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Bezerra faminto: velha direita sugou Dilma e Bolsonaro. Voltará com Lula?

As articulações para a disputa eleitoral de 2022 servem para recordar personagens típicos do pragmatismo ainda pulsantes no cenário político.

Fernando Bezerra Coelho (MDB) é um deles e demonstra como a direita versátil navega em campos opostos com muita facilidade.

Deputado de vários mandatos, transitando entre a Arena e o PSB, figura carimbada em Pernambuco e Brasília, ele foi ministro da Integração Nacional no governo Dilma Roussef, de 2011 a 2013. Turbinado pelas obras de transposição do rio São Francisco, elegeu-se senador em 2014.

Mas, em 2016 ele votou a favor do impeachment de Dilma Roussef, de quem recebera o ministério.

No curso do golpe o senador radicalizou a mudança de lado, tornando-se líder do governo Jair Bolsonaro de 2019 até 2021, quando abandonou o cargo depois de ter se sentido “traído” pela família do presidente na indicação a ministro do TCU (Tribunal de Contas da União).

Mesmo após entregar a liderança de Jair Bolsonaro, Fernando Bezerra Coelho segue defendendo as teses governistas.

Mas, se Lula voltar ao poder em 2023, Bezerra será aquinhoado com novos cargos?

Imagem destacada / Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), agora ex-líder do governo Bolsonaro — Foto Leopoldo Silva / Agência Senado

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A greve dos rodoviários e a luta de classes em São Luís

As relações entre patrões e empregados seguem o antigo rito da exploração da força de trabalho para assegurar os lucros e a vida nababesca dos donos das empresas.

Motoristas e cobradores de ônibus são o exemplo real do trabalho precarizado, mal pago e superexplorado pela ganância do capital, associada à proteção do Estado.

De um lado, os patrões querem o aumento do preço das passagens, a demissão de todos os cobradores e as facilidades ao auxílio da Prefeitura de São Luís para “socorrer” as suas empresas. A iniciativa privada adora o dinheiro público para bancar as suas benesses.

Do outro, os trabalhadores extenuados em jornadas agravadas pelo trânsito caótico, muitos deles pilotando ônibus velhos que circulam em uma cidade onde operação tapa buracos ainda ganha eleição(!).

E quando há conflito, eis que a mão forte do Estado, através da Justiça do Trabalho, manda prender os dirigentes do Sindicato dos Rodoviários, sob o argumento de que descumpriram decisão judicial.

Esta greve de 2022 e a ordem de prisão dos líderes constituem um divisor de águas no sistema de transporte de São Luís.

Não se acaba um conflito mandando encarcerar sindicalistas. A tensão vai continuar porque as raízes mais profundas do problema ainda não vieram à tona.

Na Câmara dos Vereadores caminha a CPI do Transporte.

Se o Ministério Público e a Justiça ficarem atentos e forem provocados, terão muito que apurar e julgar.

A CPI vem revelando fatos novos, alguns estarrecedores, envolvendo a má gestão do sistema.

O Judiciário ágil e rigoroso para mandar prender os dirigentes sindicais precisa se movimentar para investigar ou provocar as demais instituições e passar um pente fino na licitação do sistema de transporte realizada durante a gestão do prefeito Edivaldo Holanda Junior, em 2016.

A licitação é um dos maiores estelionatos eleitorais de São Luís, executada sob pesadas suspeitas de corrupção, na época incensando a candidatura à reeleição do prefeito que obteve o segundo mandato.

Ninguém vai esquecer a propaganda eleitoral de 2016 que anunciava a licitação, a modernização do sistema de transporte e os ônibus novos equipados com ar condicionado. O sistema de Justiça precisa ser lembrado desses fatos, sempre!

Parte do caos vivenciado em 2022 é fruto daquela licitação que prometeu “modernizar o sistema de transporte” e foi até celebrada pelo pai do prefeito, o então deputado estadual Edivaldo Holanda.

Licitação polêmica foi comemorada pelo deputado-pai do prefeito de São Luís

A cidade precisa saber como a licitação que prometeu “modernizar” o sistema de transporte provocou o caos.

Os moradores de São Luís querem ver as providências que serão tomadas pelo sistema de justiça a partir das revelações feitas pela CPI do Transporte.

Quando os tubarões da licitação serão investigados? Vamos vigiar e cobrar, sempre!

