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Bolsonaro é a última tentação de Sarney

Fora do controle do Palácio dos Leões, com a sua cota na bancada federal do Maranhão reduzida a pó e apenas um deputado familiar na Assembleia Legislativa, José Sarney tenta se encostar no presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), repetindo o mesmo movimento que marcou a sua vida inteira na política – controlar a província a partir dos poderes da República.

A lógica é a mesma, mas a força é outra, muito menor, sem o controle dos deputados e senadores do Maranhão e nem o trânsito de outrora no Congresso Nacional.

José Sarney é uma lenda, apenas, mas vai tentar de todas as formas se conectar à extrema direita para interditar, boicotar e até cassar o mandato do governador Flávio Dino (PCdoB).

Jair Bolsonaro bateu continência ao veterano coronel do Maranhão, mas não é certo que lhe dará ministérios e outros mimos para usufruir das benesses do Planalto.

Os tempos são outros e a fila andou. O baixo clero, emergente na Casa Grande, tem outros líderes.

Sarney é passado. Sem bancada federal, tem pouco valor no balcão de negócios de Brasília, onde vai seguir predominando a troca de votos por interesses e favores.

O coronel está ferido. Perdeu duas eleições para o Governo do Maranhão no primeiro turno, expondo sua filha mais querida, Roseana Sarney, a uma dor insuportável – ficar sem poder.

Resta ao coronel a máquina de jornalismo e propaganda para perseguir o governador Flávio Dino.

À imagem e semelhança de Bolsonaro, a única arma que pode colocar Sarney na batalha é a mentira contra Flávio Dino. Mas, hoje, quem acreditaria na farsa do tipo Reis Pacheco?!

Não há mais tanta munição na barricada de Sarney. E o adversário, Flávio Dino, controla os Leões.

Jesus, no deserto, passou por três tentações do demônio. Todas ilustradas nas paixões do egoísmo, sede de poder, ambição e vaidade. São paixões avassaladoras e tentadoras da política.

Bolsonaro é a última tentação de José Sarney, que busca a proteção do presidente eleito para perseguir e boicotar o Governo do Maranhão.

Vai conseguir?!

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Dilema: Eliziane Gama entre a bíblia e a foice & martelo

A senadora eleita no Maranhão, Eliziane Gama (PPS), vive um grande dilema político.

Evangélica, ganhou a eleição na chapa do PCdoB, liderada pelo governador reeleito Flávio Dino, com a anuência da Assembleia de Deus.

A comunidade evangélica sabia, desde sempre, que cristãos e comunistas caminharam juntos na eleição.

Após a vitória, a senadora declarou apoio no segundo turno ao petista Fernando Haddad, sendo fortemente censurada pela cúpula da Assembleia de Deus, que preferiu Jair Bolsonaro (PSL).

A censura do número 1 da Assembleia de Deus, pastor Aldi Damasceno, fez Eliziane Gama recuar. Ela não participou da caminhada com Fernando Haddad em São Luís, puxada pelo governador Flávio Dino, onde estava presente o outro senador eleito, Weverton Rocha (PDT), além de vários deputados estaduais e federais vitoriosos em 2018.

Haddad ganhou no Maranhão com 73% dos votos.

Gama alegou “tratamento de saúde” para justificar sua ausência do palanque do petista nas ruas do Anil, bairro tradicional da capital do Maranhão.

Passado o segundo turno, eis que a senadora eleita se manifesta no twitter, desta feita sugerindo o nome do governador Flávio Dino para eventual disputa presidencial em 2022.

Depois da twittada de Eliziane Gama, resta ver como vai se posicionar a cúpula da Assembleia de Deus, hostil aos comunistas na ideologia, mas beneficiária de cargos no Governo do Maranhão.

Os sentidos do comunismo e do cristianismo são compatíveis. Ambos tratam de justiça, fraternidade, amor, partilha… mas algumas igrejas evangélicas não conseguem admitir esta sintonia e costumam demonizar o que chamam de esquerda.

Mesmo assim, aceitam cargos e favores dos governos de todos os tipos, inclusive daqueles comandados pelo PCdoB.

