Obra está disponível nas livrarias AMEI, Poeme-se, no Chico Discos ou nos sites da Estante Virtual e da Amazon
“Transas da Contracultura Brasileira” (Editora Passagens; 336 p.), organizado por Patrícia Marcondes de Barros e Isis Rost, chega em versão impressa.
O livro traz uma reunião de entrevistas, depoimentos e textos de figuras expressivas da época (Maciel, Chacal, Macalé, Régis Bonvicino, Cesar Teixeira, Murilo Santos, Edmar Oliveira), além de ensaios de pesquisadores tratando de temas variados, que vão da imprensa alternativa à cena punk em Teresina, passando pela poesia marginal de Ana Cristina César, o cinema experimental da Belair, o Movimento Tropicália, o som do Módulo Mil, o LABORARTE em São Luís e a Geração GRAMMA teresinense.
Conta também com a participação de poetas (Celso Borges, Durvalino Couto, Cesar Carvalho, Dyl Pires e Danilo Lopes), tudo embalado num verdadeiro show de imagens. Pode ser encontrado nas livrarias AMEI, Poeme-se e no Chico Discos ou nos sites da Estante Virtual e da Amazon. A versão colorida em e-book está disponível gratuitamente no blog da editora Passagens (links na descrição). Vale a pena conferir!
Descrição
TRANSAS DA CONTRACULTURA BRASILEIRA
Patrícia Marcondes de Barros e Isis Rost (orgs.)
Ed. Passagens, 2020 / brochura formato 16 x 23 / 336 p.
Transas da Contracultura Brasileira, organizado por Isis Rost e Patrícia Marcondes de Barros, reúne artigos, poemas, entrevistas, depoimentos e ensaios. Traz nomes como Chacal, Jards Macalé, Luiz Carlos Maciel e os maranhenses Murilo Santos e César Teixeira, além de pesquisadores de diferentes locais do país.
Transas da Contracultura Brasileira resulta do encontro de duas pesquisadoras ligadas na efervescência cultural dos anos 1960 e 1970, Isis Rost, gaúcha radicada em São Luís, e Patrícia Marcondes de Barros, paulistana que vive atualmente em Londrina. Elas reuniram vasto material, que alinha entrevistas e depoimentos de personagens expressivas daqueles anos – tempos de explosão criativa, transformações comportamentais profundas e também de muita repressão política – com textos de pesquisa.
“É um passeio por nomes da literatura, do jornalismo alternativo, da música, das artes cênicas e do audiovisual, quase sempre mais próximos do lado B e da experimentação, numa linguagem direta, sem os excessos teóricos e insossos dos textos acadêmicos”, afirma o professor Flávio Reis, que responde pela coordenação editorial do projeto.
Na primeira parte, temos entrevistas e depoimentos de Luiz Carlos Maciel, Ricardo Chacal, Jards Macalé, Helena Ignez, ao lado dos maranhenses Cesar Teixeira e Murilo Santos, integrantes da primeira turma do Laborarte, e de Edmar Oliveira, participante da cena que se desenvolvia em Teresina, além de uma entrevista realizada por Joca Reiners Terron com Régis Bonvicino sobre Walter Franco.
A segunda parte reúne pesquisadores e colaboradores de diferentes cidades como Teresina, São Luís, Londrina, Rio de Janeiro e São Paulo. Os textos enfocam aspectos diversos da efervescência cultural entre os anos 1960 e 1980, da Tropicália ao movimento Punk, nas áreas de poesia, música, cinema, imprensa alternativa e teatro. Entre os poetas convidados, Celso Borges, Cesar Carvalho e Durvalino Couto Filho.
“A concepção gráfica do projeto se aproxima do universo das publicações alternativas, ponto em comum entre eu e Patrícia, que conheci em 2018. Desde o ano passado existia a urgência de um projeto que resgatasse, neste período sufocante que atravessamos, os elementos transgressores da contracultura. O livro teve seu pontapé inicial quando nos encontramos pessoalmente pela primeira vez no Rio de Janeiro, em fevereiro, já no dia da entrevista com Chacal”, afirma Isis Rost, que assina o projeto gráfico e a diagramação de Transas da Contracultura Brasileira”.