Até agora, os motoristas e a população foram os mais penalizados pelo trabalho precário e as péssimas condições do transporte coletivo.

Os cobradores estão em situação ainda mais tensa, ameaçados de demissão no meio de uma grave crise econômica.

A greve pode até acabar, mas o problema vai continuar e os outros potenciais responsáveis pelo caos no sistema de transporte precisam ser investigados.

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Novo videoclipe de Gugs tem balanço em clima tropical

O rapper e produtor musical maranhense Gugs lançou o videoclipe do single ‘Balança’, que faz parte de seu novo EP “Clima Tropical”.

O videoclipe foi filmado em janeiro de 2022 em uma atmosfera muito descontraída e que retrata a história de um casal que sofre com a distância, mas que quando estão juntos a diversão e a intensidade estão garantidas. São Luís foi o cenário escolhido para contar a história de “Balança”. 

A composição da música conta com as participações de Adnon Soares e Breno Santos do grupo Criola Beat e de Brunoso, que também assina a produção musical. A guitarra é por conta de Hugo César e o teclado por Adnon. A direção e o roteiro de “Balança” são do próprio Gugs. A produção executiva é da Xila Rewinds e Muxima Produções. Direção de produção é assinada por Juliana Hadad e a arte por Josué Redentor. A direção de fotografia é de Gabriel Rabello.

O videoclipe de “Balança” também conta com as participações especiais dos dançarinos Andressa Brandão e Yuri Pinheiro que quebraram muito nas filmagens e vão fazer o público balançar. 

Faz um tempão que planejo gravar esse videoclipe e aguardei o momento certo. A cena do COVID-19 e suas variantes me fez ter muito cuidado na reunião das pessoas, todos os participantes e integrantes da equipe estavam com as duas doses da vacina e todos os cuidados sanitários foram tomados. Espero que as pessoas gostem. É o primeiro trabalho de 2022 e estou muito ansioso para os próximos singles do álbum “Clima Tropical”, declarou Gugs.

O videoclipe  e o single de “Balança” estarão disponíveis no canal do artista no YouTube, e nas principais plataformas digitais: Spotify, Apple Music, Deezer e Tidal, a partir de quinta-feira (17/02). Pré save disponível. 

YouTube:https://www.youtube.com/channel/UC-bpMMHyYASAl9qXjw7Y33g

Pre Save: https://onerpm.link/295503826352

Fotos: Gabriel Rabello

Acompanhe Gugs nas redes

Instagram e Twitter: @hugogugs

Contato Ascom (98) 98807-7788 – Juliana Hadad

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Empório Jardinagem terá nova edição no Cohatrac IV

O comitê gestor da praça das Árvores, no Cohatrac IV, em São Luis, realizará na manhã de sábado (19 fev), das 8h às 13h, o evento Empório Jardinagem que pretende reunir empreendedores, jardineiros e demais pessoas que de forma direta ou indireta trabalham nesta importante atividade seja como geração de renda, como atividade recreativa ou produção de insumos e demais materiais destinados à jardinagem.

O projeto Empório Jardinagem é uma iniciativa sociocultural e ambiental que objetiva proporcionar espaço e momento qualificado para diversas trocas de experiências visando o fortalecimento das atividades coletivas realizadas na praça, dentre essas a Jardinagem pedagógica. 

O comitê Gestor da Praça das Árvores, a partir dos resultados positivos do Empório Social realizados anualmente, deliberou fazer eventos temáticos bimestrais, objetivando público-alvo específico, favorecendo o empreendedorismo e oportunizando espaços qualificados para articulação.

O projeto reforça a missão do comitê que é propiciar ocupação do espaço público com atividades de qualidade de vida, provocando o envolvimento, o cuidado e uma nova postura perante a natureza.

Propiciar a construção de um espaço de conhecimento, experiências e capacitação na área do cuidado e conservação ambiental está colocado como objetivo principal, tendo com objetivos complementares estimular a formação coletiva de cultura ambiental; trabalhar a ecocidadania; e fomentar as práticas da jardinagem.

Na programação consta exposição de plantas ornamentais, medicinais e frutíferas; oficinas de preparo de mudas e produtos medicinais caseiros; venda de artesanato; venda de produtos agroecológicos; e palestras. Também ao final do evento será vendida uma feijoada especialmente preparada para o momento.