É o caso da cúpula da Assembleia de Deus no Maranhão.

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Flávio Dino e Haddad arrastam multidão durante ato em São Luís

O candidato a presidente Fernando Haddad (PT) e o governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) arrastaram uma verdadeira multidão pelos bairros do Anil, em São Luís, na manhã deste domingo, 21. Milhares de pessoas acompanharam o ato e reforçaram a campanha do petista no estado e a luta pela democracia.

Mais votado no Maranhão no primeiro turno com 61,26% dos votos, Fernando Haddad foi recebido com carinho e palavras de assentimento da população ludovicense durante todo o percurso pelo bairro do Anil. Ao lado de Flávio Dino, ele agradeceu o apoio e garantiu que os maranhenses terão um amigo no Palácio do Planalto.

“Assim como quando eu era ministro da Educação nunca faltou nada para o Maranhão”, ressaltou Haddad. Ele anunciou que, a partir do dia 1º de janeiro de 2019, caso ele seja eleito, em nenhum lugar do Brasil o gás de cozinha custará mais do que R$ 49. Além disso, ele informou que o programa Bolsa Família terá um acréscimo de 20%.

Sobre o seu adversário Jair Bolsonaro (PSL), Haddad foi duro nas palavras afirmando que ele “não honra a farda que já vestiu, tanto que teve que sair do exército”. O petista fez um desafio para alguém mostrar o que Bolsonaro já fez em 28 anos como deputado federal. “Só vomitou violência contra o povo, negro, mulher, nordestino”, respondeu.

Fernando Haddad demonstrou preocupação com a intenção do filho de Bolsonaro de fechar o STF e disse que o brasileiro hoje tem para escolher quem bate continência para a bandeira americana ou quem tem como proposta de governo o livro em uma mão e a carteira de trabalho na outra.

“É com trabalho e educação que a gente muda esse país. Não é com armas. O Nordeste está dando uma resposta”, enfatizou, ao exaltar o ato ocorrido em São Luís e outros realizados nos últimos dias no Piauí, Ceará, Bahia e outros estados da região.

Em seu discurso, Flávio Dino sublinhou que o povo não pode se curvar às manipulações que estão sendo feitas nesta campanha e destacou que Bolsonaro está fugindo dos debates porque tem medo da verdade. “Aqui no Maranhão nós vamos dar uma surra no soldado covarde, no fascismo, na ditadura e defender a democracia”, ressaltou o governador.

Flávio Dino lembrou as raízes históricas do Maranhão na luta pela democracia, como a Revolta de Beckman, ocorrida em 1684, a primeira contra a coroa portuguesa. Ele também enalteceu a lutas das mulheres maranhenses contra a candidatura de Jair Bolsonaro. “Aqui não tem vez pra ele”, finalizou Dino.

Também participaram do ato em São Luís a presidente nacional do PT, Gleise Hoffmann, o senador eleito Weverton, os deputados federais eleitos Márcio Jerry e Bira do Pindaré, além do reeleito Rubens Júnior, vereadores da capital maranhense, líderes de movimentos sociais e população em geral.

Foto: Ricardo Stuckert

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Rumo à vitória: Haddad em São Luís neste domingo

Participe da caminhada com Haddad, o governador Flávio Dino e os senadores Weverton e Eliziane, os deputados federais e estaduais e os movimentos sociais, em favor da democracia e dos direitos sociais, como aposentadoria e 13º salário.

Ponto de concentração: Praça do Coreto (próximo ao Colégio Padre Antônio Vieira e do CINTRA), no bairro do Anil, no domingo, 21 de outubro, às 8h30.

Convide os seus amigos, colegas e conhecidos. E vamos à vitória!

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Flávio Dino defende frente ampla contra o extremismo

O governador reeleito no Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), defende o apoio de partidos e candidatos de esquerda em torno de Fernando Haddad para enfrentar Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições à presidência.

“Movimentos de aliança em torno do Haddad ajudam a demonstrar de que se trata de uma frente ampla contra uma posição extremista de direita, ditatorial, que ataca pessoas no meio da rua”, frisou Flávio Dino.

