21 de setembro é o Dia Estadual do Ouvinte de Rádio no Maranhão, instituído pela Lei nº 8.925, publicada no Diário Oficial do Estado em 12 de janeiro de 2009, sancionada pelo então governador Jackson Lago.
A criação da efeméride foi uma iniciativa da Sociedade dos Ouvintes Maranhenses de Rádio (Somar), na gestão do saudoso João Carlos Silva Gomes.
O projeto que instituiu a data foi apresentado pelo deputado estadual Pavão Filho.
De acordo com a justificativa, no Dia Estadual do Ouvinte de Rádio o Governo do Maranhão, através da Secretaria de Estado de Comunicação Social, em parceria com entidades representativas da categoria, deve promover círculos de debates, fóruns, seminários, entre outras atividades.
Quem está na foto?
A imagem ilustrativa é dos familiares e vizinhos do servidor da Caema e ativista socioambiental Marcos Silva (ex-PSTU).
O registro é de 1969, no povoado Baixa da Negra, em Buriti Corrente, no município de Caxias, região leste do Maranhão.
O pai e a mãe de Marcos Silva seguram filhos no colo.
Já Marcos Silva, à época com 3 anos de idade, está sentado no banquinho segurando um aparelho de rádio.
Os demais são vizinhos.
A magia do rádio, ainda vivo em outras mídias sonoras (podcast por exemplo), está na memória e nas atualizações das diversas formas de consumir os meios de comunicação.
O bairro do Apeadouro, um dos mais tradicionais de São Luís, perdeu hoje o aposentado José Braga Cantanhede, o popular “Caju” ou “Seu Braga”, aos 87 anos de idade.
Morador da rua Sousândade, era um assíduo leitor de jornal impresso e ouvinte de rádio AM, flamenguista roxo e torcedor do Maranhão Atlético Clube, o MAC, em São Luís.
“Seu Braga” trabalhou durante muito tempo na Oleama (Oleaginosas Maranhense SA). Deixa filhos, esposa, netos e uma saudade imensa.
Um dos seus assuntos prediletos era a política. Antes da pandemia, foi entrevistado pelo repórter Thiago Bastos, do jornal O Estado do Maranhão, para a produção de uma das suas belas reportagens especiais sobre memórias de São Luís.
A família Braga é muito querida no Apeadouro, território afetivo de São Luís, visitado em 2020 para uma das produções do teatro multimídia “Pão com Ovo”. Durante o bate-papo com os moradores, os artistas conheceram “Seu Braga” ou “Caju” e o primogênito José Braga Cantanhede Filho, o também popular “Braga” ou “Braguinha”.
A pandemia covid19 já fez várias vítimas no bairro. No primeiro semestre do ano passado faleceram, na mesma rua Sousândrade, o querido casal Norberto Guimarães (89 anos) e Maria da Conceição Ferreira Guimarães (89 anos), muito conhecidos, respectivamente, como ‘O Bala” e “Dona Cocota”, moradores lendários que deixam filhos e netos com raízes no Apeadouro.
Perdemos também Terezinha de Jesus Coutinho, aos 82 anos, uma das moradoras igualmente querida e antiga, ainda com familiares morando na mesma rua.
Todos os óbitos mencionados acima foram por covid19 de moradores da mesma rua Sousândrade.
Em janeiro de 2020 foi a óbito a minha mãe, Terezinha Ferreira Araújo, aos 89 anos. Ela não foi vítima de covid19, mas era uma das residentes mais antigas do bairro, na famosa Sousândade, juntamente com meu pai, Raimundo Nonato Araújo, falecido em 2002.
Em outras vias do bairro tivemos perdas muito sentidas. Nas ruas Astolfo Marques e Manoel da Nóbrega perdemos “Zé do Bar”, proprietário de um dos botecos mais frequentados no bairro e ainda hoje em funcionamento.
A pandemia covid19 tem sido devastadora no Apeadouro, ficando nas nossas lembranças os bons tempos da convivência que atravessaram a infância, juventude, maturidade e as atualidades tristes.
Vamos rezar pelos entes queridos perdidos e pedir mais proteção, saúde e esperança de reencontro para que possamos nos encontrar quando tudo isso passar.
Imagem destacada: turma do Apeadouro na porta da antiga quitanda do Bala. Na sequência da esquerda para a direita: Bala, Eduardo, Maria, Cocota, Neilma, Ernildo, Solange, dona Silvia, Apolo e Lady Laura. Ao fundo: Benigno, Gugu, Guimarães e Danilo.