Faz muito tempo, na mesa de um bar, surgiram duas questões filosóficas em uma só: “Alcântara não vai ninguém porque não tem nada ou não tem nada porque não vai ninguém”?
Por “nada” e “ninguém” não entenda sentidos pejorativos ou depreciativos. Na pergunta está embutida a torcida, o desejo e a vontade dos frequentadores da deliciosa e encantadora Alcântara para que a cidade seja equipada com investimentos para a geração de emprego e renda aos seus moradores (em primeiro lugar) e opções de turismo, com o objetivo de movimentar a economia e ampliar o fluxo de visitantes na cidade.
“Se Alcântara fosse na Bahia, Caetano Veloso já tinha feito uma canção e davam um jeito de tocar na novela das oito”, dispara um atento observador da cidade.
A dupla questão filosófica acima provoca outra, baseada nas contradições do capitalismo e nas desigualdades que ele é capaz de produzir: Alcântara abriga pessoas analfabetas na vizinhança de uma base de lançamento de foguetes.
No século XXI a tecnologia da escrita ainda não é acessível para muita gente nas proximidades da base que sedia um dos maiores polos de tecnologia aeroespacial do mundo.
Pois foi neste lugar estranho que aportou o casal Sergio e Lea, entusiastas do Café com Arte, o novo espaço cultural da cidade, ideal para bater papo, degustar petiscos e saborear cachaças e outras beberagens artesanais, além dos cafés especiais.
A casa não é um empreendimento no sentido convencional. Café com Arte oferece, antes de tudo, afeto, estampado no sorriso acolhedor de Sergio e Lea.
O lugar é um mix de cafeteria, cachaçaria e ponto de encontro para conversar, como todo boteco deve ser, no pé do balcão.
Localizado na rua Grande, 76, Centro, o Café com Arte também recebe artistas para voz e violão, recitais literários e audição de boa música. Livros e discos estão à vontade na sala, que dispõe de bancos decorados e duas poltronas.
O casal morou no Rio de Janeiro por umas décadas e mudou para São Luís em busca de tranquilidade, até conhecer Alcântara e o sossego. Aí decidiram montar o Café com Arte.
Cachaças locais e importadas, licores, cafés, biscoitos e docinhos, petiscos rápidos à base de castanha, queijo e azeitona compõem o cardápio. No local não servem refeições e nem cerveja.
Bebida saudável e afeto
Longe de ser um empreendimento com fins lucrativos, segundo Sergio, o local é um ponto de encontro para degustar, saborear e prosear.
O balcão ocupa o cômodo logo na entrada, cercado de baquinhos e duas poltronas, porque o propósito maior é conversar e desfrutar os sabores etílicos e barísticos da casa.
Entre as bebidas especiais estão pelo menos dois rótulos produzidos no Maranhão: a cachaça Jacobina, de Balsas; e a tiquira Guaaja, produzida em Santo Amaro.
Como todo lugar especial, Café com Arte tem o diferencial administrativo. Sergio, o “antigerente”, não anota nada no consumo dos clientes. Avesso a comandas e planilhas para registrar a consumação, ele diz que o esforço para controlar, cansa! E este verbo, cansar, não é o propósito de ter transferido a sua morada do Rio de Janeiro para São Luís e depois Alcântara.
Ao final da visita, cada frequentador informa o que comeu e bebeu e só então entra a contabilidade de Sergio, sempre confiante na veracidade dos visitantes.
Outro detalhe: o pagamento só é feito em dinheiro. Café com Arte não operacionaliza cartão, porque a burocracia da máquina também não é o propósito, explica Sergio.
Tranquilidade é a filosofia do novo espaço cultural (e seria sideral?!) de Alcântara.
Imagens capturadas na fanpage https://www.facebook.com/cafecomarte.ma/
O PT do Maranhão está com boas chances de eleger dois deputados estaduais, ou até três. Entre os principais candidatos está o jornalista e secretário de Formação do PT Luiz Henrique Lula da Silva.
Com longa militância dentro e fora do PT, Luiz Henrique fez um amplo trabalho de mobilização ao longo de toda a pré-campanha, reunindo apoiadores nas áreas urbanas e rurais em todo o Maranhão.
“São muitas reuniões, plenárias, encontros, debates e dedos de prosa para construir uma candidatura coletiva, solidária, formada a partir da base, com a militância na veia. Nossa candidatura é um projeto coletivo, fruto da nossa militância que iniciou ainda na juventude, na rua Basson, no bairro Apeadouro, em São Luís”, detalhou Silva.
