicação

No que se refere especificamente ao campo da Comunicação, a MP revoga artigos do Decreto-Lei n. 972/1969 (que regulamenta a profissão dos jornalistas), da Lei n. 4.680/1965 (dos publicitários) e da Lei n. 6.615/1978 (dos radialistas)

A Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – Intercom recebeu com surpresa e apreensão a notícia da publicação, no último dia 12 de novembro, da Medida Provisória (MP) 905/19, que institui o chamado Contrato de Trabalho Verde e Amarelo. Com tal medida, o governo de Jair Bolsonaro volta a atacar o campo da Comunicação, ao pretender eliminar a obrigatoriedade do registro profissional de diversas categorias, entre as quais jornalistas, publicitários e radialistas, em um retrocesso que fere duramente nossa democracia.

Disfarçada de socorro socioeconômico, a MP 905/19 é, na verdade, uma reforma trabalhista que precariza ainda mais a vida de todos os trabalhadores e trabalhadoras no Brasil. No que se refere especificamente ao campo da Comunicação, a MP revoga artigos do Decreto-Lei n. 972/1969 (que regulamenta a profissão dos jornalistas), da Lei n. 4.680/1965 (dos publicitários) e da Lei n. 6.615/1978 (dos radialistas). Pelo proposto no novo texto, não haveria mais necessidade de obter autorização, via registro profissional no Ministério do Trabalho, para exercer as atividades em jornalismo, publicidade e radialismo.

Além dos prejuízos à vida dos profissionais das categorias cujo registro pode ser extinto pela medida, é grave o risco de ter pessoas não especializadas, atuando em condições cada vez piores, produzindo uma comunicação sem a qualidade e a ética necessárias ao cumprimento do direito humano fundamental à informação, previsto no artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e garantido à população brasileira pelo artigo 5º da Constituição Federal de 1988. Enfim, como se não bastasse a retirada de direitos trabalhistas, a extinção desses registros profissionais terá consequências nefastas para o Estado Democrático de Direito.

Assim sendo, a Intercom junta-se a diversas entidades do campo da Comunicação contra a MP 905/19 e em defesa dos profissionais da Comunicação, e vem a público exigir que os representantes eleitos democraticamente para a Câmara dos Deputados e Senado Federal impeçam esse duro golpe aos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros.

Diretoria Executiva

Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação)

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Fenaj denuncia: Governo Bolsonaro age para destruir Jornalismo com Medida Provisória inconstitucional

Federação Nacional dos Jornalistas conclama categoria a defender a profissão e exige que Congresso atue como legislador, impedindo mais esse retrocesso

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e seus sindicatos filiados em todo o país denunciam a inconstitucionalidade da Medida Provisória 905/2019, que revoga a obrigatoriedade de registro para atuação profissional de jornalistas (artigos do Decreto-Lei 972/1969) e de outras 13 profissões. A Medida Provisória mantém o registro de classe somente para as profissões em que existem conselhos profissionais atuando (como advocacia, medicina, engenharias, serviço social, educação física, entre outros).

Dez anos depois da derrubada do diploma de nível superior específico como critério de acesso à profissão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a MP publicada ontem (12/11) no Diário Oficial da União é mais um passo rumo à precarização do exercício da profissão de jornalista, uma atividade de natureza social ligada à concretização do direito humano à comunicação. Na prática, sem qualquer tipo de registro de categoria, o Estado brasileiro passa a permitir, de maneira irresponsável, o exercício da profissão por pessoas não-habilitadas, prejudicando toda a sociedade.

A FENAJ denuncia que o governo de Jair Bolsonaro constrói uma narrativa, desde a posse na Presidência, para deslegitimar a atuação dos jornalistas no exercício profissional. Agora, utiliza a MP 905/19 para, mais uma vez, atacar a profissão, os jornalistas e o produto da atividade jornalística: as notícias.

