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Os calibres da extrema direita

O partido “União”, resultado da fusão entre DEM e PSL, tem o número 44.

A “nova” legenda é um genérico do “Aliança pelo Brasil”, número 38, que seria criado para abrigar Jair Bolsonaro, em 2019, mas não vingou.

Enfim, quem não tem um 38 vai de 44 mesmo.

É tudo bala.

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PT 42 anos

Hoje o Partido dos Trabalhadores completa 42 anos.

A legenda é uma importante conquista da democracia brasileira.

Entre acertos e equívocos, é o maior partido orgânico da América Latina, construído por diversas gerações de mulheres e homens que, em alguns casos, sacrificaram a própria vida.

Nos governos do PT, de Lula a Dilma, o Brasil melhorou em várias dimensões.

Mas, as elites não suportaram a construção de um Brasil menos desigual.

Então, veio o golpe em várias etapas: o impeachment de Dilma Roussef, a Lava Jato, a condenação sem provas e prisão de Lula…

Mesmo assim, apesar de todo o retrocesso, o PT ressurge com Lula à frente de todas as pesquisas para a Presidência da República em 2022.

O PT é grande!

Imagem destacada / Ricardo Stuckert

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Joãozinho Ribeiro lança EP “Apesar dos coronas contrários”

Produção carnavalesca reúne cinco composições inéditas e traz participações especiais de Zeca Baleiro, Ronald Pinheiro, Flávia Bittencourt, Marconi Rezende e Allysson Ribeiro

Por Paula Brito e Zema Ribeiro

Em tempos difíceis para a população brasileira, tanto pelo momento político que o país atravessa, quanto pela pandemia que sua população enfrenta, nada melhor do que espalhar amor e alegria para as pessoas através da música.

Pensando nisso, o poeta e compositor maranhense Joãozinho Ribeiro lança, no próximo sábado (12) a partir da meia noite, em todas as plataformas digitais, o seu mais novo EP, intitulado “Apesar dos coronas contrários”. O EP de carnaval traz cinco canções inéditas, sendo três frevos e dois sambas encharcados de maranhensidade.

“Coronas contrários”, um frevo criado em parceria com o cantor e compositor Zeca Baleiro, que também a interpreta, e é o carro-chefe da coletânea. O EP traz ainda “Memórias de Moraes”, composta em 2020, em parceria com o cantor, compositor e instrumentista Ronald Pinheiro, uma merecida homenagem ao falecido artista baiano Moraes Moreira, interpretada pelos dois autores. Nesta faixa, Ronald Pinheiro empresta o solo da sua criativa guitarra baiana ao saboroso gênero. “Azar do arlequim”, um frevo-canção, de autoria de Joãozinho Ribeiro, interpretado pelas belas vozes dos cantores e compositores Flávia Bittencourt e Marconi Rezende, é outra faixa do trabalho. Os sambas autorais “Valeu, Cacá!” e “Vou engomar” completam a lista sob a forma de pot-pourri, cantados, respectivamente, por Joãozinho Ribeiro e pelo cantor e compositor Allysson Ribeiro.

O maestro Rui Mário assina a direção musical e arranjos, e também participa com a sua sanfona e teclados em algumas faixas, assistido de perto pelo talentoso e respeitado músico Arlindo Pipiu (baixo, violões de seis e sete cordas e guitarra). O time de músicos se completa com Luiz Cláudio (percussão), Danilo Santos (saxofone e flauta), Hugo Carafunim (trompete e flugelhorn) e Jovan Lopes (trombone). Daniel Miranda (trombone) participa de “Azar do arlequim”. Robertinho Chinês entra em cena com o seu inconfundível cavaquinho no pot-pourri de sambas, adicionando um molho todo especial à batucada tipicamente maranhense.

Os vocais ficam por conta das cantoras Kátia Espíndola e Mariana Rosa, que participam de todas as faixas. Jaílton Sodré comanda, com apurada técnica, a mixagem e a masterização do EP, gravado no Estúdio Zabumba Records. A produção executiva e coordenação geral do projeto ficam a cargo do próprio Joãozinho Ribeiro.

