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O Plano Diretor e os alagamentos em São Luís

A princípio temos uma obviedade: está chovendo muito e, em decorrência do volume de água, ocorrem os alagamentos. Isso seria normal para o período chuvoso.

Mas, os alagamentos acontecem também por diversas causas: os cercamentos por excesso de muros de prédios e condomínios, a impermeabilização do solo, as construções irregulares, a carência de saneamento básico e a eliminação da cobertura vegetal, entre outros fatores.

Os motivos acima listados estão direta ou indiretamente relacionados ao planejamento da cidade.

Enquanto as chuvas caem, a capital pode sofrer uma profunda alteração no seu Plano Diretor.  O prefeito Eduardo Braide enviou às pressas um “novo” ajuste na legislação urbanística, maquiando a proposta anterior do ex-prefeito Edivaldo Holanda Junior.

Ambos têm a mesma lógica: fazer de São Luís um entreposto portuário e ampliar a planta industrial da capital, transformando-a em uma cidade “moderna”, que vai “atrair investimentos”, “gerar empregos e oportunidades” e “melhorar a vida das pessoas”.

Esse discurso é adotado pelos sucessivos prefeitos, parte dos deputados e vereadores e mais incisivamente pelo pré-candidato a governador Simplício Araújo.

A proposta do prefeito Eduardo Braide já está em debate na Câmara Municipal.

Entre as principais modificações consta a exclusão de aproximadamente 30% da área da zona rural de São Luis. Significa dizer que a cidade vai perder uma expressiva parte da cobertura vegetal que absorve a água das chuvas e alimenta os lençóis freáticos.

A lógica do prefeito e dos seus lobistas é diminuir a zona rural para ampliar a área do complexo portuário e industrial. Estão embutidos aí interesses do capital internacional para atender o escoamento das commodities do Matopiba, da Vale e da Alumar, além dos negócios de todos os empreendimentos agregados na área do retroporto do Itaqui.

Trata-se de uma lógica importante para a macroeconomia, melhora os indicadores das exportações, louva a infraestrutura portuária, dignifica a concentração de renda e faz uma apoteose do agronegócio.

A maioria da população pobre não aproveita quase nada dessa chuva de dinheiro, que só cai na cabeça dos ricos.

Nessa concepção, a zona rural é um “obstáculo” que precisa ser eliminado ou reduzido em nome da “modernização” de São Luís.

Ocorre que a zona rural cumpre um papel importante para o conjunto da cidade. Se perdermos uma vasta extensão da cobertura vegetal vai haver mais impermeabilização do solo e os cercamentos, decorrendo desse processo a ampliação dos alagamentos e das enxurradas.

Menos cobertura vegetal implica drástica redução da absorção da água para alimentar os lençóis freáticos. Perderemos também parte considerável das áreas de recarga de aqüífero.

A aparente abundância de água e os alagamentos são pistas para uma leitura de São Luís no contexto das suas necessidades, desafios e perspectivas de futuro.

Andando pela cidade nesses tempos de tanta água, é fácil perceber os sinais de atraso, como se nossa cidade estivesse no passado medieval. São Luís tem raros pontos de ônibus decentes. A maioria das paradas expõe os usuários à lama, chuva, ônibus velhos, lentos, sujos e caros.

Afinal, que “modernidade” é essa?!

Imagem destacada / Vista aérea de São Luís, capturada aqui

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II Encontro de Antropologia e Imagem, na UFMA, abre inscrições

Fonte: Portal da UFMA

Estão abertas, até o dia 25 de maio, as inscrições para o II Encontro de Antropologia e Imagem da UFMA (Eaima), que ocorrerá entre os dias 25 e 27 de maio. O evento é destinado a toda a comunidade acadêmica, especialmente aos estudantes, professores, pesquisadores nas áreas de ciências humanas e sociais e profissionais ligados à produção cultural. O II Eaima ocorrerá de forma virtual pelo Canal Institucional da UFMA, cuja inscrição está disponível no site do evento.

