O blog publica hoje a terceira entrevista da série “pessoa com deficiência”. A entrevista, realizada no Laboratório de Rádio, é uma atividade prática da disciplina Produção e Direção de Programas de Rádio, do curso de Rádio e Televisão (RTV) da UFMA.
Nesse programa, apresentado pelo estudante de RTV e deficiente visual Jeckson Ferreira, foram convidados dois estudantes cegos: Mauricio Marques, do curso de RTV; e Ronilson Almeida, graduando em Jornalismo.
Eles abordaram a receptividade e o tratamento que vêm recebendo na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O programa procurou explorar as qualidades e as dificuldades enfrentadas pelos estudantes com deficiência no dia a dia do campus do Bacanga.
Mauricio Marques e Ronilson Almeida fizeram referência à solidariedade dos estudantes e dos professores, que vêm buscando se aproximar dos alunos com deficiência para integrá-los nas atividades pedagógicas e sociais.
Eles também apontaram algumas carências no atendimento do Núcleo de Acessibilidade (Nuaces), vinculado à pró-Reitoria de Ensino, que tem a missão de garantir o ingresso e a permanência da pessoa com deficiência na UFMA.
Mauricio Marques é músico happer e Ronilson Almeida é atleta de goalball. Saiba mais sobre esse esporte aqui.
Sala de Rádio
O programa “Sala de Rádio” é um recurso didático criado pelo professor do curso de RTV, Ed Wilson Ferreira Araújo, com o objetivo de conectar os conteúdos teóricos às atividades práticas, utilizando os equipamentos disponíveis no Laboratório de Rádio.
Durante a disciplina Produção e Direção de Programas de Rádio, no semestre 2018.1, os estudantes exercitam a técnica de apresentação de programa jornalístico, precedido das atividades de produção: seleção e enquadramento do tema, contato com a fonte, recepção da fonte, condução da entrevista e direção.
Ao longo deste semestre (2018.01), os estudantes da disciplina Produção e Direção de Programas de Rádio planejam, executam, acompanham e avaliam a produção de programa com pautas focadas no tema “pessoa com deficiência”.
Os alunos são responsáveis pela apresentação e edição das entrevistas e/ou programas.
Além de Mauricio Marques e Ronilson Almeida, outras fontes vinculadas ao tema “pessoa com deficiência” já foram entrevistadas pelos estudantes e os arquivos de áudio estão sendo disponibilizados neste blog.
Ao final da disciplina, os alunos vão produzir programas especiais sistematizados a partir das informações colhidas nas entrevistas realizadas durante o semestre.
Descrição da imagem: portal da entrada principal do campus do Bacanga, com uma coluna central que funciona como guarita e duas colunas laterais. Da estrutura central estendem-se duas marquises sustentadas pelas estruturas laterais.
Dando continuidade ao processo de formação e de mobilização para o controle social de políticas públicas, a Cáritas Brasileira Regional Maranhão realiza, dias 11 e 12 de maio, o segundo módulo do curso em políticas públicas e direitos humanos.
Esta etapa acontecerá na Casa de Formação das Irmãs de São José, no bairro do Filipinho, em São Luis e contará com a participação de 40 representantes de grupos populares do meio rural e da cidade, além de representantes das equipes locais de Cáritas de oito dioceses do Maranhão.
Na primeira etapa do curso, realizada em setembro de 2017, os cursistas debateram o tema das políticas públicas e os espaços de participação e controle social a partir das realidades dos seus municípios.
Neste segundo módulo serão abordadas as temáticas do orçamento público e a participação popular; os conselhos como instrumentos de controle social e o combate à corrupção eleitoral.
Como assessores, além do assessor regional da Cáritas para a temática, Ricarte Almeida Santos, a entidade contará com as contribuições de Ed Wilson Araujo, professor universitário e jornalista, e de Douglas Martins, juiz de direito.
Estreia neste sábado (12) a turnê “De Teresina a São Luís” do musical “João do Vale, o gênio improvável”, produzido pelo Teatro Arthur Azevedo, com o apoio do Governo do Maranhão, por meio da Secretaria da Cultura e Turismo. A primeira parada é na cidade de Caxias, onde a apresentação gratuita será realizada em frente ao Centro de Cultura da cidade, rua São Pedro, 133, às 20h.
