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Curso de formação para dirigentes do PT reforça a candidatura de Lula no Maranhão

Denunciar o golpe na democracia brasileira, fortalecer a organização de base e a construção partidária dão a tônica do curso para dirigentes do PT, que prossegue hoje (26), no Praia Mar Hotel, com a participação de dirigentes de 26 municípios do Maranhão.

A organização local do evento é compartilhada pelas secretarias de Formação e Organização/ Finanças (Sorg) do PT. O curso integra a Jornada de Formação para Dirigentes Petistas, realizado pela Fundação Perseu Abramo e Escola Nacional de Formação.

Sessões de estudo e debate marcaram o curso

Segundo o secretário de Formação do PT, jornalista Henrique Silva, o curso é um espaço fundamental para a construção partidária e de fortalecimento das lideranças do partido com o propósito de manter acesa a chama do legado petista e assegurar a candidatura de Lula em 2018. “Não vamos dar trégua ao golpe. Lula é candidato e esse curso é mais um momento, entre tantos outros, em que nós estamos mobilizados em defesa das conquistas dos governos do PT”, explicou Silva.

Cinema

A abertura oficial do curso aconteceu na noite de sexta-feira (25), com a participação do deputado estadual Zé Inácio, do presidente estadual Augusto Lobato, do secretário de Finanças Genilson Alves, dirigentes e lideranças do partido. Sábado (26) participaram do evento o vereador Honorato Fernandes e o secretário de Organização Francimar Melo.

Juventude petista, presente!

Antes da abertura, os participantes do curso assistiram à sessão do filme “O processo”, documentário crítico sobre o golpe que desembocou no impeachment da presidente Dilma Roussef, em agosto de 2017.

As atividades do curso de formação foram coordenadas pelos instrutores integrantes da equipe da Escola Nacional de Formação do PT, Jorge Coelho e Jupira Cahuy. Durante os trabalhos, houve sessão de estudo com leitura de textos, debate sobre os conteúdos e sistematização para orientar os participantes sobre o planejamento da ação partidária, organização e mobilização do PT.

APRENDIZADO Vereadora Maria José, de Feira Nova; Cristiane Silva, de Zé Doca; e Francisco Frei, de São Bernardo

A vereadora Maria José, de Feira Nova, afirmou que o curso está sendo produtivo a respeito do esclarecimento sobre o golpe que destituiu a presidenta Dilma Roussef. “Estamos colocando em prática a defesa do Lula e do direito de ser candidato. Com esses novos conhecimentos adquiridos no curso a gente tem condições de rebater os argumentos contrários ao partido”, destacou.

Segundo a presidente do PT de Mata Roma e membro do diretório estadual, Enilda Alves, o alcance maior do curso é voltar aos municípios e criar comitês populares em defesa da democracia e do direito de Lula ser candidato. “Essa formação é importante para a gente se fortalecer nas nossas bases. “Quero parabenizar o nosso partido. Depois da eleição do companheiro Lobato com essa nova direção e o companheiro Luis Henrique como secretário de Formação, ele tem feito esse esforço de retomarmos a formação que nós tínhamos no partido e isso é muito louvável. O curso está sendo muito bom por conta de estarmos debatendo esse momento da prisão do nosso companheiro Lula e nos mobilizando para formar comitês em defesa da candidatura de Lula e da democracia”, destacou Alves.

Enilda Alves, presidente do PT de Mata Roma, destacou a qualidade do curso

Participaram do curso dirigentes dos municípios de Vargem Grande, Bom Jesus das Selvas, Bacabal, São Luis, Aldeias Altas, Zé Doca, Mata Roma, Dom Pedro, Timon, São Bernardo, Barra do Corda, Matinha, Candido Mendes, Belágua, Codó, Barreirinhas, Bequimão, Conceição do Lago Açu, Feira Nova, Cajapió, Paço do Lumiar, Imperatriz, Presidente Medici, Coroatá, São Mateus.

O curso foi programado para receber a participação de representantes de 100 municípios, mas houve desistência devido à dificuldade com transporte.

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Professora Michelle Cabral lança livro sobre teatro de rua

Fruto da tese de doutorado da professora do curso de Teatro (UFMA), Michele Cabral, o livro “Processos comunicacionais no teatro de rua: performatividade e espaço público” será lançado dia 29 (terça-feira), às 19 horas, no Espaço Amei/shopping São Luís.