Para ele, a candidatura do PT não é mais exclusiva do partido, pois expressa anseios de vários setores sociais. Segundo Flávio, os desafios da frente ampla estão em desconstruir a falsa polarização entre as duas candidaturas, e defender uma agenda positiva, de propostas e soluções para a vida prática da população, onde o candidato do PT obteria vantagens.

“Nós temos que fugir do lugar comum que Haddad e Bolsonaro são dois extremos. Não são”, enfatiza. “A candidatura extremista, sem dúvida alguma, é demostrada pelo uso da violência, por ataques à liberdade de imprensa, por ideias esdrúxulas”, completou, se referindo à campanha de Bolsonaro.

Dino reforçou, ainda, o compromisso de Haddad com à democracia, na esteira dos demais governos progressistas desde a redemocratização. “Todas as vezes que a esquerda chegou ao governo foi por intermédio do voto popular e nunca houve uma virada de mesa”.

O mesmo, reitera, não pode se dizer em relação a Bolsonaro e seu vice, o general Hamilton Mourão, “que tem demonstrado, por intermédio de declarações, que é contra a Constituição de 88”, que deve ser preservada, por se tratar de “um pacto civilizatório fundamental”.

Agenda positiva

Dino enfatizou a importância de promover uma agenda próxima do cidadão atualmente preocupado com questões práticas fundamentais, como emprego e segurança pública. Essa agenda real da campanha tem sido desviada pelas fake news, na opinião do governador.

“Nós temos que trazer o debate para esses pontos concretos, porque aí se evidencia que o Haddad tem propostas, claras e muito melhores, do que aquelas que o candidato Bolsonaro pode apresentar”, afirmou.

Em relação à segurança, Flávio Dino sugere a criação de uma força nacional permanente para auxiliar as polícias estaduais, como contraproposta ao armamentismo defendido pela chapa adversária.

“Segurança pública precisa de armas, a questão é nas mãos de quem. Existem profissionais treinados para manusear armas. Qualquer sociedade que optou por outro caminho aumentou a violência”, finalizou o governador do Maranhão.

Fonte: PCdoB São Luís.

Imagem: divulgação / PCdoB

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Pastor Damasceno, devolva os cargos de capelão!

A disputa eleitoral de 2018 mexeu nas profundezas abissais da Assembleia de Deus. Em um áudio amplamente divulgado, o pastor Pedro Aldi Damasceno, presidente da Ceadema (Convenção Estadual das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus no Maranhão), censurou a senadora eleita, evangélica Eliziane Gama (PPS), após ela ter declarado apoio no segundo turno ao presidenciável do PT, Fernando Haddad.

O pastor utiliza linguagem agressiva para demonizar Haddad e conclamar os evangélicos a votarem no candidato do PSL, Jair Bolsonaro, defensor da tortura e principal inimigo dos princípios cristãos de igualdade, tolerância e solidariedade.

Deputada federal e militante da Assembleia de Deus, Eliziane Gama foi eleita senadora na chapa do governador reeleito Flávio Dino (PCdoB). A aliança entre comunistas e cristãos era de amplo conhecimento da comunidade evangélica e avalizada inclusive pelo presidente da Ceadema.

Durante o primeiro mandato do governador do PCdoB, a Assembleia de Deus foi beneficiária dos cargos de capelão distribuídos a várias denominações religiosas e à Igreja Católica. “Apoiamos o governador, trabalhei a favor dele, votamos, elegeu no primeiro turno com apoio do povo evangélico” disse Damasceno, para em seguida repudiar o apoio de Eliziane a Haddad.

O presidente da Ceadema afirmou que vai mobilizar a cúpula da Assembleia de Deus e o seu rebanho contra a declaração da senadora eleita. “Eu vou pedir o apoio de todos os pastores da Mesa Diretora, do Conselho de Ética e Disciplina, do Conselho Consultivo, de todas as comissões e de todas as missionárias para se posicionar contrário ao pronunciamento de apoiar o Haddad”, ameaçou o pastor.

