A televisão chegou ao Brasil pelas mãos de Assis Chateaubriand, homem de muitas qualidades e valores, entre tantas outras adjetivações, como a de ser uma espécie de homem de negócios sempre atrelado aos interesses do capital e do poder.
Entre tantos méritos, ele criou os Diários Associados e inaugurou a TV Tupi, formando um dos maiores conglomerados de mídia do Brasil, posteriormente superado pelas Organizações Globo do big shot Roberto Marinho.
Ao longo de sete décadas, a televisão brasileira é reconhecida internacionalmente pela capacidade criativa, principalmente no gênero dramático, dando ao país e ao mundo produções fantásticas.
Mas, essa usina de entretenimento é também a máquina de manipulação jornalística.
Jamais serão esquecidas, por exemplo, a aliança das Organizações Globo com a ditadura militar, a omissão (até quando pode) da campanha pelas Diretas Já, o agendamento da personagem Collor de Melo como o herói “caçador de marajás”, a edição criminosa do debate de 1989 (selecionando os melhores momentos de Collor de Mello e os piores desempenhos de Lula), a construção do salvador da pátria Sergio Moro e principalmente o engajamento do canal do plim plim na Lava Jato e em todos os desdobramentos da operação que feriu gravemente a democracia brasileira, culminando no golpe de 2016.
As Organizações Globo só não esperavam o revés do bolsonarismo com tanta ênfase, a ponto de vestais da direita liberal como Miriam Leitão serem violentamente atacadas.
Alvo do obscurantismo e do fanatismo, a olimpiana TV Globo está ameaçada de ser rebaixada à condição de semideusa.
Ela já não goza dos privilégios de outrora e vê com certa preocupação uma relativa perda de poder para as concorrentes, outrora desprezíveis. Além disso, começa a perder espaço nas transmissões esportivas para a onda do streaming.
O tempo dirá se as Organizações Globo terão habilidade para sobreviver a tantas tormentas.
Nesta edição, Camilo Rocha Filho (bancário, pedagogo, produtor e apresentador do Programa Fala Comunidade na Rádio Comunitária Ilha do Amor FM), Yndara Vasques (jornalista, gerente de projetos com atuação em Comunicação Comunitária pela Inspirar Inovação & Comunicação), Claudia Gianotti (jornalista do Núcleo Piratininga de Comunicação) e Ed Wilson Araújo (jornalista, professor da UFMA, presidente da Abraço Maranhão e membro da Agência Tambor) vão debater o tema “Comunicação Popular em tempos de pandemia”.
O Brasil de Fato e a TV dos Trabalhadores (TVT) lançam nesta segunda-feira (15), às 20h, mais um fruto da parceria entre os meios de comunicação voltados à informação, divulgação e formação da classe trabalhadora, o programa Central do Brasil. O programa tem o apoio de organizações e movimentos populares das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Inédita, a produção busca ser um novo espaço de encontro de um Brasil plural, que reúne histórias e informações de todos os cantos do país, as ações do povo brasileiro de combate ao novo coronavírus, saúde, cultura e debate, como explica o jornalista e diretor do programa, Igor Felippe.
“Ele [o programa] vai tratar dos temas mais importantes da vida brasileira, [a partir] da perspectiva das forças populares, apresentando um radar de tudo o que está acontecendo no nosso país e uma análise dos principais temas da conjuntura brasileira”, destaca.
O Central do Brasil será exibido de segunda a sexta-feira, sempre às 20h, na Rede TVT, Rádio Brasil Atual (98,8 FM) e nas redes sociais do Brasil de Fato e outros parceiros. Além disso, tem como uma das missões dar “voz aos movimentos populares” e se transformar em uma rede nacional de comunicação.
“O nosso objetivo é a construção de uma rede nacional de comunicação popular, Central do Brasil, com a transmissão e retransmissão do programa no maior número de TVs e rádios comunitárias estudantis, universitárias e públicas. E também nas redes sociais para que a gente possa articular as diversas forças vivas da sociedade brasileira que se articulam na Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo gritando em uníssono em defesa da vida, da democracia, e dos direitos do nosso povo”, ressalta Felippe.
“O programa busca agregar e somar, gerando uma cultura e uma identidade da unidade política dos movimentos sociais e populares. A proposta é também dar mais coesão para a disputa ideológica que as duas frentes estão construindo”, explica Ana Flávia Marx, pela Central de Mídia das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Sintonize
Para acompanhar o Central do Brasil, basta sintonizar a TVT em uma antena digital, interna ou externa. Na grande São Paulo, o canal é o 44.1 (sinal digital HD aberto); na NET o canal é o 512 (NET HD-ABC); no UHF, a sintonia é 46; 13 na NET-Mogi; e Canal 12 na Vivo São Caetano do Sul.