A segunda edição do Encontro de Antropologia e Imagem é organizado pelo Núcleo de Etnologia e Imagem, do Departamento de Sociologia e Antropologia da Universidade. Tem por objetivo retratar temas já crescentes na comunidade acadêmica, sobre a relação entre imagem, cultura e sociedade e proporcionar reflexões sobre as produções audiovisuais pautadas nas realidades étnicas, sociais e culturais regionais e nacionais. Nessa edição, o Eaima tem como tema a “Crise Sanitária, Diversidade, Empoderamento Étnico e Social”, com a perspectiva de abordar os impactos causados pela pandemia da covid-19 nas práticas culturais e na vida cotidiana de grupos étnicos e populares, bem como em suas atividades econômicas.

Aos que desejam submeter trabalho para apresentação no encontro, as inscrições vão até o dia 8 de maio. Serão entregues certificados de participação e apresentação, e os trabalhos apresentados serão inseridos nos anais do II Eaima e disponibilizados no site.

A programação ainda contará com a participação do cineasta e documentarista Vincent Carelli, criador do projeto Vídeo nas Aldeias, além de palestras, minicursos, exposição fotográfica, participação de professores convidados de outras instituições, mostra de filmes, entre outros, tudo de forma on-line. Para mais informações, acesse o site do II EAIMA.

Saiba mais

A primeira edição do Encontro de Antropologia e Imagem da UFMA ocorreu em dezembro de 2016 e teve como tema “Memória, Políticas, Culturas Étnicas”. Abordou as relações entre cultura, imagem e segmentos étnicos e sociais e contou com a apresentação de pesquisas desenvolvidas por alunos de instituições de ensino superior do Maranhão e de outros estados.

Por: Alan Veras

Produção: Marcus Paulo Albuquerque

Revisão: Jáder Cavalcante

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Entidades de direitos humanos repudiam violência no Maranhão

NOTA PÚBLICA DAS ENTIDADES DE DIREITOS HUMANOS DO MARANHÃO

O Maranhão assiste a uma escalada na violência no campo. Nos últimos 24 (vinte e quatro) meses, foram assassinadas 14 (quatorze) pessoas em áreas de conflito, sendo 07 (sete) quilombolas e 02 (dois) indígenas. Do total de vítimas, 04 são mulheres e somente 03 (tres) desses casos tiveram inquéritos concluídos pela Polícia Civil/Federal, o que demonstra o nível de impunidade que premia os algozes dos defensores e defensoras de direitos humanos.

No Maranhão, a situação no campo é caracterizada por intensa disputa histórica por terras, ladeada pela destruição ambiental e potencializada pela priorização dada pelas políticas públicas agrária e ambiental aos interesses do agronegócio nesse cenário, grupos criminosos, que atuam para se apropriar, sobretudo, de terras públicas (solo e subsolo), fazem uso sistemático da violência, do terror e da ameaça para consolidar seus feitos.

Se em 2021 tivemos 09 (nove) assassinatos no campo no Maranhão, em 2022 já foram 02 (dois). Um em 08 de janeiro deste ano, na comunidade Cedro, em Arari (município em que ocorreram dois assassinatos de camponeses em 2021) e outro, recentemente, na comunidade Jacarezinho, em São João do Sóter. Nesse último caso, Edvaldo Pereira Rocha,52 (cinquenta e dois) anos, foi brutalmente assassinado por jagunços, no dia 29 de abril de 2022, com oito tiros à queima-roupa na cabeça. Em um dos últimos vídeos feitos por ele em vida, Seu Edivaldo afirmou que sua comunidade não negociaria com o fazendeiro interessado na remoção da Comunidade.

Da análise dos dados, conclui-se que as pessoas assassinadas nos últimos 24 (vinte e quatro) meses são lideranças de movimentos dos trabalhadores rurais, quilombolas e indígenas que realizaram denúncias de grilagem de terras, de extração ilegal de madeira e que lutaram incansavelmente em defesa da Reforma Agrária, titulação quilombola e demarcação de terras indígenas.

Os assassinatos de lideranças se inserem no contexto de ataque generalizado promovido pelo governo Bolsonaro  contra Camponeses, Quilombolas e lndígenas, sobretudo com a destruição do INCRA e do enfraquecimento dos órgãos  de proteção indígena e fiscalização ambiental (FUNAI E O IBAMA), estimulo à atividade garimpeira, à mineração e ampliação das fronteiras agrícolas nas terras tradicionalmente ocupadas por comunidades (especialmente no contexto do  MATOPIBA). Tudo se agrava com a aprovação de medidas de concentração fundiária, privatização e estrangeirização das terras brasileiras e flexibilização da legislação ambiental.