Após a apresentação em Caxias o espetáculo seguirá para Codó, no dia 19 de maio, Coroatá, no dia 26 de maio, São Luís, nos dias 01,02 e 03 de junho, Teresina, no dia 16 de junho, e por fim, em Pedreiras, terra de João do Vale, no dia 23 de junho.
“Oportunizar a apresentação de espetáculos com tanta qualidade como o musical João do Vale em municípios maranhenses é uma das metas da política de descentralização cultural do Governo do Maranhão. Neste caso, em especial, além de levarmos o teatro, estamos levando esse grande artista maranhense que é João do Vale. Não poderia ser melhor”, destacou o secretário de estado da Cultura e Turismo, Diego Galdino.
O espetáculo
Idealizado e produzido por Celso Brandão, diretor do Teatro Arthur Azevedo, o espetáculo “João do Vale, o gênio improvável” foi sucesso de bilheteria e aprovado pela crítica durante suas duas temporadas realizadas em dezembro na capital maranhense.
O processo de inscrição, seleção de elenco e ensaios durou aproximadamente um ano. O elenco é composto por: Vicente Melo (João do Vale), Tiago Andrade (Zé Keti), Nicole Meireles (Nara Leão), Millena Mendonça (Domingas), James Pierre (Zé Gonzaga), Juliana Cutrim (Dorinha), Marconi Rezende (Chico Buarque) e Victor Silper (Luiz Vieira). A direção geral é assinada pelo carioca Vinicius Arneiro e a direção musical é de Luiz Junior.
O musical passeia pela trajetória artística do maranhense do século XX, João do Vale, abordando sua saída do Maranhão até o ápice do sucesso. É caracterizado pela linguagem coloquial do caboclo nordestino, expressando sutilmente a riqueza da cultura nordestina e maranhense.
Para mais informações sobre as apresentações acesse o site do teatro Arthur Azevedo (cultura.ma.gov.br/taa) e nossas redes sociais.
O blog publica hoje a segunda entrevista da série “pessoa com deficiência”. A entrevista, realizada no Laboratório de Rádio, é uma atividade prática da disciplina Produção e Direção de Programas de Rádio, do curso de Rádio e Televisão (RTV) da UFMA.
Nesse programa o estudante de RTV, Pablo Habibe, já graduado em Jornalismo, entrevistou Junerlei Dias de Moraes, professor do Departamento de Comunicação Social, no curso de RTV.
O professor Junerlei Moraes tem “baixa visão”. Diferente do cego, que não enxerga, a pessoa com baixa visão possui de 5% a 30% de visão em seu melhor olho mesmo após intervenções cirúrgicas ou uso de óculos comuns. As pessoas com baixa visão têm 70% da visão comprometida por algum motivo.
Junerlei Moraes foi diagnosticado com um tipo de catarata denominada “opacificação do cristalino mononuclear retroversa”, que provoca várias limitações na visão e consequentemente no desempenho das atividades como professor e na vida cotidiana.
O programa “Sala de Rádio” é um recurso didático criado pelo professor do curso de RTV, Ed Wilson Ferreira Araújo, com o objetivo de conectar os conteúdos teóricos às atividades práticas, utilizando os equipamentos disponíveis no Laboratório de Rádio.
Durante a disciplina Produção e Direção de Programas de Rádio, no semestre 2018.1, os estudantes exercitam a técnica de apresentação de programa jornalístico, precedido das atividades de produção: seleção e enquadramento do tema, contato com a fonte, recepção da fonte, condução da entrevista e direção.
Ao longo deste semestre (2018.01), os estudantes da disciplina Produção e Direção de Programas de Rádio planejam, executam, acompanham e avaliam a produção de programa com pautas focadas no tema “pessoa com deficiência”.
Os alunos são responsáveis pela apresentação e edição das entrevistas e/ou programas.
Além de Junerlei Dias de Moraes, outras fontes vinculadas ao tema “pessoa com deficiência” já foram entrevistadas pelos estudantes e os arquivos de áudio serão brevemente disponibilizados neste blog.
Ao final da disciplina, os alunos vão produzir programas especiais sistematizados a partir das informações colhidas nas entrevistas realizadas durante o semestre.
Descrição da imagem: a imagem capturada na web contém a mão de uma pessoa segurando uma lupa sobre um livro.
