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Geografia: entenda as diferenças entre a Ilha dos Lençóis e os Lençóis Maranhenses

Muitos maranhenses e turistas ainda confundem a região dos Lençóis Maranhenses e a Ilha de Lençóis.

A primeira está situada no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, uma extensa área que compreende os municípios de Barreirinhas, Paulino Neves, Primeira Cruz e Humberto de Campos.

Essa região é bastante divulgada no trading turístico internacional pelas belezas naturais do rio Preguiças e o conjunto de dunas e lagoas, além das praias que formam um complexo de atrativos até mesmo para a prática de esportes náuticos, como o kitesurf, na localidade Atins.

O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses está localizado no percurso da Rota das Emoções, estendendo-se pelo litoral do Maranhão, Piauí e Ceará.

Já a Ilha dos Lençóis é posicionada no litoral ocidental do Maranhão, na região denominada Floresta dos Guarás, em direção oposta ao Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

Entre tantas referências a ilha já foi tema do enredo da escola de samba Tuiuti, do Rio de Janeiro, no carnaval de 2020.

A Ilha dos Lençóis faz parte do grande território da Reserva Extrativista (Resex) de Cururupu ou Arquipélago de Maiaú, formada por 17 áreas insulares onde se cultivam principalmente a pesca, a maricultura e o turismo, entre outras atividades.

Lençóis, a ilha, é conhecida pelas belezas naturais e aspectos culturais relacionados ao sebastianismo (veja vídeo abaixo). Conta a lenda que o rei de Portugal, Dom Sebastião, morto na batalha de Alcácer-Quibir (África), em 1578, reaparece cavalgando sobre as exuberantes dunas da ilha nas noites de lua cheia.

Parte dos moradores tem a pele embranquecida e frágil devido ao fenômeno do albinismo. Colados à lenda e cautelosos na exposição ao sol intenso na região, os albinos costumam sair de casa com mais frequência depois do poente.

Caminhando sobre as dunas à noite, produzem uma cena cinematográfica e incorporam à lenda o relato de que seriam filhos da lua. Os moradores, no geral, prestam reverência ao rei Dom Sebastião (veja abaixo).

Moradora da ilha dos Lençóis, Helena fala sobre a encantaria de Dom Sebastião.
Vídeo: Marizélia Ribeiro

Para você se localizar melhor no mapa do Brasil, posicione o dedo no Maranhão. Se você mover em direção ao Ceará indica que está a caminho do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, que tem como principal referência a cidade de Barreirinhas.

Se mover o dedo em direção ao Pará vai encontrar o litoral ocidental e nessa orientação segue para o município de Cururupu (cerca de 300km de São Luís), onde está localizada a famosa ILHA DOS LENÇÓIS.

Veja abaixo os contatos de pousada na Ilha dos Lençóis.

O porto de Apicum-Açu é um dos caminhos para chegar à Ilha dos Lençóis.

Aprecie o visual da chegada à Ilha dos Lençóis

Conheça também o sistema híbrido de geração de energia na Ilha dos Lençóis.

Saiba como funciona o manejo ecológico da Resex Cururupu na Ilha dos Lençóis.

Conheça também os atrativos na Ilha de Bate Vento, vizinha à Ilha dos Lençóis.

Imagem destacada / Vista das dunas na Ilha dos Lençóis / Fonte: Pinterest

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Enredo da Tuiuti (RJ) traz encantaria da Ilha dos Lençóis, no Maranhão

A escola de samba Paraíso do Tuiuti, do Rio de Janeiro, apresentou no Carnaval de 2020 o enredo “O santo e o rei: encantarias de Sebastião”, do carnavalesco João Vitor Araújo.

Na composição constam duas referências a São Sebastião: uma no Rio de Janeiro e outra no litoral do Maranhão.

Padroeiro dos cariocas, o santo é referenciado especialmente pela comunidade Tuiuti, que também apadrinha a escola de samba.

O enredo é alusivo à lenda de Dom Sebastião, cultuada na Ilha dos Lençóis, localizada no município de Cururupu, no litoral ocidental do Maranhão.