A FENAJ entende que a MP estabelece uma nova Reforma Trabalhista com a criação da carteira “Verde e Amarela” e a alteração de diversos itens da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), especialmente os relacionados a controle de jornada diária e trabalho aos fins de semana para o setor de comércio e serviços, o que também prejudica a categoria dos jornalistas profissionais. A jornada de trabalho de cinco horas diárias para jornalistas é estabelecida no artigo 303 da CLT e sua ampliação para até duas horas diárias está estabelecida no artigo 304. A MP estabelece o fim da notificação da ampliação de jornada aos órgãos de fiscalização.

Mais grave ainda é o fato de o governo Bolsonaro utilizar medidas provisórias de maneira abusiva, usurpando do Congresso Nacional a atribuição de legislar, sem o devido processo de tempo para reflexão e debates com toda a população sobre as alterações nas leis, que são garantidas nas tramitações que passam pela Câmara Federal e pelo Senado.

É preciso que as diversas categorias de trabalhadores afetadas profissões (jornalista, agenciador de propaganda, arquivista, artista, atuário, guardador a lavador de veículo, publicitário, radialista, secretário, sociólogo, técnico em arquivo, técnico em espetáculo de diversões, técnico em segurança do trabalho e técnico em secretariado) se unam para dialogar com senadores e deputados a fim de que o Congresso Nacional derrube essa medida provisória e restabeleça a obrigatoriedade de registro nas Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego que vinha sendo, desde 2009, o único critério legal de acesso a essas atividades profissionais.

A FENAJ vai tomar as medidas judicias cabíveis e, junto com os Sindicatos de Jornalistas do país, vai buscar o apoio dos parlamentares, das demais categorias atingidas, das centrais sindicais e da sociedade em geral para impedir mais esse retrocesso. E a Federação chama a categoria dos jornalistas em todo o país a fazer o enfrentamento necessário à defesa da atividade profissional de jornalista, que é essencial à Democracia.

Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ)

Brasília, 13 de novembro de 2019

Acesse: https://fenaj.org.br/governo-bolsonaro-age-para-destruir-jornalismo-com-mp-inconstitucional/

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Sociólogo Atílio Boron explica as motivações do golpe na Bolívia

O golpe na Bolívia: cinco lições
por Atilio A. Boron, via GGN
Tradução de Roberto Bitencourt da Silva

A tragédia boliviana ensina, eloquentemente, várias lições que nossos povos e nossas forças políticas e sociais populares devem aprender e registrar em suas consciências para sempre.

Aqui, uma breve enumeração, em tempo real, e como um prelúdio para um tratamento mais detalhado no futuro.

Primeiro, não importa o quanto a economia seja administrada de maneira exemplar, como o fez o governo de Evo, o crescimento, a redistribuição, os fluxos de investimentos são garantidos e todos os indicadores macro e microeconômicos são aprimorados, a direita e o imperialismo nunca aceitarão um governo que não serve a seus interesses.

Segundo, precisamos estudar os manuais publicados por várias agências americanas e seus porta-vozes disfarçados de acadêmicos ou jornalistas para poder perceber os sinais ofensivos a tempo.

Esses escritos invariavelmente destacam a necessidade de destruir a reputação do líder popular, que no jargão especializado é chamado de assassinato do personagem, como ladrão, corrupto, ditador ou ignorante.

Essa é a tarefa confiada aos comunicadores sociais, auto-proclamados como “jornalistas independentes”, que em favor de seu controle quase monopolista da mídia, moldam o cérebro da população com tais difamações, acompanhadas, no caso em questão, por mensagens de ódio dirigido contra os povos nativos e os pobres em geral.

Terceiro, atendidos os parâmetros e as ações expostas acima, é a vez da liderança política e das elites econômicas reivindicarem “uma mudança”, encerrando a “ditadura” de Evo que, como escreveu o notório escritor peruano Mario Vargas Llosa, há alguns dias, é um “demagogo que quer se eternizar em poder “.

Suponho que Llosa estará brindando com champanhe em Madri quando ver as imagens das hordas fascistas saqueando, queimando, acorrentando jornalistas a um poste, raspando a cabeça de uma prefeita e pintando-a de vermelho, destruindo as atas da última eleição para cumprir o mandato de dom Mario e “libertar a Bolívia de um demagogo do mal”.

