Ed Wilson Araújo
O ato de lançamento da pré-candidatura de Felipe Camarão ao Governo do Maranhão é um divisor de águas no processo de reconstrução do PT.
Digo reconstrução tomando como referência os longos últimos anos, quando o partido vinha sendo marcado por acirradas disputas internas, fabricando contra si próprio a imagem de uma agremiação desagregada, em constante batalha das tendências, incapaz de superar as suas fraturas em nome de um projeto coletivo.
O noticiário sobre o PT maranhense nos meios de comunicação era sempre de crise e de resultados muito aquém da força e do simbolismo da legenda.
A situação chegou ao limite quando, na eleição de 2020, elegemos apenas um prefeito nos 217 municípios do estado.
Apesar do tamanho, o maior partido da América Latina pensava pequeno aqui no Maranhão. Quebrado em vários pedaços, sem consistência orgânica, o PT de outrora era constantemente empurrado nas cordas da luta de boxe para a defensiva, servindo apenas como linha auxiliar de outras legendas e até de projetos conservadores.
Hoje o partido elabora a grande política, no sentido de se posicionar não só para um processo eleitoral datado em 2022, mas olhando o futuro…
A disputa entre as tendências, que era de autodestruição, agora é pautada no diálogo e na compreensão de que é possível superar as diferenças para alcançar objetivos e metas planejados com visão estratégica.
O ato do dia 4 de novembro de 2021 demarcou um território de relativa pacificação interna e simboliza a convergência da maioria das tendências no projeto da candidatura própria.
É tempo de protagonismo e unidade partidária! A direção, a militância e a base social petistas têm um nome. Parte do trabalho interno está feito, mas todos sabem o tamanho da responsabilidade e dos desafios postos à frente.
As tarefas e as metas adiante consistem no diálogo com todas as forças políticas sintonizadas na grande batalha para derrotar Jair Bolsonaro. Nesse cenário, o PT do Maranhão está sintonizado nos critérios e no nome ideal para unificar os interesses locais e os nacionais, convergindo para Felipe Camarão o apoio do governador Flávio Dino e da maior referência do campo progressista no Brasil – Luis Inácio Lula da Silva.
O perfil da nossa pré-candidatura reúne as condições para construir pontes, eliminar barreiras, pensar coletivamente, somar forças e buscar aliados na tarefa maior de combater a extrema direita, atuar intensamente na eleição de LULA presidente e de uma expressiva bancada parlamentar progressista.
A tática eleitoral da candidatura própria enxerga a conjuntura percebendo a árvore na dimensão da floresta, o Maranhão e a República. Temos, portanto, a responsabilidade com os dois legados deixados pela era Lula / Dilma Roussef e Flávio Dino.
Portanto, a pré-candidatura do PT do Maranhão está posicionada no contexto de um projeto coletivo e já começa a fazer lastro dentro e fora do partido.
Mas é preciso, sobretudo, ouvir a sociedade. A visão de um projeto coletivo passa sobretudo pela participação popular, incorporando os movimentos sociais de todas as qualidades e diversidades, os partidos políticos, a riqueza das experiências do povo, o campo científico, o setor empresarial, as religiosidades, a juventude e as políticas públicas que já deram certo e podem avançar.
A pré-candidatura do PT está disposta a construir uma grande frente progressista, ouvindo todos os segmentos da sociedade para a construção de um plano de governo sintonizado na missão de promover ainda mais crescimento econômico e inclusão social no Maranhão.
Avante, Maranhão! simboliza um novo momento. O PT tem tudo para crescer com mais qualidade, protagonismo e unidade. Esse é o desafio de todos nós.
2 respostas em “O PT do Maranhão está em outro patamar”
o drama de classe do pt
é ser da ordem capitalista
fazendo o jogo de poder
que a sustenta e legitima
Crítica pertinente, meu caro Puxirum.