A sintonia da Rádio Brasil Atual é 98,9 FM na Grande São Paulo. Também é possível acompanhar a programação radiofônica pelo site do Brasil de Fato.
Quem está fora de São Paulo, pode sintonizar a TVT com a parabólica, via satélite. É necessário direcionar a antena para StarOne C3 Freq: 3973 Mhz Pol: Vertical, DVB-s2; SR: 5000 FEC ¾. Confira mais informações neste link.
Dados da menor estação Receptora
Antena: Embrasat modelo RTM 2200Std Focal-Point Diametro 2,2m Ganho de recepção no centro do Feixe (Dbi) 37,5 G/T da estação (dB/K) 18,4 LNB Norsat Modelo: 8225RF LNB Temperatura de Ruido (K) 25 Nivel de entrada do LNA (dBm) -95 dBm max
Com o objetivo de analisar o crescimento e o forte fluxo da disseminação de fake news e como estas se solidificam na atual sociedade, os grupos do Programa de Educação Tutorial da Universidade Federal do Maranhão (PET-UFMA) promovem dia 9 de junho (terça-feira), a partir das 19h, no Instagram do PET Conexões de Saberes Comunidades Populares, a live “O advento das fake news e suas consequências na sociedade”.
A atividade será coordenada por Adriely Costa, ativista do movimento negro e feminista, estudante do oitavo período do curso de Filosofia da UFMA, membra do PET Comunidades Populares e representante estudantil do Centro Acadêmico de Filosofia (Cafil- Gestão Kinesis) da UFMA. E contará com a participação de Ed Wilson Araújo, jornalista, docente do Departamento de Comunicação Social (DCS) da UFMA, presidente da Associação de Radiodifusão Comunitária (Abraço) no Maranhão e membro da Agência Tambor.
Segundo o professor convidado, o advento das fake news é observado de forma expressiva no país no período pré-eleitoral e eleitoral do ano de 2018, sendo um fator decisivo das eleições daquele período. “As fakes news percorrem um território semeado pelo conservadorismo, pelo relativismo e pela negação da razão. O que se tem observado de maneira milimétrica e sistemática recentemente no Brasil e em outros países são os ataques a duas instituições fundamentais no processo civilizatório, que são o jornalismo e a ciência, o que propicia a criação de guerrilhas eletrônicas, como a utilização de robôs, para atacar os meios de comunicação que já têm uma sedimentação consolidada na sociedade. Mas porque essas instituições são atacadas por esses segmentos ultraconservadores? Porque operam sobre critérios e argumentos da coerência, da lógica, da correspondência e da vinculação da verdade”, destacou.
Quem vive apaixonado por rádio AM sabe como é difícil encarar a morte de Roberto Fernandes, vítima do novo coronavírus nesta terça-feira 21 de abril. No momento em que escrevo passa na tela do computador o filme da minha vida de ouvinte, boa parte dela acompanhando os dois programas mais expressivos ancorados por esse grande profissional: Roda Viva, na Educadora AM; e Ponto Final, na Mirante AM.
Com tantos dispositivos sofisticados de comunicação, eu ainda sou do tipo que acorda e liga o velho aparelho portátil todos os dias. Ouvir rádio é como rezar, comer e beber. É um alimento indispensável no cotidiano.
E na minha caminhada de ouvinte muito tempo foi dedicado a Roberto Fernandes. Bem antes do meu primeiro emprego de jornalista em Assessoria de Comunicação eu já curtia os programas jornalísticos e as transmissões esportivas no radinho de pilha do meu pai, em nossa pequena quitanda, na Feira do João Paulo.
A feitura da pesquisa, elaborada com tantas fontes no trabalho de campo, teve em Roberto Fernandes um manancial de informações. Aquele homem ocupado e importante era sobretudo um cara generoso que me recebeu uma tarde no seu apartamento para uma longa conversa sobre rádio com 1 hora e 39 minutos de duração (ouça aqui).
Todo esse relato serve para falar da minha gratidão e do meu respeito por Roberto Fernandes. Eu aprendi muito ouvindo ele. E quantas vezes tive a chance de falar no seu programa sobre temas de interesse público.
Entre tantas alegrias que Roberto Fernandes proporcionou à sua audiência, quero registrar a primeira vez que um ouvinte e fã (veja acima) falou no rádio com seu locutor preferido. Seu Nildo, um homem simples, morador da comunidade Taboa, na ilha de Mangunça, em Cururupu, é um dos “invisíveis” que só tem o rádio como amigo e companheiro naquelas comunidades onde nem a luz elétrica chega.
No outro vídeo (abaixo), seu Vaguinho, morador da ilha de Guajerutíua (Cururupu), fala sobre a importância do rádio AM ao longo de toda a sua vida.