Menciono o caso dele porque foi e é o imoral porta-estandarte desse ataque vil, desse crime sem limites que crucifica as lideranças populares, destrói uma democracia e instala o reino do terror encarregado de gangues contratadas para repreender um povo digno que a audácia de querer ser livre.

Quarto: as “forças de segurança” entram em cena. Nesse caso, estamos falando de instituições controladas por várias agências, militares e civis, do governo dos Estados Unidos.

Eles os treinam, os armam, fazem exercícios conjuntos e os educam politicamente. Tive a oportunidade de verificar quando, a convite de Evo Morales, abri um curso sobre “Anti-imperialismo” para oficiais superiores das três armas.

Naquela ocasião, fiquei envergonhado pelo grau de penetração dos slogans americanos mais reacionários herdados da era da Guerra Fria e pela irritação indiscutível causada pelo fato de um indígena ser presidente do seu país.

O que essas “forças de segurança” agora fizeram foi sair de cena e deixar o campo livre para o desempenho descontrolado das hordas fascistas – como as que agiram na Ucrânia, na Líbia, no Iraque, na Síria para derrubar ou tentar fazê-lo em neste último caso, líderes incômodos para o império – e assim intimidam a população, a militância e o governo.

Ou seja, uma nova figura sociopolítica: o golpe militar “por omissão”, permitindo que as quadrilhas e os bandos reacionários, recrutados e financiados pela direita, imponham a sua lei.

Uma vez que o terror reina e ante a impotência, ou incapacidade de defesa, do governo, o resultado era inevitável.

Quinto, a segurança e a ordem pública nunca deveriam ter sido confiadas na Bolívia a instituições como a polícia e o exército, colonizadas pelo imperialismo e seus lacaios da direita indígena.

Quando foi lançada a ofensiva contra Evo, o governo optou por uma política de apaziguamento e não de resposta às provocações dos fascistas. Isso serviu para encorajá-los e aumentar a aposta: primeiro, exija segundo turno; depois, fraude e novas eleições; a seguir, eleições, mas sem Evo (como no Brasil, sem Lula); depois, renúncia de Evo; finalmente, dada a sua relutância em aceitar chantagens, semeie o terror com a cumplicidade da polícia e das forças armadas e force Evo a renunciar.

Do manual, tudo do manual. Vamos aprender essas lições?

Atilio A. Boron – Sociólogo argentino, com doutorado em Ciência Política pela Universidade de Harvard, professor da Universidade de Buenos Aires. É autor de diversos e importantes livros.

Imagem destacada: Evo Morales renunciou após pressão da elite local e dos Estados Unidos / Foto: Agência Brasil

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Mais de 1 mil agricultores participaram de cursos e oficinas na Agritec Barreirinhas

O legado da Feira da Agricultura Familiar e Agrotecnologia do Maranhão (Agritec) é transmitir conhecimento para o agricultor e agricultora familiar dos territórios que a Agritec é realizada. A 19ª edição da Agritec, sediada em Barreirinhas, superou o recorde de salas de cursos e oficinas lotadas, promovendo a capacitação de mais de 1.400 agricultores familiares das regiões do Munim, Lençóis e Delta.

Leonardo Pereira Costa é da zona rural de Barreirinhas e participou de vários cursos, como o de filetagem e beneficiamento de pescado.“Eu aprendi muita coisa, como aproveitar o couro e escamas de peixe que antes eu jogava fora e agora posso transformar em artesanato. Participei também do curso de avicultura caipira. A gente cria galinha de qualquer jeito e o curso me ensinou como manejar a ração, dar remédios e criar. Gostei muito das orientações,” contou Leonardo.

A agricultora Fancileia Araújo, também de Barreirinhas, escolheu os cursos de manejo de solos, produção orgânica e cultivo de mandioca para aprender um pouco mais e aplicar na sua área.“É muito importante a gente buscar se atualizar com estes cursos. Aprendi aqui na Agritec como manejar corretamente o solo, pois a gente sabe a importância do solo para um plantio de qualidade,” disse.

