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Rótulo de “golpista” e disputa entre evangélicos prejudicam a candidatura de Eliziane Gama ao Senado

O governador Flávio Dino (PCdoB) soma pelo menos três critérios para escolher a deputada federal Eliziane Gama (PPS), vinculada à Assembleia de Deus (AD), como a segunda candidata ao Senado: partido, gênero e religiosidade.

Pela ordem dos critérios, temos o seguinte: o PPS soma na contagem geral dos partidos da base governista; a presença feminina equilibra e valoriza a chapa; o segmento evangélico sente-se representado na majoritária.

Ocorre que, além do racha nas igrejas (veja detalhes abaixo), a deputada tem rejeição no PT, legenda importante no tempo de propaganda na coligação de Flávio Dino.

Os petistas não cansam de recordar que Eliziane Gama votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff e, antes disso, tentou convocar o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva para depor na CPI da Petrobras.

Para o PT, a parlamentar evangélica cometeu dois pecados imperdoáveis.

Eliziane fez coro com a direita no impeachment. Foto: reprodução

Estes atos são intolerados na base petista, que não admite a escolha da deputada para compor a chapa majoritária liderada pelo PCdoB, partido-irmão do PT e de Lula desde 1989.

Filiado a uma legenda com denominação “comunista”, Flávio Dino (PCdoB) já sente o açoite do conservadorismo, somado à esperteza da oposição sarneísta, que enxerga até nos bons atos do governo alguma perversidade inspirada na foice e no martelo.

Assim, a presença evangélica na chapa acalma parte do eleitorado conservador. Mas, embora o governador tenha anunciado a composição majoritária, os 14 partidos da coligação palaciana ainda vão realizar encontros estaduais para fechar os acordos.

Portanto, não é definitiva a participação de Eliziane Gama como candidata ao Senado.

Questões morais também podem influenciar negativamente a base evangélica.

Este blog não costuma tratar de assuntos da vida privada de nenhum político, a não ser que fatos reservados passem a ter interesse público. É o caso de Eliziane Gama, divorciada e casada novamente, atitude não recomendável na Assembleia de Deus (AD), cuja moral religiosa preconiza a indissolubilidade da família original.

Contradições

A presença feminina da AD na chapa majoritária acolhe uma fatia do eleitorado que tende a rejeitar o governador comunista.

No entanto, nem tudo converge para Eliziane Gama. No campo político-religioso, os assembleianos e as outras denominações não mais constituem o rebanho fiel a uma só candidatura.

Como diz o povo sábio do Maranhão, “em tempo de murici, cada um cuida de si”. O ditado traduz os interesses fragmentados de todos os tipos de denominações e pastores, inclusive aqueles da teologia da prosperidade.

Senador Lobão e o segundo suplente pastor Bel. Foto: reprodução

No geral, as lideranças políticas das igrejas evangélicas são atraídas pela força gravitacional do Palácio dos Leões em todos os governos, agraciados com vantagens e favores, a exemplo dos postos de capelães.

Rebanho dividido

Muitas decisões na AD são tomadas em cúpula, sem ouvir a base, reproduzindo a lógica pragmática da maioria dos partidos políticos.

No emaranhado de interesses e denominações, as igrejas alinham e divergem de acordo com os projetos eleitorais majoritários e proporcionais, sob a liderança dos pastores e das cúpulas que controlam as convenções.

Pastor Pedro Aldi, o homem da Ceadema. Foto: reprodução

O presidente da Ceadema (Convenção Estadual das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus no Maranhão), pastor Pedro Aldi Damasceno, terá uma representante familiar nas eleições 2018. Sua filha, Mical Damasceno, será candidata a deputada estadual em 2018.

Entretanto, no meio ao rebanho há sempre ovelhas desgarradas.

Eliziane Gama não é consenso na AD, onde também milita na política Herber Waldo Silva Costa, o famoso “pastor Bel”, segundo suplente do senador Edison Lobão (PMDB) e alinhado a uma eventual candidatura de Roseana Sarney (PMDB).

