Francisco Frazão Filho *
- Licenciado em Educação Artística, Teólogo, mestre em Comunicação e Cultura e professor do Instituto Federal do Maranhão (IFMA). Autor de “Uma charge do Brasil”.
Se tem algo que todo ser humano procurará é ser feliz. De uma forma ou de outra, utilizando o bem ou o mal, as pessoas seguem o seu rumo buscando um caminho que lhe parece o mais certo, procurando pessoas, amigos e experiências que muitas vezes podem ter um desfecho trágico.
Uma adolescente ou jovem que procura experiências amorosas com um rapaz e sai de seu teto e vai até uma área isolada com o mesmo rapaz, pode sofrer consequências sérias num mundo cruel como esse em que vivemos. Isso de fato aconteceu com uma jovem e com um rapaz que foram mortos covardemente por um bandido.
Mas será que conhecemos ou temos certeza do caminho da felicidade? Ou será que podemos obter essa felicidade numa terra dessa cheia de violência.
Não se pode dizer que exista uma felicidade completa e plena, pois aqui sofremos provações, privações, desemprego, críticas, depressões, quedas e fracassos. Tudo isso faz parte da vida e temos de nos acostumar, como disse o apóstolo Paulo, a saber passar em qualquer situação.
Então não existe uma fórmula para a felicidade, nem que um padrão em que todos possam encontrar, pois alguns mesmos passam por provas duras, são perseguidos e mortos aqui, contudo têm a consciência e convicção da fé e do dever cumprido, sabendo que a terra não é definitiva e somos peregrinos.
Mas podemos, de modo geral, apresentar 4 passos para que uma vez trilhados, as pessoas podem ser felizes.
Iremos seguir numa ordem contrária ao fator que consideramos indispensável: viver uma vida com bom humor e sem estresse; exercícios físicos; boa alimentação e confiança e temor a Deus. Outras coisas podem ser citadas de acordo com filósofos: Suassuna diz que ter objetivos ou um propósito na frente que temos de seguir. O filósofo Sêneca fala da questão dos amigos que podemos ter. De fato isso nos estimula mesmo.
Em 1º lugar: uma vida de bom humor, sem os estresses excessivos. Muitos têm morrido bem cedo porque levam de modo muito sério a vida, ou como se tivessem de carregar os problemas do mundo nas costas, os problemas da família ou de uma empresa, de uma igreja. Isso não é tarefa pra uma pessoa, devemos compartilhar com as pessoas nossos problemas e reconhecer nossas limitações.
Em segundo lugar, devemos ter o bom humor, ter uma visão diferenciada da vida, rindo de nós mesmos. Não levar muito a sério quando estamos apertados ou coisa parecida. Nesse momento, o melhor jeito a seguir e começar a rir e contar suas limitações. Ninguém é perfeito e todo mundo erra em alguma coisa.
Quando rimos ou achamos que o outro caiu, sofremos também os mesmos infortúnios. Somos todos iguais. Podemos nos irar, sair das estribeiras com alguém que dirige mal no trânsito e, no dia seguinte, cometermos as mesmas infrações. Precisamos perdoar os erros das pessoas, relevar, dar uma segunda chance. Ninguém é perfeito. Fico muito triste quando um jovem é morto por causa de um erro cometido, às vezes, pela incompreensão. Ele não teve uma segunda chance.
Em 3º lugar: Fazer exercícios físicos – É importante saber aproveitar da natureza que Deus nos deu. O caminhar sob o sol de manhã cedo, poder trabalhar com uma vassoura e ajudar em casa. Carregar tijolos, mexer uma massa, carregar pedras. Também se exercitar, correr. Ter uma vida sem hábitos salutares, como o caminhar na terceira idade e observar a vida, nos causa fastio. Também se ficamos sós em casa, parados, isso pode causa infartos, depressões, AVC’s. Pessoas têm morrido bem cedo pela falta de exercícios físicos. Os exercícios tiram as toxinas do corpo, do cérebro que começa a ficar mais leve. Aliviam o estresse e descontraem.
Em 4º lugar: Boa alimentação – Hoje vivemos da indústria da química, do plano de saúde que já se tornou indispensável. Pessoas têm ficado dependentes de remédios e de químicas. Não se utilizam com frequência os chás, as ervas medicinais, como a casca da aroeira, a romã e suas diferentes contribuições, o limão e outros frutos e folhas. Na alimentação, costuma-se dar preferencia às frituras, refrigerantes, carnes vermelhas. Faltam contrabalanças com os mariscos, os pescados. Também as verduras, as frutas que têm todas as proteínas e também as vitaminas. As sementes também são vitais: castanha do Pará, de caju, de trigo, passas e falada granola.
Deve-se evitar apenas os carboidratos: arroz, pão, farinha de mandioca.