A praça das Árvores vem destacando-se como espaço público singular, onde a comunidade exerce o voluntariado, experienciando várias ações carregadas de cooperação, construção de envolvimento e pertencimento, resultando no cuidado e usufruto consciente que reflete diretamente na qualidade de vida de seus frequentadores e moradores do entorno.

Camilo Rocha Filho
Coordenador do Comitê Gestor da praça das Árvores
E-mail comitepracadasarvores@gmil.com

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Maranhão 2022: pesquisas, torcidas e indefinição

As sondagens pré-eleitorais são importantes instrumentos de mensuração do movimento de opinião acerca das candidaturas.

Feitas por institutos confiáveis, servem para monitorar a disputa e montar as estratégias dos contendores.

No cenário nacional, as sucessivas pesquisas apontam uma polaridade entre o campo democrático-popular representado por Lula (PT) e a extrema direita arrastada no laço por Jair Bolsonaro (PL).

Já no Maranhão, diversos institutos vêm divulgando levantamentos em circunstâncias diferentes do cenário nacional, onde a polaridade está nítida.

Aqui, o grande bloco de apoio ao governador Flávio Dino (PSB) dividiu-se em duas candidaturas muito parecidas, ambas aglutinadoras do campo conservador.

Embora configurem aparentemente um racha, os dois nomes nasceram do mesmo útero político pela inseminação artificial do Palácio dos Leões: Carlos Brandão (PSDB, a caminho do PSB), candidato do governador Flávio Dino (PSB); e Weverton Rocha (PDT), suposta dissidência governamental.

Na terra onde o padre Antônio Vieira pregou, há pesquisas para todos os gostos, clientes/contratantes e torcedores.

Ocorre que, diferente do cenário nacional, a disputa no Maranhão ainda está muito indefinida, dependendo de tantas variáveis que é impossível, nesse momento, apontar uma tendência em vias de consolidação.

Eis algumas variáveis que tornam o quadro local incerto:

– a federação não é fato consumado entre PT, PSB, PCdoB e outras legendas;

– o apoio oficial de Lula a Carlos Brandão ou Weverton Rocha está longe de uma definição;

– a máquina do Palácio dos Leões ainda não entrou em campo para valer e isso só vai ocorrer quando Carlos Brandão assumir a chave do cofre, em 1º de abril;

– ainda há margem para uma terceira via local, que pode até ser uma candidatura da extrema-direita;

– o eleitorado ainda não está suficientemente esclarecido sobre as candidaturas, apenas motivado pelas pesquisas;

Portanto, são precoces as análises no calor da hora presente.

Reitero a importância das pesquisas, mas é cedo para sentir uma tendência predominante.

O que há, no momento, é torcida de todos os lados, cada qual incensando os seus nomes e destronando os adversários, algo típico das paixões.

No mais, está tudo indefinido.

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Liberdade de expressão e manifestação do pensamento não é autorização para falar qualquer coisa

A legalização de um partido nazista no Brasil, defendida pelo podcaster Monark, reacendeu o debate sobre liberdade de expressão e manifestação do pensamento.

Monark foi demitido da plataforma onde trabalhava e sua atitude foi rechaçada nas redes sociais.

O episódio foi pedagógico e serve de alerta para eventuais posturas de comunicadores que ocupam espaços privilegiados no que se convencionou chamar “mídia”.

Sua atitude – a defesa da legalização de um partido nazista – ocorreu no contexto da onda conservadora fomentada pela ultradireita que já vem disseminando ódio e intolerância contra negros, mulheres, comunidade GLBTTQUIA+, ambientalistas, quilombolas e tantas outras formas de sociabilidade.

Se o ódio e a intolerância já estão disseminados, imagine isso fomentado por um partido?! Nazismo é um regime totalitário que matou 6 milhões de judeus. Estimular a legalização de uma legenda com essa natureza é uma fala no mínimo irresponsável.

A demissão de Monark foi uma atitude correta e vai servir de exemplo e referência para outros comunicadores sem formação profissional que se destacam nas redes digitais.

Ficam, portanto, as lições:

Liberdade não é autorização para difundir política de ódio, caluniar, difamar ou injuriar.

Liberdade só faz sentido com responsabilidade sobre o que falamos ou escrevemos nos meios de comunicação.

Comunicadores são educadores também e precisamos ter responsabilidade sobre o conteúdo.