A pesquisa apresentada no livro propõe-se a investigar os processos comunicacionais no teatro de rua, tendo a cidade como espaço de conexões entre estes dois universos: a comunicação e o teatro. O trabalho procura entender, especificamente, o modo pelo qual estas encenações teatrais são vistas, compreendidas e ressignificadas pelo público da rua, no ato de sua recepção no espaço público contemporâneo.

Entendendo a intervenção teatral de rua como um ato de comunicação complexo, que envolve diferentes campos sociais, a pesquisa privilegia os processos comunicacionais desenvolvidos em sua prática, ressaltando a relação deste teatro com o público consumidor e o espaço público na contemporaneidade.

“Compreendemos que este encontro inusitado, do teatro com o indivíduo, habitante ou transitório naquele lugar, é um momento singular, onde o discurso estético, apropriando-se do espaço público, vai desencadear um processo dialógico intenso, proporcionando um momento de múltiplas interações. Empreendemos nossa análise dos processos comunicacionais no teatro de rua em sua relação com o espectador, o espaço público e as interações geradas a partir destas experiências”, explica Michele Cabral.

Ainda segundo a autora, a investigação permite compreender as redes tecidas neste lugar simbólico, que é a fruição da arte teatral em relação ao organismo concreto da cidade. Esta conexão leva a perceber que transformações efetivas se dão na apropriação cultural e estética, por meio de um processo comunicacional, que subverte a ordem linear e simplificada de “emissão – mensagem – recepção” propondo um jogo de transições e superposições, que provocam o empoderamento do sujeito receptor, e que, neste processo, se encontra com o sentido da cidadania.

Sobre a autora

Michelle Cabral é artista-docente do curso de Licenciatura em Teatro do Departamento de Artes Cênicas (Dearc) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Ela é atriz, palhaça e diretora teatral, doutora em Comunicação Social pela PUC/RS, mestra em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), bacharel em Artes Cênicas/Direção Teatral pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

Michelle Cabral coordena o Grupo de Pesquisa Encenação e Corporeidades (CNPQ/UFMA), onde desenvolve o projeto de pesquisa “A cidade como palco: jogo, texto e espaço no teatro de rua”. Tem experiência na área de Artes Cênicas com ênfase em Teatro, atuando principalmente nos seguintes temas: teatro de rua, circo, espaço público, política, comunicação e história.

Serviço

Lançamento do livro “Processos comunicacionais no teatro de rua: performatividade e espaço público”

Quando:  29 de maio de 2018

Local: Espaço Cultural da AMEI

São Luís Shoping

Hora: 19h

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Construção da ponte sobre o rio Alegre, em Santo Amaro, divide opiniões dos moradores e empresários

Uma das principais cidades do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, Santo Amaro está diante de uma polêmica em torno da ponte sobre o rio Alegre, ligando a estrada asfaltada (MA-320) ao perímetro urbano do município.

A obra da ponte já foi iniciada e, se concluída, vai permitir o acesso fácil de motos, carros, caminhonetes, ônibus e caminhões a Santo Amaro.

Atualmente, apenas caminhonetes com tração 4 x 4 acessam a sede do município. Elas atravessam o leito do rio Alegre, na parte rasa, transportando as mercadorias que abastecem o comércio, os produtos do setor de serviços, moradores e turistas.

A ponte vai facilitar o fluxo de qualquer tipo de veículo, mas divide opiniões. Parte dos moradores considera que o impacto sobre a cidade será grande e a infraestrutura do município não suporta um volumoso contingente de pessoas, carros, motos, quadriciclos e caminhões, entre outros motorizados.

O ex-vereador e empresário Dodó Carneiro apresenta suas ponderações sobre a construção da ponte. Assista ao video, abaixo.

Pequena cidade encravada nas proximidades das belas dunas e lagoas, Santo Amaro ainda é um lugar com características provincianas.

Moradores e empresários contrários à conclusão da ponte temem pela quebra da tranquilidade no município, considerando que o clima de violência já chegou às pequenas cidades do Brasil.