Por outro lado, soma na base comunista o pastor Luiz Carlos Porto (PDT), ex-vice-governador de Jackson Lago.

Já a pré-candidatura de Maura Jorge (PSL) ao governo, o palanque do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no Maranhão, estaria apalavrada com o deputado pastor Marco Feliciano (Podemos), manda-chuva na AD Catedral do Avivamento.

Estes são alguns detalhes dos grandes conflitos na AD, uma organização onde perpassam disputas em torno de interesses financeiros, políticos e religiosos, conforme o(a) leitor(a) pode ver abaixo.

Os 3 rachas na Assembleia de Deus

Durante 25 anos, de 1990 a 2015, a CGADB (Convenção Geral da Assembleia de Deus no Brasil) esteve sob a mão de ferro do pastor José Wellington Bezerra e do seu filho José Wellington Costa Junior.

Várias dissidências na CGADB fizeram emergir outros líderes. Em 2010 o pastor Silas Malafaia ascendeu à direção da AD Vitória em Cristo, inconformado com a dominação dos Wellington (pai e filho) sobre o rebanho.

Pastores Samuel Câmara e José Wellington disputam fiéis. Foto: reprodução

Após a morte e Paulo Leivas Macalão, um ícone da AD mãe, localizada em Belém (PA), o bispo Manoel Ferreira assumiu a liderança e começaram as dissidências, surgindo uma nova organização, em 1989 – a Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil — Ministério de Madureira (Conamad).

Essa foi a primeira grande divisão da AD em toda a sua existência. Na Conamad destacou-se o pastor Samuel Ferreira, um dos filhos do bispo Manoel Ferreira, elevado ao cargo de bispo primaz vitalício.

A Conamad flexibilizou as regras rígidas presentes na CGADB, permitindo as mulheres usarem joias e maquiagem, por exemplo.

As eleições para o comando das convenções são altamente disputadas, inclusive com suspeitas de fraude, gerando disputas judiciais intensas.

Após tentar o controle da CGADB, sem sucesso, o pastor Samuel Câmara criou sua própria tendência – a CADB (Convenção da Assembleia de Deus no Brasil), que já  teria alcançado 10 mil pastores filiados, ameaçando o poder da CGADB.

Um dos principais atrativos da CADB é a ordenação de mulheres em todas as funções, provocando uma revolução no rebanho, visto que as servas de Deus podem assumir postos de comando na denominação.

Os sucessivos rachas na esfera nacional das convenções, bem como as mudanças morais e organizativas, têm forte repercussão eleitoral, considerando que a AD é a maior denominação pentecostal do Brasil.

Portanto, não há como diminuir a força dos evangélicos na política. Convidado a pregar na Cruzada Interdenominacional, realizada na praça Maria Aragão, em outubro de 2017, o pastor Geziel Gomes pede a Deus que mova o coração do governador Flávio Dino.

Ouça AQUI

As palavras do pastor fecharam a oração do prefeito Edivaldo Holanda Junior (PDT), pedindo bênçãos a São Luís. A cidade está mesmo precisando.

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Paulinas promove mesa redonda sobre “fake news”

Como parte das celebrações do 52º Dia Mundial das Comunicações Sociais, a Editora Paulinas realiza uma sessão de diálogo com o tema “Notícias falsas e Jornalismo de paz”, inspirado no versículo “A verdade vos tornará livres” (Jo 8,32)

O evento acontece neste sábado (12 de maio), das 10h às 11h50, no auditório Paulinas Livraria, na Rua de Santana, 499, Centro, em São Luís, com acesso gratuito.

A mesa redonda será mediada pelo jornalista, radialista e professor Gilberto Mineiro, com os seguintes debatedores:

Ed Wilson Ferreira Araujo, doutor em   Comunicação (2016) pela PUCRS, mestre em Educação (2004), graduado em Jornalismo (1993) na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). É professor do Departamento de Comunicação – Curso de Rádio e TV, na UFMA. Fundador e atual presidente da Abraço (Associação Brasileira de Rádios Comunitárias) no Maranhão.

