Segundo Janja, coordenadora da equipe de cerimônia da posse de Lula, a expectativa de público em Brasília é de aproximadamente 300 mil pessoas
A socióloga e futura primeira-dama, Rosângela da Silva, Janja, informou durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (7), que 12 chefes de Estado confirmaram presença na posse de Lula no próximo dia 1º de janeiro de 2023.
Janja é coordenadora da equipe de cerimônia da posse de Lula. Ela também compartilhou que a expectativa de público em Brasília é de aproximadamente 300 mil pessoas.
Participaram da coletiva o embaixador Fernando Luis Lemos Igreja e Márcio Tavares, secretário Nacional de Cultura do PT, que também estão na equipe de organização da posse.
Shows previstos
Os shows previstos para acontecerem nos dois palcos batizados com os nomes das cantoras Gal Costa e Elza Soares terão início após a cerimônia de transmissão da faixa presidencial, no Palácio do Planalto.
A declaração ocorreu durante coletiva, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), com o embaixador Fernando Luis Lemos Igreja e Márcio Tavares, também integrante do grupo de transição de Cultura.
Salva de tiros
Janja também revelou que será conversado com o cerimonial do Senado Federal sobre a salva de tiros após demandas da sociedade civil contra o barulho de fotos de artifício e de tiros de canhão.
Atendemos uma demanda importante da sociedade civil, pensando nas pessoas com deficiência, que têm perturbação por causa do barulho. Além disso, há uma demanda do GT (grupo de trabalho) do meio ambiente, que trata da proteção de animais, para a gente atentar sobre a questão da produção de ruídos”.
Confirmaram presença, por enquanto, os presidentes de Alemanha, Angola, Argentina, Bolívia, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guiné-Bissau, Portugal, Timor Leste e o rei da Espanha.
Tendo à frente um dos mais renomados pensadores e pesquisadores da infância no Brasil, o maranhense Gandhy Piorski, o curso “A memória, a criança e o lugar do esquecimento” será ministrado no dia 17 de dezembro (sábado), no auditório do Museu Histórico e Artístico do Maranhão (Rua do Sol – Centro de São Luís), nos turnos da manhã e tarde.
Organizada em parceria pelo Jardim Guará-Mirim, escola cujo ensino é inspirado na pedagogia Waldorf, a atividade é direcionada a todos os públicos, com vagas limitadas. As inscrições custam R$ R$ 220.
Sobre a temática do curso, Gandhy Piorski, que é também artista plástico, adianta que a ideia é buscar princípios pedagógicos a partir do universo da memória. Para ele, a memória é uma faculdade que entrelaça a humanidade à natureza, à cultura, aos antepassados, ao futuro e, é claro, à infância. “Recordar talvez seja a operação mais determinante para a constituição das novas gerações. As crianças, especialmente as mais novas, são a matéria-prima humana que prepara e aprofunda o ato de lembrar. Portanto, as pedagogias têm responsabilidade de compreender mais à fundo a função da lembrança e do esquecimento”, enfatiza.
O pensador complementa: “Essas funções são matriciais na sensibilidade perceptiva dessas crianças. São potências geradoras de novos caminhos pedagógicos”.
TRAJETÓRIA
Nascido em 1971, Gandhy é mestre pela Universidade Federal da Paraíba. É pesquisador nas áreas de cultura e produção simbólica, antropologia do imaginário e filosofias da imaginação. No campo das visualidades, discute as narrativas da infância e seus artefatos, brinquedos e linguagens, com os quais realiza exposições e intervenções.
É também curador e consultor de diversos projetos relacionados com a criança nas áreas de cinema, dança, teatro, literatura, arquitetura e educação. Em 2016, publicou o livro “Brinquedos do chão: a natureza, o imaginário e o brincar”. O primeiro de uma série de quatro. Atualmente, é consultor do Instituto Alana.
O interesse de Gandhy Piorski pelo universo da infância surgiu nos anos 90, quando passou a se aprofundar no conhecimento da artesania dos brinquedos tradicionais de madeira. Desde então, incluiu uma minuciosa investigação sobre o ato de brincar na infância, somado ao processo da imaginação. Viajou pelo interior de alguns estados do Nordeste, pesquisando formas livres de brincar. Em 2003, passou um ano em Portugal estudando no Museu do Brinquedo de Sintra, com apoio da Bolsa Virtuose, concedida pelo Ministério da Cultura do Brasil.
SERVIÇO
Curso “A memória, a criança e o lugar do esquecimento”, com Gandhy Piorski
Quando: Sábado, dia 17 de dezembro
Horário: Manhã: das 9h às 12h. Tarde: das 13h30 às 16h30.
