A categoria dos bancários do Maranhão teve uma importante vitoria sábado, 22 de maio. Apurados os votos para eleição do seu Sindicato, venceu a Chapa 1 “Trabalho, Resistência e Luta”, presidida por Dielson Rodrigues (Banco do Brasil).
A vitória da Chapa 1 representa a continuidade de uma ação promovida por um grupo de trabalhadores e trabalhadoras que é reconhecido nacionalmente. Isso é fato!
Hoje, o Sindicato dos Bancários do Maranhão é um dos principais sindicatos do Brasil. É uma referência de luta, independência e transparência. A Chapa 1 teve o apoio da atual diretoria do Sindicato, presidida por Eloy Natan.
A vitória foi eleitoralmente expressiva, com a Chapa 1 tendo 1.673 votos (66,23%) e os adversários tendo 852 (33,77%). A Chapa presidida por Dielson Rodrigues teve o dobro de votos da chapa derrotada.
A verdade venceu
Se eleitoralmente foi tranquilo, no plano político a Chapa 1 enfrentou grande baixaria, sofrendo ataques, inclusive de instrumentos ligados a extrema direita bolsonarista.
No dia 12 de maio, no meio da campanha eleitoral para a direção do Sindicato dos Bancários, a Agência Tambor publicou editorial intitulado “A informação vencerá a calúnia”.
Nesse texto, deixamos muito claro, para a opinião pública e para a categoria, “nosso apoio irrestrito a Chapa 1”.
Além do apoio, lamentamos e informamos que integrantes da Chapa 1 foram obrigados a mover ações na Justiça, por conta de calúnias.
Hoje, com a vitoria da verdade na eleição do Sindicato dos Bancários do Maranhão, podemos dizer que a verdadeira democracia saiu ganhando.
Salve a democracia! E parabéns a toda a categoria!
Vem aí a eleição para o Sindicato dos Bancários do Maranhão! Será nos dias 19, 20 e 21 deste mês de maio. E nós, da Agência Tambor, estamos apoiando a Chapa 1, presidida por Dielson Rodrigues, funcionário do Banco do Brasil.
Antes da eleição, queremos falar rapidamente e de maneira pública, sobre democracia e comunicação. Inicialmente, lembraremos dois fatos importantes, que passam pelo movimento sindical brasileiro, com repercussão positiva na sociedade.
O primeiro é a criação da TVT, emissora de TV educativa de São Paulo, concedida para uma entidade sem fins lucrativos, que entrou no ar em 2010, financiada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo e pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista, ambos filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT).
O segundo fato é a criação da Agência Tambor, em São Luís do Maranhão, também mantida por uma entidade sem fins lucrativos, que nasceu em 2018, em consequência de um seminário ocorrido na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e do investimento político e financeiro do jornal alternativo Vias de Fato, do Sindicato dos Bancários do Maranhão e da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) no Maranhão.
Tanto a TVT quanto a Agência Tambor são projetos fundamentais para a construção de uma sociedade democrática no Brasil. São iniciativas jornalísticas comprometidas com a classe trabalhadora, com as minorias, com movimentos e organizações populares.
E a Agência Tambor tem orgulho da parceria com o Sindicato dos Bancários. Ela é resultado de uma história de luta, de um processo ininterrupto iniciado em 2009, quando o saudoso David Sá Barros chegou a presidente do Sindicato e o Jornal Vias de Fato deu seus primeiros passos. Falamos de um alinhamento evidentemente voltado para o interesse público, com prioridade para os segmentos mais vulneráveis de nossa sociedade.
E hoje, passados três ano de fundação da Agência Tambor, além dos Bancários, nós temos e já tivemos o apoio de outros sindicatos e de outras organizações sociais, de dentro e de fora do Maranhão, além do patrocínio de diferentes instituições. Entre elas, citamos a Artigo 19, entidade nascida em Londres, no ano de 1987, com a missão de “defender e promover o direito à liberdade de expressão e de acesso à informação em todo o mundo”. E recentemente, a Prefeitura de São Luís também procurou a Tambor, para veicular propaganda de prevenção contra o coronavírus.
Os passos da Agência Tambor são vitórias da classe trabalhadora, com a participação histórica do Sindicato dos Bancários.