Em plena pandemia da covid-19, foram registados no Maranhão, despejos judiciais e extrajudiciais, incêndios de casas, de roças, de usina de arroz, 04 (quatro) tentativas de homicídios, sendo 03 (três) de crianças, adolescentes e uma extensa lista de pessoas marcadas para morrer, sobretudo lideranças que lutam por terra/território.

A omissão do Estado diante do aumento da violência no campo é latente. De acordo com levantamento da Comissão Pastoral da Terra (CPT), no ano de 2021, o Maranhão foi o segundo estado da federação com maior número de assassinatos no campo.

O modelo de desenvolvimento vigente, que prioriza o agronegócio voltado à monocultura para exportação em detrimento da agricultura familiar e camponesa – real responsável pela alimentação da população brasileira – também contribui para o acirramento e manutenção dos conflitos no campo no Estado do Maranhão. Os órgãos licenciadores ambientais SEMA-MA e IBAMA concederam diversas licenças ambientais para promover a destruição do cerrado e da Amazônia sobre territórios tradicionais, acirrando situações de conflito. Tem sido comum o uso de aviões para lançar veneno sobre comunidades em conflito no Maranhão, mais um elemento da guerra promovida pelo agronegócio em face de camponeses, indígenas, quebradeiras de coco babaçu e quilombolas. Assim o governo federal e do estado do Maranhão tem contribuído por ação e omissão para a violência no campo.

É um modelo que reforça a concentração da terra, o trabalho escravo, a devastação das florestas, a poluição das águas, o envenenamento da mãe-terra e o ataque aos direitos de trabalhadores e trabalhadoras rurais e de comunidades tradicionais, sobretudo o direito à terra e aos territórios.

Assim, manifestamos, nesse momento de dor, nossa solidariedade aos familiares, aos companheiros e às companheiras de Edvaldo Pereira Rocha e à todas as vítimas da violência no campo no Estado do Maranhão e reafirmamos nosso compromisso com a luta em defesa do bem viver, dos direitos humanos e da democracia.

Por tudo isso exigimos:

1. A imediata titulação do território quilombola Jacarezinho por parte do INCRA e ITERMA;

2. Que o INCRA e o Instituto de Terras do Maranhão (ITERMA) priorizem as áreas com maior grau de violência e conflitos para fins de desapropriação, titulação quilombola e regularização fundiária;

3. Que a FUNAI proceda à demarcação das terras indígenas no Maranhão;

4. Que a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Maranhão e a Polícia Federal priorizem as investigações do assassinato de Edvaldo Pereira Rocha, assim como dos demais inquéritos não concluídos que envolvam assassinatos e tentativas de homicídio de camponeses, indígenas, quebradeiras de coco babaçu e quilombolas, garantindo inclusive a transparência dos processos investigatórios para as entidades que acompanham os casos;

5.Que o Poder Judiciário estadual e federal processe e julgue, em tempo célere, os processos que envolvam assassinatos no campo e disputas pela posse/propriedade da terra no Estado do Maranhão;

6.Que o Estado do Maranhão adote legislação que proíba a pulverização aérea de agrotóxicos e

7. Que o Governador do Estado do Maranhão homologue o acordo judicial oriundo da Ação Civil Pública movida pela SMDH, FETAEMA e DPE-Ma (PROCESSO: 0856157-69.2021.8.10.0001), que condiciona a expedição de licenças ambientais à Consulta Livre, prévia e informada dos povos e comunidades tradicionais, conforme estabelece a Convenção 169 da OIT.

São Luís (MA), 02 de maio de 2022.

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Solenidade de Corpus Christi 2022 retorna ao formato presencial em São Luís

Com o tema: “Comunhão, participação e missão” e o lema: “Que todos sejam um” (Jo 17,20), a Solenidade de Corpus Christi na Arquidiocese de São Luís do Maranhão acontecerá dia 16 de junho, após dois anos com restrições na programação devido a pandemia.