Um dos parceiros e incentivadores de Joãozinho Ribeiro nesta empreitada é o cantor e compositor maranhense Zeca Baleiro. Ele resume esse trabalho como um ato de resistência: “Joãozinho Ribeiro já era “resistência” antes mesmo do termo virar lugar-comum em tempos de redes sociais e de ameaças neofacistas. Sempre resistiu. À imobilidade, à falta de ação política, à omissão na luta pela afirmação da cultura e até ao próprio cansaço – sim, porque a luta cansa até os guerreiros mais fervorosos. Neste momento político pavoroso, Joãozinho quer resistir cantando, provocando e espalhando ventos humanistas por este velho mundo. Por isso (e para isso), gestou este EP de carnaval, “Apesar dos coronas contrários”, com três frevos e um medley de dois sambas, da safra recente do compositor, ora sozinho, ora em parceria. O EP reúne vários parceiros – músicos, intérpretes e compositores – e é uma conclamação amorosa e divertida à dança e à festa. Por que a vida é essencial, especialmente em tempos de trevas”, afirma.

Serviço

O quê: Lançamento do EP carnavalesco “Apesar dos coronas contrários”

Quem: Joãozinho Ribeiro, com participações especiais de Zeca Baleiro, Ronald Pinheiro, Flávia Bittencourt, Marconi Rezende e Allysson Ribeiro

Onde: em todas as plataformas digitais

Quando: sábado (12), à meia-noite

Quanto: grátis

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Projeto educacional forma equipe para atuar na biblioteca Luiz Phelipe Andrès

O projeto “Cidadania e Leitura” entregará mais um novo espaço na área Itaqui-Bacanga. Desta vez, é a Vila Ariri que ganhará a Biblioteca Comunitária Luiz Phelipe Andrès, com toda infraestrutura e rico acervo. O projeto está na etapa de capacitação da equipe, com realização de palestra, minicurso e oficina para formação dos que trabalharão com os leitores na comunidade.

“É uma etapa de capacitação da equipe e também de sensibilização da comunidade para a importância da Biblioteca Luiz Phelipe Andrès como instrumento de fortalecimento da Vila Ariri”, ressalta Rosa Maria Ferreira Lima, que coordena o projeto.

A próxima oficina ocorrerá nos dias 19 e 20 de fevereiro, enfocará a “Promoção da leitura” e será conduzida pela professora doutora Leoneide Maria Brito Martins (UFMA). No roteiro, as práticas de incentivo à leitura, dirigida aos mediadores da comunidade, professores, pais e demais interessados.

Já o minicurso será no período de 25 e 26 de fevereiro e tratará temas relacionados à organização técnica, informatização do acervo e ações de dinamização da biblioteca. Será ministrado pela professora doutora Rosário Almeida.

Cidadania

A primeira palestra, realizada no dia 29 de janeiro, enfocou “A importância da leitura e da biblioteca no exercício da cidadania” e também foi ministrada pela professora doutora Leoneide Maria Brito Martins.

Antes da palestra, houve a apresentação da iniciativa à comunidade, feita pela bibliotecária e coordenadora do projeto, Rosa Maria Ferreira Lima. 

O projeto é realizado pela Sociedade de Amigos das Bibliotecas do Maranhão (SAB), com apoio da Lei Rouanet e patrocínio do Instituto Cultural Vale. Tem parceria da Associação Comunitária do Itaqui-Bacanga (ACIB), responsável por selecionar a equipe que trabalhará na biblioteca e pela mobilização da comunidade quanto à necessidade de utilização do espaço por leitores de todas as idades.

Homenagem O nome foi escolhido pela comunidade e é uma homenagem ao reconhecido e grandioso engenheiro Luiz Phelipe Andrès, que dirigia o Estaleiro Escola no mesmo bairro da Vila Ariri e faleceu recentemente. Ele também estava apoiando o projeto para que o mobiliário das novas bibliotecas fosse confeccionado pelo Estaleiro Escola.

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Movimento “Cadê o Circo?” terá audiência com a Prefeitura de São Luís

Após o crescimento da mobilização nas redes sociais e em algumas atividades presenciais, respeitando as normas sanitárias, o movimento Cadê o Circo? será recebido em audiência pela Prefeitura de São Luís nesta quarta-feira (9).

O pedido de reunião com o prefeito Eduardo Braide (Podemos) foi protocolado na sexta-feira (4) pelo coletivo de artistas, produtores culturais, profissionais de comunicação, advogados e apoiadores da reivindicação pelo retorno do Centro Cultural Nelson Brito (antigo Circo da Cidade).

Em resposta ao “Cadê o Circo?”, o prefeito solicitou ao secretário de cultura, Marcos Duailibe, que convidasse o movimento para uma reunião quarta-feira (9 de fevereiro), às 15h, na Secretaria Municipal de Cultura. 

O movimento “Cadê o Circo” informou que vai comparecer à reunião para dialogar com o poder público sobre o retorno deste espaço de suma importância para a cena cultural independente e que faz parte da memória afetiva dos maranhenses.