Com este editorial, além de deixar bem claro nosso apoio irrestrito à Chapa 1 (presidida por Dielson Rodrigues), queremos também repudiar os ataques que essa mesma Chapa 1 vem sofrendo, por conta dessa relação entre Bancários e Tambor.
É lamentável que membros da atual diretoria do sindicato tenham sido obrigados a processar algumas pessoas por calúnia, injúria e difamação, por conta das mentiras que estão sendo ditas, nessa atual campanha.
Diante da apelação e da baixaria, queremos deixar pública nossa mensagem também aos caluniadores.
Não aproveitem uma campanha eleitoral para prestar serviço à mídia dos banqueiros! Não joguem em favor dos patrões! Não façam esse serviço sujo! Respeitem o movimento sindical! Respeitem a classe trabalhadora! Respeitem a história de luta do Sindicato dos Bancários do Maranhão! Respeitem a comunicação alternativa, popular e classista. A sociedade brasileira não precisa de mais fake news! Não trilhem o caminho dos fascistas! Eleição não é vale tudo!
E por fim, convidamos as bancárias e bancários do Maranhão a votarem na Chapa 1. Em nome da categoria! Em nome da luta de todas as trabalhadoras e trabalhadores! E em nome da verdade! Contra os fascistas!
As eleições do Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA) acontecerão no período de 19 a 21 de maio de 2021. A Chapa 1 indicou os nomes dos bancários Dielson Rodrigues para a Presidência e Rodolfo Cutrim para a Secretaria Geral, ambos do Banco do Brasil.
Todos estão alinhados no objetivo de dar continuidade ao trabalho que já está sendo feito pela atual gestão do sindicato, pois entendem que aquilo que tem dado certo precisa continuar visando sempre o melhor para a categoria.
A CHAPA 1 – TRABALHO, RESISTÊNCIA E LUTA! POR NENHUM DIREITO A MENOS é formada por bancários e bancárias de diversos bancos, públicos e privados, parte deles inclusive faz parte da atual gestão do SEEB-MA.
Além disso, novos bancários estão participando da chapa, trazendo a renovação, que se unirá à experiência da gestão atual, unindo esforços na luta em cada batalha a ser travada em busca de melhores condições de vida e trabalho, manutenção de direitos, contra os desmandos do governo e dos banqueiros que visam somente o lucro.
Ainda há muito trabalho a ser feito e só uma gestão aguerrida pode representar a categoria de forma atuante e responsável em suas demandas, contra o assédio moral e sexual sofrido constantemente por bancários e bancárias em todo o país, com processos individuais, escuta psicológica, atendimento médico entre outras.
Para isso é necessário que cada trabalhador que acredita no trabalho que vem sendo feito vote para que as ações realizadas possam continuar a ser feitas e melhoradas cada vez mais.
É chegada a hora de escolher continuar caminhando com uma gestão que trabalha, resiste e que continuará lutando rumo a muitas lutas, mas também grandes conquistas e vitórias para toda a categoria bancária desse nosso imenso estado.
ALGUMAS DAS PROPOSTAS DA CHAPA 1:
Entre as propostas estão:
A manutenção da atuação nos diversos canais de comunicação tais como as redes sociais, emissoras de televisão e rádios comunitárias;
Realização anual de congressos dos bancos públicos, por banco;
Fortalecimento do programa “Escuta Clínica”, que vem possibilitando atendimento psicológico aos bancários desde 2020;
Ampliação e aperfeiçoamento do já existente “Portal da Transparência”;
Fortalecer e ampliar o atendimento jurídico para a categoria nas causas coletivas e individuais;
Continuar fomentando e participando mais ativamente das lutas com outras entidades sindicais e movimentos sociais classistas, além de outras propostas da chapa que fortalecerão a luta dos bancários.
Chapa 1
TRABALHO, RESISTÊNCIA E LUTA! POR NENHUM DIREITO A MENOS
As centrais sindicais, entidades sindicais e de movimentos sociais, coletivos políticos e de pesquisadores e educadores militantes parabenizam a eleição da Chapa 2 “Da unidade vai nascer a novidade” que venceu as eleições do Sindeducação, com 482 votos(48%), obtendo um grande apoio da categoria, que necessita de uma direção classista e que defenda os seus direitos e amplie suas conquistas.