O excesso de frangos com seus hormônios também é prejudicial, as conservas e produtos industrializados, idem.
Pelo fato de os alimentos, como frutas e verduras sofrerem ação dos agrotóxicos, é importante uma plantação familiar de tomates, limão, tanjas, cebolas, couve, cheiro verde, etc.
É importante ter hábitos alimentares saudáveis: lavar bem aos mãos antes das refeições, não pegar dentro dos copos. Higienizar pratos, talhes de um dia pro outro devido à passagem de insetos e lagartixas.
E, durante as refeições, é importante não colocar líquidos na mesa como água e suco. Deve-se ingerir os líquidos depois de pelo menos meia hora (eu tomo depois de sessenta minutos, em média). Também mastigar bem os alimentos e fazer digestão, tirando-se, se possível, uma soneca antes de ir para o trabalho ou fazer alguma atividade.
A alimentação balanceada, acompanhada de higiene e ingestão dos alimentos, leva-nos a uma qualidade de vida, sem a necessidade de ficar utilizando dos remédios químicos que têm efeitos colaterais, eles curam um sintoma, mas causam outros problemas. Alguém toma uns remédios para dor, e eles geram acidez na barriga. O antibiótico pode causar fraqueza nos ossos e dentes.
Pessoas têm ficado reféns da medicina. Mas quando o problema é grave, devemos utilizar dos benefícios da química, dos médicos e de todos os profissionais. Se for necessários, um psicólogo é importante também para uma terapia.
Vamos utilizar sem radicalismo o que Deus deixou aí: a inteligência que deu ao homem não é pecado utilizar dela. Por isso, muitos morrem cedo, ficam sofrendo doentes.
Em 1º lugar: Respeito e Fé em Deus – É o mais importante. Está comprovado que pessoas com fé reagem melhor na hora da doença. Também dizem que cientificamente é comprovado que são as mais felizes. Ter fé em Deus é importante, pois vai deixar agente em harmonia com o próximo. Conhecer a Deus nos dá segurança e um sentido mais pleno e controlável para a vida. Entender que existe um acaso pra vida e uma força que nos leva a viver é outra crença que alguns têm seguido, mas no fundo é achar que alguma força superior e até “divina” está nos dirigindo, porém é incerto. O que as pessoas querem mesmo é a liberdade. A liberdade tem um custo, pois viveremos assim apenas em função da comida, dos prazeres e do entretenimento, da arte. Assim muitos vivem. Mas as pessoas em comunhão com o Criador de todas as coisas, recebe uma paz celestial, um amor e ação de benções espirituais de Deus. Em Eclesiastes, diz também que Deus pode fazer com que o homem consiga usufruir das bênçãos da vida. Isso é um dom de Deus (Ecl 18 – 20). Gozar do fruto do trabalho, ter uma mulher e uma família pode apavorar muitos, mas tem uma recompensa boa. O solteiro no Senhor também desfruta da presença de Deus. Pode ter seus trabalhos e ações em benefício do Reino.
Alguns trabalham sem usufruir: não namoram, não praticam esportes, não gozam dos benefícios do trabalho: tecnologia, passeios, esportes entretenimento. Morrem e outros casam com suas mulheres e se beneficiam de seu esforço por meio da pensão. Às vezes, o cara trabalha tanto e quem goza são os filhos. Isso é sem sentido como mostra a Bíblia.
No fim da estrada, haverá uma situação desvantajosa pra quem é solteiro, é que poderá faltar os amigos, os parentes. Mas não Deus.
No caso da pessoa descrente, no fim da vida pode sobrar depressão quando a pessoa não tem amigos, nem renome ou dinheiro. Poderá até ter dinheiro, conhecimento, mas poderá perder o sentido de uma vida mais firmada. Pra essa pessoa a fé é ilusória.
Mas o crente vive a realidade com Deus no seu dia a dia. Sente a benção, a presença, o favor, a alegria, a vitória, a paz. Como também, as provações, as dificuldades da vida, de seguir a fé, as críticas e oposições do mundo. Em tudo é vitorioso.
Conclusão
O mais importante em nossa vida é Deus. Em segundo lugar vem a família e, em terceiro as demais coisas: amigo, trabalhos, laser etc.
Se deixarmos Deus pra último lugar, ou então o ignorarmos, em último caso, no final da vida, ficaremos sem a benevolência e cuidado de Deus, que pode mobilizar amigos e irmãos. A consequência será terrível. Tudo depende de nossas escolhas, somos livres. Aqui na terra é passagem: alimentação vai passar: exercícios, trabalho, interesses, prazeres. Em último lugar, fica restando a esperança. Será que a teremos no final da vida? A comunhão não é apenas para o final, é no presente com Deus. Não importa o muito ou o pouco.
Deus nos oferece a qualidade, o melhor, que pode ser diferente de nossa ótica.