Vera Lúcia Rolim Sales, doutora em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2008), professora colaboradora do Programa de pós-Graduação em Cultura e Sociedade. Tem experiência na área de Comunicação, Educomunicação, Comunicação e Cultura de Paz, Comunicação Comunitária, Mobilização Social e Sociologia. Atua como voluntária coordenando o projeto Comunicapaz, que trabalha com jovens na faixa de 14 a 24 anos, no bairro da Vila Embratel.

Robson Júnior, radialista e instrutor de oratória, atualmente produz e apresenta os programas de rádio “Mania matinal” e “Repórter Difusora”.

Padre Ricardo Moreira, comunicador e pároco da paróquia Sagrado Coração de Jesus, do bairro Bequimão.

Ricardo Alvarenga, dutorando e mestre em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo (Umesp). Vice-Coordenador do Grupo de Pesquisa Comunicação e Religião da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom).

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Jovem Pan deprecia as rádios comunitárias, por ignorância ou má fé

A Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço) vem tentando sensibilizar deputados federais e senadores para mudar a legislação que institui o Serviço de Radiodifusão Comunitária (Lei 9.612/98).

Uma das reivindicações da Abraço visa o aumento da potência das emissoras para 300 watts. A Lei 9.612/98 limita a potência a 25 watts e sufoca a abrangência das rádios comunitárias, que também são proibidas de veicular publicidade e formar rede, entre outras restrições.

Esta semana, durante a tramitação do projeto de aumento da potência no Senado, a rádio Jovem Pan cometeu uma deselegância: atribuiu ao pleito da Abraço uma interpretação distorcida e nomeou de maneira depreciativa as rádios comunitárias, denominando-as “piratas”.

Ouça aqui o áudio

Pode ter sido deselegância por falta de conhecimento da legislação, ou má fé mesmo, prática viciosa de alguns comunicadores da Jovem Pan que vêm negativando a emissora.

Há um lastro teórico que classifica e nomeia diversas experiências radiofônicas na América Latina e na Europa.

Se passada em revista a literatura sobre esse tema, encontram-se textos e livros sobre as rádios operárias dos trabalhadores das minas, na Bolívia, nos anos 1950, passando pelas rádios revolucionárias, guerrilheiras, piratas e livres, até chegar nas comunitárias, no Brasil, regulamentadas em 1998, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, na gestão do ministro das Comunicações Sérgio Mota.

Foi por pressão dos movimentos sociais militantes na causa da democratização da comunicação que o governo tucano sancionou a Lei 9.612/98 e o decreto de regulamentação nº 2.615/98, criando o Serviço de Radiodifusão Comunitária.

Alguns jornalistas da Jovem Pan, ao depreciar a lei, agem pautados na arrogância dos barões da mídia, considerando que somente eles têm o direito de ocupar o dial, emitir opiniões e usufruir do latifúndio das comunicações.

A lei e o regulamento da radiodifusão comunitária completaram 20 anos em fevereiro de 2018 sem qualquer alteração. Trata-se de uma legislação restritiva e nociva às rádios comunitárias, porque limita a potência a 25 watts e o sistema irradiante a 30 metros, proíbe a captação de recursos fora da modalidade “apoio cultural” e impede a formação de rede.

Esta legislação foi criada para sufocar as emissoras comunitárias.

Mesmo assim, a Abraço vem tentando alterar a lei, em um legítimo esforço de qualquer grupo de pressão que atua no Congresso Nacional visando atender ao interesse público.

O Brasil é um dos piores exemplos de concentração dos meios de comunicação em mãos de grupos empresariais e políticos, que fazem uso das suas máquinas de jornalismo e propaganda geralmente em proveito próprio, atropelando o interesse público, que deveria ser a finalidade precípua de uma plataforma de informação.

Vale frisar que o controle acionário das concessões de rádio e televisão por detentores de mandatos legislativos ocorre no Brasil em flagrante atropelo da Constituição de 1988.