Em 2022, a solenidade volta a ser celebrada de modo presencial, com retorno da procissão pelas ruas do centro histórico de São Luís. A programação inicia às 15h, no estádio municipal Nhozinho Santos, Vila Passos, com Missa presidida por dom Gilberto Pastana e concelebrada pelos padres da arquidiocese, diáconos, com presença de todos os ministros extraordinários da sagrada comunhão.

Toda a comunidade católica, das dez foranias e suas respectivas paróquias – ao todo 57 – deverão comparecer ao momentoque em sua última edição presencial, segundo informações da polícia militar, reuniu 15.000 fiéis, em 2019.

Durante o percurso da procissão, ocorrerá a benção com o Santíssimo Sacramento em três paradas. Após saída do Nhozinho Santos, os fiéis caminharão até a Igreja de São João, onde haverá a primeira benção. Na sequência, dirigem-se para a Igreja do Carmo, praça João Lisboa, para a segunda benção, seguindo para a Igreja da Sé, onde ocorrerá a terceira e última benção com o Santíssimo Sacramento.

As emissoras da rede católica de comunicação farão a transmissão da Missa no Nhozinho Santos. O percurso da procissão poderá ser acompanhado pelas redes sociais da arquidiocese.

Sobre Solenidade de Corpus Christi

A Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, também chamada de Corpus Christi – expressão latina que significa Corpo de Cristo – é celebrada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, em alusão à Quinta-feira Santa, quando Jesus se reuniu com seus apóstolos para a Última Ceia. Nesse dia, Ele partiu o pão, deu a seus discípulos e disse: “Isto é o meu Corpo. Em seguida, pegou um cálice, deu graças e passou-o a eles, dizendo: ‘Bebei dele todos, pois este é o meu sangue…’” (Mt 26,26).

Esse ato é repetido hoje pelos sacerdotes durante as Missas, no momento da consagração, em que ocorre a transubstanciação, isto é, quando as substâncias do pão e vinho (neste caso a hóstia e o vinho) se transformam no Corpo e Sangue de Cristo.

A Solenidade foi instituída pelo Papa Urbano IV, no ano de 1264, em honra ao milagre eucarístico de Bolsena, na Itália. Em 1317,a festividade foi estendida para toda a Igreja, pelo Papa João XXII. A celebração da festa consta de Missa, procissão e Adoração ao Santíssimo Sacramento. Durante a Missa são consagradas duas hóstias: uma é consumida e a outra é apresentada aos fiéis para adoração. A hóstia consagrada será adorada no ostensório ao longo da procissão.

Tradicionalmenteos fiéis produzem tapetes temáticos com representações de trechos bíblicos, símbolos de movimentos eclesiais, pastorais e imagens do próprio Corpo de Cristo, em forma de hóstia ou no ostensório.

Programação Solenidade de Corpus Christi em São Luís (MA)

15h – Acolhida e apresentações de grupos de música, dança e teatro, no Estádio Municipal Nhozinho Santos, Vila Passos.

17h – Santa Missa

Após a Missa – Procissão com o Santíssimo Sacramento, com paradas em três pontos para benção com o Santíssimo.

1º parada e benção: Igreja São João, Centro.

2ª parada e benção: Igreja do Carmo, praça João Lisboa.

3ª parada e benção: Igreja da Sé, praça dom Pedro II.

Imagem destacada / Igreja da Sé vai ser o ponto final das celebrações de Corpus Cristi / Foto: Prefeitura de São Luís

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Organizações pedem garantias à liberdade de imprensa nas eleições de 2022

Fonte: Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo)

No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado nesta terça-feira (3.mai.2022), a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), e mais oito organizações assinaram uma carta aberta alertando para os riscos de violações à liberdade de imprensa nas eleições de 2022. A manifestação pública convoca o Congresso Nacional e demais autoridades brasileiras, além da sociedade, para defender o trabalho jornalístico durante o período eleitoral. 

O manifesto também foi assinado pela Associação de Jornalismo Digital (Ajor), Artigo 19, Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)
Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Instituto Palavra Aberta, Instituto Tornavoz, Instituto Vladimir Herzog e Intervozes.