Local: Museu Histórico e Artístico do Maranhão (Rua do Sol – Centro de São Luís)
O Instituto Vladimir Herzog acaba de inaugurar a exposição digital Vlado em família na plataforma Google Arts & Culture, com apoio da família do jornalista e do Itaú Cultural. As imagens foram selecionadas a partir do Acervo Vladimir Herzog, que possui mais de 2 mil negativos, slides e fotografias de sua autoria, com curadoria de Carolina Vilaverde e Luis Ludmer.
Esta é a terceira mostra realizada pelo Instituto Vladimir Herzog na plataforma on-line da Google, que reúne obras e conteúdos de outros mais de 2 mil museus e arquivos parceiros. As outras duas exposições, também disponíveis para visitação virtual, são A Vida de Vladimir Herzog e Viagem a Canudos.
O novo Conselho Diretor da Alaic tem, ainda, Daniela Monje (Universidad Nacional de Córdoba, Argentina) na vice-presidência; Maria Cristina Gobbi (Unesp-Bauru) na Diretoria Administrativa; Tanius Karam (Universidad Autónoma de la Ciudad de México) na Diretoria Científica; Sandra Liliana Osses Rivera (Acicom) na Comunicação; e Eduardo Villanueva (Pontificia Universidad Católica del Perú) em Relações Internacionais.
A Intercom, parceira histórica da Alaic, dá as boas-vindas ao novo Conselho Diretor e deseja sucesso em sua gestão.
Shows serão nesta quinta e sexta, no Centro Histórico, a partir das 17h30. Entre as atrações estão as cantoras Andréa Frazão, Didã, Klicia, Luma Pietra e outras
Um dos festivais mais aguardados do ano marca novamente presença na capital maranhense. Nos próximos dias 8 e 9 de dezembro, a Ilha do Amor terá mais uma edição especial do “Festival internacional de Compositoras Sonora São Luís”, que mostrará ao público maranhense os talentos e vozes maravilhosas das multiartistas que encantam todo o Brasil.
A nova edição será no Solar Cultural Maria Firmina dos Reis, na Rua Rio Branco, no Centro Histórico de São Luís, a partir das 17h, com atrações selecionadas a partir do edital Sonora, com curadoria feita pelas artistas Deh Mussulini, Camila Reis e Luciana Simões.
Na programação dos shows, se apresentam: no dia 8 (quinta-feira), as cantoras Cris Campos Sereia, Geoh Nolasco, Klicia e Andréa Frazão; já no dia 9 (sexta-feira), sobem ao palco a dupla Priscila Carvalho e Angelica Melo, seguida pelas cantoras Nicole Santos, Didã e Luma Pietra.
Os ingressos para a programação do Festival Internacional de Compositoras Sonora São Luís já estão à venda e podem ser adquiridos no Instagram do festival @sonoraslz (https://www.instagram.com/sonoraslz/) por R$ 10,00 (por dia). Mais informações pelo telefone (98 988650810 – Valda Lino).
Considerada uma rede internacional de festivais, o “Festival internacional de Compositoras Sonora” foi criado no Brasil com o objetivo principal de mostrar e incentivar a força da mulher compositora – o projeto surgiu a partir da hashtag #mulherescriando, iniciativa da musicista Deh Mussulini para romper o imaginário de que existem poucas compositoras.
Em São Luís, o Sonora ocorre desde 2016 – sendo o primeiro palco autoral para diversas compositoras da nova geração da música maranhense. O Sonora visa a criação de um lugar de divulgação e exposição das potencialidades individuais das autoras, como também um espaço de reflexão coletiva e formação que promova o debate sobre o espaço da mulher no mercado fonográfico atual e o encontro de compositoras das várias vertentes e gêneros, indo da MPB à música instrumental, do indie ao samba, entre outros estilos.
O ano de 2022 marca o retorno do “Festival internacional de Compositoras Sonora” em formato presencial por todo o Brasil. Nos anos anteriores, o festival alcançou dezenas de cidades brasileiras e territórios internacionais: 21 cidades e 6 países em 2016; 40 cidades e 8 países em 2017; e 74 cidades e 16 países em 2018.
Curadoria do Sonora São Luís 2022
Para a edição 2022 do Sonora em São Luís, foi montada uma equipe de artistas nacionais renomadas para avaliar as compositoras inscritas no evento.