Da areia ao asfalto

Até o final de 2017, Santo Amaro era acessada por via terrestre apenas pelos carros com tração 4 x 4, atravessando dunas, riachos e lagoas, até chegar à sede do município.

Em fevereiro de 2018, o Governo do Estado concluiu a obra da rodovia MA-320, com 47 Km, entre o povoado Sangue e o município de Santo Amaro, ficando pendente a ponte sobre o rio Alegre.

Sangue fica às margens da rodovia MA-402, que dá acesso ao município de Barreirinhas. A construção da MA-320 (Sangue-Santo Amaro) interliga duas cidades valorosas na rota do turismo no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

A estrutura inicial está pronta e as máquinas continuam trabalhando.

Imagem retirada neste site

Descrição: três caminhonetes cruzam o leito de uma área alagada no meio de uma estrada de areia, cercada de vegetação, no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

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Comissão de Acessibilidade do CCSo/UFMA é um espaço de interlocução para as pessoas com deficiência, explica a professora Carolina Libério

O blog publica hoje a quarta entrevista da série “pessoa com deficiência”. A entrevista, realizada no Laboratório de Rádio, é uma atividade prática da disciplina Produção e Direção de Programas de Rádio, do curso de Rádio e Televisão (RTV) da UFMA.

Nesse programa, os estudantes Ricardo Cadilhe e Naasson Junior dialogam com a professora Carolina Libério, representante do Departamento de Comunicação Social na Comissão de Acessibilidade do Centro de Ciências Sociais (CCSo) da UFMA.

Ouça a entrevista aqui

Segundo Carolina Libério, a Comissão de Acessibilidade do CCSo pode ter um importante papel na negociação em busca da melhoria nas condições de acessibilidade na UFMA. “Acredito que a gente se organizando, não apenas os docentes, mas também uma organização dos discentes, a gente consiga chamar a atenção para alguns setores da Universidade sobre aspectos da infraestrutura. Infelizmente dentro da instituição pública a gente tem que lidar com a burocracia, às vezes com a dificuldade de conseguir recursos e às vezes com uma certa displicência de parte dos setores da Universidade na aplicação desses recursos”, detalhou.

Carol Libério reconhece o esforço político na sociedade brasileira para incluir as pessoas com deficiência e avalia que esse processo é refletido dentro da universidade. Ela foi motivada a participar da Comissão de Acessibilidade do CCSo porque está ministrando aula para três alunos com deficiência em duas disciplinas diferentes e sentiu a necessidade de buscar interlocução sobre a situação desses estudantes fora da sala de aula.

A professora referenciou o aprendizado coletivo que vem tendo na comissão e junto à comunidade universitária e enfatizou o desafio metodológico de aproximar ao máximo os conceitos de sala de aula dos alunos com deficiência. Para Libério, é fundamental desconstruir o preconceito sobre os limites no trato das pessoas que apresentam algum tipo de deficiência.

Carol Libério falou também sobre a atuação da Comissão de Acessibilidade do CCSo e destacou o papel dessa instância como espaço de interlocução e reivindicação da comunidade universitária para construir ambientes de sociabilidade e infraestrutura adequada para as pessoas com deficiência.

Sala de Rádio

O programa “Sala de Rádio” é um recurso didático criado pelo professor do curso de RTV, Ed Wilson Ferreira Araújo, com o objetivo de conectar os conteúdos teóricos às atividades práticas, utilizando os equipamentos disponíveis no Laboratório de Rádio.

Durante a disciplina Produção e Direção de Programas de Rádio, no semestre 2018.1, os estudantes exercitam a técnica de apresentação de programa jornalístico, precedido das atividades de produção: seleção e enquadramento do tema, contato com a fonte, recepção da fonte, condução da entrevista e direção.

Ao longo deste semestre (2018.01), os estudantes da disciplina Produção e Direção de Programas de Rádio planejam, executam, acompanham e avaliam a produção de programa com pautas focadas no tema “pessoa com deficiência”.

Os alunos são responsáveis pela apresentação e edição das entrevistas e/ou programas.

Além da professora Carolina Libério, outras fontes vinculadas ao tema “pessoa com deficiência” já foram entrevistadas pelos estudantes e os arquivos de áudio estão sendo disponibilizados neste blog.