Desde as primeiras horas desta segunda-feira (7), familiares, militantes, parlamentares, gestores públicos e amigos compareceram ao velório do ex-vereador de São Luís Reginaldo Teles, que faleceu aos 92 anos de idade, vítima de falência múltipla de órgãos. Ele estava internado no hospital São Domingos.
Homem de vasta biografia, com atuação no jornalismo e na vida pública, Reginaldo Telles deixa um legado na política do Maranhão. O enterro será nesta terça-feira (8), às 10 horas, no cemitério do Gavião, na Madre Deus.
Veja abaixo a biografia de Reginaldo Telles, com informações de Davi Telles, neto de Reginaldo e atual secretário de Ciência e Tecnologia (Secti) no governo do Maranhão.
Reginaldo Telles (15/11/1925 – 06/05/2018) foi jornalista, advogado e um dos mais destacados militantes políticos da esquerda no Maranhão. Em 1945, com 20 anos, já era um dos redatores do Jornal “O Combate”, função que exerceu até 1950, momento em que funda, junto com Neiva Moreira, o famoso e combativo “Jornal do Povo”, do qual passa a ser editor-chefe.
A partir de sua atividade jornalística e política, se elege vereador de São Luís em 1951 pelo antigo PSP de Neiva Moreira.
Alguns anos mais tarde, se casa com Maria Lúcia, com quem teve 13 filhos e continuou a seguir uma longa vida de lutas democráticas e populares. Juntos, fundam a Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Luís.
No final da década de 1970, Reginaldo foi o primeiro presidente da seção maranhense do Comitê da Anistia, organização responsável por trazer do exílio militantes políticos como Neiva Moreira. É fundador do PDT de Leonel Brizola e foi membro da Comissão Provisória que deu origem ao partido.
Poeta apaixonado, deixou para lançar seu primeiro e único livro de poemas, recentemente, aos 87 anos, o qual, para ele, é uma síntese do que pensa da vida e do amor.
Envolveu-se quase a vida toda com a questão da agricultura familiar, tendo fundado a Cooperativa Mista dos Agricultores de São Luís, dentre outras muitas atividades na área.
Foi Secretário Executivo do Fundo de Revenda do Plano de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Maranhão, de 1970 a 1971; Assessor de Comunicação da Prefeitura de São Luís, na gestão municipal de Jackson Lago, de 1990 a 1992; e diretor do antigo Sioge (Serviço de Imprensa e Obras Gráficas) na década de 1960.
Reginaldo Teles também foi candidato a governador pelo PDT, em 1982. A convite de Leonel Brizola, durante o primeiro mandato do pedetista como Governador do Rio de Janeiro, exerceu o cargo superintendente da Região Norte do Banco do Estado do Rio de Janeiro (Banerj).
Docente no curso de Medicina, Antonio Gonçalves lidera a chapa 1 “Andes Autônomo e de Luta”, que disputa as eleições à diretoria do Sindicato Nacional para o biênio 2018/2020.
A eleição ocorre no momento de maior ataque aos direitos dos trabalhadores e de ameaças à Universidade em várias dimensões: cortes nos orçamentos destinados ao ensino, pesquisa e extensão, terceirizações, conservadorismo político e mecanismos já existentes de privatização.
Ex-presidente da Apruma (Associação dos Professores da UFMA), seção sindical do Andes – Sindicato Nacional, na gestão 2014-2018, Antonio Gonçalves integra o coletivo “Andes de Luta e pela Base”.
Também compõem a chapa 1 “Andes Autônomo e de Luta” os docentes Claudio Mendonça (Colégio Universitário), que disputa o cargo de 2º tesoureiro; Rosilda Dias (Enfermagem) e Aurean D’Eça Junior, escolhidos para representar a Regional Nordeste 1 (MA, PI e CE).
A votação será realizada dias 9 e 10 de maio. Nessa entrevista, Antonio Gonçalves fala sobre a conjuntura que ameaça direitos trabalhistas e apresenta as diretrizes gerais da chapa 1.
Blog – Como você avalia a gestão atual do Andes?