Ao mesmo tempo em que reivindicam, urgentemente , que a Comissão Eleitoral homologue, em ata, o resultado oficial das eleições, concluídas no dia de ontem, respeitando a vontade da maioria dos professores e professoras da rede municipal de ensino, de acordo com o que prevê o artigo 83 do estatuto da entidade, que
diz: “Encerrada a apuração, o Presidente da Comissão Eleitoral proclamará eleita a chapa que
obtiver a maioria simples dos votos apurados e fará lavrar a ata dos trabalhos eleitorais”. Até o presente momento, às 19h55, ainda não havia sido disponibilizada para a categoria.
Conforme nota da própria direção da entidade em seu site oficial , publicada às 16h26, (“a votação que ocorre ao longo desta terça-feira, das 7 às 19h, prossegue em clima de tranquilidade”), o processo eleitoral ocorreu dentro da normalidade, mesmo com as limitações da pandemia da Covid-19.
Reafirmamos nosso compromisso com a direção eleita e estaremos juntos nas lutas reivindicatórias da categoria e dos trabalhadores.
São Luís , 25 de novembro de 2020
Assinam
Central Sindical e Popular CSP CONLUTAS
Central Única dos Trabalhadores – CUT
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB
Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal e MPU no Maranhão – Sintrajufe /MA
Apruma – Seção do Andes Nacional
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado- PSTU
Resistência/PSOL
Sindicato dos Bancários do Maranhão
Quilombo Urbano do Maranhão
Coletivo Úrsula
Coletivo Mosaico
Coletivo Travessia
Coletivo MOPE
Coletivo Professores pela Base
HISTEDBR – Grupo de Estudos e Pesquisas ” História, Sociedade e Educação no Brasil
Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos De São Luís – SINFUSP
Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Caxias
Sindicato dos Trabalhadores da Assembleia Legislativa do Maranhão – SINDSALEM
O grupo que
domina a Prefeitura de São Luís há 30 anos tem uma espécie de formula mágica
para ganhar as eleições.
A cada
quatro anos a cidade é “invadida” por operações de asfaltamento e tapa buracos,
proporcionando um verdadeiro milagre no visual das ruas.
É o que está
acontecendo agora com a empreitada “São Luís em obras”, o novo mote
publicitário desencadeado já quase no fim do segundo mandato do prefeito
Edivaldo Holanda Junior (PDT).
Claro que sozinho
o asfaltamento não ganha eleição. Existem outros ingredientes muito mais
quentes no jogo da campanha do 12.
Mas, do ponto de vista da cosmética, asfalto rende voto e demonstra o nível do atraso de São Luís na infraestrutura, uma capital que não tem pavimentação adequada sequer nas vias principais.
Quem trafega
do Canto da Fabril até a praça Deodoro, no coração da cidade, pode perceber o quanto
estamos defasados no item pavimentação, vivendo uma São Luís do tempo das
estradas carroçais do século XIX.
Transitar pelo
antigo Caminho Grande é uma experiência do passado, atravessando lombadas,
costelas de vaca, depressões, falhas de todos os tipos.
Mas, todos
os anos esses defeitos são reparados e o eleitor vota novamente na gestão do
asfalto.
Dois outros
aspectos merecem destaque nessa análise: 1) as obras são sempre mal feitas
porque ensejam outros contratos com as empreiteiras; 2) não há transparência
quanto ao uso do dinheiro público nas operações de asfaltamento e tapa buracos.
No pragmatismo eleitoral é tudo muito bem organizado, de tal forma que se despejam vultosas somas de dinheiro em obras mal feitas e outras montanhas de reais em propaganda para divulgar as operações.
Talvez tenha
até mais propaganda que obra real; portanto, mais dinheiro nos anúncios que no
chão.
Além do
asfalto, outros ingredientes da cosmética contam no visual. Sempre nas vésperas
do período eleitoral a Prefeitura manda capinar os matagais na cidade e também
pintar de cal os canteiros, muitos deles quebrados.
Tudo isso
junto – asfalto, capina e cal – sempre funciona e ajuda a manter o mesmo grupo
no comando da administração de São Luís há três décadas.
Nesse final
de ano de 2019 a Prefeitura antecipou a invasão das máquinas de asfaltamento e
tapa buracos. Geralmente essas ações ocorrem logo depois das chuvas, bem perto
da eleição.
