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UFMA presta homenagens alusivas aos 200 Anos da Imprensa no Maranhão

Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no
Maranhão é uma das organizações contempladas

Fonte: Portal Padrão /UFMA

Nessa terça-feira, 21, em comemoração aos 200 Anos da Imprensa no Maranhão, a Universidade Federal do Maranhão realizará a solenidade de entrega da Comenda dos 200 anos de Fundação da Imprensa no Maranhão. O evento ocorrerá no Centro Pedagógico Paulo Freire, com início às 18h, com transmissão no Canal Institucional da UFMA, no YouTube.

Contar dois séculos de história da imprensa maranhense é uma missão ambiciosa que surgiu como um tributo ao primeiro jornal fundado na cidade de São Luís – O Conciliador do Maranhão. À frente dessa empreitada, a Universidade Federal do Maranhão, com o apoio da Fundação Josué Montello, da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) e da Vale, tem realizado uma série de eventos que fazem parte da programação do projeto 200 Anos de Imprensa no Maranhão.

A realização desse evento e das ações realizadas ao longo do ano é fruto da união entre as entidades que viabilizaram à Diretoria de Comunicação da UFMA organizar e efetivar atividades que homenageassem esse marco histórico, que teve início no dia 15 de abril de 1821, data de circulação do primeiro exemplar de O Conciliador.

As festividades estrearam na data emblemática para o projeto. Foi na noite do dia 15 de abril de 2021, por meio do Canal Institucional da UFMA, no YouTube, que ocorreu a abertura oficial do bicentenário.

Dentro da programação, a Diretoria de Comunicação lançou WebStoriePodcastsLongForm e um Documentário. Para encerrar o ano do bicentenário da imprensa no Maranhão, a Universidade homenageará cinquenta profissionais distribuídos nas categorias Votação Popular, Pesquisadores, Empreendedores, Produção Jornalística, Jornalista, Outros Profissionais e Homenagem Especial.

Confira a lista dos agraciados por categoria

Votação Popular

Douglas Pinto

Douglas Pires Cunha

Edvânia Kátia Sousa Silva

Jailson Mendes

José Tribuzi Pinheiro Gomes (Bandeira Tribuzzi) – in memoriam

Luiz Carlos da Cunha

Lukas Carvalho

Marcos Saldanha

Mário Linconl

Paulo Melo Sousa

Pesquisadores

Josefa Melo e Souza Bentivi Andrade (Zefinha Bentivi)

Marcelo Cheche Galves

Sebastião Barros Jorge

Empreendedores

Associação Brasileira de Rádios Comunitárias no Maranhão (Abraço-MA)

José Ribamar Bogéa – in memoriam

José Sarney

Moacyr Sposito Ribeiro

Pedro Freire

Sergio Antonio Nahuz Godinho

Produção Jornalística

Célio Sérgio Serra Ferreira

Dreyfus Nabor Azoubel – in memoriam

Hipólito César Vieira Ferreira (César Hypolito)

Jornalista

Alberico Carneiro

Benedito Bogéa Buzar

Bernardo Coelho de Almeida – in memoriam

David Peres

Djalma Silva Rodrigues

Félix Alberto Gomes Lima

Herbert Fontenele Filho – in memoriam

José de Jesus Louzeiro – in memoriam

José Raimundo Rodrigues

José Raposo Gonçalves da Silva (Amaral Raposo)

José Ribamar Gomes (Gojoba)

Josilda Bogéa – in memoriam

Manoel dos Santos Neto

Marcelo Rodrigues

Marcia Maria de Paiva Coimbra

Nascimento Moraes Filho – in memoriam

Neiva Moreira – in memoriam

Othelino Nova Alves – in memoriam

Pergentino Holanda Silva

Raimundo Jurivê Pereira de Macedo – in memoriam

Raimundo Nonato Borges

Ribamar Correa

Roberto Fernandes – in memoriam

Sebastião de Almeida Negreiros

Sidney Pereira

Outros Profissionais

Francisco Melo Filho  – in memoriam

Chafi Braide Júnior

Homenagem Especial

Curso de Comunicação UFMA – São Luís

Fonte / Portal Padrão UFMA / TextoSansão Hortegal / Revisão: Jáder Cavalcante

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Imprensa no Maranhão nasceu áulica. E hoje, como está?

Criado em 1821, o jornal “O Conciliador do Maranhão” é a principal referência histórica para demarcar o surgimento da Imprensa no Maranhão. Em abril daquele ano o periódico começou a circular manuscrito e posteriormente, em novembro, com a implantação da tipografia, passou a ser impresso.

O jornal era controlado pelo governador Pinto da Fonseca, que escolheu a dedo os redatores da sua maior confiança para servir aos interesses oficiais. Era uma publicação áulica, bajulatória.