Pastor Cavalcante e Mical, eleitos na base do governador do PCdoB

Nesta campanha há eleitores de todos os tipos. Tem aqueles marombados que bradam “fora PT” e estacionam na vaga do idoso no supermercado. E tem pastores que aceitam cargos do governo do PCdoB e demonizam o petista Haddad.

Assim, a fala do principal líder religioso da Assembleia de Deus no Maranhão é recheada de hipocrisia. O pastor sempre soube que o PT e o PCdoB são aliados desde 1989 e caminharam juntos com Lula em todas as disputas presidenciais. Ele também tinha pleno conhecimento de que o governador foi um dos principais defensores da presidenta Dilma Roussef (PT) durante o processo do impeachment.

Hipocrisia tem limite

A filha do pastor Pedro Aldi Damasceno, Mical (PTB), foi eleita deputada estadual na coligação da base do governo comunista, formada pelos partidos PPL/PTB/PROS/PPS, a mesma que também elegeu para a Assembleia Legislativa o pastor José Alves Cavalcante, presidente da Convenção dos Ministros das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus no Maranhão (Comadesma).

Eliziane Gama, senadora eleita, é filha do pastor Newton Gama. Aldi sempre soube que ela concorreu ao Senado sob as bênçãos do governador do PCdoB.

O presidente da Ceadema também faz uso de falsas informações para justificar o repúdio a Haddad, acusando o candidato petista de querer “fechar as igrejas” e a vice Manuela Dávilla de ter feito referência homossexual a Jesus Cristo. “Um cara desse que a vice disse que Jesus é gay é uma miséria”, desqualificou Aldi.

Todo o discurso do pastor é um péssimo exemplo aos seus fiéis. Na condição de líder da Assembleia de Deus, onde há crentes honrados, ele deveria pedir desculpas e mandar de volta ao Palácio dos Leões os cargos de capelão ofertados pelo governador comunista.

É o mínimo que poderia fazer, além de se desculpar também pela disseminação de falsas informações sobre a vice Manuela Dávila e o presidenciável Haddad.

Deus, na sua infinita misericórdia, haverá de julgar essas atitudes e as palavras do pastor, que finaliza a sua pregação comandando o voto dos evangélicos no defensor da tortura. “Nós vamos votar no Bolsonaro, porque é um homem que tem umas proposta (sic) que vai dar continuação o direito de liberdade de nossa igreja e a pregação do santo evangelho de Jesus Cristo”, enfatizou.

Por fim, façamos justiça a Eliziane Gama. Ela foi muito hostilizada durante a campanha eleitoral por ter votado “sim” no impeachment e ter sugerido a convocação de Lula na CPI da Petrobras. Com esses gestos, atraiu a ira petista e foi carimbada de “golpista”.

No segundo turno, diante da polarização Haddad x Bolsonaro, declarou apoio ao petista. A senadora eleita pode até ser conservadora, mas está longe do fascismo e não declararia apoio a quem defende torturadores.

Agora, é aguardar os movimentos futuros para saber se o pastor que hoje censura amanhã será beneficiário de outros favores no governo e até mesmo da senadora eleita e censurada.

De imediato, este líder religioso que se locupletou com as benesses do governo do PCdoB deveria fazer um gesto de grandeza – devolver os cargos de capelão da Assembleia de Deus.

O tempo dirá se o antipetismo de Aldi Damasceno é coerente ou apenas da boca para fora, usando o nome de Deus em vão!

Imagem do topo/divulgação: Eliziane e Aldi em conflito

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Maura Jorge já se nomeou “interventora” do Maranhão, caso #elenão seja eleito presidente

O debate entre os candidatos ao Governo do Maranhão, na TV Mirante, já serviu para dar sinais do que pode ser um eventual mandato de inspiração fascista no Brasil, caso Jair Bolsonaro (PSL) seja eleito presidente.

Durante o debate, a candidata Maura Jorge (PSL) fez várias manifestações de apoio ao #elenão, já se colocando na condição de representante local de uma eventual gestão totalitária no país.