Destaque da Tuiutí /
Foto: Alexandre Mourão G1

A ilha é povoada pelas encantarias originárias da saga do rei português Dom Sebastião, morto no século 16, na batalha de Alcácer-Quibir, no Marrocos, quando tentava reconstruir a pujança econômica de Portugal.

Diz a lenda que nas noites de lua cheia Dom Sebastião renasce em uma aparição, cavalgando sobre um touro adornado por joias nos imensos morros de areia branca da Ilha dos Lençóis.

Devido a incidência do albinismo em uma parte dos moradores da ilha, as pessoas de pele clara são denominadas “filhos da lua”, de certa forma colaborando para o imaginário das encantarias em Lençóis.

Entenda a Geografia

Muitos maranhenses e turistas ainda confundem a região dos Lençóis Maranhenses e a Ilha de Lençóis.

A primeira está situada no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, uma extensa área que compreende os municípios de Barreirinhas, Paulino Neves, Primeira Cruz e Humberto de Campos.

Essa região é bastante divulgada no trading turístico internacional pelas belezas naturais do rio Preguiças e o conjunto de dunas e lagoas, além das praias que formam um complexo de atrativos até mesmo para a prática de esportes náuticos, como o kitesurf, na localidade Atins.

O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses está localizado no percurso da Rota das Emoções, estendendo-se pelo litoral do Maranhão, Piauí e Ceará.

Já a Ilha dos Lençóis é posicionada no litoral ocidental do Maranhão, na região denominada Floresta dos Guarás, em direção oposta ao Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

A Ilha dos Lençóis faz parte do grande território da Reserva Extrativista (Resex) de Cururupu ou Arquipélago de Maiaú, formada por 17 áreas insulares onde se cultivam principalmente a pesca, a maricultura e o turismo, entre outras atividades.

Na Resex Cururupu existem atrativos turísticos de grande potencial: dunas, praias, lagoas, manguezal, culinária e a toda a cultura dos moradores.

Leia mais sobre a Ilha dos Lençóis, saiba como chegar lá e onde se hospedar.

Lençóis, a ilha, é conhecida pelas belezas naturais e aspectos culturais relacionados ao sebastianismo (veja vídeo abaixo). Conta a lenda que o rei de Portugal, Dom Sebastião, morto na batalha de Alcácer-Quibir (África), em 1578, reaparece cavalgando sobre as exuberantes dunas da ilha nas noites de lua cheia.

Parte dos moradores tem a pele embranquecida e frágil devido ao fenômeno do albinismo. Colados à lenda e cautelosos na exposição ao sol intenso na região, os albinos costumam sair de casa com mais frequência depois do poente.

Caminhando sobre as dunas à noite, produzem uma cena cinematográfica e incorporam à lenda o relato de que seriam filhos da lua. Os moradores, no geral, prestam reverência ao rei Dom Sebastião (veja vídeo abaixo)

Moradora da ilha dos Lençóis, Helena fala sobre a encantaria de Dom Sebastião.
Vídeo: Marizélia Ribeiro

Para você se localizar melhor no mapa do Brasil, posicione o dedo no Maranhão. Se você mover em direção ao Ceará indica que está a caminho do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, que tem como principal referência a cidade de Barreirinhas.

Veja o visual da Ilha dos Lençóis, em Cururupu, no litoral ocidental do Maranhão.
Vídeo: Marizélia Ribeiro

Se mover o dedo em direção ao Pará vai encontrar o litoral ocidental e nessa orientação segue para o município de Cururupu (cerca de 300km de São Luís), onde está localizada a famosa ILHA DOS LENÇÓIS.

Ouça aqui o samba da Paraíso do Tuiuti

Compositores: Moacyr Luz, Cláudio Russo, Aníbal, Júlio Alves, Pier e Tricolor Intérpretes: Celsinho Mody e Nino do Milênio

Veja no vídeo abaixo o comentário sobre a Ilha dos Lençóis.