Antonio Gonçalves – A atual gestão do Andes Sindicato Nacional, que tem à frente a professora Eblin Farage, da Universidade Federal Fluminense, tem cumprido um papel fundamental na defesa dos direitos dos/das docentes das Universidades públicas e seus Colégios de Aplicação, assim como de Institutos federais e Cefet, na defesa da carreira única de professor federal, no combate à precarização do trabalho docente e do produtivismo que tem levado ao adoecimento físico e mental um grande número de professores/as. Cabe destacar ainda o protagonismo exercido pelo Andes-SN na organização da nossa categoria, em articulação com a CSP-Conlutas, que é a Central Sindical da qual fazemos parte, para o enfrentamento a todas as políticas que retiram direitos: teto no orçamento público, reforma do ensino médio, reforma trabalhista, lei da terceirização e a reforma da Previdência. Foi essa articulação que permitiu a construção da greve geral de 28 de abril de 2017.
Blog – Quais foram as conquistas do Andes na UFMA?
Antonio Gonçalves – O Andes-SN, através da Apruma Seção Sindical, contribuiu para adequar resoluções que interferem diretamente na atividade laboral docente, como aquela que estabelece os critérios para progressão e promoção na carreira do Magistério Superior; elaboração de análises críticas que nos permitiram construir planos de lutas, através dos diversos grupos de trabalho, que incluem políticas educacionais, seguridade social e assuntos de aposentadoria, política ambiental, agrária e urbana, política de ciência e tecnologia; combate a todas as formas de opressões: assédio moral, racismo, machismo, LGBTfobia, xenofobia e capacitismo, através do grupo de trabalho políticas de classe para questões etnicorraciais, de gênero e diversidade sexual; defesa jurídica de vários sindicalizados para a garantia de direitos e combate ao assédio moral. Enfim, várias têm sido as contribuições do Andes-SN na defesa dos/as docentes e da Educação pública.
Blog – A Universidade pública está na mira da privatização?
Antonio Gonçalves – Sim, essa indicação já constava no Consenso de Washington (1989) como uma política a ser implementada nos países do capitalismo periférico como o Brasil. Esclareço que a privatização pode ocorrer de várias formas não-clássicas: cobrança por cursos de especialização, parcerias público-privadas com venda de serviços pela universidade, entrega dos hospitais universitários para os ditos “novos modelos de gestão”, como a EBSERH, etc.
Blog – De que forma a Apruma, seção sindical do Andes, pretende atuar na UFMA?
Antonio Gonçalves – Tive a honra de presidir a Apruma no período de 2014-2018 e de ter contribuído para a manutenção de nosso sindicato independente em relação a governos, partidos políticos e administrações locais. Nossa organização tem sido pela base, são os/as professores/as que ditam os rumos do sindicato, cabe à diretoria executar tais determinações votadas em assembleias gerais. Tenho muita confiança na atual gestão da Apruma e sei que esses princípios históricos do nosso sindicato serão mantidos. Os/as docentes da UFMA reconhecem a Apruma como sua legítima organização sindical e a tem fortalecido como um espaço democrático e de luta.
Blog – Como foi o processo de definição da sua candidatura a presidente do Andes?
Antonio Gonçalves – Faço parte do “Andes de Luta e pela Base” que é um coletivo político que atua no Andes-SN. O núcleo Apruma fez a indicação do meu nome que foi votado e escolhido na convenção eleitoral do coletivo para disputar o cargo de presidente do sindicato, uma tarefa de muita responsabilidade diante da importância do Andes-SN no cenário político nacional. Sinto-me mais seguro e confiante nessa disputa por contar com valorosos/as apoiadores/as localmente e Brasil afora, e ainda por ter como companheiro/a de chapa o professor Claudio Mendonça (Colun) para o cargo de 2º tesoureiro; a professora Rosilda Dias e o professor Aurean D’Eça, que foram escolhidos para representar a Regional Nordeste 1 (MA, PI e CE).
Blog – Qual a sua mensagem aos professores da UFMA nesta eleição?
Antonio Gonçalves – Quero aqui assumir o compromisso na defesa por uma carreira estruturada, pela recomposição salarial e por melhores condições de trabalho. Dirijo-me ao conjunto dos /as docentes da UFMA para pedir o voto e o apoio nas eleições dos dias 09 e 10 de maio de 2018. Esta é a primeira vez, em seus quase 40 anos de existência, que um docente da Apruma disputa a direção nacional do sindicato. Nossa luta é em defesa da educação pública, nos seus diferentes níveis, gratuita, com financiamento público, com um padrão unitário de qualidade, laica, inclusiva e socialmente referenciada, que receba indistintamente os filhos e filhas da classe trabalhadora numa perspectiva emancipatória.