A carta destaca a importância da imprensa para garantir o acesso a informações necessárias para uma participação cidadã no debate público. “Tentativas de enfraquecer ou restringir o trabalho de jornalistas e veículos de imprensa em um contexto eleitoral violam não apenas o direito das pessoas à informação: também enfraquecem os processos democráticos”, aponta o documento.

Confira aqui a carta na íntegra.

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No Maranhão, ninguém traiu ninguém

A tentativa de construir relatos para justificar supostas traições de personagens políticas é uma tarefa inútil.

O senador Weverton Rocha (PDT) e o atual governador, Carlos Brandão (PSB), têm origem na mesma coalizão que ganhou as eleições junto com Flávio Dino em 2014 e costurou a reeleição de 2018.

Vislumbrando a disputa de 2022, a coalização dividiu-se em duas frentes, cada qual defendendo interesses corporativos das organizações partidárias agregadas em federações ou coligações informais.

Não existe traição. Está ocorrendo apenas a reorganização das forças políticas para disputar o governo e comandar o Palácio dos Leões.

Toda a retórica para encontrar culpados, nomear heróis e traidores é vã.

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Bispo de Caxias emite nota sobre mais um assassinato de quilombola no Maranhão

Na tarde de sexta-feira, 29 de abril, mais um líder quilombola foi assassinado. Edvaldo Pereira Rocha era liderança do quilombo Jacarezinho, no município de São João do Sóter, leste do Maranhão, distante 424 quilômetros da capital São Luís. Ele foi executado com oito tiros por dois pistoleiros, na frente de seus familiares. Edvaldo Pereira é o 7º quilombola assassinado no Maranhão em menos de dois anos.

O bispo de Caxias, dom Sebastião Duarte, emitiu nota de Solidariedade. Confira:


NOTA DE SOLIDARIEDADE CRISTÃ

“Mataram mais um irmão, mas ele ressuscitará”, cantam as comunidades!

Caxias, 29 de abril de 2022

A Diocese de Caxias-MA, na pessoa do seu bispo, do padre Ribamar, das pastorais sociais da diocese e de todos os indignados pelos conflitos no campo e pelas constantes ameaças causados pelos latifundiários, vem a público repudiar o assassinato de um grande líder quilombola do Maranhão, no município de São João do Sóter.

Que o sangue de EDVALDO ROCHA fecundando o Território Quilombola Jacarezinho inspire a resistência dos que lutam, clame justiça que o Estado deve fazer através de investigação e prisão do assassino e mandante, se assim o for, que acelere a titulação, mesmo que a sua já seja titulada, e posse de fato da terra para quem nela vive e trabalha, que desperte a solidariedade e o compromisso de todos com o bem viver dos que dependem do campo.

Mais um sinal da resistência dos povos tradicionais e da prepotência dos gananciosos, latifúndio e projetos que matam por lucro, sem ver o ser humano. Externamos nossa solidariedade cristã aos familiares, esposa que o viu morrer e filhos, parentes e a inteira Comunidade de Jacarezinho. As Comunidades Tradicionais estão de luto.

Em Jesus, o Cristo Ressuscitado, fiat voluntas tua,
Dom Sebastião Lima Duate
Bispo de Caxias-MA

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O múltiplo artista Vicente Telles

Vicente Telles é ator, cantor, compositor, produtor musical e escritor. Atuou como presidente da ABRACNE (Associação Brasileira de Arte e Cultura do Nordeste).

Iniciou no meio artístico na década de 70, nos programas de auditório do Cine Art Palácio, em Santa Inês (Maranhão), apresentado pelo locutor Clélio Silveira. Vicente era convidado cativo nas programações. No início de 1975 foi para o Rio de Janeiro, em busca da realização de seus sonhos.

Em 1998 estreou na TV Globo como ator, durante o programa Domingão do Faustão, no quadro “Faça-me sorrir”, tendo enorme repercussão. A produção do Faustão levou Vicente para todos os cantos do Brasil em busca de algum “santo milagreiro” que o fizesse dar um sorriso. O ator Eri Johnson, os jogadores como Ronaldinho Fenômeno, Cafu, Zagalo, Romário, Raí, Zico, Leonardo, Edmundo, entre outros da Seleção Brasileira, também tentaram, mas ele tornou-se “O homem que não ri”.