Nos eventos já realizados, colhendo sugestões dos apoiadores, o candidato montou os eixos da campanha que vão direcionar a atuação parlamentar, com foco em direitos humanos e democracia, juventudes, reforma agrária e defesa das comunidades tradicionais (quilombolas, indígenas e quebradeiras de coco) e desenvolvimento sustentável.
A plataforma do candidato tem especial atenção à defesa dos direitos e segurança das mulheres. “Diante do alto índice de violência e feminicídio, nosso mandato terá como uma das principais atuações a participação das mulheres nos debates e decisões fundamentais sobre políticas públicas de inclusão e proteção”, acentuou Luiz Henrique.
O núcleo de apoio no setor juventudes teve um evento próprio, denominado “Dizaê”, que reuniu dezenas de lideranças estudantis, quilombolas, assentados e militantes jovens de coletivos urbanos. O “Dizaê” apresentou uma carta-programa ao candidato, contendo as principais reivindicações das juventudes para compor os eixos da campanha.
A democratização da comunicação é outro eixo presente não só na campanha, mas ao longo da militância de Luiz Henrique como um dos fundadores e presidente da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no Maranhão. “Nosso mandato será um esteio para o movimento de rádios comunitárias e estaremos na Assembleia Legislativa de portas abertas para defender as emissoras e o direito à comunicação livre, democrática e popular”, destacou.
Lula e Flávio Dino
Luiz Henrique adotou o sobrenome “Lula da Silva” pela identidade e defesa do legado dos dois governos do PT na Presidência da República e sobretudo pelo direito de Lula ser candidato, tese defendida pelo candidato em todas as suas agendas de campanha, dentro e fora do PT. “Nas minhas viagens pelo Maranhão é muito visível o desejo da população de votar em Lula e renovar o mandato do governador Flavio Dino. Esses dois projetos somam na nossa campanha e vamos vencer”, reforçou o candidato.
Para Luiz Henrique, é necessário alinhar as candidaturas no plano nacional e estadual, com o objetivo de fortalecer a aliança do campo democrático-popular. Caso Lula seja vetado, a chapa à Presidência da República será formada pelo PT e PCdoB, Fernando Hadad e Manuela Dávila.
“Vejo na reeleição de Flávio Dino a oportunidade para ampliar as mudanças que já estão sendo realizadas no Maranhão. Daí a importância de eleger deputados que possam atuar de forma propositiva junto ao governador. Eu me coloco nessa perspectiva de ser um representante dos movimentos sociais na Assembleia Legislativa”, sustentou Luiz Henrique, que foi um dos coordenadores da campanha de Flávio Dino, ainda na disputa eleitoral pela Prefeitura de São Luís, em 2008.
Com o bordão “compromisso e confiança”, Luiz Henrique se apresenta oficialmente candidato com o número 13013. Veja abaixo a biografia e o manifesto do candidato.
Biografia
Luiz HENRIQUE Lula da Silva é maranhense de São Luís. Suas raízes estão na rua Basson, no bairro Apeadouro. Lá ele cresceu, estudou e fez amigos. Seu primeiro emprego foi como office boy na Phocus Publicidade.
Iniciou sua militância na igreja, em grupos de jovens e no teatro. Participou do movimento estudantil e esteve presente na Greve de 1979, que conquistou o direito à meia passagem para os estudantes de São Luís.
Da Basson, ganhou o mundo. Ainda jovem partiu para Pedreiras, onde trabalhou como gerente comercial e posteriormente se constituiu médio empresário. Viveu 18 anos em Pedreiras e foi candidato a prefeito pelo PT, em 1996, ajudando a eleger o primeiro vereador petista naquela cidade.
A militância dentro e fora do PT é uma constante na vida de Luiz HENRIQUE Lula da Silva. Ele foi presidente da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no Maranhão, entidade que ajudou a criar, em 1998, juntamente com a rádio comunitária Carcará FM, de Pedreiras. Luiz HENRIQUE Lula da Silva também é um dos criadores da Apoesp (Associação de Poetas e Escritores de Pedreiras), entidade que reuniu artistas e boêmios na terra de João do Vale.
Na área profissional, Luiz HENRIQUE Lula da Silva trabalhou em duas agências de publicidade e formou-se em Jornalismo. Durante o segundo governo Lula, foi gestor substituto da Delegacia de Desenvolvimento Agrário do Maranhão. No governo Jackson Lago, foi Secretário de Estado Adjunto de Cidades. É também fundador do Instituto Foco Cidadania, com atuação na habitação popular.
Em 2008, coordenou a campanha de Flávio Dino para prefeito de São Luís e chefiou os gabinetes dos deputados federais Washington Luiz e Zé Carlos, ambos do PT. Atualmente, Luiz HENRIQUE Lula da Silva é Secretário de Formação do PT-MA.