Blog – Na atual conjuntura politica do Brasil, qual é o impacto do governo Michel Temer sobre o ensino, a pesquisa e a extensão?
Antonio Gonçalves – A atual conjuntura política decorre de um golpe parlamentar, jurídico e midiático impetrado contra o povo brasileiro, pois diante de mais uma grande crise do capitalismo como a de 2008, não era mais possível garantir as altas taxas de lucratividade do mercado, era preciso para isso retirar mais direitos da classe trabalhadora. Esse foi o desfecho de um período de governos de conciliação de classes. Para lograr esse intento é que foram aprovadas medidas como a Emenda Constitucional 95, que impôs um teto ao orçamento público, historicamente disputado pelo capital rentista; a reforma trabalhista, a terceirização ampla, geral e irrestrita e ainda pretendem nos retirar o direito à aposentadoria. A educação também é alvo dos golpistas, por isso aprovaram a reforma do ensino médio que busca impedir uma educação mais crítica e reflexiva, priorizando a formação de mão-de-obra para o mercado.
Nas universidades, o objetivo é a privatização por dentro, com todas as suas implicações danosas, tornando o acesso às universidades um privilégio para poucos que poderão pagar, por isso impõem um sucateamento perverso que compromete a qualidade de do ensino; cortam os recursos públicos da pesquisa e da extensão, abrindo caminho para o financiamento privado e a desresponsabilização do Estado na garantia de tais políticas públicas.
A Agência de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) vai realizar no próximo domingo (6) o lançamento da campanha “Patrulha do Acesso”. A ação consiste em aplicar a “multa moral”, que tem por objetivo conscientizar a sociedade na fiscalização do uso das vagas reservadas e de outras estruturas acessíveis, chamando a atenção de todos para a importância da acessibilidade, cidadania e inclusão social.
O lançamento será realizado na avenida Litorânea, nº 455, Calhau (próximo à descida do Barramar, em frente a estação do Inclusive Praia).
De acordo com o presidente da MOB, Lawrence Melo, a “multa moral” propõe o envolvimento da sociedade para o entendimento das questões voltadas para acessibilidade e direito da pessoa com deficiência. “Essa atividade é de caráter participativo e voluntário, feita por meio de panfletagem e diálogo, de forma educativa para toda a população maranhense”, disse.
Para a coordenadora do Serviço Travessia, Cricielle Muniz, a “multa moral” abre um chamado à sociedade em geral para uma reflexão sobre a temática da acessibilidade e inclusão social. “Vamos envolver a sociedade na prática da fiscalização das vagas reservadas em estacionamentos, outros serviços e informações, aplicando a multa moral por meio da ação, buscando um resultado positivo na conscientização da sociedade e no cumprimento da legislação”, afirmou.
Na véspera do Dia do Trabalhador, 30 de abril, a NOS (Nova Organização Socialista) e o #Mais (Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista) aprovaram a unificação entre as duas correntes, dando origem à “Resistência”, nova organização da esquerda brasileira, composta por militantes do PSOL de 20 estados e o Distrito Federal.
NOS e #Mais são duas dissidências do PSTU que agora ingressam no PSOL.
“Resistência” prega a unidade da esquerda e afirma que terá atuação nas lutas dos trabalhadores, estudantes, negros, mulheres e LGBTs e no combate à direita de inspiração fascista que cresce no país.
A unidade entre as duas tendências ocorreu após vários debates durante mais de um ano e foi anunciada oficialmente no “Congresso de Fusão”, dias 29 e 30 de abril, em São Paulo. O encontro debateu e votou a Carta de Princípios da nova organização, nome e direção, além de resoluções sobre a situação nacional e diversos temas.
Boulos presidente
No manifesto da fundação, a Resistência assume a pré-candidatura presidencial de Guilherme Boulos. “Construir o PSOL, por reconhecer sua importância, não significa avaliar que ele nos basta. No plano eleitoral, apostaremos na construção de frentes mais amplas de partidos socialistas e movimentos combativos da classe trabalhadora, como a que hoje reúne PSOL, PCB, MTST, APIB e outros movimentos sociais, em torno da candidatura presidencial de Guilherme Boulos e Sônia Guajajara. Uma candidatura que trabalhamos para lançar e pela qual faremos campanha com entusiasmo”, diz um trecho do documento.
Delegações internacionais e da esquerda brasileira acompanharam o evento.