Em 1999 Vicente Telles participou como ator em novos trabalhos, como na novela Mandacaru, contracenando com Roberta Close, e de vez em quando participava do programa Linha Direta, da Rede Globo.

Cantor e compositor com mais de 10 discos gravados, carreira que teve início em 1979, teve um dos seus trabalhos fonográficos produzido por Raimundo Fagner e outros com participações de Belchior, Cláudia Telles e Guilherme Arantes, entre outros nomes da MPB.

Seu primeiro LP, intitulado “Olhar de vagalume”, de 1984, teve Jairo Pires como diretor artístico.

Além de cantor, também compôs muitas músicas gravadas por intérpretes populares. Escritor, publicou em 2015 sua autobiografia “Na cola dos sonhos”. Recentemente, escreveu, em parceria com Isaac Soares de Souza, livros inéditos intitulados “Dinheiro bem vindo da silva” e “Novo Aeon, Apesar da Miséria…”

Em agosto de 2003 idealizou e realizou, junto com Getúlio Côrtes e direção musical de Leno Azevedo, o show “O pulo do Negro Gato”, um tributo a Getúlio Côrtes, compositor de inúmeras músicas gravadas por Roberto Carlos, com a presença de grandes estrelas como Fagner, Luiz Melodia, Jerry Adriani, Dr. Silvana & Cia, Golden Boys, Renato e Seus Blue Caps, entre outros artistas da Jovem Guarda.

Veja abaixo vídeos sobre Vicente Telles no programa Maranhão TV

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Hoje! Mestre Nelsinho promove lançamento presencial do álbum “Capoeira Angola Laborarte”

Após anos de pandemia, o disco encontra seu caminho para uma grande festa com público

Na próxima sexta-feira (29) acontece o lançamento presencial do álbum “Capoeira Angola Laborarte”, do Mestre Nelsinho. A festa será no Laborarte e contará com grandes nomes da música e cultura popular maranhense, como Camila Reis, Rosa Reis e Chico Nô, além de apresentações de tambor de crioula e rodas de capoeira.

O disco “Capoeira Angola Laborarte”, que foi lançado em 2020 durante a pandemia, até o momento não havia encontrado oportunidade para reunir presencialmente público e artistas.

Além da festa de lançamento, será possível também adquirir a cópia física do álbum, que conta com encarte que traz informações como a sua ficha técnica, as letras das músicas, textos sobre o Laborarte e o Mestre Nelsinho num projeto gráfico realizado por Jesus Chuseto.

É com alegria que Mestre Nelsinho compartilha esse momento de sua carreira com o público depois de anos em pandemia. Sobre o processo de gravação ele comenta: “nós iniciamos o processo de gravação em 2018, nesse primeiro momento foram gravados faixas ao vivo e esse processo de gravação foi dentro do Laborarte. Depois tivemos uma etapa de gravação no estúdio.”

Para a celebração da festa, que acontecerá no Laborarte, Mestre Nelsinho aguarda o público com entrada gratuita e uma boa mistura de ritmos e sons – com capoeira, tambor de crioula, forró pé de serra e muito mais. Uma grata surpresa é a performance de dança que será realizada pelas bailarinas Sabrina Dias, Marina Corrêa e Tatiana Soares.

SOBRE MESTRE NELSINHO:

Mestre Nelsinho é mestre de capoeira formado pelo Mestre Patinho, tem 47 anos e pratica capoeira desde os 11 anos de idade. Atualmente é coordenador da escola de capoeira Angola do Laborarte. Além de ministrar aulas no Laborarte desde 1997, já trabalhou com o ensino da capoeira em escolas, universidades e projetos sociais.