A maior parte da sua vida é dedicada à organização do povo, à construção do PT e aos ideais que levaram LULA a mudar o Brasil.
Movido por ideais, companheiro de tantas lutas, solidário, dedicado às causas populares, Luiz HENRIQUE Lula da Silva é homem de COMPROMISSO e CONFIANÇA e levará para a Assembleia Legislativa um projeto coletivo de parlamento.
Como tantos outros brasileiros que lutaram arduamente e conquistaram vitórias, Luiz HENRIQUE é um SILVA.
Luiz HENRIQUE Lula da Silva é um dos principais incentivadores da criação dos comitês populares LULA LIVRE e convida você a somar forças em 2018 para conquistar um mandato na Assembleia Legislativa, fazer juntos a vitória de Lula/Hadad e reeleger Flávio Dino 65 governador do Maranhão.
Manifesto 13013
Luiz Henrique Lula da Silva deputado estadual: uma candidatura raiz, partidária e coletiva
“Fé na vida, fé no homem, fé no que virá” (Gonzaguinha)
Esse manifesto é uma convocação da nossa militância para os grandes desafios de 2018: eleger Lula/Hadad presidente, renovar o mandato do governador Flávio Dino (PCdoB) e garantir uma expressiva e qualificada bancada de deputados federais e estaduais.
E a nossa tarefa eleitoral passa necessariamente pela eleição de LUIZ HENRIQUE LULA DA SILVA DEPUTADO ESTADUAL.
A conquista deste mandato é o desejo coletivo de milhares de pessoas, de todas as cores e gerações, reunindo mulheres, homens e juventude em torno de ideias, projetos e sonhos.
Para chegar até aqui fizemos uma longa caminhada. Percorremos mais de 100 municípios, reunindo assentamentos, sindicatos, diretórios do PT, associações, bairros, vilas, ruas e nas casas das pessoas. Por todos esses lugares semeamos esperança, colhemos sugestões e dialogamos sobre ações reais para seguir mudando o Maranhão, desta vez na Assembleia Legislativa.
Somos muitos e estamos determinados a construir um mandato com a cara do PT, enraizado na nossa militância, nos movimentos sociais, na força que vem da juventude e do povo organizado, das mulheres e homens trabalhadores urbanos e rurais, indígenas, quilombolas e quebradeiras de coco.
Fruto de um grande movimento coletivo que a cada dia ganha mais força no Maranhão, apresentamos aqui as nossas motivações e bandeiras de luta, as razões de um mandato partidário, coletivo e popular.
LUIZ HENRIQUE LULA DA SILVA é candidato a Deputado Estadual para denunciar o governo ilegítimo de Michel Temer, bem como a tentativa de eleger seus sucessores (PSDB, MDB e aliados) e as medidas golpistas contra o povo brasileiro. Esta candidatura visa combater a farsa jurídica da prisão de LULA sem prova; a escalada de violência e criminalização dos movimentos sociais; os assassinatos de lideranças políticas no campo e na cidade; e o extermínio da juventude negra e pobre na periferia, onde a vereadora Marielle Franco é apenas o caso mais visível.
LUIZ HENRIQUE LULA DA SILVA é candidato para defender a Petrobras como empresa estratégica do Brasil e preço justo para o gás de cozinha, a gasolina, o álcool e o diesel, atendendo as necessidades da maioria da população.
LUIZ HENRIQUE LULA DA SILVA é candidato para defender mais investimento do dinheiro público nos programas sociais, nas obras de infraestrutura e na indústria, para retomar a geração de emprego e renda.
LUIZ HENRIQUE LULA DA SILVA é candidato para defender a DEMOCRACIA, a volta de LULA a Presidência da República, o legado e a retomada dos programas Luz para Todos, Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, PROUNI, aumento do crédito para agricultura familiar, aumento real do salário mínimo, dentre outros. Portanto, é candidato para, junto com Lula, construir o Brasil feliz de novo.
LUIZ HENRIQUE LULA DA SILVA é candidato para participar das mudanças implementadas pelo governo FLAVIO DINO, atuando na Assembleia Legislativa de forma propositiva para o Maranhão seguir mudando como estado sem dono, democrático, ampliando os programas Escola Digna, Sim, eu Posso!, Mais Asfalto, Mais IDH, IEMA e outas ações transformadoras.
LUIZ HENRIQUE LULA DA SILVA é candidato para fortalecer o PT, ampliando sua inserção nos movimentos sociais e municípios, valorizando as lideranças locais, vereadores e a militância do partido.