A
antecipação pode ter ocorrido porque um dos candidatos a prefeito, Eduardo
Braide (Podemos), parece ameaçar o mandonismo do grupo que há 30 anos controla
a cidade.
A liderança de Braide chega a preocupar, nesse momento, mas não será fácil tomar a Prefeitura do PDT. E mesmo se tomar, pouca coisa muda, ou quase nada, considerando que Edivaldo Holanda Junior e Eduardo Braide são frutos jovens da velha árvore política do Maranhão.
Imagem destacada / divulgação: prefeito Edivaldo Junior, de camisa rosa, supervisiona tapagem de buracos ao lado do então vice-prefeito e hoje senador Roberto Rocha
Coletivo amplo formado por docentes de várias áreas, a chapa 1 “Amanhã vai ser outro dia: Apruma autônoma e democrática” prega a luta pela garantia dos direitos dos professores e professoras de toda UFMA (Bacabal, Balsas, Chapadinha, Codó, Grajaú, Imperatriz, Pinheiro, São Bernardo e São Luís).
O candidato a presidente pela chapa 1, Bartolomeu Mendonça, professor do Colégio Universitário (Colun), reafirma o combate às políticas de mercantilização da Educação pública, rejeição ao Future-se e autonomia da Apruma em relação aos partidos, governos e às reitorias.
Veja abaixo a carta-programa e os(as) integrantes da chapa 1
AMANHÃ VAI SER OUTRO DIA:APRUMA AUTÔNOMA E DEMOCRÁTICA
Nada mais apropriado para esses tempos de avanço do autoritarismo e da intolerância bradar que “amanhã vai ser outro dia”, como bem fora profeticamente apontado na música Apesar de Você, de Chico Buarque, quando se lutava contra a ditadura empresarial-militar no Brasil. Novamente, é preciso falar de esperança, sonhar, amar, lutar para que um outro dia, de garantia de direitos, de democracia, de respeito à liberdade e à diversidade, seja próximo e real. Os tempos atuais nos impõem enormes desafios pois as ameaças se apresentam em todas as dimensões de nossa vida.
Os atuais ataques expressam assim violentamente a retirada dos parcos direitos que as trabalhadoras e os trabalhadores conquistaram em sua longa e árdua jornada de lutas por direitos. A emenda constitucional do teto de gastos, a reforma do ensino médio, a reforma trabalhista ainda no governo golpista de Temer e a reforma da Previdência do governo de extrema-direita demonstram que o tempo de concessão ou conciliação acabou.
Hoje, a universidade pública se tornou o alvo prioritário do governo, seja através da tentativa de cerceamento da liberdade de cátedra, seja através de medidas que objetivam acabar com o tripé ensino, pesquisa e extensão, assim como destruir o princípio de ensino universal, gratuito e público. O Future-se, por exemplo, representa uma radical mercantilização do ensino superior, um ataque a autonomia universitária e a possibilidade real de perda de patrimônio físico e intelectual.
Compreendemos que esses ataques se alastram nas mais diversas dimensões. No âmbito dos costumes e da cultura, expressam o fortalecimento de uma visão reacionária da vida, em que o diferente deve ser padronizado, onde a arte se torna inimiga e o amor se coisifica. No âmbito dos direitos constitucionalmente garantidos, tais como o direito à saúde, à educação, à previdência, as propostas e medidas do atual governo federal expressam o avanço da locomotiva do capital internacional em se apropriar de tudo. E o governo Bolsonaro é a síntese fiel desse projeto.
Nesse contexto, é fundamental demarcar o projeto societário que interessa à classe trabalhadora e definir claramente as pautas de lutas em defesa da educação pública. Nessa direção, devemos nos questionar: qual o papel da Apruma nesse contexto? A serviço de quem e de que projeto societários devemos atuar?
Então, a grande questão é, queremos uma Apruma a serviço de quê?
O 39º Congresso do Andes-SN, muito acertadamente apresenta como tema “Por Liberdades Democráticas, Autonomia Universitária e em Defesa da Educação Pública”. Assim como tem sido um acerto a tentativa constante de construir unidades amplas, sem oportunismo, sectarismo e autoproclamação com as mais diversas forças para derrotar a agenda reacionária e neoliberal do governo Bolsonaro. A inciativa de Fórum Sindical, Popular e de Juventude Por Diretos e Liberdades Democráticas objetiva isso.