Sempre digo para meus alunos que um dos segredos do sucesso na mídia é ter os pés no chão. Roberto Fernandes era famoso, reconhecido e celebrado, mas nunca deixou de ser um profissional simples, tranquilo, honesto e com a dose certa de humildade.
Quando ele mudou de emissora, saindo da Educadora AM para a Mirante AM, houve uma verdadeira comoção no rádio. Muitos ouvintes telefonaram para lamentar, reclamar, criticar e até chorar, argumentando que o estilo e a liberdade do apresentador não seriam mais os mesmos quando ele fosse trabalhar no Sistema Mirante de Comunicação.
A audiência tinha certo receio do que poderia acontecer com Roberto Fernandes trabalhando na rádio do sistema de comunicação de propriedade da família liderada por José Sarney.
Ele mudou de empresa, mas seguiu as suas referências éticas construídas ao longo de uma carreira sólida e respeitável. Na Mirante AM/Globo manteve a simplicidade e o carisma que cultivou na sua antiga casa – a Educadora, pertencente à Igreja Católica.
Aquele homem que tinha o poder da voz e a posição institucional do locutor carregava também uma característica fundamental do comunicador – saber ouvir.
Tanto no programa Roda Viva quanto no Ponto Final ele preservou o bom trato junto à audiência, sabia considerar os diferentes níveis de posicionamento dos ouvintes, sempre respeitando o senso comum e a fala mais elaborada, sabendo ser duro quando necessário, porque o rádio é também o lugar das discordâncias.
Ele não era apenas um jornalista e radialista, era uma instituição nesse meio de comunicação tão importante para a cidadania e a democracia.
A voz de Roberto Fernandes silenciou, mas a sua força espiritual no rádio segue vibrante, servindo de exemplo e referência para outros tantos profissionais, ouvintes e às novas gerações de radialistas.
Entre as variadas capacidades de produzir aberrações, Jair Bolsonaro vem fazendo sucessivos ataques não só aos repórteres que cobrem o presidente e os atos governamentais. Seu alvo maior é a instituição Jornalismo e, paralelamente, a Ciência.
São ataques frontais às duas formas de produção de conhecimento que o bolsonarismo quer “dispensar”.
Quando desqualifica a Folha de São Paulo e agride as
Organizações Globo, duas empresas afinadas com a direita e o liberalismo,
Bolsonaro quer colocar na vala comum o Jornalismo.
Há uma orientação planejada dentro do governo para que algumas figuras, lideradas pelo presidente, façam ataques diretos aos repórteres com o claro objetivo de desqualificar a profissão de jornalista e os conteúdos veiculados nos meios de comunicação.
Nem Miriam Leitão, uma legítima representante da
direita sofisticada, cogitou na pior das hipóteses ser vítima de algo tão
grotesco como a última agressão de Bolsonaro aos jornalistas: “raça em extinção”.
O objetivo é claro: desqualificar os relatos jornalísticos e trocá-los pela crença ou fakenews. Soma a isso a negação da Ciência. Combinadas, essas duas violências germinam uma legião de fanáticos que só enxergam e entendem o que querem ver e “saber”, independente da verdade ou das provas concretas.
Bolsonaro é o representante máximo do obscurantismo que
dispensa o Jornalismo como forma de mediação social. Ele vai direto ao seu
público, sem intermediários, fala o que quer, sem filtros, e mente o quanto
pode.
Não basta mentir. Tem de desqualificar o Jornalismo
e a Ciência.
O bolsonarismo elegeu, entre seus inimigos, o
Jornalismo como forma de conhecimento da realidade. Por outro lado, ataca a
Universidade e tudo que a institucionalidade acadêmica representa: ensino,
pesquisa, extensão, criatividade e pensamento crítico.
Onde não há instituições, brota a barbárie. O ataque
ao Jornalismo visa destruir um dos pilares da democracia.
Não por acaso o espírito lavajateiro cresceu junto
com a onda bolsonarista embalada na mentira.
Os movimentos de contornos fascistas repetem uma
tragédia anunciada. A ciência, a política e a estética livre são inimigos
primordiais dos intolerantes, avessos à verdade e ao encantamento.
O espelho deles quebra quando encaram os fatos
concretos da realidade.
Assim, fizeram campanha disseminando fakenews. É uma forma de piorar as coisas. Se outrora manipulavam os fatos para distorcer os enredos, agora retrocedem ao nível da mentira deslavada.
A onda obscurantista é desumana. Os propagandistas de fakenews, do terraplanismo e de outras aberrações como a ineficiência da vacina são capazes de negar até a própria existência, embora haja testemunhas oculares do parto e o registro do nascimento em cartório. Contra Descartes, diriam: “minto; logo, não existo”.
