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Abraji registra 156 casos de agressões a jornalistas em 2018

Fonte: Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji)

Levantamento iniciado pela Abraji em 2018 registrou 156 casos de violência a jornalistas e comunicadores em contexto político, partidário e eleitoral. Foram 85 ataques por meios digitais (com 69 profissionais afetados) e outros 71 casos físicos (com 66 atingidos). Em 2019, dois casos de ataques por meios digitais foram registrados.

Os dados coletados pelo monitoramento da Abraji em 2018 foram mencionados no relatório anual da ONG Human Rights Watch, divulgado em 17.jan.2019, ao falar sobre o Brasil. Em 1º.jan.2019, duas jornalistas de diferentes veículos foram atacadas nas redes sociais depois de manifestar desagrado com as condições de trabalho da imprensa durante a posse do presidente Jair Bolsonaro.

A maior parte das ocorrências físicas está relacionada à cobertura de manifestações ou de eventos de grande repercussão ligados às eleições de 2018. O ônibus em que viajavam 28 jornalistas que cobriam a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no sul do país, foi atingido por tiros. Durante a cobertura da prisão do petista, outros 19 profissionais foram hostilizados ou agredidos por seus apoiadores.

Entre os casos digitais, a maioria (91%) são de exposição indevida de comunicadores, quando os agressores compartilham fotos e/ou perfis, acusando os profissionais de ser de esquerda ou de direita e incentivando ofensas em massa. As agressões ocorrem em especial no Twitter e no Facebook.

Perfis em redes sociais ligados a pautas conservadoras e com grande alcance como o Movimento Brasil Livre (MBL) também estão na lista de casos digitais. Em maio de 2018, o grupo produziu um “dossiê” acusando jornalistas de ter viés partidário e de atuar como “censores”. O levantamento foi feito após a divulgação de uma parceria de agências de checagem de fatos com o Facebook. No documento, circulado via WhatsApp e Facebook, há fotos de jornalistas classificados como “esquerda” e “extrema esquerda”, retiradas de redes sociais, além da reprodução de postagens que “comprovariam” a inclinação política dos profissionais.

Um dos casos mais relevantes foi o da jornalista Patrícia Campos Mello (Folha de S. Paulo). A repórter foi vítima de ataques direcionados nas redes sociais. As ações começaram após a publicação da matéria “Empresários bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp”. A repórter também teve sua conta no WhatsApp hackeada e mensagens pró-Bolsonaro foram enviadas a alguns contatos.

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Ministério Público do Maranhão lança edição 2018 do Prêmio de Jornalismo

O Ministério Público do Maranhão (MPMA) lançou nesta segunda-feira, 12, a edição 2018 do Prêmio de Jornalismo. Neste ano, o tema do concurso é “O Ministério Público e a imprensa na defesa dos direitos humanos.”

Os interessados podem inscrever trabalhos veiculados de 1° de janeiro a 15 de novembro de 2018, nas categorias jornalismo impresso, telejornalismo, radiojornalismo e webjornalismo. A participação é aberta aos profissionais de comunicação com registro profissional.

Nesta edição, a novidade é que os estudantes também poderão concorrer à premiação específica, nas categorias jornalismo impresso e webjornalismo.

As inscrições dos trabalhos poderão ser realizadas no período de 27 de novembro a 4 de dezembro de 2018.

As matérias devem abordar as seguintes áreas de trabalho do Ministério Público: meio ambiente; combate a organizações criminosas; infância e juventude; educação; patrimônio público; cidadania; consumidor; criminal; controle externo da atividade policial; saúde; pessoa com deficiência; idosos; conflitos agrários; habitação e urbanismo; direitos humanos e violência doméstica.

A comissão julgadora será composta por membros do MPMA e servidores da Coordenadoria de Comunicação da instituição.

PREMIAÇÃO

Os melhores trabalhos de cada categoria serão premiados. Para os profissionais, o valor da premiação é de R$ 4 mil. O melhor trabalho entre os quatro premiados receberá a premiação extra de R$ 4 mil.

Para os estudantes, o melhor trabalho em cada categoria receberá o prêmio de R$ 500. Não haverá, para estudantes, premiação extra.

A solenidade de premiação está prevista para ser realizada em dezembro deste ano, em data que será divulgada pelo MPMA.

Veja o edital aqui

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Rádio comunitária Cultura FM prossegue sabatina com os candidatos majoritários no Maranhão

A rádio comunitária Cultura FM, de Paço do Lumiar, município da região metropolitana da ilha de São Luís, conclui hoje a série de entrevistas com os candidatos ao Governo do Maranhão. O entrevistado será Roberto Rocha (PSDB), entre as 14h às 16h e você pode ouvir aqui.

Acesse também pelo aplicativo RádiosNet

Na próxima segunda-feira (24), das 11h às 12h da manhã, começa a série de entrevistas com os candidatos ao Senado e já estão confirmados:

Segunda-feira (24 set): Weverton Rocha (PDT)

Terça-feira (25 set): Eliziane Gama (PPS)

Quarta-feira (26 set): Edison Lobão (PMDB)

Quinta-feira (27 set): Sarney Filho (PV)

Sexta-feira (28 set): Saulo Arcangeli (PSTU)

Sábado (29 set): Saulo Pinto (PSOL)

Desde o dia 14 de setembro a emissora vem realizando sabatina com os candidatos ao governo, após o envio de convite a todos as coordenações de campanha. Foram entrevistados no estúdio Odívio Neto (PSOL), Ramon Zapata (PSTU) e hoje é a vez de Roberto Rocha (PSDB). O governador Flávio Dino (PCdoB), candidato à reeleição, participou da sabatina por telefone. As candidatas Roseana Sarney (PMDB) e Maura Jorge (PSL) não compareceram ao estúdio da emissora nem agendaram a participação à distância.