Nos ruidosos anos 20 do século XIX, “O Conciliador” esteve no centro das polêmicas e contendas políticas locais, incluindo a disputa que resultou na adesão do Maranhão à Independência do Brasil.

Pinto da Fonseca tinha total controle sobre o jornal e governava com mão de ferro no tratamento dos seus adversários.

200 anos depois a Imprensa no Maranhão segue influenciada pelo poder político e econômico do Palácio dos Leões, sede do Governo do Estado; e do vizinho Palácio La Ravardière, onde está localizada a Prefeitura de São Luís.

A razão é simples. Os dois palácios manejam as verbas publicitárias que abastecem os meios de comunicação e, consequentemente, orientam as linhas editoriais dos veículos. O Governo do Maranhão e a Prefeitura de São Luís são os maiores anunciantes da mídia no estado.

O surgimento e a gestão de “O Conciliador” servem como parâmetro para observar o alinhamento dos meios de comunicação no Maranhão aos governadores(as) e aos prefeitos(as) da capital ao longo do tempo.

Na atual gestão do governador Flávio Dino (PCdoB) há uma conciliação geral do Palácio dos Leões com as grandes empresas de comunicação detentoras das maiores audiências, além do alinhamento governamental das médias e pequenas emissoras de rádio e televisão, com raras exceções.

Até mesmo o Sistema Mirante de Comunicação, sob o controle da família liderada por José Sarney, está relativamente conciliada ao Palácio dos Leões.

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Fenaj: liberdade de Imprensa é luta constante no Brasil

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) manifesta-se nesta segunda-feira, 3 de maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, pela defesa irrestrita da livre circulação da informação jornalística e denuncia que essa é uma luta constante no Brasil.

Somamo-nos à Federação Internacional dos Jornalistas e às entidades sindicais de jornalistas do mundo inteiro para lembrar os 30 anos da Declaração de Windhoek. Em maio de 1991, a capital da Namíbia sediou evento da Unesco, que buscava promover uma mídia africana independente e pluralista e resultou na declaração pela liberdade de imprensa adotada mundialmente, para defender o estabelecimento, a manutenção e a promoção de uma mídia livre, independente e plural.

A liberdade de imprensa, prevista no artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, é, segundo a Declaração de Windhoek, essencial ao desenvolvimento e à manutenção da democracia e para o desenvolvimento econômico. No Brasil, a FENAJ tem se manifestado reiteradamente na defesa desse princípio, também consagrado na Constituição Federal. Mas o cenário que se apresenta aos jornalistas é o de ataques ao exercício da profissão, a independência na produção de notícias e de extrema violência contra a categoria.

Ainda que subnotificados, os casos de violência contra a categoria e de cerceamento à liberdade de imprensa são quase que diariamente acompanhados pela FENAJ e por seus Sindicatos filiados nos territórios, em todas as regiões do país.

Como mostrou o relatório “Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil – 2020”, mesmo em contexto de pandemia mundial e do risco da exposição no trabalho presencial dos jornalistas profissionais durante a produção de notícias, os ataques à liberdade de imprensa não param de crescer no país, motivados frequentemente pelo presidente Jair Bolsonaro, o principal agressor da imprensa, responsável por 40,89% dos casos.

Se em 2020 a FENAJ já denunciava o que caracterizou em seu relatório como “verdadeira explosão” da violência contra jornalistas e contra a imprensa, registrando 428 ocorrências – 105,77% a mais do que em 2019 -, os quatro primeiros meses de 2021 demonstram que os ataques à profissão crescem exponencialmente e não devem ser naturalizados.

De janeiro a abril, a FENAJ e os Sindicatos de jornalistas acompanharam ao menos 15 situações de agressão, censura, cerceamento, ataques e violência direta contra jornalistas no exercício da profissão. Na prática, ao impedir o livre exercício do Jornalismo, os agressores de jornalistas atentam contra o direito humano fundamental da sociedade de ser informada.

Práticas violentas contra o trabalho dos operários e operárias da notícia são características de regimes totalitários e devem ser amplamente combatidas por todos os segmentos sociais. No Brasil, cada jornalista calado por força de violências de qualquer natureza ou magnitude, põe em risco a própria democracia no país.

Para enfrentar a escalada de autoritarismo e coibir o cerceamento à liberdade de imprensa, anunciamos que um novo protocolo nacional de atuação em casos de violência contra jornalistas e ataques à liberdade de imprensa está em processo de implementação pela FENAJ, para universalizar as ações dos Sindicatos em todo o país.

Neste Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, reforçamos que jornalismo não é crime! É um bem público essencial à democracia.

Brasília, 3 de maio de 2021

Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