LUIZ HENRIQUE é candidato para defender a democratização da comunicação, a agricultura familiar, as mulheres, os negros, quilombolas, os indígenas, a diversidade sexual e religiosa, as pessoas com deficiência e o desenvolvimento com respeito ao meio ambiente.
Agora é o momento de avançar e consolidar cada voto, apoio e parceria. Estamos juntos, irmanados em duas palavras que traduzem o sentimento construído ao longo de toda a sua militância e reafirmadas na pré-campanha: LUIZ HENRIQUE LULA DA SILVA É COMPROMISSO E CONFIANÇA.
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) divulgou novo edital de chamada pública para o Serviço de Radiodifusão Comunitária.
O edital Nº 196/2018/SEI-MCTIC e seus anexos estão disponíveis no site http://www.mctic.gov.br, acessando o Espaço do Radiodifusor => Rádio Comunitária => Publicações.
Podem participar do edital fundações e associações comunitárias, sem fins lucrativos, sediadas na área da comunidade onde pretendem prestar o serviço.
O prazo de inscrições é de 60 dias, a contar da data posterior ao da publicação do edital no Diário Oficial da União (DOU).
Como o edital foi publicado no DOU em 3 de agosto de 2018, o prazo final para o envio de documentos será 4 de outubro.
No Maranhão o edital disponibiliza a chamada para as entidades interessadas nos municípios de Bequimão, Boa Vista do Gurupi, Cajapió, Cajari, Centro Novo do Maranhão, Chapadinha, Codó, Colinas, Grajaú, Imperatriz, Itinga do Maranhão, Lago dos Rodrigues, Lajeado Novo, Monção, Olinda Nova do Maranhão, Peritoró, Presidente Vargas, Santa Filomena do Maranhão, São Luís, São Mateus do Maranhão e Turiaçu
A Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no Maranhão recomenda que as entidades interessadas procurem o engenheiro eletricista Fernando Cesar Moraes para obter todas as instruções necessárias visando organizar a documentação de maneira correta e encaminhar o pedido ao MCTIC.
O Plano Nacional de Outorga (PNO) apresenta todas as localidades que serão contempladas com a oportunidade de novas outorgas em cada um dos serviços de radiodifusão.
No PNO é apresentado um cronograma com a previsão de todos os editais de seleção subsequentes e as localidades contempladas em cada um destes editais.
Em 2018-2019 o PNO de Radiodifusão Comunitária disponibiliza 7 editais para rádios comunitárias, abrangendo 697 localidades com oportunidades de novas outorgas, segundo dados do MCTIC. Deste total, 340 municípios ainda não possuem nenhuma entidade autorizada.
A Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço Brasil) criticou em parte o PNO 2018-2019. Segundo a entidade, o MCTIC deveria priorizar os municípios onde ainda não houve nenhuma publicação de edital e; portanto, não terão oportunidade de implantar rádio comunitária.
A Abraço Brasil orienta as associações organizadas a fazerem a demonstração de interesse ao MCTIC, pressionando o governo para que inclua no PNO os municípios ainda não contemplados pelo serviço de radiodifusão comunitária.
As pessoas ou entidades interessadas em criar rádios comunitárias devem “provocar” o MCTIC, enviando o documento de demonstração de interesse para o ministério.
No PNO 2018-2019 de Radiodifusão Comunitária estão previstos sete editais, a partir do mês de março. Três já foram publicados. O Maranhão foi contemplado apenas nos editais 1, 2 e 3. Os editais 4, 5, 6 e 7 (que ainda serão publicados) não contemplam municípios maranhenses.
O MCTIC disponibiliza o email duvidasradcom@mctic.gov.br para a obtenção de informações sobre o PNO ou qualquer outro assunto acerca do Serviço de Radiodifusão Comunitária.
Está na ordem do dia o livro “Padrões de manipulação na grande imprensa”, de Perseu Abramo, obra atualizada na segunda edição (2016) com novos textos sobre os poderes da mídia.
Um desses poderes é o silêncio, o não-dito.
Esconder um fato com alto índice de informação é uma das técnicas de manipulação, denominada por Abramo “padrão de ocultação”.
Padrão de ocultação:
“É o padrão que se refere à ausência e à presença dos fatos reais na produção da imprensa. Não se trata, evidentemente, de fruto do desconhecimento e nem mesmo de mera omissão diante do real. É, ao contrário, um deliberado silêncio militante sobre determinados fatos da realidade…”.
Assistindo aos telejornais das grandes emissoras de TV, a maioria omitiu fatos relevantes que contemplam os valores-notícia fundamentais para agendar de forma coerente o pedido de registro da candidatura de Lula à Presidência da República.