Além dos agricultores de municípios das regiões do Munim, Lençóis e Delta, a Agritec trouxe também, agricultores da região do Baixo Parnaíba. O agricultor Raimundo Nonato Cardoso, do assentamento Canto do Ferreira, em Chapadinha, participou do curso teórico e prático sobre irrigação por gotejamento e micro aspersão.“A Agritec está de parabéns, trouxe cursos excelentes para o agricultor e agricultora familiar, como este que participei que é a irrigação por gotejamento, ideal para nós pequenos produtores aperfeiçoarmos a produção. A Agritec Barreirinhas foi muito boa em tudo: capacitações interessantes, gastronomia de dar água na boca e esperamos que as próximas Agritecs sejam tão boas como essa foi”, pontuou Nonato.

Com a realização da 19ª Agritec, somam-se mais de 33 mil pessoas capacitadas, entre agricultores familiares, estudantes de casas familiares rurais e público em geral. O secretário de Estado da Agricultura Familiar, Júlio César Mendonça, explica que, por meio das Agritecs, centenas de agricultores têm a oportunidade de conhecer uma variedade de temas e serviços que no dia a dia não tem facilidade de acesso. Desta forma, as feiras levam dignidade à população.“A Agritec é uma política que veio para ficar e leva conhecimento ao agricultor e desenvolvimento do setor rural, facilitando o acesso às tecnologias de baixo custo, gerando renda para o agricultor familiar do Estado”, explicou Júlio César Mendonça.

A presidenta da Agerp/MA, Loroana Santana, destacou que a Agritec tem a função de auxiliar o agricultor e a agricultora familiar no plantio, criação e acesso a crédito e às políticas públicas.“A Agritec também é um espaço de transferência de tecnologia em que o trabalhador rural aprende novos conhecimentos e pode propagá-los por sua comunidade. É importante que o Estado esteja junto à agricultora e ao agricultor familiar, abrindo novas perspectivas e reforçando as potencialidades de cada região”, ressaltou Loroana Santana.

Em Barreirinhas as capacitações foram promovidas por instrutores do Sistema da Agricultura Familiar, formado pela Secretaria de Estado da Agricultura Familiar, Agência de Pesquisa Agropecuária e Instituto de Colonização e Terras e outras instituições de ensino e pesquisa, secretarias de Estado e movimentos sociais.

A Agritec é uma realização do Governo do Estado, por meio do Sistema de Agricultura Familiar, o Sistema SAF, formado pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (SAF), Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural do Maranhão (Agerp/MA) e Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma/MA), em parceria com os movimentos sociais (MST, Aconeruq, Fetraf, Fetaema, Miqcb), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

Fonte: Governo do Maranhão / release Secap / foto: divulgação / agricultora expõe produtos da horta natural, sem venenos

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Caneta bic na arte de Jailson Belfort

Artista ludovicense radicado em Brasília volta à ilha para divulgar o projeto “Caneta Criativa”, baseado em pinturas a mão livre utilizando esferográficas bic e múltiplas cores. Autor bebe nas fontes do ilustrador Daniel Azulay e do pop art holandês Maurits Cornelis Escher

Jailson Belfort é um artista natural de São Luís do Maranhão. Começou a desenhar na infância, tendo como referência o apresentador de TV e ilustrador Daniel Azulay. É formado em Design pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA (1998). Trabalhou com Publicidade e Propaganda em agências desde 1991 onde foi designer gráfico, ilustrador e diretor de arte.

O artista tem experiência na área de criação, projeto gráfico e diagramação de revistas e jornais, bem como criação de peças publicitárias, logos e identidade visual. Essa trajetória o permitiu ter contato com o universo dinâmico da visualidade publicitária e, sua sensibilidade perceptiva das imagens do cotidiano foi tomando forma de arte ao longo dos 28 anos de carreira. Uma de suas maiores referências em técnica e criatividade é o artista gráfico holandês Maurits Cornelis Escher.