O ato de lançamento da Resistência teve a presença do deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL, além de movimentos sociais, como o MTST, e organizações políticas e correntes do partido, como a Insurgência.
José Reinaldo Martins, jornalista, mestre em Comunicação pela ECA-USP
O tempo em que o estado do bem-estar social era modelo de sociedade ideal e a Declaração Universal dos Direitos Humanos o princípio norteador dos povos e nações pode estar sendo totalmente enterrado neste início de século XXI (já caminhando para meados deste século). Esse modelo de sociedade surgiu com o fim da II Guerra Mundial, em contraposição aos horrores de bombardeios, como os atômicos a Hiroshima e Nagasaki, no Japão, e genocídios, como o Holocausto Judeu.
Evidente que, no tempo do chamado pós-guerra, aconteceram tragédias e, principalmente, ‘silêncios’ inexplicáveis. Entre os ‘silêncios’, chama a atenção o tempo de duração do Apartheid, regime de segregação racial que vigou na África do Sul, de 1948 a 1994 e da Ditadura do fascista Francisco Franco, na Espanha, que durou 36 anos, desde a guerra, adentrando, sem problemas, o pós-guerra.
Isso, sem fala nas ditaduras militares na América Latina (de 1954 a década de 1980), Guerra do Vietnã, conflitos nos Balcãs, o massacre de 1951 na Coreia etc.
Só que, em grande parte, esses conflitos e regimes de exceção tinham como pano de fundo a Guerra Fria, entre os EUA e a União Soviética e seis respectivos aliados. E, também, pouco afetava as estáveis democracias ocidentais pautadas no estado do bem-estar social e ideais humanitários, o que permitiu avanços, como conquistas de direitos civis a negros, mulheres e gays.
Hoje, a ascensão de governos visivelmente de tendência racista em países ‘centrais’, como o de Trump, nos EUA e o afloramento de movimentos de ódios a imigrantes que resultaram na instituição de partidos como o ‘Alternativa para a Alemanha’, fundando em 2013, não tem mais relação com a Guerra Fria e, ao que indicam, não serem casos isolados.
Outro detalhe é que a ocorrência de fenômenos, como a fortificação de um partido de tendência nazista na Alemanha, parecia totalmente improvável, até o ano 2000, por ai, quando ainda se respirava os velhos tempos pós-guerra, do bem-estar social e culto aos Direitos Humanos. O ‘Alternativa para a Alemanha’, obteve, nas eleições de 2017, 94 dos 709 assentos no parlamento, sendo o terceiro maior partido alemão na atualidade.
Esse avanço de forças contra imigrantes podem tá indicando duas tendências: são variantes possíveis, dentro de um mundo democrático, ou estão decretando o fim da vida democrática Era Pós-Guerra e anunciando um novo tempo.
A avaliação mais contundente, no momento, é que fenômenos como Governo Trump e ‘Alternativa para a Alemanha’, entre outros, são passageiros e normais no mundo democrático de respeito à alternância no poder. Seriam tendências que vão sucumbir, em breve, por meio das vias democráticas, em sucessivas eleições nas quais se alternarão no poder ao lado de sociais democratas, trabalhistas, verdes etc., mas não prevalecerão como fenômeno que indica uma nova mentalidade de época. Uma nova versão do ‘pós-guerra’ prevalecerá.
Só que fatos com o Governo Trump e o avanço do partido ‘Alternativa para a Alemanha’, entre outros, também, podem não ser somente acidentes possível e normal dentro das regras democráticas.
Esses fatos podem estar indicando uma nova possibilidade de relações sócias, diferentes das vigentes no pós-guerra. Até agora, essa possibilidade é apenas uma especulação.
O que se pode afirmar, no memento, é que as violações aos direitos humanos não causa mais tanta indignação como era há 20 anos.
Um marco simbólico dessa mentalidade onde predomina, cada vez mais, a indiferença a atos de intolerância a imigrantes, a torturas e situações de miséria foi os atentados na Noruega, em 22 de julho de 2011. Esse ato foi praticado por uma pessoa, mas parece ter atendido aos anseios de uma, até então, silenciosa camada da população contrária a imigração, as liberdades democráticas, ao respeito aos direitos das minorias, ao pensamento plural e aos direitos humanos, em geral.