Entre as curadoras, está a compositora, violonista e cantora belo-horizontina, Deh Muss, que idealizou e trabalha em diversos projetos feministas na música, como: o Coletivo ANA, com quem lançou disco em 2014; criou a hashtag #mulherescriando que culminou no Coletivo Mulheres Criando, que ganhou o Prêmio Profissionais da Música 2018; o Sonora Festival Internacional de Compositoras, da qual é diretora geral e idealizadora e conquistou o Prêmio Profissionais da Música 2021; além de ser uma das apresentadoras da Coletiva “Coluna Lugar de Mulher”.
Também compondo a curadoria estão as maranhenses Camila Reis e Luciana Simões. Camila Reis é artista popular que se expressa principalmente na música e na literatura, participa de diversas manifestações da cultura popular maranhense e faz parte do grupo Laborarte. Em 2018, lançou o álbum “Preta Velha”, é autora de três livros e segue produzindo com lançamento de singles, apresentações de shows e produção de eventos.
Já Luciana Simões é artista na banda Criolina, ativista cultural e criadora e gestora do festival BR 135, que é realizado em São Luís há 8 anos, sempre ocupando com arte o Centro da capital maranhense. Co-criadora de ferramentas de pressão política como Observatório da Cultura do Maranhão e da Liga da Cultura, foi curadora do Prêmio Natura 2018 e do Porto Musical 2020.
Serviço
O quê: “Festival internacional de Compositoras Sonora São Luís 2022”;
Quando: nesta quinta (8) e sexta (9), a partir das 17h30 – ingressos por R$ 10, no Instagram Oficial da Edição São Luís do Sonora (@sonoraslz);
Onde: Solar Cultural Maria Firmina dos Reis, na Rua Rio Branco, no Centro Histórico de São Luís;
Contato: Gustavo Sampaio (98) 999682033 – Assessoria de Comunicação.
Dia 8 de dezembro de 2022, Beto Ehong e o Eletrônico Tambor sobem ao palco da cidade, mais precisamente no Teatro Cazumbá – Centro Histórico de São Luís, cercado de outros grandes artistas, para uma verdadeira celebração do som em suas múltiplas percepções, as sonoridades ancestrais em diálogo sincero com os beats do mundo e uma linguagem textual dinâmica, interessada e divertida.
Como dito, muito bem acompanhado, porque afinal de contas ninguém muda o mundo sozinho e é por isso que Beto Ehong chama Fauzy Beydoun, líder da consagrada banda Tribo de Jah para cantar juntos O eterno verão do reggae, diga-se, uma parceira deles, que será apresentada de forma inédita nessa noite.
Também no palco para formar o trio, Regiane Araújo, com sua potência de voz, chegando com uma das grandes da cena atual da cidade.
Mas o baile segue com outras pedras, o DJ internacional Tarcísio Selektah, a poesia ritmada e ancestral de Dalva Palmar Brasil e Lyspectro, o mano argentino de coração no mundo Martin Marassa, o groove de Lucélio Muirax e Banda, que abre a noite e as imagens montadas pela verve existencial, criativa e descoladas de Frederico Machado no telão.
O show é uma experiência para quem gosta de pular fora da caixa e provar das curvas que o rolê oferece, dançar, beijar, abraçar, estar atento, forte e com saudade do futuro.
Como o militante da reforma agrária Geraldo Magela de Almeida Filho se tornou José Gaspar da Silva, vendedor de produtos country para o agro amazônico, depois de ser acusado de um crime que não cometeu
De Imperatriz, Maranhão
Chovia muito às 7h30 da manhã de 12 de fevereiro de 2005, quando o pistoleiro Rayfran das Neves Sales desferiu 6 tiros à queima roupa contra uma mulher de 73 anos sem nenhuma chance de defesa. O corpo da Irmã Dorothy Stang tombou em sangue na terra alagada e lá ficou até às 17h, quando foi levado do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Esperança por uma estrada precária de 50 quilômetros até a sede, no município de Anapu, às margens da rodovia Transamazônica, a 692 quilômetros de Belém, capital do Pará. Naquele mesmo sábado, enquanto todas as atenções se voltavam para Anapu, outro assassinato abalava o PDS Esperança. Às 23h, o lavrador Alberto Xavier Filho, conhecido como “Cabeludo”, também foi executado. O crime contra Dorothy Stang levou à Anapu jornalistas do mundo inteiro. O crime contra o anônimo Cabeludo, uma figura ambígua que com alguma frequência fazia serviços para os inimigos do PDS, foi ignorado pela opinião pública. Os pontos nunca foram ligados. Mas ali começava, para um homem chamado Geraldo Magela de Almeida Filho, uma saga nascida da injustiça e uma fuga de 17 anos que só acabou em novembro de 2022. Se iniciava, também, a vida de um caixeiro-viajante chamado Gaspar.