Ilustrações de Jailson Belfort têm inspiração nos cenários de São Luís e Brasília

Após vários anos trabalhando com artes no computador, o artista voltou a desenhar à mão livre, onde desafiou-se a criar seus desenhos utilizando canetas esferográficas que, ao lado de ideias estéticas interessantes e inusitadas, produziram um conjunto de telas e desenhos criativos e bem elaborados. Essa experiência despertou seu lado lúdico e imaginativo, deixando-o confiante de que poderia se atrever a criar novas texturas e explorar ao máximo os recursos das canetas. As artes começaram simples. Animais, comidas, algo divertido. Mas cada desenho tinha uma mensagem, um toque de humor e trazia algo inusitado.

Com o convite para fazer uma exposição no Supremo Tribunal Federal (STF) em 2018, veio a ideia de fazer desenhos em tamanhos maiores (90 cm de comprimento), criando novas técnicas que o desafiasse. No começo, usava apenas a tradicional tinta azul-marinho, mas descobriu as novas cores e as colocou em seus trabalhos. E o resultado ficou incrível. Por usar apenas tinta permanente, Belfort ousa e não tem medo de se expressar e se divertir caprichosamente com texturas, sombras e perspectivas.

Ao desenhar com caneta, se “corre riscos”, pois os traços não podem ser apagados, corrigidos ou desfeitos. Um encontro de liberdade criativa e técnica apurada. E para aumentar ainda mais o desafio, todos os desenhos foram feitos sem régua ou corretivo.

No desenvolvimento do Projeto “Caneta Criativa” centrou-se em um evento de caráter artístico, cultural e educativo. A exposição “Caneta Criativa” foi realizada no espaço cultural do Supremo Tribunal Federal, em Brasília-DF, onde os desenhos ficaram expostos à visitação pública no período de 10 de julho a 17 de agosto de 2018, gerando boa repercussão em sites, redes sociais, além de publicação em jornais, rádios e telejornais locais, inclusive em um programa de TV em rede nacional. O feedback positivo do público e da mídia só o motivou a entregar-se às produções artísticas e aos projetos educativos ligados a essa nova perspectiva de atuação.

Foram diversas ilustrações feitas apenas com canetas esferográficas de várias cores e em tamanhos diferentes, direcionadas ao público de todas as idades. Cada obra retrata detalhes da cultura de cidades brasileiras, bem como alguns de seus monumentos, inclusive em um cartão-postal desenhado. Em especial, destacam-se obras sobre a cidade de São Luís (MA) e Brasília (DF), onde mora atualmente.  Houve, também, na exposição, uma série de desenhos lúdicos, com personagens e cenas inusitadas do cotidiano, que leva à percepção de que até mesmo objetos bem simples podem ganhar outra forma de serem vistos nos levando há uma experiência reflexiva.

Após esta experiência, o artista continuou a produzir novas séries de obras, retratando agora outras capitais, outras paisagens, como a série “Brasília em Linhas” que retratam os monumentos da Capital Federal e “Grande São Luís em Linhas” com painéis sobre a região metropolitana de São Luís, com obras de Alcântara, azulejos e casarões. O que o artista Jailson Belfort nos apresenta é uma forma única de ilustrar paisagens, referências, símbolos e ideias. O desenho à mão livre com canetas é sofisticado e impressiona pela técnica. As ilustrações e criações artísticas nos conectam com imagens familiares de uma forma esteticamente apurada. Nota-se uma influência de M. C. Escher, da pop art e, algumas vezes, uma pitada da linguagem visual dos quadrinhos. Seu desenho expressa ao mesmo tempo a pós-modernidade visual aliada a simplicidade do material utilizado. Uma verdadeira simbiose entre o simples e o sofisticado.

Texto fornecido por Jailson Belfort, com edição do Blog do Ed Wilson

Imagem destacada: “São Luís” (formato: 80x50cm) / canetas bic sobre papel supremo / Autor: Jailson Belfort

As imagens são protegidas por direitos autorais.