Vejamos:
Desde o dia 10 de agosto, cerca de 5 mil militantes dos movimentos populares iniciaram a Marcha Lula Livre e caminharam por mais de 50 Km em direção a Brasília para reivindicar no TSE o direito de Lula ser candidato.
Ao chegar no TSE, hoje à tarde, por volta das 16h, a caminhada já reunia quase 50 mil pessoas, segundo os organizadores.
Antes da marcha, um grupo de sete militantes representativos entrou em greve de fome que já dura 16 dias. Nesse período eles receberam a solidariedade e o apoio de várias lideranças políticas, inclusive do Nobel da Paz, o arquiteto e escultor argentino Adolfo Pérez Esquivel.
Apenas nesses fatos, dois critérios de noticiabilidade (quantidade e qualidade) já seriam suficientes para um agendamento jornalístico.
Soma-se a esse conjunto de episódios o festival Lula Livre, que reuniu milhares de pessoas no Rio de Janeiro, com a participação de artistas do naipe de Chico Buarque e Gilberto Gil.
Embora a mobilização contenha os valores-notícia indispensáveis para gerar manchetes, a cobertura das grandes redes de TV ignorou os fatos.
Os jornais das grandes emissoras de televisão do Brasil suplantaram vários critérios de noticiabilidade que envolvem fatos pertinentes ao pedido de registro da candidatura de Lula.
Na TV Globo, a escalada desta quarta-feira (15) do Jornal Hoje, último dia para o registro de candidaturas, não houve uma referência sequer à mobilização de Brasília.
A lógica das TVs é ignorar os fatos e construir junto ao telespectador a falsa impressão de que não existe povo na rua em defesa de Lula.
Milhões de Lula
Negada na chamada grande mídia eletrônica, a marcha, a greve de fome e o festival pró-Lula tiveram ampla repercussão nas redes digitais.
Milhares de pessoas, utilizando o aparelho celular, fizeram transmissões ao vivo e publicaram vídeos sobre os eventos.
Apesar do oligopólio nos meios de comunicação, ainda muito forte, a descentralização e a circulação de informações por meio das redes digitais é um fato a ser considerado e estudado porque tem potencial para modificar a regra única da produção de conteúdo até então sob absoluto controle da chamada grande mídia.
A Marcha Lula Livre não deu manchete na TV Globo, mas circula nos celulares de milhões de brasileiros.
Não se trata de amar ou odiar Lula, nem de construir em torno dele um fanatismo ou igreja ideológica.
A grande mídia, sócia do golpe que tentou demonizar o PT e destituiu a presidente Dilma Roussef (PT), está diante de um constrangimento sem precedentes.
Lula preso lidera as todas as pesquisas. E a força maior dele cresce tanto nas mãos dos ativistas digitais quanto no meio popular, onde ainda nem chegou internet.
As TVs e os golpistas não sabem mais o que fazer com Lula.
Procuram-se informações, dicas, pistas do paradeiro da Tipografia e Tipogravura Teixeira no Maranhão. Ou até mesmo, sendo muito otimista, notícia dos descendentes dessa família. Sim! É final do século XIX e início do XX! É possível, logo, não custa perguntar. Mas vejamos um pouco do que se sabe da história da tipogravura dos Teixeira e o porquê dessa procura.
Os irmãos Pinto Teixeira eram sócios e comerciantes que gerenciavam a firma Gaspar Teixeira & Irmãos Sucs., no final do século XIX e início do XX, donos dos Armazéns Teixeira, uma espécie de loja de departamento, reduto de importados e modernidades, no qual também ofereciam diversos tipos de serviços, de Alfaiataria à Tipografia.
Dos três irmãos, um chama atenção pelo envolvimento com as artes gráficas da época. Alfredo Teixeira foi o responsável pela implantação de uma oficina completa de tipografia e de gravura em São Luís, exercendo também o cargo de diretor artístico da casa. Dentre os diversos impressos publicados pela Tipogravura Teixeira, destaco dois periódicos, a Revista Elegante e a Revista do Norte, ambas com a presença de fotografias/ fotogravuras impressas; a primeira, como cortesia, vindo junto com a revista, e a segunda, uma típica revista ilustrada da época.
E é exatamente isso que chama atenção: as fotogravuras. A impressão em larga escala de cópias de fotografias nas páginas dos periódicos só foi possível com o desenvolvimento tecnológico das prensas, do aperfeiçoamento dos processos de reprodução e impressão de imagens, da industrialização da imprensa, entre outras questões. Lembrando que estamos falando do final do século XIX e início do XX. E a Tipogravura Teixeira realizava esse trabalho aqui em São Luís.