É de amplo conhecimento que a distribuição dos cargos federais nos estados passa por acordos e alianças entre os partidos que formam coligações. Com Bolsonaro não será diferente. A gestão será compartilhada com os aliados ou pessoas designadas para ocupar funções-chave na estrutura administrativa federal.

A participação de Maura Jorge no debate foi uma constante demonstração de que ela será uma espécie de “primeira ministra” ou interventora do governo federal no Maranhão, servindo como base de um eventual governo #elenão

Bolsonaro já fez várias declarações contra “os comunistas do Maranhão”, referindo-se ao governo Flávio Dino (PCdoB). Em sintonia, Maura Jorge usou o debate para atirar pesado contra o governador candidato à  reeleição.

Espera-se que a conjuntura de hostilidade no país não chegue ao absurdo de interditar os mandatos dos(as) governadores(as) eleitos(as) e colocar prepostos nas administrações estaduais.

Porém, é óbvio que pessoas como Maura Jorge serão prestigiadas. Originária do coronelismo regional de Lago da Pedra, Maura Jorge se orgulha de ser #elenão

Sendo assim, não se descarta a montagem de governos paralelos com a força da máquina federal sobre os estados. Em outras circunstâncias isso já foi feito, a exemplo dos boicotes operados por José Sarney (MDB) contra o então governo Jackson Lago (PDT) no Maranhão.

Se foi assim na democracia, imagina com #elenão

O passado ajuda a entender o presente e perceber as afinidades. Em um eventual segundo turno no Maranhão será óbvio o alinhamento entre Roseana Sarney (MDB) e Maura Jorge.

E o velho José Sarney, fiel a todos os governos federais desde a Ditadura Militar, será um aliado de primeira hora do #elenão.

Qualquer observador da política sabe que o controle dos cargos federais nos estados pode ajudar ou atrapalhar as gestões dos(as) governadores(as). O mesmo se diz na relação entre as gestões estaduais e as prefeituras.

Resta agora trabalhar muito para evitar que o Maranhão corra o risco de ser transformado em uma grande Lago da Pedra.

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Após o golpe no PT, grupo Sarney apela para Lula

Na iminência de ser derrotada logo no primeiro turno, a candidata Roseana Sarney (MDB) busca colar sua imagem à de Lula (PT), o principal “cabo eleitoral” do Maranhão.

O programa de TV exibido na noite de ontem (1º) insere um depoimento de Lula fazendo declarações de apoio a Roseana. A propaganda recorta o trecho de um discurso em que o petista exalta a lealdade da candidata.

A fala de Lula em elogio à filha de José Sarney é de campanhas passadas, quando o PT e o PMDB eram aliados, nas eleições de 2006, 2010 e 2014. Nesse período, o petista fez várias declarações de apoio a Roseana.

Lula e Sarney: relações cortadas em 2018

Em 2014 o candidato do grupo Sarney ao governo do Maranhão, Edinho Lobão (PMDB), filho do senador Edison Lobão (PMDB), também recebeu apoio de Lula e do PT, oficialmente coligado ao PMDB.

Mas, a partir de 2016, durante o processo do impeachment da presidente Dilma Roussef (PT), liderado pelo PMDB, José Sarney marchou com Eduardo Cunha e Michel Temer, comandando a votação da sua bancada de deputados e senadores para degolar a petista.

Após o impeachment, quando a Lava Jato mirou na prisão de Lula, Sarney também negou solidariedade ao petista, estrangulando as relações entre o PT e o PMDB em 2018. Estão, portanto, rompidos.

Mudança de rumo

Oficialmente, o PT nacional e Lula já declararam apoio ao governador Flávio Dino (PCdoB), candidato à reeleição.

Dino fez vários movimentos liderando politicamente a defesa de Dilma Roussef e de Lula durante todo o processo do impeachment, no curso da prisão do ex-presidente petista e na campanha Lula Livre.

O PCdoB compõe a chapa de Fernando Haddad (PT), com a candidata a vice-presidente Manuela Dávila. Na eleição para o Governo do Maranhão, o PT apoia a reeleição de Flávio Dino.