Monark está em suspensão. Que o mau exemplo dele sirva de alerta para evitar outros equívocos.

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E o poeta, quem é?

Eloy Melonio é professor, escritor, poeta e compositor

Certamente não é “ladrão de mulher”, como diziam as pessoas ao se referir ao palhaço do circo. E também não é o que muita gente diz ou pensa que ele é.

Leio e ouço com frequência que, na tentativa de definir o “poeta”, algumas pessoas se referem a esse artista como um ser diferenciado, com uma aura de supremacia moral e intelectual. E beneficiário de dons da tão celebrada “inspiração”. Tentam defini-lo como se todos fossem “um”, e um fosse “todos”.

Demorei algum tempo para me aceitar e me proclamar poeta. Talvez por causa dessas caracterizações superficiais. Estou mais para o tipo definido por Cassiano Ricardo (1894-1974): “O poeta é um homem que trabalha o poema com o suor do seu rosto. Um homem que tem fome como qualquer outro homem”.

No meu caso: que atrasa seus pagamentos, que se esquece de seus compromissos. Que diz palavrão, bebe cerveja! E não duvide se também não estou na mesma vibe de Cássia Eller, na canção “Malandragem” (1994): Eu troco cheque. Mas, hoje, com o velho cheque aposentado, a cantora e compositora carioca, falecida em 2001, certamente pegaria dinheiro emprestado, via PIX.

Apesar de comum entre os poetas (e não-poetas), nunca gostei de ser tratado por “poeta”. Não reclamo, mas não me sinto bem. Prefiro atender pelo meu nome próprio.

Em relação à poesia (e ao poeta), parece-me razoável a visão de Cecília Meireles (“nem alegre nem triste”); ou a de Ferreira Gullar (“nem fede nem cheira”); ou mesmo a consagrada definição de Fernando Pessoa (“um fingidor”).

Nessa perspectiva, vejo o poeta (ou a poetisa) como um artista igual aos outros. Alguém que sabe “trabalhar a palavra”, assim como um escultor esculpe o mármore ou o bronze com destreza. Ou um ator, que “naturalmente imprime sua concepção às expressões humanas”. 

É errado então definir o poeta ou a poesia? Acho que não. Muitos o fazem, não apenas para definir, mas para revelar seu modo particular de vê-los enquanto “artista da palavra”e “gênero textual”. Ferreira Gullar rejeitava qualquer tentativa de definição. Mário Quintana dizia que “a poesia não se entrega a quem a define”. Cassiano Ricardo, já citado neste ensaio, define a poesia da forma mais simplista possível: “uma ilha cercada de palavras por todos os lados”. Isso basta? Para mim, uma definição satisfatória, desde que se tome “ilha” por um sem-número de possibilidades metafóricas.

Quanto à minha visão, tento dar uma contribuição em alguns versos:“O poeta diz o que vê e o que sente/ que pode ser verdade/ ou apenas invenção de sua mente”; “O poeta é um ser/ que não sabe/ se o ser/ excede o parecer”;“Sou dor que finjo não sentir. Sou ideia e fantasia. Sou ninguém e todo mundo. Sou poesia.” (versos do livro Dentro de Mim, p. 62).

Numa crítica sobre o livro “Geometria do Lúdico”, do poeta Weliton Carvalho, o prof. José Neres fala do exagero de algumas pessoas ao se proclamarem poetas: “São poucas, porém, as que conseguem atingir o status de trabalho de boa ou pelo menos razoável qualidade literária”. No mesmo artigo, o professor de literatura, escritor e membro da Academia Maranhense de Letras declara, depois de falar da qualidade dos poemas, que o referido autor “realmente pode ser chamado de poeta” (grifo meu).

Ouço sempre com atenção o recorrente conselho do meu amigo e “mestre”, prof. Fernando Novaes: “A literatura (…) é a arte da palavra escrita esteticamente”. Nesse aspecto, o prof. José Neres está absolutamente certo: nem tudo o que vê por aí é “poesia”, e nem todos os que se intitulam poetas são realmente poetas.

Em “Epigramas de Artur Azevedo” (pág. 31), Dino Cavalcante e José Neres destacam a veia crítica e cômica do teatrólogo maranhense ao se referir à falta de qualidade nos versos de um contemporâneo: “(…) Eu prosa não quero mais/ O verso é mais delicado/ Se não é de pé quebrado/ Como o de Melo Morais”. 