A impressão é que ‘essa gente’, e suas aspirações, sempre existiram, mas permaneceram adormecidas, esperando o momento propício para vir a tona. Do fim da II Guerra até o ano 2000, por ai, foram sufocadas e, agora, aprimoradas e atualizadas, ganham espaço de expressão pública, por meio de práticas de intolerância e ódio.
O autor dos atentados na Noruega, Anders Behring Breivik, condenado a 21 anos de prisão pelo massacre de 77 pessoas, demonstrou claramente, durante aparições em seus julgamentos, que não se arrependeu. Recusou-se ser considerado deficiente mental, o que abrandaria a sua culpa. Optou em demonstrar que e mentalmente saudável e, sem medo ou vergonha, fez questão de fazer a saudação nazista. E ficou assim: poucos indignados e muitos silenciosos e indiferentes.
Behring Breivik praticou explosões na zona de edifícios governamentais da capital, Oslo, com oito mortos, e tiroteio na ilha de Utøya, durante encontro organizado pela juventude do Partido Trabalhista Norueguês, com 69 mortos com tiros na testa, a maioria adolescente. Isso sem contar os que ficaram com sequelas, incluindo familiares dos mortos.
Ele disse considerar o Governo Noruega e membros do Partido Trabalhista ‘brancos traidores’ por serem amistosos com imigrantes islâmicos. Nesta manifestação delimitou uma fronteira política: passou a considerar os democratas, brancos, tão inimigos e ameaçadores quantos os imigrantes etc.
A partir daí, o que muitos chamando de ‘ultradireita’ passaram a ter coragem de desafiar a mentalidade vigente deste o pós-guerra. Não consigo identificar um nome para esse fenômeno, mas, ultradireita não atende mais como denominação exata, pois, entre eles, há o que vou chamar aqui de ‘contradições’.
Veja que o ‘Alternativa para a Alemanha’ é visivelmente a favor de total igualdade entre homens e mulheres. Por outro lado, setores ultraconservadores dos EUA, o homem é o ‘cabeça’ da família. Uns defendem o ateísmo; outros são cristãos praticantes e por ai vai.
O certo é que, hoje, o odioso Holocausto, que era o sinal a todos os povos, de que a legalidade de massacres e extermínios é impraticável, não causa mais tanta comoção. Temo que chegue o tempo que esse odioso descaso contra todo o SER HUMANO, no futuro, seja lembrado somente pelos judeus.
No Japão, a sociedade, neste momento, é simpática a revisão da Constituição de 1947, que instituiu, no pós-guerra, um Japão da paz, sem armas e amplas liberdades de religião, das mulheres etc.
O atual primeiro-ministro japonês, Abe Shinzô, foi enfático ao afirmar que é necessário estabelecer um novo “regime” no Japão. Ele afirmou que a Constituição de 1947 é “um ato de contrição por parte dos vencidos perante os vencedores”, e que este texto precisa, agora, ser “moldado pelas nossas próprias mãos” [dos japoneses]. Até por volta do ano 2000, um primeiro ministro japonês jamais teria a coragem de falar isso.
No Brasil, qualquer cidadão, hoje, nas ruas, ônibus, mercados, nos halls dos hotéis etc. culpa os que eles chamam de ‘direitos humanos’ pela violência no país. Não há mais comoção com a miséria, com o massacre de uma geração de jovens nas periferias das grandes cidades, de índios etc.
Na Índia, a direita nacionalista, que está no poder atualmente, faz vista grossa para ataques aos cristãos, a estupros coletivos de mulheres etc.
Na Russia, que vai sediar a Copa do Mundo deste ano, casos de demonstração de racismo contra jogadores negros estão recorrentes nos estádios. Em jogo no dia 27 de março deste ano, na tradicional São Petersburgo, segunda mais importante cidade do país, jogadores negros da Seleção da França foram hostilizados durante jogo contra a Seleção Russa. E a FIFA só se pronunciou com relação ao assunto porque foi pressionada.
É na mesma Russia, homossexuais não tem direito de expressão e o Presidente Vladimir Putin instituiu lei por meio da qual o homem tem liberdade, com limites, de bater na esposa e filhos.
No campo das relações de trabalho, o fim de direitos trabalhistas, resultantes do bem-estar social instituído depois da II Guerra Mundial, parecem que estão morrendo, também. Começa a ganhar corpo, em âmbito mundial a máxima da alta produtividade a preços de mão de obra a custos baixíssimos.