Estou tentando ser otimista; e passar pelos percalços inerentes a uma pesquisa histórica é de praxe; afinal, o historiador não deixa de ser um detetive, que precisa ter a perspicácia da procura, na qual sai em busca não do tempo perdido, mas dos rastros deixados pela linha de sombra da memória… ou da história, como queiram.
Não é fácil, não é rápido, às vezes, nem é racional ou objetivo, e, em muitos casos, é preciso contar com um tico de sorte. Embora seja bastante recompensador.
Se você é desse tempo, ou seja, agora, divulgue, mostre, pergunte para o pai, para a mãe, puxa aquele papo com a avó, com o avô, aliás, é uma ótima oportunidade de puxar aquele papo gostoso, tomando um golinho de café com a avó, com avô, hein?! De saber como era São Luís “naquele tempo”. Compartilhem a pergunta no grupo da família no WhatsApp!
E é por isso, leitor, que cá estou utilizando este incrível canal que é a internet. Se você que está lendo isso agora conhece ou já ouviu falar dessa turma, entre em contato!
Essa pergunta/pesquisa não é aleatória, faz parte do meu trabalho (em andamento) de dissertação de mestrado, mas que, certamente, não se encerra nele. Do que for encontrado, partirão mais pesquisas.
Em breve publicarei mais sobre as revistas citadas e as outras publicações feitas pela Tipogravura Teixeira. É só aguardar!
Os Armazéns Teixeira ficavam na Praça João Lisboa, número 4, esquina com a Rua do Egito. Na imagem, é o prédio da esquina, à esquerda. Reparem como era a Praça João Lisboa em 1900.
Imagem: Revista do Norte
Amanda Silva é mestranda em Cultura e Sociedade – PGCult (UFMA); graduada em História pela Universidade Estadual do Maranhão e graduanda em Artes Visuais (UFMA). Pesquisadora do Museu da Memória Áudio Visual do Maranhão – Mavam (2013-14); desenvolve pesquisas relacionadas a imagem.
Em nota distribuída aos meios de comunicação, o Comitê Estadual do PCdoB no Maranhão, em razão de decisão tomada pela juíza Anelise Nogueira Reginato, da 8ª zona eleitoral de Coroatá, que suspendia os direitos políticos de Flávio Dino e o impedia de se candidatar pelos próximos 8 anos, afirma que “a ação movida visa apenas desestabilizar o processo eleitoral e reflete o desespero de quem está atrás nas pesquisas”.
Para o PCdoB-MA, a ação, movida por Ricardo Murad, coordenador de campanha de Roseana Sarney, é insustentável. “A fragilidade da decisão judicial está exposta por basear-se em prova de 2018, que apontaria suposta irregularidade cometida dois anos antes”, diz a nota.A direção assegura que “certamente a sentença não tem nenhum valor jurídico e será anulada”.
Confira a íntegra da nota:
Sobre a decisão da juíza Anelise Nogueira Reginato contra o governador Flávio Dino e o ex-secretário Márcio Jerry, a direção estadual do PCdoB do Maranhão afirma:
1 – A ação movida por Ricardo Murad, coordenador de campanha de Roseana Sarney, visa apenas desestabilizar o processo eleitoral e reflete o desespero de quem está atrás nas pesquisas;
2 – A fragilidade da decisão judicial está exposta por basear-se em uma suposta prova de 2018, que comprovaria suposta irregularidade cometida dois anos antes;
3 – Certamente a sentença não tem nenhum valor jurídico e será anulada.
No mesmo lugar, em momentos distintos, encontrei duas pessoas apaixonadas por suas respectivas candidaturas: Flávio Dino (PCdoB) e Roseana Sarney (PMDB).
Cada uma elogiava efusivamente a sua escolha e defendia o voto na volta da “guerreira” ou na continuidade da mudança.
Eleição é isso, momento de exacerbação das paixões e enaltecimento dos afetos.
Após ouvir meus interlocutores, elaborei esse texto para indagar os leitores sobre o real interesse de uma eleição fundamental para o Maranhão.
Fundamental por dois motivos: 1) pode impor uma derrota quase sem volta à pessoa José Sarney (devido ao tempo), mas não ao sarneísmo; 2) no caso da reeleição do governador Flávio Dino (PCdoB), implica em especular sobre o futuro do Maranhão pós-segundo mandato dinista.
Vendo os links de blogs em grupos de whats app, quase todas das candidaturas disponibilizam notícias sobre eventos dos mais variados tipos.
O candidato “x” fez isso e aquilo, o “y” recebeu apoio deste ou daquele prefeito, o “z” celebra a adesão de deputados e lideranças… e por aí vai.