Ao final da disciplina, os alunos vão produzir programas especiais sistematizados a partir das informações colhidas nas entrevistas realizadas durante o semestre.

Descrição: duas mulheres estão em fila indiana. A mulher que está atrás põe uma venda nos olhos da que está à frente. Foto: Marcus Elicius

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A dura vida de Roseana Sarney na oposição

Depois de muitas especulações e insegurança, Roseana Sarney (MDB) finalmente se manifestou sobre a candidatura ao governo do Maranhão em 2018.

No seu discurso de 19 minutos em que anunciou a decisão de ser candidata, uma frase desenha o principal “vamos enfrentar muitos obstáculos”.

Está nesse trecho a senha para entender o quanto será difícil fazer uma campanha sem a máquina do governo e o chicote na mão para açoitar os prefeitos.

A filha de José Sarney sempre fez campanha com muitas armas e exércitos ao seu dispor: 1) controle dos cargos federais no Maranhão; 2) a máquina do governo estadual; 3) maioria folgada nas bancadas federal e estadual; 4) controle absoluto sobre os meios de comunicação, principalmente os sistemas Mirante e Difusora; apoio das multinacionais Vale do Rio Doce e Alumar; 5) domínio sobre os currais eleitorais dos prefeitos; 6) poder de mando nos maiores partidos e coligações com a maioria esmagadora das legendas de aluguel;

Tudo isso convergia para que ela fizesse campanha nos cenários mais favoráveis, apenas para cumprir os rituais da eleição, mesmo assim utilizando métodos heterodoxos como a famosa farsa do morto-vivo Reis Pacheco.

Leva-se ainda em consideração, nas eleições passadas, a força política de José Sarney no cenário nacional, sempre ocupando postos elevados no staff da República, atraindo o poder de Brasília para manter a hegemonia no Maranhão.

Em 2018, resta para Roseana Sarney pouca munição e um exército cambaleante. Ela não está acostumada a fazer campanha sem a chave do Palácio dos Leões.

O poder de do pai em Brasília não é mais o mesmo.

Até mesmo seus correligionários fiéis nos bons tempos da fartura do dinheiro público abandonaram o barco. Figuras como Gastão Vieira e Pedro Fernandes já estão militando na base de Flávio Dino.

O dinheiro das doações será mais vigiado e a fragilidade do grupo que sempre lhe deu sustentação vai ter influência negativa na drenagem do financiamento de campanha.

Tudo isso e muito mais será computado no dia a dia da campanha. Em 2018, diferente de todas as facilidades que teve na vida, Roseana está fora do poder oficial.

Esse fantasma de não mandar no dinheiro público vai atormentá-la a campanha inteira.

Apesar da bravata de hoje, Roseana é oposição. E isso faz toda a diferença.

Foto: reprodução / O Imparcial

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Novo disco de Lena Machado convida ao deleite

Reservei o entardecer e começo da noite deste sábado (19 de maio) para escutar – e não apenas ouvir – o novo disco de Lena Machado: “Batalhão de Rosas”. Digo escutar porque apreciei a obra atentamente (folheando o encarte), não de forma distraída como é de praxe, mas com o ouvido cheio de pensamentos sobre a arte desta intérprete que poderia ser trilha de novela, ilustrando aquelas cenas exuberantes do pôr do sol de Ipanema.

Digo isso porque a arte é universal, seja ela extraída de uma banca de comida na feira da Praia Grande ou em um restaurante chic de Dubai.

Capa do disco Batalhão de Rosas

Ao folhear o miolo do “Batalhão de Rosas”, com as músicas de fundo, senti a força de uma voz que canta trazendo à tona as entranhas dos sentimentos traduzidos nas letras.

Além dos clássicos de Joãozinho Ribeiro (Asas da Paixão), Cesar Teixeira (Namorada do Cangaço, Boi de Medonho, Flanelinha de Avião) e Bruno Batista (Batalhão de Rosas), o disco traz a poética de Didã (Banca da Honestidade) em uma composição sobre a labuta das mulheres guerreiras que fazem da gastronomia de rua e dos mercados a sobrevivência de famílias inteiras.

“De Deus”, assinada por Bené Fonteles, costura uma ginga maneira como se ali na letra tivesse um drible de futebol, com a esperteza do verso final da primeira estrofe – “num passe…”.