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Conheça a hospitalidade em Ponta dos Almeida, um dos portos para chegar às ilhas de Cururupu

O porto e povoado de Ponta dos Almeida, também conhecido como Aquiles Lisboa, é um dos acessos às ilhas da Reserva Extrativista (Resex) de Cururupu. Nesse lugar aprazível você pode se hospedar na casa de dona Neném e seu Zé Cambeta, pessoas ilustres e receptivas que nos acolheram em mais uma viagem inesquecível pelo litoral ocidental do Maranhão.

Saindo da sede do município de Cururupu você dirige por cerca de uma hora em uma estrada rural até chegar em Ponta dos Almeida, onde pode tomar uma embarcação para as ilhas da Resex.

Nessa viagem nós fizemos o deslocamento até a ilha de Mangunça, em aproximadamente uma hora e meia de viagem, depois contornamos a ilha até chegarmos na praia da Taboa.

Não existem linhas regulares de barcos. Para fazer essa viagem você tem de juntar uma turma e alugar uma embarcação.

A viagem é mais confortável no começo do ano, quando caem as primeiras chuvas, ou após o período chuvoso, em agosto. Nesses dois períodos a estrada Cururupu – Ponta dos Almeida fica em condições razoáveis.

No período das chuvas intensas não é recomendável transitar pela estrada porque tem muitos alagamentos.

Imagens: Marizélia Ribeiro

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Ilha de Mangunça e praia da Taboa: duas aventuras de barco pela Reserva Extrativista de Cururupu

Existem várias formas de acessar as ilhas da Reserva Extrativista (Resex) de Cururupu: pelo porto principal localizado na própria sede do município ou nos povoados Pindobal e Ponta dos Almeida (Aquiles Lisboa), portos secundários onde também é possível tomar embarcações e visitar lugares belos na região das Reentrâncias Maranhenses, Floresta dos Guarás ou Arquipélago de Maiaú (os três nomes designam a mesma região).

Chegando em Cururupu, você pode acessar uma estrada rural até chegar em Ponta dos Almeida (Aquiles Lisboa), com um deslocamento de aproximadamente uma hora (de carro). No primeiro semestre a estrada fica bastante danificada devido às chuvas intensas. Por isso é recomendável fazer a viagem entre os meses de agosto até dezembro.

Veja no vídeo abaixo como é feito o percurso de barco.

Mangunça é uma ilha pouco habitada e na área do “fundo da ilha” está localizada a comunidade Taboa, onde vivem seis famílias.

Com belas paisagens de campos, mata, lagos, restinga, apicum, dunas e praia, a Taboa é um lugar desafiador para conhecer. As imagens são de Marizélia Ribeiro.

Não existem rotas convencionais de barcos nem pousadas para o eixo Mangunça/Taboa. Se você quiser desfrutar esses lugares tem de juntar uma turma corajosa e despojada, alugar uma embarcação e encarar a aventura.

Por do sol na praia da Taboa. Foto: Marizélia Ribeiro

Depois de sair da vila principal de Mangunça você segue de barco até o pequeno porto de Taboa. Chegando lá, o deslocamento até a vila de seis casas é feito de carroça e a pés.

Leve protetor solar, chapéu, repelente, saco de dormir, rede ou barraca para acampar. A culinária é farta, principalmente peixe para comer cozido, grelhado ou frito.

Esqueça o bucolismo. Na Taboa se trabalha muito, de chuva a sol, com pescaria, criação de gado, ovinos e caprinos, pequena agricultura familiar e extrativismo.

A vida é dura, mas você encontra pessoas muito agradáveis, como Dutra, Deleon, Nalva, Nildo, Louro e tantos outros que nos receberam nas suas casas.

Embora seja um lugar isolado, de difícil acesso, na Taboa os moradores fazem adaptações com placas solares para obter energia que ilumina das casas e fazem “rodar” aparelhos eletrodomésticos.

Veja como funciona o sistema de energia solar na casa de Nalva e Nildo.

O principal meio de comunicação ainda é o velho rádio AM. Sinal de celular é um sonho, mas um dia chega. Sem luz elétrica, um dos baratos em Taboa é acender uma fogueira e bater papo até tarde da noite, sob um deslumbrante céu estrelado.

Abaixo, veja como é a relação entre os moradores da Taboa e os programas jornalísticos de rádio AM.