Antes de ser preso, Lula encerrou a caravana pelo Nordeste em um ato público na porta do Palácio dos Leões, ao lado do governador Flávio Dino. Estava selada, naquele momento, a aliança entre o PT e o PCdoB.

Roseana Sarney, ao exibir a declaração de Lula sobre lealdade, tenta uma reaproximação artificial e tardia, em tom de desespero.

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Eduardo Braide é covarde ou esperto?

É consenso entre os analistas políticos que a candidatura do deputado estadual Eduardo Braide (PMN) ao Governo do Maranhão mudaria o cenário eleitoral, apontando uma disputa em dois turnos.

Sem ele, as pesquisas indicam a reeleição do governador Flávio Dino (PCdoB) logo no dia 7 de outubro.

A desistência daquele que poderia alterar esse resultado gera uma série de especulações.

Uma delas interpreta que Eduardo Braide se acovardou, preferindo uma eleição mais cômoda de deputado federal, guardando a munição para a sucessão de Flávio Dino em 2022 e 2026.

Em meio às especulações há um dado real da conjuntura. Ele não teve uma coligação minimamente competitiva para entrar na disputa, ficando restrito ao minúsculo PMN.

O grupo liderado por José Sarney (PMDB) calculou que se ofertasse algumas legendas de aluguel para Braide, corria-se o risco de ele próprio ser o segundo colocado, deixando Roseana Sarney (PMDB) em terceiro lugar.

Mesmo assim, Braide carregaria o estigma de “ser o candidato de Sarney” no segundo turno contra Flávio Dino.

Pensando assim, não foi covardia e sim esperteza e projeção de futuro, seguindo a tradição.

Braide, se eleito deputado federal, é candidato a prefeito de São Luís em 2020. Muitos dizem que ele já está com o diploma de mandatário da capital na mão. Falta só combinar com o povo.

Aí sim, depois de passar pelo teste eleitoral da capital, entra na disputa pelo governo. Foi assim com Jackson Lago (PDT) e Flávio Dino, naquela ideia de que São Luís é o farol.

Na minha modesta opinião, certas covardias estão cheias de espertezas. Braide vai primeiro esperar o embate Roseana x Flávio em 2018 e ver como ficam os vitoriosos, os feridos e os mortos.

E, caso seja eleito prefeito de São Luís, será um nome para reorganizar o campo conservador no Maranhão.

O que não vai faltar é viúva de José Sarney querendo um novo padrinho.

Imagem/divulgação: Eduardo Braide e o candidato a senador José Reinaldo Tavares

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Lula abandona Sarney no Maranhão

A passagem de Fernando Hadad (PT) em São Luís sepultou qualquer indício de que Lula possa declarar apoio a Roseana Sarney (PMDB) na eleição para o governo.

Lula é o maior cabo eleitoral do Maranhão, onde sempre obteve votações acima da média nacional. O apoio dele a Roseana Sarney em 2006 e 2010 foi decisivo para o prolongamento da oligarquia.

Mas, em 2018 será diferente. Preso e liderando as pesquisas, Lula acertou com a direção nacional do PT o apoio a Flávio Dino (PCdoB), atual governador e candidato à releição.

Dino já vinha costurando a aliança com o PT desde o impeachment da presidente Dilma Roussef, quando se posicionou com ênfase em defesa do mandato da petista.

A caravana de Lula pelo Nordeste, encerrada em São Luís, foi uma etapa importante da costura política feita por Flávio Dino para “amarrar” o apoio de Lula.

Além disso, caso o pedido de registro da candidatura de Lula seja derrotado em todas as instâncias, a chapa será formada por Fernando Hadad e a vice será Manuela Dávila (PCdoB).

Ambos estiveram em São Luís nesta sexta-feira (24) e selaram definitivamente o apoio à reeleição do governador comunista.

E não teriam feito esse gesto sem a ordem de Lula.

Nesse cenário, a candidatura de Roseana Sarney, que tinha esperança de uma guinada de Lula em direção ao PMDB, está cada dia mais fragilizada.

Tudo indica uma vitória de Flávio Dino no primeiro turno.

Imagem capturada neste site