A elite opiniosa da Jovem Pan, tão ciosa da moral e dos bons costumes, paladina da ética e palmatória do mundo, deveria zelar pela Constituição do país e ficar mais atenta às leis menores.

Afinal de contas, não fica bem para uma emissora tão poderosa, símbolo da elite da avenida Paulista, depreciar os dispositivos da lei tucana que instituiu o Serviço de Radiodifusão Comunitária.

As rádios comunitárias, mesmo com uma legislação restritiva, vêm proporcionando oportunidades a milhões de brasileiros que jamais teriam acesso aos microfones dos barões da mídia.

Nestas pequenas emissoras são revelados talentos musicais de centenas de municípios, cantores e cantoras que jamais seriam tocadas nas chamadas grandes emissoras.

É nas rádios comunitárias que está a informação de interesse local, do povoado, da roça, do bairro, do comércio na cidade pequena, de gente simples e suas múltiplas vozes.

Este Brasil profundo e criativo a Jovem Pan não respeita. E talvez nem conheça.

A verborragia sobre as rádios comunitárias é a mesma que destila ódio contra os pobres que ascenderam no Brasil, os negros, índios, quilombolas e o pensamento crítico em geral.

Quem ouve certos comentaristas da Jovem Pan tem certeza que a linha editorial desta emissora é uma decadente volta ao passado, algo até pior e mais violento aos ouvidos e às mentes que a velha catilinária da UDN de Carlos Lacerda.

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Estudantes com deficiência visual avaliam a receptividade e assistência no cotidiano da UFMA

O blog publica hoje a terceira entrevista da série “pessoa com deficiência”. A entrevista, realizada no Laboratório de Rádio, é uma atividade prática da disciplina Produção e Direção de Programas de Rádio, do curso de Rádio e Televisão (RTV) da UFMA.

Nesse programa, apresentado pelo estudante de RTV e deficiente visual Jeckson Ferreira, foram convidados dois estudantes cegos: Mauricio Marques, do curso de RTV; e Ronilson Almeida, graduando em Jornalismo.

Ouça o programa aqui

Eles abordaram a receptividade e o tratamento que vêm recebendo na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O programa procurou explorar as qualidades e as dificuldades enfrentadas pelos estudantes com deficiência no dia a dia do campus do Bacanga.

Mauricio Marques e Ronilson Almeida fizeram referência à solidariedade dos estudantes e dos professores, que vêm buscando se aproximar dos alunos com deficiência para integrá-los nas atividades pedagógicas e sociais.

Eles também apontaram algumas carências no atendimento do Núcleo de Acessibilidade (Nuaces), vinculado à pró-Reitoria de Ensino, que tem a missão de garantir o ingresso e a permanência da pessoa com deficiência na UFMA.

Mauricio Marques é músico happer e Ronilson Almeida é atleta de goalball. Saiba mais sobre esse esporte aqui.

Sala de Rádio

O programa “Sala de Rádio” é um recurso didático criado pelo professor do curso de RTV, Ed Wilson Ferreira Araújo, com o objetivo de conectar os conteúdos teóricos às atividades práticas, utilizando os equipamentos disponíveis no Laboratório de Rádio.

Durante a disciplina Produção e Direção de Programas de Rádio, no semestre 2018.1, os estudantes exercitam a técnica de apresentação de programa jornalístico, precedido das atividades de produção: seleção e enquadramento do tema, contato com a fonte, recepção da fonte, condução da entrevista e direção.

Ao longo deste semestre (2018.01), os estudantes da disciplina Produção e Direção de Programas de Rádio planejam, executam, acompanham e avaliam a produção de programa com pautas focadas no tema “pessoa com deficiência”.

Os alunos são responsáveis pela apresentação e edição das entrevistas e/ou programas.

Além de Mauricio Marques e Ronilson Almeida, outras fontes vinculadas ao tema “pessoa com deficiência” já foram entrevistadas pelos estudantes e os arquivos de áudio estão sendo disponibilizados neste blog.

Ao final da disciplina, os alunos vão produzir programas especiais sistematizados a partir das informações colhidas nas entrevistas realizadas durante o semestre.