Outra parte do noticiário dedica-se aos ataques pessoais, algumas vezes emoldurados em “fake news”, com o objetivo de atingir a honra das pessoas.
O Maranhão de 2018 ainda guarda resquícios do passado, da política anacrônica, dos maus hábitos que só prejudicam o interesse público.
O que tem a dizer Roseana Sarney, depois de quase 50 anos em que sua família dominou o Maranhão?
Roberto Rocha cresceu em mordomias. Filho de governador, tem convicção de que o Palácio dos Leões tem de ser a sua morada, novamente, por obrigação do povo.
A eleição polarizada entre Flávio Dino e Roseana Sarney oculta outras candidaturas relevantes, como as do PSOL e PSTU, por exemplo. Eles têm o que dizer e propor e precisam ser ouvidos e noticiados, a bem do interesse público e da democracia.
O PCdoB do governador Flávio Dino reeditou os “Diálogos pelo Maranhão” de 2014 e fez as “Escutas Territoriais”. Espera-se que destes eventos saia um programa de governo consistente e amplamente divulgado.
Mas, até agora, ganharam visibilidade a política de alianças, o jogo da demonstração de forças das coligações que reúnem o maior número de partidos, os insultos e as agressões, fake news e todas as outras armas de antigamente.
Ter muitos partidos aliados nem sempre é o caminho da vitória com sucesso. Veja-se o exemplo de Lula/PT com o PMDB, ainda por cima achando que as Organizações Globo eram amigas do PT…
Josimar Maranhãozinho está engajado em qual mudança?!
Enfim, o que menos se debate é programa de governo, as diretrizes, caminhos e metas para o Maranhão se desenvolver.
Priorizam-se as fórmulas mágicas dos programas de TV, as famosas maquetes e promessas de sempre, desprezando o debate essencial para o interesse público.
Penso que nesta eleição devemos exigir o bom debate, pautado em programas de governo, como deve ser uma eleição.
Deixar que a terra arrasada domine o pleito só serve para despolitizar a política.
Voltando aos meus interlocutores apaixonados do início do texto, disse a eles que não sou obrigado a escolher entre os candidatos ao Senado Edison Lobão/Sarney Filho x Roberto Rocha Eliziane Gama, sob o argumento de que precisamos derrotar o coronel de qualquer jeito.
Esse pragmatismo e as paixões exacerbadas resultaram no golpe e em outros despautérios.
É óbvio que entre Flávio Dino e a volta de Roseana Sarney existem diferenças abissais e não há qualquer chance de votar no passado. Aposto na reeleição do governador.
Mas, não basta um ajuste ao pragmatismo eleitoral. Queremos de fato e concretamente, no programa de governo e na condução da gestão, um contraponto real a José Sarney e à sua herança maldita – o sarneísmo.
O Sindicato dos Bancários (SEEB-MA) convoca os bancários maranhenses para a Assembleia Geral que será realizada no dia 07 de agosto (terça-feira), às 18h30, na sede do Sindicato, na Rua do Sol, Centro de São Luís.
O objetivo é avaliar as propostas dos banqueiros e do Governo (patrão dos bancos públicos), definir novas estratégias de luta para a Campanha Salarial 2018 e deliberar sobre a participação dos bancários no Dia Nacional de Paralisações em defesa do emprego, da aposentadoria e dos direitos trabalhistas, que ocorrerá no dia 10 de agosto em todo o país.
Para o SEEB-MA, a convocação da Assembleia Geral é uma forma de chamar a atenção da maioria das centrais sindicais e sindicatos do país, que – até o momento – não mobilizaram a categoria bancária nem elaboraram um calendário de lutas para o mês de agosto, o que é muito preocupante! Afinal, sem um calendário, o que os bancários farão até setembro, prazo legal para a deflagração de uma possível greve?
Vale ressaltar que as negociações com a Fenaban e com os bancos públicos se encerram nesta semana e – ao que tudo indica – não apresentarão avanços nas cláusulas econômicas e sociais, muito em razão dessa postura acuada do Comando Nacional, que aparentemente tem como único objetivo nesta Campanha a renovação da atual CCT.
De fato, essa é uma reivindicação importante, porém, o SEEB-MA entende que os bancários podem conquistar mais, diante do lucro recorde dos bancos (quase 80 bilhões somente em 2017) e da lição dada pelos caminhoneiros do país, que mostraram ser possível – com mobilização – obter vitórias importantes apesar da reforma trabalhista, da crise econômica e dos demais ataques do Governo Temer.