No mesmo dia em que perdeu Dorothy Stang, Magela Filho foi falsamente incriminado pela polícia como cúmplice do assassinato de Cabeludo. Para os movimentos sociais da região de Anapu e Altamira, a estratégia que matou Dorothy e obrigou Magela Filho a fugir era a mesma: os grileiros queriam anular a resistência camponesa. “Ele era uma liderança muito forte. O objetivo era matar os dois, Geraldo Magela e Dorothy Stang”, afirma a missionária Jane Dwyer, da Congregação das Irmãs de Notre Dame, integrante da Comissão Pastoral da Terra e companheira de luta de Dorothy. “Conseguiram eliminar nossa irmã e colocá-lo [Magela] na clandestinidade.”
Os dois crimes foram o desfecho de uma semana tensa. Dorothy Stang estava marcada para morrer. As ameaças já haviam sido amplamente denunciadas aos órgãos de segurança no Brasil e também para organismos internacionais. Há vasto conhecimento sobre os mandantes, intermediários e executores da missionária. Já o assassinato de Cabeludo até hoje permanece sem solução.
Membro da Direção Nacional do PT, ele já está trabalhando em Brasília, compondo o Núcleo de Desenvolvimento Agrário. No novo desafio, leva a experiência de gestão em órgãos federais e estaduais e da atuação parlamentar. Veja na entrevista como Luiz Henrique analisa as perspectivas do novo governo Lula para o Brasil e o Maranhão
Blogue do Ed Wilson – Como você recebeu o convite para participar da Equipe de Transição e em quais áreas você vai atuar?
Luiz Henrique Lula – Recebi honrado a convocação para contribuir com o Brasil e o terceiro governo Lula, nesse que é um ciclo tão dramático do país. Componho o “Núcleo de Desenvolvimento Agrário” com os acúmulos de quem foi Delegado e Consultor do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) no governo Dilma Roussef, Secretário de Estado da Secid (Secretaria de Cidades) no governo Jackson Lago e da Sagrima (Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca) no governo Flavio Dino.
O ponto de partida para todos os envolvidos na Comissão de Transição tem como start o diagnóstico de que o Estado brasileiro foi sendo desmontado pelos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro após o golpe de 2016. Para que se tenha uma ideia do que falo, basta ver o que está reservado no orçamento para políticas públicas no setor da agricultura familiar do governo atual para 2023 (míseros 26 milhões de reais), comparado com o executado no último ano de governo petista (Dilma Roussef), onde foram executados 10 bilhões de reais. Isso dá bem a dimensão do desmonte de que falo. Eles propõem o raquítico valor na casa dos milhões; nós, na casa dos bilhões. Isso, por si só, dá a dimensão do desmonte sobre o qual me refiro. Participar desse processo de reconstrução do país é desafiador.
Portanto, honrado e comprometido estou, e espero estar à altura do desafio.
Blog do Ed Wilson – De que forma a Equipe de Transição está realizando os trabalhos? Como é a dinâmica das atividades?
Luiz Henrique Lula – Estamos trabalhando em equipe e compartilhando nossas diferentes e convergentes visões do diagnóstico às políticas públicas que desejamos ver implementadas. A estrutura aqui no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) comporta três níveis de atuação distribuídos em um espaço físico que compõe três andares. No primeiro funcionam os 32 núcleos temáticos (espinha dorsal da futura Esplanada dos Ministérios). Me consolidei no núcleo Agrário, mas também participamos de reuniões com demais núcleos temáticos para troca de informações e socialização de políticas específicas, tais como o Núcleo da Agricultura (Agro – Kátia Abreu/Coordenadora); Núcleo Meio Ambiente (Marina Silva/Coordenadora); Núcleo Pesca (que retornará à condição de Ministério) – Coordenador Altemir Gregolin, só pra ficar em três exemplos de transversalidade.
Essas reuniões afinam a política pensada nas diferentes áreas do futuro governo para coesionar o governo.
Os trabalhos são diários, de domingo a domingo, das 9h às 21h, com prazo final de entrega dos relatórios finais para todos os núcleos, dia 11 de dezembro, um dia antes da diplomação do presidente LULA, que foi antecipada para dia 12, oportunidade em que o presidente anunciará parte dos ministros.
O primeiro relatório, consolidado no sistema e entregue ao coordenador executivo da Comissão de Transição, Aloízio Mercadante, no dia de ontem, que deu conta de três tarefas: diagnóstico e eixos de políticas prioritárias para primeiro ano de governo, estrutura proposta de organograma do ministério e nomenclatura – o antigo MDA dará lugar ao Mafas (Ministério da Agricultura Familiar e Alimentos Saudáveis)
Blogue do Ed Wilson – Qual a importância da sua indicação para o PT e o Maranhão?