Descrição da imagem: portal da entrada principal do campus do Bacanga, com uma coluna central que funciona como guarita e duas colunas laterais. Da estrutura central estendem-se duas marquises sustentadas pelas estruturas laterais.

Imagem baixada neste site

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Cáritas capacita lideranças populares para a participação e o controle social de políticas públicas

Dando continuidade ao processo de formação e de mobilização para o controle social de políticas públicas, a Cáritas Brasileira Regional Maranhão realiza, dias 11 e 12 de maio, o segundo módulo do curso em políticas públicas e direitos humanos.

Esta etapa acontecerá na Casa de Formação das Irmãs de São José, no bairro do Filipinho, em São Luis e contará com a participação de 40 representantes de grupos populares do meio rural e da cidade, além de representantes das equipes locais de Cáritas de oito dioceses do Maranhão.

Na primeira etapa do curso, realizada em setembro de 2017, os cursistas debateram o tema das políticas públicas e os espaços de participação e controle social a partir das realidades dos seus municípios.

Neste segundo módulo serão abordadas as temáticas do orçamento público e a participação popular; os conselhos como instrumentos de controle social e o combate à corrupção eleitoral.

Como assessores, além do assessor regional da Cáritas para a temática, Ricarte Almeida Santos, a entidade contará com as contribuições de Ed Wilson Araujo, professor universitário e jornalista, e de Douglas Martins, juiz de direito.

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Turnê do musical João do Vale percorre Caxias, Codó, Coroatá e finaliza em Pedreiras

Estreia neste sábado (12) a turnê “De Teresina a São Luís” do musical “João do Vale, o gênio improvável”, produzido pelo Teatro Arthur Azevedo, com o apoio do Governo do Maranhão, por meio da Secretaria da Cultura e Turismo. A primeira parada é na cidade de Caxias, onde a apresentação gratuita será realizada em frente ao Centro de Cultura da cidade, rua São Pedro, 133, às 20h.

Após a apresentação em Caxias o espetáculo seguirá para Codó, no dia 19 de maio, Coroatá, no dia 26 de maio, São Luís, nos dias 01,02 e 03 de junho, Teresina, no dia 16 de junho, e por fim, em Pedreiras, terra de João do Vale, no dia 23 de junho.

“Oportunizar a apresentação de espetáculos com tanta qualidade como o musical João do Vale em municípios maranhenses é uma das metas da política de descentralização cultural do Governo do Maranhão. Neste caso, em especial, além de levarmos o teatro, estamos levando esse grande artista maranhense que é João do Vale. Não poderia ser melhor”, destacou o secretário de estado da Cultura e Turismo, Diego Galdino.

O espetáculo

Idealizado e produzido por Celso Brandão, diretor do Teatro Arthur Azevedo, o espetáculo “João do Vale, o gênio improvável” foi sucesso de bilheteria e aprovado pela crítica durante suas duas temporadas realizadas em dezembro na capital maranhense.

O processo de inscrição, seleção de elenco e ensaios durou aproximadamente um ano. O elenco é composto por: Vicente Melo (João do Vale), Tiago Andrade (Zé Keti), Nicole Meireles (Nara Leão), Millena Mendonça (Domingas), James Pierre (Zé Gonzaga), Juliana Cutrim (Dorinha), Marconi Rezende (Chico Buarque) e Victor Silper (Luiz Vieira). A direção geral é assinada pelo carioca Vinicius Arneiro e a direção musical é de Luiz Junior.

O musical passeia pela trajetória artística do maranhense do século XX, João do Vale, abordando sua saída do Maranhão até o ápice do sucesso. É caracterizado pela linguagem coloquial do caboclo nordestino, expressando sutilmente a riqueza da cultura nordestina e maranhense.

Para mais informações sobre as apresentações acesse o site do teatro Arthur Azevedo (cultura.ma.gov.br/taa) e nossas redes sociais.

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PTB no cravo e na ferradura

Enquanto a reforma política não chega, os partidos vão se arrumando de todas as formas possíveis, rasgando as cartas-programa e as resoluções, que não passam de meros textos decorativos.