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Festival da Comunicação Sindical e Popular vai levar exposições e aulas públicas para a Cinelândia

O Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) realiza no dia 19 de novembro de 2019, na Cinelândia (Rio de Janeiro), o 3º Festival da Comunicação Sindical e Popular. A ideia é levar para a rua a produção da imprensa sindical, popular e alternativa no Brasil desde a segunda metade do século XX.

O evento será uma feira da comunicação dos trabalhadores, com tudo organizado em barracas e exposto para quem estiver passando pelo Centro do Rio. O acervo do NPC e materiais de sindicatos e movimentos populares estarão expostos em barraquinhas em praça pública.

Ao longo do dia haverá rodas de conversa sobre mídia e poder com professores de Comunicação da UFRJ, UERJ, UFF, Rural, Facha e PUC, comunicadores populares e sindicalistas. Também participarão do evento representantes MST, CMP (Central dos Movimentos Populares), MCP (Movimento de Cultura Popular), MTST (Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Teto), Ocupação Vito Giannotti, Pastoral de Favelas, Conselho Indigenista Missionário e jornal Vozes das Comunidades.

“É um momento muito importante. Vamos conversar com os trabalhadores e trabalhadoras que passam pelo Centro do Rio sobre a história das lutas do povo contadas pela nossa comunicação. Tragam cartilhas, revistas, jornais”, convidou a jornalista e coordenadora do NPC, Claudia Santiago.

Haverá transmissão ao vivo de programas de rádio e TV pela Internet.

A organização do evento pede que os sindicatos, associações, coletivos de comunicação e movimentos populares participem assumindo uma barraquinha para expor suas publicações.

As pessoas de fora do Rio de Janeiro podem enviar antecipadamente seus materiais que já encontrarão as barracas prontas. Se preferirem, podem montar assim que chegar no Rio. O hotel onde ficarão hospedados é na própria Cinelândia.

O NPC solicita aos participantes e a quem mais puder ajudar um apoio financeiro de qualquer valor para garantir toda a infraestrutura necessária: palco, som, barracas, iluminação e ajuda de custo aos artistas, mas a participação não está condicionada ao apoio financeiro.

Depósitos devem ser feitos na conta do Núcleo Piratininga de Comunicação:
CNPJ: 02.510.093/0001-20
Banco do Brasil
Agência: 3520-3
Conta: 63311-9

Informações
(21) 99628-5022 (zap) e 2220-5618.

Imagem destacada: Núcleo Piratininga de Comunicação / divulgação

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Bolsonarista de São Pedro dos Crentes vai “descer a cachamorra” no presidente que pretende extinguir o município onde teve votação expressiva

A cidade evangélica de São Pedro dos Crentes, no sul do Maranhão, a 758 Km de São Luís, está em polvorosa com o anúncio de que o município pode ser extinto e  incorporado a outra unidade administrativa, segundo a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) apresentada pelo ministro da Economia Paulo Guedes.

Pelo menos uma pessoa pública já se manifestou contra a PEC. O maestro evangélico e radialista Jairo Maranhão, apresentador do programa Jornal do Meio Dia, na rádio comunitária Rio Farinha FM, prometeu críticas ácidas ao presidente Bolsonaro.

“Eu que sou Bolsonarista estou nervoso desde hoje (quarta-feira). Já estou avisando nos grupos das redes sociais que vou “descer a cachamorra” no Bolsonaro amanhã”, anunciou o radialista, prometendo uma edição especial do jornal nesta quinta-feira (7 de novembro) sobre a provável eliminação de São Pedro dos Crentes do mapa.

O programa pode ser ouvido aqui a partir das 12h

Cachamorra é o codinome de uma árvore rígida denominada carvoeiro, utilizada para açoitar animais. “Descer a chachamorra” no popular significa “meter o pau ou porrete”. Em sentido figurado é: fazer críticas tóxicas.

O principal motivo da revolta do radialista está relacionado à “ingratidão” de Bolsonaro em relação à expressiva votação que obteve na eleição de 2018.

São Pedro dos Crentes é uma das três cidades do Maranhão onde Jair Bolsonaro (PSL) ganhou a eleição logo no primeiro turno, com 50,93% dos votos, enquanto Fernando Haddad (PT) obteve 37,53%. No segundo turno os candidatos alcançaram, respectivamente: 57,49% x 42,51%.