Deixando de lado o humor, um professor de literatura refez o formato de um poema, transformando-o em prosa. E provou que, na verdade, o texto estava mais para prosa do que para poesia. Faltava-lhe “apuro artístico, beleza e harmonia”, a tão exaltada “estética”. Assim, os poemas hoje assumem diferentes formatos, cada um traduzindo o estilo de seu autor, que, por sua vez, assume um determinado estilo de criação. Uns, sozinhos; outros, em grupos fechados; e muitos, perdidos no meio do caminho.

Posso dizer que a poesia navega as águas tranquilas da liberdade criativa. Isso significa que a ideia do “poeticamente correto” foi para o brejo? Ou melhor, o jogo virou uma pelada? Uma resposta difícil. Deixo-a para os especialistas.

Não hesito em fazer minhas as palavras de Carlos Drummond de Andrade: “Entendo que a poesia é negócio de grande responsabilidade, e não considero honesto rotular-se de poeta, quem apenas verseja (…) sem se entregar aos trabalhos cotidianos da técnica, da leitura, da contemplação e mesmo da ação”.

Sem a pretensão de definir, o poeta é um artífice da palavra escrita, empenhado em expressar sua visão do mundo em versos impregnados de sensibilidade, imaginação, fantasia. Ou, numa concepção lexicográfica, “aquele que tem faculdades poéticas e se consagra à poesia”.

Quando comecei a esboçar meus primeiros poemas, hesitava em mostrá-los a outras pessoas. Não tinha convicção de que eram realmente poemas. E só havia uma saída: verificar se estava no caminho certo. A saudosa profa. Elaine Araújo, que prefaciou meu primeiro livro, foi minha tábua de salvação. E, como num passe de mágica, em 2004, sou presenteado com o livro “DRUMMOND, um olhar amoroso”, da profa. Luzia de Maria. Esse livro representou minha “faculdade da poesia”, de onde não pretendo sair. Ou seja, minha fonte real de teoria e inspiração.

Em seguida, corri para o abraço, e penetrei “surdamente no reino das palavras”. E como resultado desse relacionamento: “Dentro de Mim” (2015) e “Travessia” (2021). Hoje, na cabeça e no coração, ideias, projetos, sonhos.

Sinto-me à vontade na minha praia poética. Mas não sou sereia para ficar apenas “sambando na beira do mar”. Quero ir além, “atravessar” as fronteiras da criação com maturidade ecom o passaporte do “esteticamente poético”.

Nessa travessia, minha sugestão a quem pretende escrever poemas: Viver é a arte de poetizar a vida.Sem jamais se esquecer da lição de Machado de Assis: “poetizava por natureza, como as flores dimanam cheiros”.

E aos iniciados, não se deixem confundir com um palhaço.

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Eloy Melonio é professor, escritor, poeta e compositor

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“Magia Negra”: Enme & Bixarte lançam novo videoclipe

Após o sucesso de “Dama da Quebrada”, Enme anuncia “Magia Negra” como single de estreia do seu novo álbum. 

Reunindo o rap e o speed flow das cantoras com a batida pop e percussiva do produtor Noize Men, “Magia Negra” com participação de Bixarte chega as plataformas digitais com o novo álbum de Enme no dia 18 de fevereiro. O videoclipe estreia às 11h no YouTube. 

Enme é natural do Maranhão e Bixarte de João Pessoa-PB. Para dar vida ao projeto, as cantoras gravaram nas ruas do Centro Histórico de São Luís, um videoclipe que remete a sensualidade, sedução e poder. 

“A Magia Negra que a música fala é nosso poder de encantar através das nossas vozes. Eu acho delicioso o poder que a música tem de conquistar as pessoas, de seduzir de fato. Não tem como resistir, só se deixar levar” comenta Enme. 

Bixarte afirma que foi muito significativo gravar a parceria. “É uma aposta muito grande minha também porque é uma música pop mas que ao mesmo tempo fala sobre tudo o que a gente é e representa.” diz a cantora.

A música é o novo single do primeiro álbum da cantora Enme, intitulado “Atabake”, que chega as plataformas a meia noite do dia 18 de fevereiro. O disco é inspirado no bairro da cantora e reúne hip hop, funk, pop e afrobeat.