Sem Circo nem VLT

Na eleição de 2020, o então candidato a prefeito Eduardo Braide prometeu retomar o projeto do espaço cultural que foi desativado em 2012, na gestão do então prefeito João Castelo, a pretexto de implantar o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que não foi concretizado.

O movimento Cadê o Circo? foi criado em janeiro de 2022 para cobrar das autoridades públicas a reconstrução do circo, desativado há dez anos, mas que abrigou shows e espetáculos não só de artistas do cenário nacional, como também produções independentes e projetos de arte-educação a exemplo do Circo-Escola.

Para os membros do Cadê o Circo?, o espaço era um território democrático que fomentou a produção cultural, valorizou os artistas locais, formou platéia e estimulou a produção cultural independente e, por todos esses motivos, precisa voltar a produzir cultura, gerando emprego e renda na capital maranhense.

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STF, anule a farsa!

Por Jeferson Miola

Não é preciso ser exímio constitucionalista ou notório especialista em Direito para saber que “perda de sustentação política” jamais poderia fundamentar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, eleita em outubro de 2014 com 54.501.118 votos. 

Qualquer pessoa com a menor capacidade de discernimento e que leia e releia cada um dos 250 artigos da Constituição da República e cada um dos 82 artigos da Lei 1079 de 1950 – que define os crimes de responsabilidade –, não encontrará a “perda de sustentação política” como um dos fundamentos constitucionais e legais para a promoção do impeachment. 

Quando o ministro da Suprema Corte Luis Roberto Barroso confessa que “o motivo real” para o impeachment da presidenta Dilma foi “a perda de sustentação política” e não “a justificativa formal das denominadas ‘pedaladas fiscais’”, ele reconhece a ocorrência de uma fraude jurídica. 

Aliás, segundo a Lei e a Constituição, nem mesmo as chamadas “pedaladas fiscais” podem fundamentar qualquer impeachment. As tais “pedaladas fiscais” foram um “invento criativo” do ministro do TCU Augusto Nardes/ex-PP, criado sob medida para o pedido de impeachment que o PSDB comprou por 45 mil reais de Janaína Paschoal, Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior. 

Barroso assumiu que o STF teve papel central na farsa engendrada pelas oligarquias para golpear a soberania popular e colocar em marcha “a ponte para o futuro” ultraliberal, trágico, fascista e genocida. 

Com sua confissão, Barroso atestou que o golpe foi com “o Supremo, com tudo”, como disse Romero Jucá, o comparsa dos conspiradores Temer, Cunha, Villas Bôas, Etchegoyen, Aloysio Nunes, Aécio e de toda a malta que lançou o país no precipício. 

Barroso se enreda ainda mais ao dizer que o usurpador Temer, “abalado por sucessivas acusações de corrupção” – e, por isso mesmo, passível de impeachment –, foi protegido pela Câmara dos Deputados, que “em duas oportunidades impediu a instauração de ações penais” contra ele. Ou seja, Temer tinha “sustentação política”, conclui Barroso. 

Em outra circunstância, o próprio Barroso já tinha admitido que Dilma foi golpeada do poder “não por crimes de responsabilidade ou corrupção; mas, sim, foi afastada por perda de sustentação política”. 

Diante da confissão do ministro Barroso, a Suprema Corte não tem outra saída que não a de anular o impeachment farsesco e fraudulento da presidenta Dilma. 

O reconhecimento desta violência política e jurídica de parte do STF não teria, assim mesmo, o condão de reparar os irreparáveis prejuízos causados ao povo brasileiro e à economia nacional desde o golpe. 

Mas é um gesto essencial para o encontro da nação brasileira e do povo com o direito à verdade e à memória. Para que ninguém se esqueça e para que nunca mais aconteça. 

Por isso, é preciso bradar: STF, anula a farsa!

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Laborarte completa 50 anos de resistência cultural

Uma das maiores referências em produção e difusão cultural do Maranhão, o Laboratório de Expressões Artísticas (Laborarte) chega aos 50 anos com a marca da resistência política e cultural.

O coletivo de artistas surgiu em outubro de 1972, congregando teatro, música, dança, literatura, artes plásticas e os diversos folguedos marcantes no Carnaval e no São João.

Ao longo de cinco décadas, o Laborarte vem se constituindo na partilha de conhecimento entre gerações de artistas, ativistas, pesquisadores e fazedores de cultura, revelando talentos em várias dimensões estéticas.

Devido às limitações impostas pela crise sanitária, as atividades presenciais serão limitadas.

Aguarde a programação em breve aqui no Blog do Ed Wilson.