Quando eu ouvi “Preta”, de Camila Cutrim e Fernanda Preta, logo lembrei de duas personagens marcantes na obra de Josué Montello: Benigna (Os tambores de São Luís) e Nadine (O baile da despedida), mulheres com o dom de enfeitiçar por vários significados: a voz, a cor, o gingado e o “enigma profundo”.

Zeca Baleiro e Swami Jr  fornecem munição num bolero para Lena Machado deslizar feito um catamarã musical em “Duas Ilhas” – um texto filosófico sobre o amor e as suas dificuldades.

E quanto alento ao escutar “Bom dia”, letra de Alessandra Leão, demarcando o território feminino em um disco lírico e tribal, simultaneamente catapultado à condição de uma obra musical do mundo, universal.

Lena Machado é uma intérprete merecedora da nossa audiência, pela magia de uma voz que anima as almas das pessoas.

A produção e os arranjos são de Wendell Cosme, Israel Dantas e Wesley Sousa. O trio deu tom especial à obra musical.

Fico por aqui porque não tenho vocação para spoiler. Compre o disco e deleite-se.

Imagens: sites aqui e aqui

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PT reitera apoio à reeleição de Flavio Dino, mas quer a vaga de vice ou Senado

Em nota (veja abaixo) assinada pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, o partido reafirmou a composição da aliança que tem o objetivo de reeleger o governador Flávio Dino.

Mas, não basta entregar o tempo de propaganda e a militância. O PT reivindica a participação na chapa majoritária, pretendendo indicar o vice de Flávio Dino ou uma das candidaturas ao Senado.

A costura desse cenário está no item 4 da “Nota à Militância do PT do Maranhão”, distribuída após uma reunião, em Brasília, com a participação da senadora Gleisi Hoffmann; do deputado federal e secretário Institucional do Diretório Nacional (DN) José Guimarães (CE); do deputado federal José Carlos; do presidente do PT no Maranhão Augusto Lobato; do vereador e presidente do PT de São Luís Honorato Fernandes; e dos membros do DN Raimundo Monteiro e Marcio Jardim, além do deputado estadual José Inácio.

“A Direção Nacional e Estadual do PT, de forma conjunta, viabilizará diálogos com o PCdoB e o governador Flávio Dino para construir de comum acordo a participação do PT na chapa majoritária (Senado ou vice) liderada pelo Governador Flávio Dino”, diz a nota.

O PT reivindica a participação na chapa majoritária afiançado na figura de Lula como principal cabo eleitoral de Flávio Dino e no histórico eleitoral do petista no Maranhão, onde sempre foi muito bem votado.

No texto, os signatários também orientam a militância petista no Maranhão a manter acesa a chama da candidatura de Lula à Presidência da República e fazer campanhas focadas na ampliação das bancadas na Câmara dos Deputados e nas assembleias legislativas.

A movimentação do PT é, de certa forma, um contra-ataque às declarações do governador Flávio Dino, que ventilou o cenário de unidade dos partidos do campo democrático em torno da candidatura de Ciro Gomes (PDT), descartando Lula da disputa presidencial de 2018..

Veja a nota

Nota à Militância do PT do Maranhão

Em reunião realizada no dia de 15 de março de 2018, na sede do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, em Brasília, com a presença da Presidente Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, do Secretário Institucional do PT, Deputado Federal (PT/CE) José Guimarães, dos presidentes do Diretório Estadual e da Capital, Augusto Lobato e Honorato Fernandes, dos membros do Diretório Nacional, Marcio Jardim e Raimundo Monteiro e dos Deputados Estadual e Federal José Inácio e Zé Carlos encaminham de comum acordo as seguintes orientações políticas ao conjunto da militância do Partido dos Trabalhadores no Maranhão:

1. Organização imediata da campanha à presidência, do companheiro Lula no Maranhão. Lula livre, Lula Inocente, Lula Presidente;

2. O Partido dos Trabalhadores no Maranhão, definirá sua tática eleitoral, diretamente vinculada a estratégia nacional de eleição do presidente Lula com objetivo de ampliação de suas bancadas parlamentares em nível estadual e federal;

3. Reafirma a aliança política para garantir a reeleição do governador Flávio Dino;

4. A Direção Nacional e Estadual do PT, de forma conjunta, viabilizará diálogos com o PCdoB e o governador Flávio Dino para construir de comum acordo a participação do PT na chapa majoritária (Senado ou Vice) liderada pelo Governador Flávio Dino.