Para isso, é necessário que o Comando Nacional deixe de dramatizar a atual conjuntura, assumindo uma postura de coragem e ousadia, intensificando a mobilização dos bancários e mudando a postura na mesa de negociação, pois os banqueiros e o Governo têm totais condições de renovar atual a CCT, bem como de conceder reajuste salarial, valorização do piso, incorporação de benefícios, mantendo, ainda, o emprego formal na atividade bancária.
“Fazemos um chamado a todas as centrais sindicais e sindicatos do país para que convoquem assembleias gerais e organizem um calendário de lutas para o mês de agosto. O nosso já começa na sexta-feira (10/08), Dia Nacional de Paralisações. Com o apoio da base, vamos em busca de mais direitos e da vitória nessa Campanha Salarial” – afirmou o presidente do SEEB-MA, Eloy Natan.
Acompanhado por lideranças estudantis, professores, alunos, familiares e apoiadores do Coletivo Por Democracia na UEMA, o candidato à reitoria, professor João Coelho efetivou na tarde desta terça-feira (02/08) a inscrição da chapa UEMA Livre para concorrer na consulta à comunidade para formação da Lista Tríplice para Reitor da UEMA.
O professor Coelho ressalta as ações mais importantes a serem discutidas com a comunidade acadêmica neste período eleitoral, que são: democratização e descentralização administrativa, pedagógica e financeira; elevação dos maiores centros de estudos superiores ao nível de campus com dotação orçamentária; criação do conselho estatuinte para elaboração de regras e normas democráticas; superar o déficit de sala de aula e de laboratórios nos cursos.
A consulta prévia envolverá professores, técnicos-administrativos e estudantes da Universidade estadual do Maranhão e ocorrerá no dia 3 de setembro.
O livro Migração do rádio AM para o FM – Avaliação de impacto e desafios frente à convergência tecnológica será lançado durante a realização de dois eventos: o 28º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, no dia 22 de agosto, em Brasília e o 41º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, dia 7 de setembro, em Joinville. A obra, coordenada pelas professoras Nair Prata (UFOP) e Nélia Del Bianco (UnB/UFG), apresenta os resultados de uma pesquisa nacional que busca entender o impacto da migração do rádio AM para o FM no Brasil.
A investigação contou com a participação de quase uma centena de pesquisadores de todo o país, que entrevistaram 238 emissoras de rádio migrantes. Os resultados são apresentados em três capítulos do livro. No primeiro, é traçada uma linha do tempo do processo de construção da política pública da migração do AM para o FM. A análise dos resultados da investigação em âmbito nacional está no segundo capítulo. E, por fim, no terceiro capítulo, 77 autores interpretam os dados de cada estado à luz da história da formação do mercado de radiodifusão regional. Participam da pesquisa os seguintes estados: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins, além do Distrito Federal.
A investigação é fruto do projeto de pesquisa “Migração do rádio AM para o FM: análise do processo, sustentabilidade, audiência e impacto no conteúdo, programação, profissionais e estratégias de relacionamento com a audiência”, do Grupo de Pesquisa Rádio e Mídia Sonora da Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. Foi desenhado a partir de duas situações: emissoras AM que assinaram o termo de outorga e estão transmitindo em FM e emissoras AM que assinaram o termo de outorga, mas ainda não iniciaram as transmissões em Frequência Modulada.
O objetivo principal da pesquisa foi entender o processo de migração sob os aspectos relacionados ao processo de mudança – investimentos necessários à mudança; expectativa de aumento de faturamento e audiência; reconfiguração do conteúdo e da programação para se adaptar à nova frequência; mudanças na equipe de profissionais; construção de estratégias de relacionamento com a audiência; e reposicionamento da marca da rádio no FM.
A coleta dos dados foi feita por meio de questionário online aplicado junto às emissoras. De novembro de 2017 a abril/maio de 2018 os pesquisadores saíram a campo para o preenchimento do instrumento de pesquisa e, em maio/junho, os grupos de cada estado analisaram os dados coletados e escreveram os textos que compõem o livro.
O livro, publicado pela Editora Insular (www.insular.com.br), tem dois prefácios: um da coordenadora do Grupo de Pesquisa Rádio e Mídia Sonora da Intercom, professora Valci Zuculoto (UFSC) e o outro do diretor geral da ABERT, Luís Roberto Antonik.
Segundo uma das coordenadoras do projeto, professora Nair Prata, “fazer pesquisa empírica com tal extensão não é uma tarefa simples, mas os dados que vêm à luz compensam todo o empenho na investigação”. A outra coordenadora, professora Nélia Del Bianco, explica: “Com este trabalho, desvelamos um rádio que se esforça nas tentativas de se reinventar, buscando novos públicos, novas formas de sustentabilidade e novos modos de sobrevivência em um ecossistema midiático em profunda reconfiguração”.