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Procon notifica Azul sobre cancelamento de voos diretos entre São Luís e Imperatriz

O Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor do Maranhão (Procon/MA) notificou, nessa quarta-feira (2), a companhia Azul Linhas Aéreas. A empresa deverá prestar esclarecimentos sobre o cancelamento de voos diretos entre São Luís e Imperatriz, sem aviso prévio aos consumidores, e apresentar providências tomadas para amparar clientes prejudicados. 

“Recebemos diversas denúncias sobre a ocorrência do cancelamento desses voos sem que houvesse qualquer aviso e comunicação prévia aos passageiros, prática que é expressamente vedada pelo Código de Defesa do Consumidor”, informou a presidente do Procon/MA, Karen Barros. 

Com a notificação, a companhia tem até cinco dias para apresentar os motivos do cancelamento e as medidas adotadas com relação aos consumidores. 

Direitos

Além de ferir direitos básicos à informação sobre produtos e serviços garantidos pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), em seu artigo 6º, III, a conduta, que agora é alvo de um processo administrativo instaurado pelo Procon, também configura uma falha na prestação de serviços, o que enseja a responsabilização da companhia conforme as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).   

“A companhia tem obrigação de expor os motivos de tal cancelamento, além de ressarcir eventuais prejuízos causados ao consumidor, garantir realocação em outros voos, e outras medidas, de acordo com a Resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)”, completou Karen.

Consumidores prejudicados pelos cancelamentos podem formalizar suas denúncias ao órgão por meio do site ([url=http://www.procon.ma.gov.br]http://www.procon.ma.gov.br[/url]), aplicativo VIVA PROCON ou presencialmente, em uma das unidades do instituto, mediante agendamento prévio.

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Artistas e produtores culturais lançam carta reivindicando a volta do Circo da Cidade

Mobilização iniciada nas redes sociais cresce com a adesão de vários apoiadores, cobrando um conjunto de medidas para a retomada de um dos espaços mais importantes para a difusão cultural e formação de plateia em São Luís – o Circo da Cidade.

Para entender o contexto da causa, acesse aqui

Leia abaixo o documento dirigido ao prefeito e vereadores

CARTA ABERTA À PREFEITURA MUNICIPAL E À CÂMARA DE VEREADORES DE SÃO LUÍS

“Faz escuro, mas eu canto!” Thiago de Mello

Respeitável Público!

Nós, do Movimento “Cadê o Circo?”, representados por artistas, produtores culturais e entusiastas, manifestamos nossa profunda insatisfação e indignação pela ausência de informação sobre o retorno do Centro Cultural Nelson Brito, antigo Circo da Cidade, local de iniciativas culturais que propiciava à sociedade alegria e reflexão criativa, promovendo e difundindo o direito de participação e acesso à Cultura através de manifestações artísticas.

O Circo da Cidade contribuiu para o desenvolvimento das cadeias produtivas da economia cultural. Os projetos desenvolvidos, por meio de coletivos artísticos, companhias, geraram renda e empregos diretos e indiretos para a classe artística do Maranhão, principalmente para produções independentes.

Em sua estrutura abrigava o projeto educacional Circo-Escola, direcionado às crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, cumprindo seu papel social de forma efetiva por mais de uma década, garantindo a continuidade da herança cultural circense.

Em razão de um absurdo projeto político e eleitoreiro, o Veículo Leve sobre os Trilhos (VLT), que sequer saiu do papel e que até hoje causa ônus aos cofres públicos, o Circo da Cidade teve suas lonas desarmadas do Aterro do Bacanga, em 2012. Um desrespeito à classe artística e à população da cidade, que nunca foram consultadas. Mesmo com o projeto de remanejamento do Circo da Cidade para um novo endereço que continua engavetado na Secretaria de Cultura do Município de São Luís-MA.

O país atravessa um período delicado na conjuntura econômica e social em virtude da pandemia e da crise política. É preciso valorizar, incentivar, proteger e acolher todos os setores, inclusive, o cultural, extremamente prejudicado, principalmente, neste período pandêmico, que deve ser fortalecido com políticas públicas. Por isso, estamos nos mobilizando pela construção de um espaço de diálogo democrático e participativo com as autoridades responsáveis, em prol da reconstrução, preservação e fortalecimento material e imaterial da cultura circense e artística, com o retorno do Circo da Cidade.

Convidamos artistas, produtores culturais, coletivos, estudantes, professores, profissionais liberais, gestores, cidadãos em geral, para refletirmos e questionarmos “Cadê o Circo?”.