*Senadora Gleisi Hoffmann*
Presidenta Nacional do Partido dos Trabalhadores

*Deputado Federal José Guimarães PT/CE*
Secretário Institucional do PT – DN

*Augusto Lobato*
Presidente Estadual do PT

*Vereador Honorato Fernandes*
Presidente do PT – São Luís / MA

*Deputado Federal José Carlos*

*Raimundo Monteiro* 
Membro do Diretório Nacional do PT / MA

*Márcio Jardim*
Membro do Diretório Nacional do PT / MA

*Deputado Estadual José Inácio*

Imagem: Divulgação / retirada neste site

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Nova edição do jornal Vias de Fato destaca a comunicação popular

Já está circulando a edição nº 69 nas versões impressa e digital do jornal Vias de Fato.

O tema em destaque é a Agência Tambor de Comunicação e a rádio web Tambor, que já funciona há dois meses transmitindo um programa jornalístico diário, com duração de uma hora – o jornal Tambor, das 11h às 12h (ouça aqui).

Fruto de uma parceria entre a Abraço (Associação Brasileira de Rádios Comunitárias) no Maranhão, Vias de Fato e várias organizações dos movimentos sociais, a Agência Tambor tem como foco a democratização da comunicação e atua junto com as rádios comunitárias e outras plataformas de mídia livre, alternativa e popular.

A Agência Tambor é um dos elos da Teia de Comunicação Popular do Brasil, articulada pelo Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), com sede no Rio de Janeiro, sob a coordenação da jornalista Claudia Santiago.

Um dos entrevistados no jornal é o presidente da Abraço Brasil, Geremias dos Santos, que esteve presente na inauguração da rádio Tambor.

Nesta edição o Vias de Fato aborda também a eleição do professor Antonio Gonçalves, da UFMA, para a presidência do Andes Sindicato Nacional; cobra a punição dos responsáveis pelos assassinatos da ex-vereadora Marielle Franco e do assessor Anderson Gomes; e divulga o seminário sobre o legado de dois mártires fundamentais na luta por reforma agrária e justiça – Padre Josimo Tavares e Dorothy Stang, entre outras pautas relevantes.

Movimento sindical, cultura e as lutas do povo também compõem as páginas da edição.

O jornal impresso está à venda na banca do Dácio, localizada no estacionamento da Praia Grande, colado no cachorro quente do Sousa.

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Cafeteira de 1994 é símbolo da pós-verdade

Reza o ditado que a mentira tem pernas curtas, mas o fenômeno “fake news” diz o contrário: impostura tem pernas longas e passadas ligeiras.

A pós-verdade, base filosófica da notícia falsa, teve o auge na eleição de Donald Trump em 2016 nos Estados Unidos e no plebiscito que determinou a saída do Reino Unido da União Europeia, o brexit.

Mas, falsear a verdade é coisa antiga.

Em 1994, na eleição para o Governo do Maranhão, uma “fake news” construída pela máquina publicitária de José Sarney foi decisiva para derrotar Epitácio Cafeteira, fabricando a vitória de Roseana Sarney.

A mentira plantada remontou a um acidente de carro, em 1988, no bairro Olho d’Água, envolvendo o ferroviário José Raimundo Reis Pacheco e o ex-vereador Hilton Rodrigues.

Pacheco teve escoriações e Rodrigues morreu.

Tempos depois, José Sarney escreveu o famoso artigo intitulado “Liberdade e Reis Pacheco”, sugerindo que Cafeteira queria vingança pela morte do sogro.

Daí em diante a narrativa evoluiu para algo bizarro, atribuindo a Cafeteira um plano macabro para sequestrar e matar Reis Pacheco.

No auge da campanha, a máquina publicitária de José Sarney já espalhara em todo o Maranhão que o favorito na eleição, Epitácio Cafeteira, seria mandante de um assassinato.

