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Combate à covid19 precisa de propaganda de guerra sobre medidas preventivas

Usar máscara, lavar as mãos, vacinar e manter o isolamento social devem ser repetidos exaustivamente no coração e na mente de cada brasileiro(a).

Sem uma ampla campanha educativa nos meios de comunicação convencionais e nas redes digitais não haverá conversão do povo às medidas sanitárias.

Informação qualificada tem de ser uma obsessão permanente, no sentido de disseminar conteúdo como se estivéssemos fazendo propaganda de guerra.

Nesta guerra todas as armas são válidas. O velho panfleto, carro de som nos bairros, investimento nas emissoras comunitárias, FMs, AMs e webradios, propaganda no horário nobre da televisão e todos os recursos das novas tecnologias precisam ser arregimentados em uma convocação para a defesa da vida.

É preciso inundar o imaginário do povo com informações de combate à pandemia.

Se não podemos esperar quase nada do governo federal, cabe às administrações estaduais elaborar e colocar em prática um plano estratégico de comunicação sobre a pandemia covid19.

O Consórcio de Governadores do Nordeste, experiência exitosa em vários aspectos, precisa refletir sobre uma ação conjunta de comunicação pública.

Há muito dinheiro investido em propaganda de obras e outros feitos dos governadores(as). Todos os dias as telas são inundadas com anúncios fartamente exibidos ao longo de toda a programação da TV, principalmente no horário nobre, além da vastidão de informes publicitários nas redes digitais.

O escritor Eugênio Bucci já advertia para um vício da comunicação institucional denominado narcisismo dos gestores. Isso ocorre quando o dinheiro da comunicação pública serve para turbinar a promoção pessoal dos governadores, presidentes e prefeitos.

Nos períodos mais próximos das eleições esse vício é ampliado em dimensões gigantes.

A razão é simples. O Brasil virou um grande necrotério. É hora de dar um tempo na propaganda narcísica e pensar mais na vida de milhões de brasileiros.

Estamos falando de mortes que podem ser evitadas com informação.

A fortuna investida na promoção pessoal dos gestores precisa ser convertida em propaganda educativa sobre as medidas sanitárias. O dinheiro público das verbas publicitárias deve retornar à sociedade no formato de comunicação institucional para proteger a vida.

Atravessamos o momento mais perigoso, quando a população, ameaçada por uma terceira onda de contaminação, acha que a pandemia está acabando e abre a guarda.

O perigo de uma tragédia ainda maior está posto. Para combate-lo é necessário forte investimento na persuasão do povo brasileiro para absorver o sentido protetivo das medidas sanitárias.

Comunicação é vida.