Serviço:  

O quê: Videoclipe “Magia Negra” de Enme e Bixarte 

Quando: sexta-feira (18 de fevereiro). 

Link (YouTube) Dama da Quebrada:

Fotos: Danrley Igor

 Redes Sociais: @enmepaixao no Instagram, Facebook e Twitter.   Contato para entrevistas: (98) 9-8215-9556 (Walber Sousa – Assessoria).

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Podcast: obra de Josué Montello tem adaptações produzidas por estudantes de Rádio & TV da UFMA

Alunos(as) da disciplina Texto e Roteiro para Mídia Sonora criaram narrativas em audio baseadas no romance “Noite sobre Alcântara”, de Josué Montello. A obra, lançada em 1978, terá nova edição em 2022

Concebidos no gênero educativo-cultural, os podcasts (veja links ao fim da postagem) têm o objetivo de proporcionar aos ouvintes o acesso a alguns trechos, conteúdos e personagens emblemáticas do livro.

O romance memorial e histórico transita entre a opulência e a decadência de Alcântara, manifestada no processo de empobrecimento da aristocracia.

Duas personagens evidenciam o conflito: Natalino, herói militar da Guerra do Paraguai; e Maria Olivia, filha da aristocracia que na juventude estudara na Europa. Ambos retornam a Alcântara e as suas vidas são pontuadas por vários lances ao longo da narrativa.

Na aurora do século XX, a obra é marcada pelos contrastes entre opulência e decadência, republicanos e monarquistas, escravocratas e abolicionistas, sagrado e profano, vida e morte…

Os podcasts foram estruturados com aberturas que situam a audiência no tema abordado, seguidos da leitura de trechos do livro relacionados ao assunto e a análise de especialistas na obra montelliana: o professor doutor do Departamento de Letras da UFMA, Dino Cavalcante; e a bibliotecária gestora da Casa de Cultura Josué Montello, Wanda França de Sousa.

Na fase de planejamento e redação dos roteiros, Wanda Sousa e Dino Cavalcante proferiram palestras alusivas à obra Noite sobre Alcântara e fomentaram junto aos alunos um conhecimento mais detalhado acerca do livro, enfatizando as suas personagens, os cenários, a conjuntura político-econômica da época e a dimensão estética presentes no romance.

A disciplina inteira foi ministrada de forma remota, inclusive a gravação dos podcasts, utilizando a plataforma Zencastr. No uso da plataforma os estudantes foram orientados por Saylon Sousa, radialista, mestrando em Comunicação e sonoplasta do Laboratório de Rádio da UFMA. Os trabalhos foram concluídos em janeiro de 2022.

Ao longo da disciplina, a única atividade presencial foi uma visita à rádio Timbira AM, quando os(as) discentes tiverem o primeiro contato face a face (veja fotos abaixo):

Escadaria de acesso à rádio Timbira AM
Estudantes com gestores e profissionais no estudio da Timbira AM
Visita técnica à rádio Timbira AM

Durante o planejamento, a produção, a redação dos scripts, a gravação e a edição, os(as) estudantes aplicaram as técnicas e o conteúdo teórico sobre a estratégia do roteiro, manejando os elementos da linguagem radiofônica: palavra falada, música, efeitos sonoros e silêncio.

Os podcasts foram elaborados em equipes, mas a turma inteira participou de todas as etapas de planejamento e produção. A coordenação geral da série é do professor Ed Wilson Araújo.

Clique na lista abaixo para ouvir os episódios.

A decadência das fazendas, por Fernanda Daphiny, Marcos Grativol e Mateus de Sousa.

O incêndio no casarão de Davi Cohen, por Ana Rafaele Silva, Sylmara Durans e Jarina Gomes.

Alcântara do passado e o cenário atual, por Joelma Baldez e Cryslane Sousa.

O contexto sócio político de Alcântara, por Victor Sá e Amorim Filho.

A falência do modelo agro-exportador, por Luis Felipe Ribeiro, Raul Pontes e Camila Moura.

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Os calibres da extrema direita

O partido “União”, resultado da fusão entre DEM e PSL, tem o número 44.

A “nova” legenda é um genérico do “Aliança pelo Brasil”, número 38, que seria criado para abrigar Jair Bolsonaro, em 2019, mas não vingou.

Enfim, quem não tem um 38 vai de 44 mesmo.

É tudo bala.