O PTB, por exemplo, apoia tucanos e comunistas, simultaneamente: Geraldo Alckmin presidente e Flávio Dino governador.

Pedro Fernandes e o novo aliado Flávio Dino

A peripécia eleitoral é obra do deputado federal Pedro Fernandes (PTB), que desembarcou da nau de José Sarney e já está de malas e cuias no barco do governador do PCdoB no Maranhão.

Seu filho, o vereador Pedro Lucas, já faz parte da gestão comunista desde 2017, como titular da Agência Metropolitana.

Atraído pela força gravitacional do Palácio dos Leões, o PTB é um dos 14 partidos da coligação governista que disputa a reeleição, com Flavio Dino na cabeça.

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Indefinição de Roseana Sarney emperra a candidatura de Eduardo Braide

Os diversos naipes da oposição conservadora no Maranhão apostam suas fichas no segundo turno. O plano consiste em lançar várias candidaturas contra o governador Flávio Dino (PCdoB) e empurrar a disputa para adiante.

Mas, existe um cenário real para a decisão logo no primeiro turno.

Neste momento a candidatura de Roseana Sarney (PMDB) é dúvida. Até agora não houve um ato público que assegure a filha de José Sarney (PMDB) na disputa.

Se tivesse certeza, ela já estaria em campo há muito tempo, se movimentando junto aos presidenciáveis, deputados e prefeitos em pré-campanha aberta.

Nada disso está em curso.

O recuo de Roseana Sarney tem um reflexo imediato no projeto de candidatura governamental do deputado estadual Eduardo Braide (PMN).

Ele sonha em ir para o segundo turno, repetindo o fenômeno eleitoral de 2016, quando disparou no debate eletrônico e quase toma a reeleição do prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Junior (PDT).

Mas Braide só pode pensar no segundo turno se Roseana for candidata. E ela parece não ser….

Além dessa dificuldade, o deputado não tem sequer três partidos médios que possam lhe assegurar coligação e tempo de propaganda.

A opção do PSDB pela candidatura do senador Roberto Rocha ao governo, anunciada pelo tucano-presidenciável Geraldo Alckmin, foi uma pá de cal nas pretensões de Braide.

Diante deste cenário ele deve refazer o cálculo e disputar o mandato de deputado federal agora em 2018, pavimentando a estrada para tomar a Prefeitura de São Luís em 2020.

Na posição de deputado federal ele terá mais condições de arregimentar forças para 2020 e 2022. Ainda jovem, Braide sabe que a prefeitura da capital é o caminho para ser governador.

E sem ele na disputa de 2018, Flavio Dino fica mais perto da reeleição em primeiro turno.

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Professor com baixa visão fala sobre as dificuldades de enxergar e as suas limitações no cotidiano

O blog publica hoje a segunda entrevista da série “pessoa com deficiência”. A entrevista, realizada no Laboratório de Rádio, é uma atividade prática da disciplina Produção e Direção de Programas de Rádio, do curso de Rádio e Televisão (RTV) da UFMA.

Nesse programa o estudante de RTV, Pablo Habibe, já graduado em Jornalismo, entrevistou Junerlei Dias de Moraes, professor do Departamento de Comunicação Social, no curso de RTV.

O professor Junerlei Moraes tem “baixa visão”. Diferente do cego, que não enxerga, a pessoa com baixa visão possui de 5% a 30% de visão em seu melhor olho mesmo após intervenções cirúrgicas ou uso de óculos comuns. As pessoas com baixa visão têm 70% da visão comprometida por algum motivo.

Junerlei Moraes foi diagnosticado com um tipo de catarata denominada “opacificação do cristalino mononuclear retroversa”, que provoca várias limitações na visão e consequentemente no desempenho das atividades como professor e na vida cotidiana.

Ouça o programa integral aqui

Sala de Rádio

O programa “Sala de Rádio” é um recurso didático criado pelo professor do curso de RTV, Ed Wilson Ferreira Araújo, com o objetivo de conectar os conteúdos teóricos às atividades práticas, utilizando os equipamentos disponíveis no Laboratório de Rádio.