Consideramos que sozinhos seremos todos esmagados, por isso, mesmo a contragosto da direção majoritária de nossa central sindical, a CSP-Conlutas, controlada burocraticamente por um partido político, estamos construindo, nacionalmente e localmente, unidades reais, nas ruas, visando reagrupar as forças progressistas e classistas. Fomos parte da organização dos atos em defesa da Educação Pública, como o histórico 15M e 30M, assim como as Greves Gerais contra a reforma da previdência.
Assim, entendemos que a Apruma deve se manter autônoma à partidos, aos governos e às reitorias. Retornar a um tempo em que as decisões da base e das nossas assembleias eram desrespeitadas através de política sectária e autoproclamatória seria uma derrota histórica.
Um sindicato deve ser uma ferramenta de luta pela garantia dos direitos dos docentes de toda UFMA (São Luis, Imperatriz, Balsas, Grajau, Codó, Bacabal, Chapadinha, São Bernardo e Pinheiro), lutando em defesa da carreira, como a Resolução de Progressão Docente 204/2017; garantia de horas para planejamento de Estágio Supervisionado; Reabertura de prazos para o PID, dentre outras conquistas.
QUEM SOMOS?
Somos professores e professoras cientes de que a nossa responsabilidade se amplia para o combate permanente à agenda ultraliberal e aos desmontes na Educação Pública.
Temos orgulho de ser parte da Apruma, seção sindical do Andes, entidade histórica que soma forças junto a tantas outras organizações de trabalhadores e trabalhadoras em defesa dos direitos da categoria docente e do serviço público, contra a privatização da Universidade.
Em tempos de crescimento das forças conservadoras, reafirmamos a nossa concepção de democracia na UFMA, contra qualquer autoritarismo.
Queremos contar com o seu apoio e a sua solidariedade para manter acesa a chama de luta e esperança por direitos, respeito às diferenças e a batalha permanente por novas conquistas.
Assim, nos dirigimos à categoria docente apresentando as principais propostas da chapa AMANHÃ VAI SER OUTRO DIA: APRUMA AUTÔNOMA E DEMOCRÁTICA.
NOSSAS PROPOSTAS:
– Defender os direitos dos trabalhadores: nenhum direito a
menos!
– Defender a educação pública, laica, gratuita e com
qualidade social em todos os níveis e modalidades;
– Combater as políticas de privatização e mercantilização do
ensino superior como o FUTURE-SE, FUNPRESP e EBSERH;
– Lutar pela ampliação do financiamento público estatal com
a destinação de recursos equivalentes a 10% do PIB para a educação pública;
– Lutar por reajustes salariais e a implantação da proposta
de carreira de professor federal do ANDES-SN, que valoriza a categoria docente;
– Intensificar a luta pela recuperação da integralidade e
pela extinção da contribuição social aos aposentados;
– Realizar anualmente encontro com aposentados com o
propósito de compartilhar os desafios da luta sindical e construir suas pautas
específicas;
– Defender a eleição direta em todas as unidades e
subunidades da UFMA em todos os campi;
– Defender a manutenção das eleições diretas no Colégio
Universitário, garantindo a autonomia da unidade como um importante espaço de
ensino, pesquisa e extensão da educação básica federal;
– Mobilizar a comunidade universitária em defesa da
democratização nas instâncias de decisão na UFMA;
– Lutar por eleições diretas para Reitor e por uma
estatuinte exclusiva e paritária com representantes de docentes, discentes e
técnico-administrativos;
– Lutar pela garantia de representação dos campi nos
colegiados superiores;
– Continuar a luta por construção de creches na UFMA para
atender a demanda da comunidade acadêmica e funcionar como campo de estágio;
– Combater toda forma de opressão (Racismo, Machismo,
LGBTfobia, etc.);
– Trabalhar no fortalecimento da APRUMA-SS e ampliação de
sua atuação junto aos docentes em todos os campi;
– Lutar pela aprovação de resolução específica com critérios
objetivos para remoção de docentes entre os campi;
– Realizar uma vez por ano seminário acadêmico e sindical
com docentes de todos os campi para debater as especificidades e desafios de
cada um deles;
– Aprimorar os canais de comunicação com os sindicalizados e
a sociedade;
– Promover atividades socioculturais e acadêmicas para
integração dos sindicalizados e seus familiares;
– Defender a Resolução de Progressão Docente 204/2017
(CONSAD/UFMA);
– Ampliar a luta por concursos públicos para professores;
– Continuar articulando, em conjunto com outras entidades, a
luta pela imediata recomposição do orçamento e ampliação das verbas para a
Educação Pública;
– Lutar pela garantia da construção coletiva dos Projetos
Político-Pedagógicos dos cursos da UFMA, sustentados na unidade teoria-prática,
na integração do ensino, da pesquisa e da extensão e em uma educação crítica,
libertadora, inclusiva e plural;
– Reivindicar a implantação de planejamentos de arborização
em todos os campi e a adequada coleta e destinação do lixo;
– Promover atividades de economia solidária envolvendo povos
e comunidades tradicionais assim como promover campanhas e debates relacionados
com questões e conflitos ambientais e sua interface com projetos de
desenvolvimento;
– Lutar pela garantia de condições dignas para o trabalho
docente que possam propiciar o exercício da atividade laboral em ambientes que
garantam a saúde física e psíquica do trabalhador.