Luiz Henrique Lula – Creio que não só a minha, mas dos demais maranhenses que compõem a Comissão de Transição, sejam os presenciais, ou virtuais, nas diferentes condições: quadros técnicos, colaboradores, relatores ou subrelatores e coordenadores. A Comissão tem a presença do senador Flávio Dino, dos deputados federais Marcio Jerry e Bira do Pindaré; dirigentes do PT no Maranhão, como Kelly Araújo; do movimento social, Vânia do MST; e dirigentes nacionais do PT, casos de Cricyelle Muniz e o meu caso.
Portanto, essas indicações demonstram a qualidade dos nossos quadros em áreas distintas de atuação, e devem ser orgulho dos maranhenses. Tenho certeza e convicção que nosso trabalho contribuirá para o futuro do Brasil para as próximas décadas. Particularmente estou muito feliz de estar aqui e ver nosso legado reconhecido. Nosso porque nesse momento não sou meu CPF, mas os de tantos companheiras e companheiros que sei que represento e tenho consciência e a mais alta responsabilidade.
Blogue do Ed Wilson – De que maneira os movimentos sociais do Maranhão podem ser ouvidos a partir do eixo temático em que você está inserido?
Luiz Henrique Lula – Os movimentos sociais são mãos, pés e cabeça de toda política aqui desenhada. Mãos, pés e cabeças, no sentido literal da palavra. Somos 22 membros do núcleo de Desenvolvimento Agrário, aqui está a Contag, a Contraf, MST, movimento quilombola, Indígena, todos com seus quadros mais qualificados. Aqui está o parlamento brasileiro, com 4 deputados federais e um deputado estadual, os servidores públicos vinculados funcionalmente à política agrícola e agrária. A população tem a garantia de que faremos e daremos o melhor plano de metas, diretrizes e programas que o Brasil precisa para ser o país que produz alimentos saudáveis, com inclusão social e melhoria da qualidade de vida dos povos das florestas, águas, campo e cidade.
Blogue do Ed Wilson – O PT tem uma participação efetiva no contexto do Maranhão, com o vice-governador Felipe Camarão tendo sido figura destacada na eleição do governador Carlos Brandão (PSB). Como você avalia os cenários de 2024 e 2026?
Luiz Henrique Lula – O PT governará o Maranhão finalmente. Felipe Camarão é um dos grandes quadros da política do Maranhão e está preparado para ajudar o governador Brandão e o presidente LULA na governança.
O PT também está preparado para a mesma tarefa e missão. Os quadros petistas alçados a postos de gestão e comando, seja na esfera federal ou estadual, têm demonstrado serem quadros criativos, competentes e efetivos no modo petista de fazer e governar. Assim sendo, acredito que a derrota eleitoral acachapante que sofremos na eleição de 2022, posto que pela primeira vez em décadas, não conseguimos ter representação parlamentar na Assembleia Legislativa, muito por conta do orçamento secreto e de um ambiente novo de federação que não estávamos preparados para enfrentar, será redimida em 2024, com a eleição de uma boa bancada de vereadores e prefeitos petistas, base do desafio seguinte em 2026, que será triplicar nossa bancada federal e sair do zero da bancada estadual, para eleição de pelo menos 5 ou 6 parlamentares do PT.
Creio que o governador Brandão e o governo Lula têm clareza do sacrifico a que fomos submetidos e da qualidade de nossos quadros para ocuparmos postos estratégicos e relevantes nos postos federais e estadual.
Blogue do Ed Wilson – Como estão os preparativos para a posse do presidente Lula e de que forma o novo governo vai refletir no Maranhão?
Luiz Henrique Lula – Sobre preparativos sei pouco, até pela entrega no que estou fazendo, assim por questões de segurança, mas será, mais uma vez, uma linda festa, claro que com as precauções necessárias. Lula é hoje o maior estadista do planeta. Sua posse terá essa dimensão superlativa. Ninguém vive o que ele viveu e vence, como ele venceu.
E seu governo refletirá na vida do povo pobre, que muito mais excluído foi pela política de morte do governo fascistóide bolsonarista. Esse governo certamente enfrentará questões estratégicas e o maior desafio é o emprego e combater a fome. O Maranhão será um dos estados mais bem atendidos, tenho certeza. Aqui desembarcam todos os programas de natureza social e de desenvolvimento.
Quem venceu a eleição foi o povo pobre e nordestino e será dele esse governo. O governo de toda uma vida de Luiz Inácio Lula da Silva e de nossas vidas.