Bolsonaro ganhou também nas cidades de Açailândia e Imperatriz, no sudoeste do Maranhão.

A igreja Assembleia de Deus é a principal referência política e religiosa na cidade, onde cerca de 60% da população é evangélica, incluindo Jairo Maranhão.

“Eu não vou dispensar Paulo Guedes nem Bolsonaro, ele que tá falando de visitar São Pedro”, detalhou o radialista.

O presidente demonstrou interesse em conhecer a cidade onde teve a maior votação proporcional no Maranhão em 2018 e chegou a prometer a instalação de um posto do Banco do Brasil na cidade, que está funcionando parcialmente.

Alinhado à extrema direita, o prefeito do município, Lhaesio Bonfim, trocou o PSDB pelo PSL e recentemente visitou o presidente Jair Bolsonaro, mas ainda não fez pronunciamento oficial sobre a PEC. O presidente da Câmara e os vereadores estão reticentes, mas nos bastidores e nos grupos de trocas de mensagens o debate é intenso, segundo Jairo Maranhão.

Bonfim entra no PSL quando Bolsonaro cogita sair do partido e criar uma legenda nova. O prefeito faz oposição ferrenha ao governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB.

A PEC propõe a incorporação às cidades vizinhas de municípios com população inferior a 5 mil habitantes e arrecadação própria menor que 10% da receita total.  A proposição, se efetivada, deve valer a partir de 2026.

O Blog do Ed Wilson produziu quatro reportagens especiais sobre São Pedro dos Crentes.

Veja os títulos das matérias e os links para acessar:

São Pedro dos Crentes (parte 1): cidade evangélica tem fiéis ardorosos e irmãos desviados

São Pedro dos Crentes (parte 2): cidade evangélica é o último reduto de José Sarney no sul do Maranhão

São Pedro dos Crentes (parte 3): futebol é tabu na Assembleia de Deus

São Pedro dos Crentes: cidade evangélica no Maranhão pode receber a visita de Bolsonaro

Imagem destacada capturada neste site: O prefeito de São Pedro dos Crentes Lhaesio Bonfim; o presidente do PSL no Maranhão, vereador Chico Carvalho; e o presidente Jair Bolsonaro durante encontro em Brasília.

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Maranhão na Tela 2019 divulga a lista da mostra competitiva, informativa, curtas e videoclipes

Das 143 obras inscritas de oito estados, foram escolhidas cinco longas, dez curtas e 15 videoclips para a mostra competitiva, além de dez curtas e 10 videoclipes para a informativa. A curadoria foi feita pelos cineastas Lucas Sá (MA) e Sérgio Andrade (AM). Assim como no ano passado o festival de 2019 terá  filmes do Maranhão, Pará, Tocantins, Amazonas, Roraima e Acre. Veja a lista completa no site www.maranhaonatela.com.br

Idealizado pela produtora Mavi Simão em 2006 e realizado pela Mil Ciclo Filmes, desde 2007, o Maranhão na Tela vai acontecer de 1º a 7 de dezembro em três espaços da cidade: Os longas serão exibidos na sala Kinoplex do Golden Shopping (Calhau) e os curtas e videoclips num telão na Escadaria da rua do Giz  Luís (Praia Grande). 

Na abertura do festival, dia 1º, às 19h, será exibido o filme A vida invisível de Eurídice Gusmão, do cearense Karin Ainouz. O longa ganhou o prêmio principal da mostra Um Certain Regard (Um certo olhar), a segunda mais importante do Festival de Cannes.  A diretora Bárbara Paz também é presença confirmada, no dia 02 de dezembro, na abertura da Mostra Panorama Brasil, com o filme Babenco – alguém tem que ouvir o coração dizer: parou.

“Estamos muito motivados com a edição deste ano. A qualidade dos filmes escolhidos pela curadoria é excelente. Será uma mostra mais enxuta, mas mantendo o mesmo nível dos anos anteriores”, afirma Mavi Simão.