Dias antes da votação, após rigorosa investigação, a assessoria de Cafeteira descobriu Reis Pacheco vivinho da silva, morando no interior do Pará, logo providenciando a gravação de um vídeo para desmascarar a farsa.

O vídeo ficou pronto a tempo de ser exibido no último programa eleitoral, mas por esses milagres que só acontecem no Maranhão a transmissão “caiu” em várias cidades do interior.

Em 1994, sem internet, ficara impossível desfazer a farsa.

Mesmo assim a torcida por Cafeteira ainda acreditava na vitória, até que nas últimas horas da contagem dos votos veio a surpreendente virada de Roseana Sarney, com uma vantagem de aproximadamente 18 mil votos.

E assim ela virou governadora do Maranhão.

Recuo inexplicável

Derrotado em tais circunstâncias, Cafeteira recolheu as armas, deixando a torcida frustrada.

Muita gente esperava que a derrota fosse transformada em uma guerra contra Sarney, mas Cafeteira preferiu recuar.

Em 1998 ele foi novamente candidato, na tentativa de “explicar” a farsa de 1994, mas não vingou.

Roseana se reelegeu com facilidade e a oligarquia no Maranhão, atrelada ao governo Fernando Henrique Cardoso (FHC), chegava ao ápice.

Para os registros é importante frisar que, apesar das dissidências pontuais, Cafeteira e Sarney não estavam em campos opostos. Ambos compuseram a mesma base conservadora do Maranhão.

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Rótulo de “golpista” e disputa entre evangélicos prejudicam a candidatura de Eliziane Gama ao Senado

O governador Flávio Dino (PCdoB) soma pelo menos três critérios para escolher a deputada federal Eliziane Gama (PPS), vinculada à Assembleia de Deus (AD), como a segunda candidata ao Senado: partido, gênero e religiosidade.

Pela ordem dos critérios, temos o seguinte: o PPS soma na contagem geral dos partidos da base governista; a presença feminina equilibra e valoriza a chapa; o segmento evangélico sente-se representado na majoritária.

Ocorre que, além do racha nas igrejas (veja detalhes abaixo), a deputada tem rejeição no PT, legenda importante no tempo de propaganda na coligação de Flávio Dino.

Os petistas não cansam de recordar que Eliziane Gama votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff e, antes disso, tentou convocar o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva para depor na CPI da Petrobras.

Para o PT, a parlamentar evangélica cometeu dois pecados imperdoáveis.

Eliziane fez coro com a direita no impeachment. Foto: reprodução

Estes atos são intolerados na base petista, que não admite a escolha da deputada para compor a chapa majoritária liderada pelo PCdoB, partido-irmão do PT e de Lula desde 1989.

Filiado a uma legenda com denominação “comunista”, Flávio Dino (PCdoB) já sente o açoite do conservadorismo, somado à esperteza da oposição sarneísta, que enxerga até nos bons atos do governo alguma perversidade inspirada na foice e no martelo.

Assim, a presença evangélica na chapa acalma parte do eleitorado conservador. Mas, embora o governador tenha anunciado a composição majoritária, os 14 partidos da coligação palaciana ainda vão realizar encontros estaduais para fechar os acordos.

Portanto, não é definitiva a participação de Eliziane Gama como candidata ao Senado.

Questões morais também podem influenciar negativamente a base evangélica.

Este blog não costuma tratar de assuntos da vida privada de nenhum político, a não ser que fatos reservados passem a ter interesse público. É o caso de Eliziane Gama, divorciada e casada novamente, atitude não recomendável na Assembleia de Deus (AD), cuja moral religiosa preconiza a indissolubilidade da família original.

Contradições

A presença feminina da AD na chapa majoritária acolhe uma fatia do eleitorado que tende a rejeitar o governador comunista.

No entanto, nem tudo converge para Eliziane Gama. No campo político-religioso, os assembleianos e as outras denominações não mais constituem o rebanho fiel a uma só candidatura.

Como diz o povo sábio do Maranhão, “em tempo de murici, cada um cuida de si”. O ditado traduz os interesses fragmentados de todos os tipos de denominações e pastores, inclusive aqueles da teologia da prosperidade.