O e-book é mais um lançamento da Editora Passagens e estará disponível para download gratuito a partir do dia 26 de julho no blog da Editora Passagens editorapassagens.blogspot.com
O livro abre com um poema de Celso Borges anunciando os ingredientes e o sabor do caldeirão da contracultura.
Olhali Olhalá Wally alado No colo de Jorge Salomão Tresloucado No caldeirão da contracultura Meu poema também cabe? Quem sabe Deitando e rolando no Gramma No Drops de Abril de Chacal Que tal No coração samurai de Catatau E coisa e tal meu poema Olé olá No parangolé Tropicália de Oiticica Que delícia Meu poema enfim Nos paletós de Francisco Alvim Quem sabe Maio 68 nos muros de Berlim Meu poema lero lero Ainda cabe até o fim Na boca de Cacaso eu quero Dentro de mim um anjo da contracultura Que nas asas de Ana C. César Sobrevoe aquela manhã azul de Ipanema Queda para o alto Meu poema Meu treponema não é pálido nem viscoso na fumaça de um fino meu poema panamérica de Agripino colírio no olho do sol quem sabe nas bancas de revista Warhol na capa mijando no urinol de Duchamp Roda, roda e avisa Um minuto pros comerciais Alô, alô, Tristeresina Vai ver Torquato Na discoteca do Chacrinha Vai, Drummond, ser guache Nas aquarelas da contracultura Quem sabe! Quem sabe desfolho a bandeira Na parte que me cabe Quem sabe? Quem sou? Eu sei Eu não sei Por isso Meu poema vai e voa em vão meu poema nem Seu Sousa vai e vem e vaia o caldeirão da contracultura não Me segura que vou dar um traço
SERVIÇO
Transas da Contracultura Brasileira
Organizado por Patrícia Marcondes de Barros e Isis Rost
BOI reúne poemas e letras de música que o poeta Celso Borges escreveu, principalmente, nos últimos dez anos. Obra tem o projeto gráfico de Isis Rost e faz parte da coleção Livrinho também é livro, da editora Passagens.
O poeta e letrista Celso Borges homenageia o boi do Maranhão no primeiro ano em que essa manifestação não estará nas ruas e arraiais da cidade, por causa da pandemia do corona vírus.
“Este livrinho nasce dessa não voz, ou da poesia dessa voz na memória, ou do afeto que vislumbro a partir da falta do boi e suas zoadas essenciais”, afirma o escritor que tem ligação com o bumba-meu-boi desde criança, quando via e ouvia os grupos se apresentarem em frente à sua casa, no Largo de São João, centro da cidade.
BOI é o terceiro trabalho da coleção Livrinho também é livro que estreou com A rua morta (Luís Inácio Oliveira), seguido de O declínio da narrativa (Isis Rost). Assim como os dois primeiros livrinhos, BOI vai sair também no formato digital.
“É claro que a gente quer publicar esses trabalhos no papel, mas por enquanto eles estão disponíveis de forma gratuita apenas virtualmente”, afirma Isis Rost, da editora Passagens, que já publicou, além das obras dessa coleção, quatro outros livros: Penúltima Página (Zema Ribeiro); O Risco do Berro – Torquato, neto, Morte e Loucura (Isis Rost), Vaia de Bebo Não Vale (Helen Lopes) e Ruminações – cultura e política (Flávio Reis), todos em 2019.
A capa de BOI foi feita a partir de um quadro do pintor Ciro Falcão, da geração de artistas plásticos maranhenses que começou a expor nos anos 1970. As outras páginas do livrinho trazem ilustrações, quadros e fotos de vários artistas nacionais e internacionais, entre eles Pablo Picasso, Cícero Dias, Aldemir Martins, Marcos Palhano, Ribamar Rocha, Militão dos Santos e J. Borges.
BOI
Livro de Celso Borges
Projeto gráfico de Isis Rost
56 páginas, editora Passagens
A partir do dia 20 de junho, disponível gratuitamente
No site da editora: https://editorapassagens.blogspot.com/