Docente no curso de Medicina, Antonio Gonçalves lidera a chapa 1 “Andes Autônomo e de Luta”, que disputa as eleições à diretoria do Sindicato Nacional para o biênio 2018/2020.
A eleição ocorre no momento de maior ataque aos direitos dos trabalhadores e de ameaças à Universidade em várias dimensões: cortes nos orçamentos destinados ao ensino, pesquisa e extensão, terceirizações, conservadorismo político e mecanismos já existentes de privatização.
Ex-presidente da Apruma (Associação dos Professores da UFMA), seção sindical do Andes – Sindicato Nacional, na gestão 2014-2018, Antonio Gonçalves integra o coletivo “Andes de Luta e pela Base”.
Também compõem a chapa 1 “Andes Autônomo e de Luta” os docentes Claudio Mendonça (Colégio Universitário), que disputa o cargo de 2º tesoureiro; Rosilda Dias (Enfermagem) e Aurean D’Eça Junior, escolhidos para representar a Regional Nordeste 1 (MA, PI e CE).
A votação será realizada dias 9 e 10 de maio. Nessa entrevista, Antonio Gonçalves fala sobre a conjuntura que ameaça direitos trabalhistas e apresenta as diretrizes gerais da chapa 1.
Blog – Como você avalia a gestão atual do Andes?
Antonio Gonçalves – A atual gestão do Andes Sindicato Nacional, que tem à frente a professora Eblin Farage, da Universidade Federal Fluminense, tem cumprido um papel fundamental na defesa dos direitos dos/das docentes das Universidades públicas e seus Colégios de Aplicação, assim como de Institutos federais e Cefet, na defesa da carreira única de professor federal, no combate à precarização do trabalho docente e do produtivismo que tem levado ao adoecimento físico e mental um grande número de professores/as. Cabe destacar ainda o protagonismo exercido pelo Andes-SN na organização da nossa categoria, em articulação com a CSP-Conlutas, que é a Central Sindical da qual fazemos parte, para o enfrentamento a todas as políticas que retiram direitos: teto no orçamento público, reforma do ensino médio, reforma trabalhista, lei da terceirização e a reforma da Previdência. Foi essa articulação que permitiu a construção da greve geral de 28 de abril de 2017.
Blog – Quais foram as conquistas do Andes na UFMA?
Antonio Gonçalves – O Andes-SN, através da Apruma Seção Sindical, contribuiu para adequar resoluções que interferem diretamente na atividade laboral docente, como aquela que estabelece os critérios para progressão e promoção na carreira do Magistério Superior; elaboração de análises críticas que nos permitiram construir planos de lutas, através dos diversos grupos de trabalho, que incluem políticas educacionais, seguridade social e assuntos de aposentadoria, política ambiental, agrária e urbana, política de ciência e tecnologia; combate a todas as formas de opressões: assédio moral, racismo, machismo, LGBTfobia, xenofobia e capacitismo, através do grupo de trabalho políticas de classe para questões etnicorraciais, de gênero e diversidade sexual; defesa jurídica de vários sindicalizados para a garantia de direitos e combate ao assédio moral. Enfim, várias têm sido as contribuições do Andes-SN na defesa dos/as docentes e da Educação pública.