SERVIÇO:

O quê: Festa de lançamento do álbum “Capoeira Angola Laborarte” do Mestre Nelsinho

Quando: 29/04/2022 (sexta-feira), a partir das 19h

Local: Casarão Laborarte (Rua Jansen Muller, 42, Centro)

Formato: entrada gratuita

Mais informações: instagram.com/@casaraolaborarte

Assessoria de imprensa e contato para entrevistas/cobertura:

Amanda Drumont – drumontamanda@gmail.com

Contato: (98) 98131-7431

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Festival BR 135 abre temporada 2022 com o Conecta Música

Ações do Programa de Aceleração de Carreiras do principal festival de música maranhense acontecem em abril e maio; dez bandas locais foram selecionadas

A edição 2022 do Conecta Música selecionou 10 bandas/artistas maranhenses para seu programa de aceleração de carreiras, patrocinado por Natura Musical: Alkalines, BIOdz, Camila Reis, Dicy, Fuega, Yann Kaminski, Luma Pietra, Nathalia Ferro (foto destacada), Pamela Maranhão e Pantera Black. Cada selecionado receberá mentoria de carreira e gravará um single com produtores profissionais e reconhecidos nacionalmente, além de registro audiovisual e fotográfico.

Três curadores convidados escolheram as melhores propostas, dentre as mais de 80 inscritas: Marcelo Damaso (Festival Serasgum/PA), representando a Amazônia legal; Ana Morena, presidente da Associação Brasileira de Festivais Independentes e representante do Nordeste com o Festival do Sol/RN); e Marta Crioula (Festival Satélite de Brasília), especialista na curadoria de sons periféricos.

O registro audiovisual será realizado pela equipe dos cineastas Tássia Duhr, Sunday James e Lucas Sá e o ensaio fotográfico leva a assinatura de Laila Razzo. Os singles e vídeos dos artistas e bandas selecionados serão lançados divulgados pelas redes sociais do festival e nas plataformas digitais de música e audiovisual. Veja cronograma abaixo.

Esta é a segunda edição do Conecta Música nesse formato. Nos anos anteriores, o projeto contemplou, dentre outros artistas, Afrôs, Butantan, Hugo Gugs, Regiane Araujo, The Caldo de Cana e Pantera Black.

O Conecta Música é uma realização do Festival BR135, iniciativa da dupla Criolina, Alê Muniz e Luciana Simões, que integra o Fórum Amazônia Legal, voltado à valorização de artistas, produtores e eventos da região.

“O BR135 2022 terá eventos desenvolvidos de maio a dezembro e a nossa primeira ação é o Conecta Música. O DNA do projeto é colocar os artistas locais no mapa da nossa música, isso está em primeiro plano, para que o Brasil possa conhecer os artistas da cena local”, afirma Alê Muniz.

“Neste ano, a novidade é a mentoria de carreira, que orientará as bandas a lidar com o mercado fonográfico por meio de aulas online. Vamos formar uma turma com representantes desses grupos para que eles conheçam a realidade desse mercado. O foco é ajudar a acelerar carreiras”, completa Luciana Simões.

O Conecta Música 2022 foi selecionado pelo programa Natura Musical por meio do Edital 2020, ao lado de nomes como Linn da Quebrada, Bia Ferreira, Juçara Marçal, Kunumi MC, Rico Dalasam. Ao longo de 16 anos, Natura Musical já ofereceu recursos para mais de 140 Projetos no âmbito nacional, como Lia de Itamaracá, Mariana Aydar, Jards Macalé e Elza Soares.

Além do pacote de aceleração de carreira aos contemplados, o Conecta Música 2022 terá lives abertas com artistas e produtores nacionais, para ampliar o debate sobre temas como gestão de carreiras, panoramas da música brasileira, conteúdos online, shows e bookers, assessoria de imprensa, políticas públicas, gênero, censura, cultura popular, negritude, feminismo, rentabilidade e monetização, distribuição e direitos autorais, futuro e tecnologia, saúde e solidariedade, música e saúde mental, dentre outros.

SERVIÇO

Conecta Música 2022

Projeto do Festival BR 135

Patrocínio – Natura Musical

Artistas/Grupos selecionados: Alkalines, BIOdz, Camila Reis, Dicy, Fuega, Yann Kaminski, Luma Pietra, Nathalia Ferro, Pamela Maranhão e Pantera Black

Cronograma das atividades:

Produção dos singles – já começaram e vão até o dia 17 de maio

Mentoria (online, às 19h30) – Abril (dias 19, 20, 26 e 27); maio (04, 11, 17 e 18)

Registro audiovisual – 01, 2 e 3 de maio

Fotos – 27, 28 e 29 de maio