Senador Lobão e o segundo suplente pastor Bel. Foto: reprodução

No geral, as lideranças políticas das igrejas evangélicas são atraídas pela força gravitacional do Palácio dos Leões em todos os governos, agraciados com vantagens e favores, a exemplo dos postos de capelães.

Rebanho dividido

Muitas decisões na AD são tomadas em cúpula, sem ouvir a base, reproduzindo a lógica pragmática da maioria dos partidos políticos.

No emaranhado de interesses e denominações, as igrejas alinham e divergem de acordo com os projetos eleitorais majoritários e proporcionais, sob a liderança dos pastores e das cúpulas que controlam as convenções.

Pastor Pedro Aldi, o homem da Ceadema. Foto: reprodução

O presidente da Ceadema (Convenção Estadual das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus no Maranhão), pastor Pedro Aldi Damasceno, terá uma representante familiar nas eleições 2018. Sua filha, Mical Damasceno, será candidata a deputada estadual em 2018.

Entretanto, no meio ao rebanho há sempre ovelhas desgarradas.

Eliziane Gama não é consenso na AD, onde também milita na política Herber Waldo Silva Costa, o famoso “pastor Bel”, segundo suplente do senador Edison Lobão (PMDB) e alinhado a uma eventual candidatura de Roseana Sarney (PMDB).

Por outro lado, soma na base comunista o pastor Luiz Carlos Porto (PDT), ex-vice-governador de Jackson Lago.

Já a pré-candidatura de Maura Jorge (PSL) ao governo, o palanque do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no Maranhão, estaria apalavrada com o deputado pastor Marco Feliciano (Podemos), manda-chuva na AD Catedral do Avivamento.

Estes são alguns detalhes dos grandes conflitos na AD, uma organização onde perpassam disputas em torno de interesses financeiros, políticos e religiosos, conforme o(a) leitor(a) pode ver abaixo.

Os 3 rachas na Assembleia de Deus

Durante 25 anos, de 1990 a 2015, a CGADB (Convenção Geral da Assembleia de Deus no Brasil) esteve sob a mão de ferro do pastor José Wellington Bezerra e do seu filho José Wellington Costa Junior.

Várias dissidências na CGADB fizeram emergir outros líderes. Em 2010 o pastor Silas Malafaia ascendeu à direção da AD Vitória em Cristo, inconformado com a dominação dos Wellington (pai e filho) sobre o rebanho.

Pastores Samuel Câmara e José Wellington disputam fiéis. Foto: reprodução

Após a morte e Paulo Leivas Macalão, um ícone da AD mãe, localizada em Belém (PA), o bispo Manoel Ferreira assumiu a liderança e começaram as dissidências, surgindo uma nova organização, em 1989 – a Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil — Ministério de Madureira (Conamad).

Essa foi a primeira grande divisão da AD em toda a sua existência. Na Conamad destacou-se o pastor Samuel Ferreira, um dos filhos do bispo Manoel Ferreira, elevado ao cargo de bispo primaz vitalício.

A Conamad flexibilizou as regras rígidas presentes na CGADB, permitindo as mulheres usarem joias e maquiagem, por exemplo.

As eleições para o comando das convenções são altamente disputadas, inclusive com suspeitas de fraude, gerando disputas judiciais intensas.

Após tentar o controle da CGADB, sem sucesso, o pastor Samuel Câmara criou sua própria tendência – a CADB (Convenção da Assembleia de Deus no Brasil), que já  teria alcançado 10 mil pastores filiados, ameaçando o poder da CGADB.

Um dos principais atrativos da CADB é a ordenação de mulheres em todas as funções, provocando uma revolução no rebanho, visto que as servas de Deus podem assumir postos de comando na denominação.

Os sucessivos rachas na esfera nacional das convenções, bem como as mudanças morais e organizativas, têm forte repercussão eleitoral, considerando que a AD é a maior denominação pentecostal do Brasil.

Portanto, não há como diminuir a força dos evangélicos na política. Convidado a pregar na Cruzada Interdenominacional, realizada na praça Maria Aragão, em outubro de 2017, o pastor Geziel Gomes pede a Deus que mova o coração do governador Flávio Dino.

Ouça AQUI

As palavras do pastor fecharam a oração do prefeito Edivaldo Holanda Junior (PDT), pedindo bênçãos a São Luís. A cidade está mesmo precisando.