Os nossos objetivos são:

1. Traçar um planejamento com transparência de financiamento e cronograma de construção democrática e participativa para a reabertura do Circo da Cidade, ainda neste ano de 2022;

2. Dialogar e reunir com os representantes das instituições responsáveis para que apresentem caminhos assertivos para o retorno do Circo da Cidade;

3. Garantir a montagem do Circo da Cidade em espaço democrático, acessível e seguro para que possam se beneficiar da cultura circense e artística;

4. Garantir o caráter público, democrático, com gestão participativa e de qualidade do Circo da Cidade, evitando qualquer contrato com setor privado para a governança das suas atividades;

5. Garantir programas de fomento ao funcionamento, produção, formação e à pesquisa artística;

6. Apresentar plano e protocolo de cuidado em saúde no contexto da pandemia global do novo coronavírus, que garanta a continuidade das atividades do Circo da Cidade.

Temos certeza, que diante dessa manifestação pública, as autoridades responsáveis tomarão providências urgentes para, enfim, sanar esse prejuízo à arte e cultura que vem se arrastando por dez anos, prejudicando a classe artística, cultural, comunidade e toda cadeia produtiva que as envolve. Em breve, convidaremos todas as pessoas para uma audiência popular sobre o Circo da Cidade que queremos!

São Luís, 31 de janeiro de 2022.

Movimento Cadê o Circo?

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Desistência de Weverton Rocha seria erro estratégico

Ninguém no mundo da política chegou a cogitar a hipótese de o senador Weverton Rocha (PDT) abrir mão da sua candidatura para aderir a Carlos Brandão (PSDB, de mudança para o PSB), nome escolhido pelo governador Flávio Dino (PSB).

O senador pedetista sabe que, se adiar o seu ingresso na corrida ao Palácio dos Leões, pode correr o risco de perder o seu lugar na fila.

Entrar na fila, em outras palavras, poderia ser associado aos conceitos de virtù e fortuna, de Maquiavel, ancorados na capacidade do líder de enxergar as possibilidades, mensurar as imprevisibilidades e, no contexto das circunstâncias, formular uma estratégia eficaz.

Weverton Rocha avista o horizonte e deseja o Palácio dos Leões, mas, de olho no retrovisor, observa outros atores políticos que pretendem ocupar o mesmo lugar, a exemplo do prefeito de São Luís, Eduardo Braide, que silenciosamente administra a capital visualizando o futuro – ser o governador do Maranhão.

Se não se posicionar agora, o pedetista pode ser atropelado pelos seus concorrentes atuais e vindouros.

Não se trata de uma sabedoria política exclusiva de Weverton Rocha. Ele está apenas seguindo o rito e os exemplos dos outros animais políticos.

Luis Inácio Lula da Silva perdeu três eleições consecutivas (1989, 1994 e 1998), mas ele sabia que no horizonte estava em curso o processo de acumulação de forças para dar o salto estratégico, ganhando em 2002 a Presidência da República.

Jackson Lago teve três mandatos de prefeito de São Luís, disputou o governo em 2002 e ganhou em 2006.

Vejamos o caso de Flávio Dino. Ele pleiteou a prefeitura da capital em 2008 (perdeu para João Castelo), concorreu ao governo em 2010 (perdeu para Roseana Sarney) e ganhou em 2014, reelegendo-se em 2018.

Detalhe: Flávio Dino tinha plenas condições de ser um candidato competitivo à Prefeitura de São Luís em 2012, mas abriu mão da disputa, apoiou um consórcio de candidaturas que resultou na eleição de Edivaldo Holanda Junior e seguiu direto para conquistar o governo em 2014.

Percebendo a virtù e a fortuna maquiavélicas, Flavio Dino à época optou pelo “atalho” – seguir direto para o Palácio dos Leões, sem necessariamente governar a capital.

Em 2022, o candidato do PDT sabe que pode perder a eleição porque tem ciência da força do governo, mas ele também tem pleno conhecimento de que, perdendo, se posiciona para 2026, quando encerrará seu mandato de senador.

No intervalo de 2022 a 2026 ele terá quatro anos para dialogar ou fazer oposição ao eventual governador Carlos Brandão.

Afinal, em tempos de paz é que se constrói a guerra.

Portanto, não tem qualquer cabimento nem correspondência com os fatos o discurso de que o senador traiu o governador. O próprio Flavio Dino desautorizou os seus bajuladores que tentam forçar a barra com uma retórica oca de deslealdade atribuída a Weverton Rocha.

Ninguém traiu ninguém. Trata-se apenas do jogo jogado e pronto.

Em síntese, o raciocínio do animal político Weverton Rocha é curto e grosso. Ele quer entrar na fila para perder ou ganhar, sabendo que, nesse momento, com mais quatro anos de mandato no Senado, não tem muita coisa a perder.