Blog – A Universidade pública está na mira da privatização?
Antonio Gonçalves – Sim, essa indicação já constava no Consenso de Washington (1989) como uma política a ser implementada nos países do capitalismo periférico como o Brasil. Esclareço que a privatização pode ocorrer de várias formas não-clássicas: cobrança por cursos de especialização, parcerias público-privadas com venda de serviços pela universidade, entrega dos hospitais universitários para os ditos “novos modelos de gestão”, como a EBSERH, etc.
Blog – De que forma a Apruma, seção sindical do Andes, pretende atuar na UFMA?
Antonio Gonçalves – Tive a honra de presidir a Apruma no período de 2014-2018 e de ter contribuído para a manutenção de nosso sindicato independente em relação a governos, partidos políticos e administrações locais. Nossa organização tem sido pela base, são os/as professores/as que ditam os rumos do sindicato, cabe à diretoria executar tais determinações votadas em assembleias gerais. Tenho muita confiança na atual gestão da Apruma e sei que esses princípios históricos do nosso sindicato serão mantidos. Os/as docentes da UFMA reconhecem a Apruma como sua legítima organização sindical e a tem fortalecido como um espaço democrático e de luta.
Blog – Como foi o processo de definição da sua candidatura a presidente do Andes?
Antonio Gonçalves – Faço parte do “Andes de Luta e pela Base” que é um coletivo político que atua no Andes-SN. O núcleo Apruma fez a indicação do meu nome que foi votado e escolhido na convenção eleitoral do coletivo para disputar o cargo de presidente do sindicato, uma tarefa de muita responsabilidade diante da importância do Andes-SN no cenário político nacional. Sinto-me mais seguro e confiante nessa disputa por contar com valorosos/as apoiadores/as localmente e Brasil afora, e ainda por ter como companheiro/a de chapa o professor Claudio Mendonça (Colun) para o cargo de 2º tesoureiro; a professora Rosilda Dias e o professor Aurean D’Eça, que foram escolhidos para representar a Regional Nordeste 1 (MA, PI e CE).
Blog – Qual a sua mensagem aos professores da UFMA nesta eleição?
Antonio Gonçalves – Quero aqui assumir o compromisso na defesa por uma carreira estruturada, pela recomposição salarial e por melhores condições de trabalho. Dirijo-me ao conjunto dos /as docentes da UFMA para pedir o voto e o apoio nas eleições dos dias 09 e 10 de maio de 2018. Esta é a primeira vez, em seus quase 40 anos de existência, que um docente da Apruma disputa a direção nacional do sindicato. Nossa luta é em defesa da educação pública, nos seus diferentes níveis, gratuita, com financiamento público, com um padrão unitário de qualidade, laica, inclusiva e socialmente referenciada, que receba indistintamente os filhos e filhas da classe trabalhadora numa perspectiva emancipatória.
Blog – Na atual conjuntura politica do Brasil, qual é o impacto do governo Michel Temer sobre o ensino, a pesquisa e a extensão?
Antonio Gonçalves – A atual conjuntura política decorre de um golpe parlamentar, jurídico e midiático impetrado contra o povo brasileiro, pois diante de mais uma grande crise do capitalismo como a de 2008, não era mais possível garantir as altas taxas de lucratividade do mercado, era preciso para isso retirar mais direitos da classe trabalhadora. Esse foi o desfecho de um período de governos de conciliação de classes. Para lograr esse intento é que foram aprovadas medidas como a Emenda Constitucional 95, que impôs um teto ao orçamento público, historicamente disputado pelo capital rentista; a reforma trabalhista, a terceirização ampla, geral e irrestrita e ainda pretendem nos retirar o direito à aposentadoria. A educação também é alvo dos golpistas, por isso aprovaram a reforma do ensino médio que busca impedir uma educação mais crítica e reflexiva, priorizando a formação de mão-de-obra para o mercado.
Nas universidades, o objetivo é a privatização por dentro, com todas as suas implicações danosas, tornando o acesso às universidades um privilégio para poucos que poderão pagar, por isso impõem um sucateamento perverso que compromete a qualidade de do ensino; cortam os recursos públicos da pesquisa e da extensão, abrindo caminho para o financiamento privado e a desresponsabilização do Estado na garantia de tais políticas públicas.