Lourival Oliveira e Antonio Luis entrevistam Odívio Neto (ao centro)

As entrevistas são realizadas dentro do programa Cultura News, com a participação dos radialistas Neuton Cesar, Antônio Luis e Lourival Oliveira. O diretor da emissora, Claudio Carneiro, afirma que o Jornalismo vem sendo prestigiado na Cultura FM, cumprindo um papel fundamental na comunicação comunitária, conforme determina a legislação.

A rádio comunitária Cultura FM também vai fazer a cobertura da eleição. “Dia 7 de outubro, a equipe de Jornalismo estará nas ruas fazendo o acompanhamento do processo eleitoral e após o encerramento da votação estaremos a postos no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e no cartório eleitoral de Paço do Lumiar informando os boletins de apuração, voto a voto. Toda a programação do domingo será dedicada a cobertura da eleição”, explicou o radialista Antonio Luís.

Os radialistas Antonio Luis Assunção e Neuton Cesar são militantes históricos do movimento de rádios comunitárias e atuam diretamente na Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no Maranhão. Cesar é diretor de Relações Institucionais e Assunção integra na atual gestão o Conselho Fiscal, tendo sido diretor em outros mandatos da Abraço.

Todos os candidatos estão sendo indagados sobre políticas de comunicação e especificamente quais os compromissos e propostas que incidem sobre a relação entre governo e rádios comunitárias. Os candidatos ao Senado serão questionados sobre os projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional visando ampliar a potência das rádios comunitárias, permitir publicidade do comércio local e isentar as emissoras do pagamento do Ecad, entre outras proposições.

As entrevistas têm duração de uma hora, das 11h às 12h. No primeiro bloco os candidatos ao governo responderam sobre temas específicos como saúde, educação, saneamento básico e outros, mediante sorteio realizado ao vivo, no estúdio. No segundo bloco os concorrentes ao Palácio dos Leões foram indagados pelos apresentadores com perguntas livres. As entrevistas também tiveram abertura aos questionamentos dos ouvintes, que participaram ao vivo por telefone ou mediante perguntas enviadas nas redes sociais da emissora.

O formato da entrevista com os candidatos ao Senado será definido neste fim de semana, mas deve manter padrão aproximado da sabatina com os pretendentes ao governo.

Imagem do topo: Antonio Luís, Ramon Zapata, Saulo Arcangeli, Lourival Oliveira e Neuton Cesar

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Políticos e amigos dão adeus a Reginaldo Telles

Desde as primeiras horas desta segunda-feira (7), familiares, militantes, parlamentares, gestores públicos e amigos compareceram ao velório do ex-vereador de São Luís Reginaldo Teles, que faleceu aos 92 anos de idade, vítima de falência múltipla de órgãos. Ele estava internado no hospital São Domingos.

Homem de vasta biografia, com atuação no jornalismo e na vida pública, Reginaldo Telles deixa um legado na política do Maranhão. O enterro será nesta terça-feira (8), às 10 horas, no cemitério do Gavião, na Madre Deus.

Veja abaixo a biografia de Reginaldo Telles, com informações de Davi Telles, neto de Reginaldo e atual secretário de Ciência e Tecnologia (Secti) no governo do Maranhão.

Reginaldo Telles (15/11/1925 – 06/05/2018) foi jornalista, advogado e um dos mais destacados militantes políticos da esquerda no Maranhão. Em 1945, com 20 anos, já era um dos redatores do Jornal “O Combate”, função que exerceu até 1950, momento em que funda, junto com Neiva Moreira, o famoso e combativo “Jornal do Povo”, do qual passa a ser editor-chefe.

A partir de sua atividade jornalística e política, se elege vereador de São Luís em 1951 pelo antigo PSP de Neiva Moreira.

Alguns anos mais tarde, se casa com Maria Lúcia, com quem teve 13 filhos e continuou a seguir uma longa vida de lutas democráticas e populares. Juntos, fundam a Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Luís.

No final da década de 1970, Reginaldo foi o primeiro presidente da seção maranhense do Comitê da Anistia, organização responsável por trazer do exílio militantes políticos como Neiva Moreira. É fundador do PDT de Leonel Brizola e foi membro da Comissão Provisória que deu origem ao partido.

Poeta apaixonado, deixou para lançar seu primeiro e único livro de poemas, recentemente, aos 87 anos, o qual, para ele, é uma síntese do que pensa da vida e do amor.

Envolveu-se quase a vida toda com a questão da agricultura familiar, tendo fundado a Cooperativa Mista dos Agricultores de São Luís, dentre outras muitas atividades na área.

Foi Secretário Executivo do Fundo de Revenda do Plano de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Maranhão, de 1970 a 1971; Assessor de Comunicação da Prefeitura de São Luís, na gestão municipal de Jackson Lago, de 1990 a 1992;  e diretor do antigo Sioge (Serviço de Imprensa e Obras Gráficas) na década de 1960.

Reginaldo Teles também foi candidato a governador pelo PDT, em 1982. A convite de Leonel Brizola, durante o primeiro mandato do pedetista como Governador do Rio de Janeiro, exerceu o cargo superintendente da Região Norte do Banco do Estado do Rio de Janeiro (Banerj).

Imagem: print TV Mirante