Os movimentos de inspiração fascista são um terreno infértil, onde só brota o ódio e a intolerância. A verdade é uma ofensa. Eles não conseguem sequer lidar com um princípio básico do Iluminismo aplicado ao Jornalismo – a transparência, uma conquista da Modernidade no curso das revoluções burguesas.
O vídeo contém a gravação integral da primeira edição da série “Diálogos Republicanos”, evento organizado pelo Centro Cultural e Administrativo do Ministério Público do Maranhão, dia 6 de fevereiro, promovida pela Escola Superior do Ministério Público (ESMP), com a discussão sobre o “Direito à informação, pós-verdade e fake news”.
Mediado pelo promotor de justiça Márcio Thadeu Marques, diretor da ESMP, o tema foi debatido pelo promotor de justiça Alessandro Brandão, da comarca de Imperatriz, e pelos professores Ed Wilson Araújo (Ufma), doutor em Comunicação pela PUC do Rio Grande do Sul, e Leonardo Ruivo (Uema e Ufma), mestre e doutor em Filosofia também pela PUC-RS.
Os dados coletados pelo monitoramento da Abraji em 2018
foram mencionados no relatório
anual da ONG Human Rights Watch, divulgado em 17.jan.2019, ao falar
sobre o Brasil. Em 1º.jan.2019, duas jornalistas de diferentes veículos foram
atacadas nas redes sociais depois de manifestar desagrado com as condições de
trabalho da imprensa durante a posse do presidente Jair Bolsonaro.
A maior parte das ocorrências físicas está relacionada à
cobertura de manifestações ou de eventos de grande repercussão ligados às
eleições de 2018. O ônibus em que viajavam 28 jornalistas que cobriam a
caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no sul do país, foi
atingido por tiros. Durante a cobertura da prisão do petista, outros 19
profissionais foram hostilizados ou agredidos por seus apoiadores.
Entre os casos digitais, a maioria (91%) são de exposição
indevida de comunicadores, quando os agressores compartilham fotos e/ou perfis,
acusando os profissionais de ser de esquerda ou de direita e incentivando
ofensas em massa. As agressões ocorrem em especial no Twitter e no Facebook.
Perfis em redes sociais ligados a pautas conservadoras e com
grande alcance como o Movimento Brasil Livre (MBL) também estão na lista de
casos digitais. Em maio de 2018, o grupo produziu um “dossiê” acusando
jornalistas de ter viés partidário e de atuar como “censores”. O levantamento
foi feito após a divulgação de uma parceria de agências de checagem de fatos
com o Facebook. No documento, circulado via WhatsApp e Facebook, há fotos de
jornalistas classificados como “esquerda” e “extrema esquerda”, retiradas de
redes sociais, além da reprodução de postagens que “comprovariam” a inclinação
política dos profissionais.
Um dos casos mais relevantes foi o da jornalista Patrícia
Campos Mello (Folha de S. Paulo). A repórter foi vítima de ataques direcionados
nas redes sociais. As ações começaram após a publicação da matéria “Empresários
bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp”. A repórter também teve sua
conta no WhatsApp hackeada e mensagens pró-Bolsonaro foram enviadas a alguns
contatos.
O Ministério Público do Maranhão (MPMA) lançou nesta segunda-feira, 12, a edição 2018 do Prêmio de Jornalismo. Neste ano, o tema do concurso é “O Ministério Público e a imprensa na defesa dos direitos humanos.”
Os interessados podem inscrever trabalhos veiculados de 1° de janeiro a 15 de novembro de 2018, nas categorias jornalismo impresso, telejornalismo, radiojornalismo e webjornalismo. A participação é aberta aos profissionais de comunicação com registro profissional.
Nesta edição, a novidade é que os estudantes também poderão concorrer à premiação específica, nas categorias jornalismo impresso e webjornalismo.
As inscrições dos trabalhos poderão ser realizadas no período de 27 de novembro a 4 de dezembro de 2018.
As matérias devem abordar as seguintes áreas de trabalho do Ministério Público: meio ambiente; combate a organizações criminosas; infância e juventude; educação; patrimônio público; cidadania; consumidor; criminal; controle externo da atividade policial; saúde; pessoa com deficiência; idosos; conflitos agrários; habitação e urbanismo; direitos humanos e violência doméstica.
A comissão julgadora será composta por membros do MPMA e servidores da Coordenadoria de Comunicação da instituição.
PREMIAÇÃO
Os melhores trabalhos de cada categoria serão premiados. Para os profissionais, o valor da premiação é de R$ 4 mil. O melhor trabalho entre os quatro premiados receberá a premiação extra de R$ 4 mil.
Para os estudantes, o melhor trabalho em cada categoria receberá o prêmio de R$ 500. Não haverá, para estudantes, premiação extra.
A solenidade de premiação está prevista para ser realizada em dezembro deste ano, em data que será divulgada pelo MPMA.