Enfim, há dois caminhos: a ascensão da ‘ultradireita’ e apenas uma possibilidade entre as várias dentro do mundo democrático ou é um indicativo de novos tempos.
O certo é que o tempo de bonança do pós-guerra está, cada vez, mais distante. A era da pintura de Pablo Picasso, da Hollywood de Marlene Dietrich, do balé clássico, da bossa nova, da Disney, de Pelé e Martin Luther king, do U2 e The Beatles e Bob Marley estão dizendo adeus entre algoritmos e rotatividade de aplicativos.
Radialistas de Barreirinhas, Santo Amaro e Matinha participaram neste fim de semana da oficina de radiojornalismo promovida pela Abraço (Associação Brasileira de Rádios Comunitárias) no Maranhão, finalizada domingo (29) com a entrega de certificados. As atividades foram realizadas no Centro de Artesanato, em Santo Amaro.
Ao longo de três dias a oficina compartilhou informações sobre o planeamento da reportagem a elaboração de pauta, os tipos de fontes jornalísticas, as técnicas da entrevista, redação e narração e edição de notícias no rádio, sob a coordenação do presidente da Abraço e professor do curso de Rádio e TV da Ufma, Ed Wilson Araújo.
Ao final da oficina, cada participante gravou um boletim radiofônico, exercitando as técnicas desenvolvidas ao longo das aulas teóricas. Os radialistas selecionam fatos de interesse público dos seus respectivos municípios e produziram narrativas jornalísticas que posteriormente serão editadas em um radiojornal. Atuaram na reportagem Lilia Barrada, Manoel Sucam, Jonathan Barros, Taynara Castelo Branco, Maria Zulima, Calmiro Carvalho, Henock Oliveira, James Barros, Orlando Moraes, Claudio Ataíde, Alione Pinheiro, Branco Marley, Nanci Eulália e Israel Dias.
Gênero
Na manhã de sábado houve uma roda de conversa sobre gênero e a participação da mulher na gestão e produção de conteúdo dentro das rádios comunitárias. Esta atividade, avaliada como bastante produtiva pelos participantes, foi um momento importante para dialogar sobre o papel da mulher na comunicação comunitária.
A oficina em Santo Amaro foi recepcionada pela rádio Lençóis FM, dirigida por Dodó Carneiro e Alione Pinheiro, diretora de Gênero e Etnia da Abraço no Maranhão. Também coordenaram a oficina a diretora de Formação, Marcia Maranhão; o diretor de Finanças, Raimundo Pereira de Sousa; o diretor de Assuntos Jurídicos, Fernando Cesar Moraes, que proferiu palestra sobre os aspectos técnicos e legais relacionados ao funcionamento das emissoras comunitárias; a diretora de Comunicação e Marketing, Vivânia Gonçalves Ferreira; e o diretor de Mobilização, José Maria Machado Coelho.
Tambor
A oficina em Santo Amaro teve a parceria da rádio web Tambor, que já está em funcionamento há cerca de 20 dias, fruto da iniciativa da Agência Tambor de Comunicação. A emissora produz diariamente o jornal Tambor, das 11h às 12h, transmitida on line no endereço agenciatambor.net.br e nas redes sociais.
A rádio web Tambor foi articulada a partir dos debates realizados no I Seminário Comunicação e Poder no Maranhão, em outubro/2017, do qual participaram o jornal Vias de Fato, Abraço Maranhão, Teia de Povos e Comunidades Tradicionais, centrais sindicais, grupos de pesquisa da Ufma e Uema, profissionais e estudantes de comunicação, ativistas e coletivos de audiovisual atuantes na causa da democratização da comunicação.
Um dos objetivos da Tambor é compartilhar conteúdo jornalístico e educativo com as rádios comunitárias e também assegurar que estas emissoras, através dos correspondentes nos municípios, tenham as suas produções jornalísticas inseridas na Agência Tambor.
Em 2018 a Abraço Maranhão já realizou oficinas de radiojornalismo em Barra do Corda (fevereiro) e Santo Amaro (abril). Estão programadas oficinas regionais que serão sediadas em Matinha e Tutóia, respectivamente nos meses de junho e agosto.
Em Santo Amaro, o apoio especial para a realização da oficina ficou por conta da pousada e restaurante Sol de Amaro, dirigida por Cida Rocha, empreendedora do turismo na região dos Lençóis Maranhenses.