Durante a disciplina Produção e Direção de Programas de Rádio, no semestre 2018.1, os estudantes exercitam a técnica de apresentação de programa jornalístico, precedido das atividades de produção: seleção e enquadramento do tema, contato com a fonte, recepção da fonte, condução da entrevista e direção.

Ao longo deste semestre (2018.01), os estudantes da disciplina Produção e Direção de Programas de Rádio planejam, executam, acompanham e avaliam a produção de programa com pautas focadas no tema “pessoa com deficiência”.

Os alunos são responsáveis pela apresentação e edição das entrevistas e/ou programas.

Além de Junerlei Dias de Moraes, outras fontes vinculadas ao tema “pessoa com deficiência” já foram entrevistadas pelos estudantes e os arquivos de áudio serão brevemente disponibilizados neste blog.

Ao final da disciplina, os alunos vão produzir programas especiais sistematizados a partir das informações colhidas nas entrevistas realizadas durante o semestre.

Descrição da imagem: a imagem capturada na web contém a mão de uma pessoa segurando uma lupa sobre um livro.

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Políticos e amigos dão adeus a Reginaldo Telles

Desde as primeiras horas desta segunda-feira (7), familiares, militantes, parlamentares, gestores públicos e amigos compareceram ao velório do ex-vereador de São Luís Reginaldo Teles, que faleceu aos 92 anos de idade, vítima de falência múltipla de órgãos. Ele estava internado no hospital São Domingos.

Homem de vasta biografia, com atuação no jornalismo e na vida pública, Reginaldo Telles deixa um legado na política do Maranhão. O enterro será nesta terça-feira (8), às 10 horas, no cemitério do Gavião, na Madre Deus.

Veja abaixo a biografia de Reginaldo Telles, com informações de Davi Telles, neto de Reginaldo e atual secretário de Ciência e Tecnologia (Secti) no governo do Maranhão.

Reginaldo Telles (15/11/1925 – 06/05/2018) foi jornalista, advogado e um dos mais destacados militantes políticos da esquerda no Maranhão. Em 1945, com 20 anos, já era um dos redatores do Jornal “O Combate”, função que exerceu até 1950, momento em que funda, junto com Neiva Moreira, o famoso e combativo “Jornal do Povo”, do qual passa a ser editor-chefe.

A partir de sua atividade jornalística e política, se elege vereador de São Luís em 1951 pelo antigo PSP de Neiva Moreira.

Alguns anos mais tarde, se casa com Maria Lúcia, com quem teve 13 filhos e continuou a seguir uma longa vida de lutas democráticas e populares. Juntos, fundam a Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Luís.

No final da década de 1970, Reginaldo foi o primeiro presidente da seção maranhense do Comitê da Anistia, organização responsável por trazer do exílio militantes políticos como Neiva Moreira. É fundador do PDT de Leonel Brizola e foi membro da Comissão Provisória que deu origem ao partido.

Poeta apaixonado, deixou para lançar seu primeiro e único livro de poemas, recentemente, aos 87 anos, o qual, para ele, é uma síntese do que pensa da vida e do amor.

Envolveu-se quase a vida toda com a questão da agricultura familiar, tendo fundado a Cooperativa Mista dos Agricultores de São Luís, dentre outras muitas atividades na área.

Foi Secretário Executivo do Fundo de Revenda do Plano de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Maranhão, de 1970 a 1971; Assessor de Comunicação da Prefeitura de São Luís, na gestão municipal de Jackson Lago, de 1990 a 1992;  e diretor do antigo Sioge (Serviço de Imprensa e Obras Gráficas) na década de 1960.

Reginaldo Teles também foi candidato a governador pelo PDT, em 1982. A convite de Leonel Brizola, durante o primeiro mandato do pedetista como Governador do Rio de Janeiro, exerceu o cargo superintendente da Região Norte do Banco do Estado do Rio de Janeiro (Banerj).

Imagem: print TV Mirante