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Mobiliza SLZ é referência da economia criativa

Evento conectou mais de mil empreendedores e faz história na quarta edição, articulando arranjos produtivos com mais de 70 ações pela capital maranhense, de 16 a 24 de novembro. Destaque deste ano foram as ações nos Territórios Criativos.

A quarta edição do Mobiliza SLZ, maior movimento de incentivo à economia criativa, cultura e turismo do Maranhão e da região, chegou ao fim no último dia 24 de novembro, após nove dias de intensa programação em São Luís. O evento, que ocorreu de 16 a 24 de novembro, consolidou-se como um importante catalisador de negócios criativos, conectando empreendedores, artistas e muita gente inovadora de diversas áreas. Com mais de 70 eventos e ações distribuídos pela cidade, o Mobiliza SLZ destacou o poder da colaboração e a importância do empreendedorismo criativo para o desenvolvimento econômico e social da região.

Idealizado pelo Sebrae Maranhão e realizado pela primeira vez em 2021, o Mobiliza SLZ vem crescendo ano após ano, ampliando o alcance e o impacto de suas ações. A edição de 2024 foi especialmente marcada pela interação entre os negócios criativos e pelo espírito de união entre os participantes, além do fortalecimento do empreendedorismo nos mais diversos setores da economia criativa, como artesanato, moda, música, cinema, dança, cultura, games, entre outros. Ao todo, direta e indiretamente, mais de mil empreendedores criativos participaram ativamente, promovendo trocas de experiências que ajudaram a consolidar ainda mais o movimento.

O diretor técnico do Sebrae Maranhão, Mauro Borralho, ressaltou a importância do movimento para o fomento da economia local e o impacto nas comunidades criativas. “O Mobiliza SLZ tem sido um verdadeiro motor para o desenvolvimento da economia criativa no Maranhão. Desde a primeira edição, em 2021, o movimento só cresceu, e este ano conseguimos ver, na prática, o resultado do trabalho de centenas de empreendedores. Mais do que nunca, ficou claro que a economia criativa é um pilar fundamental para o crescimento sustentável de nossa região, gerando emprego e renda, além de valorizar nossa rica cultura.”, acentuou.

Na quarta edição do Mobiliza SLZ, também chamou a atenção a realização de ações e eventos que promovem o orgulho de ser maranhense, como, por exemplo, as atividades ligadas ao movimento Reggae. O afroempreendedorismo, bandeira da Feira MA Preta, foi fortalecido, assim como o empreendedorismo feminino, bastante presente em todas as feiras criativas da programação.

Força feminina

Quase 70% dos realizadores de eventos do Mobiliza SLZ foram mulheres. Além disso, alguns grupos culturais, como o Boi d’Itapari e o Laborarte, realizaram atividades que atraíram grandes públicos e mostraram outras formas de manter o faturamento fora do período junino. Também houve espaço para o mercado geek e a cultura do k-pop, debates do ecossistema de inovação e encontro de desenvolvedores de games, o que evidencia outros aspectos da economia criativa aliada à tecnologia.

Danielle Abreu, coordenadora-geral do Mobiliza SLZ, destacou o espírito colaborativo como um dos pontos altos desta edição. “Este ano, conseguimos estabelecer uma conexão ainda mais forte entre os criativos de São Luís. O que vimos foi uma verdadeira união entre os empreendedores, compartilhando suas vivências e aprendizados, e isso é o que fortalece o movimento. O Mobiliza SLZ vai além de um movimento; ele representa a potência transformadora da economia criativa na nossa cidade e no nosso estado.”, pontuou.

Idealizador do Mobiliza SLZ, o Sebrae Maranhão também realizou uma importante ação com a equipe da Unidade de Mercado, em parceria com o Sindbebidas e a Associação dos Donos de Bares da Avenida Litorânea: o “Sabores do Mará”, que promoveu a degustação de bebidas destiladas genuinamente maranhenses (Capotira, Baronesa, Vale do Brejão, Vale do Riachão, Santo Ambrósio, Gin Luar e Reserva do Zito) em 15 bares e restaurantes da Litorânea, em dias alternados (Barraca do Chef, Casa da Peixada, Estrela Dalva 2, Barraca da Marcela, Bar da Jacira, Kalamazoo, Bar da Vitória, Landruá, Adventure, Barraca do Henrique, Barraca do Samuka, Carnaubar, Mallibu, Ohana e Açaí Raízes).

Territórios Criativos

Um dos grandes destaques da edição 2024 foi a robusta participação dos Territórios Criativos de São Luís – regiões como Itaqui-Bacanga, Liberdade, Centro, Coroadinho e Cidade Operária, que se transformaram em verdadeiros polos de inovação e empreendedorismo. A presença dessas comunidades foi essencial para ampliar o impacto social do Mobiliza SLZ, proporcionando novas oportunidades de negócios e destacando talentos locais que movimentam a cultura e a economia da cidade. A mobilização desses territórios gerou uma transformação significativa, não apenas nas áreas diretamente envolvidas, mas em toda a cidade, reafirmando a importância da inclusão e da diversidade no movimento.

Centro: Entre os cinco Territórios Criativos que tiveram espaço na programação, a região do Centro de São Luís foi a que mais concentrou atividades, em todos os nove dias do movimento. Nessa importante localidade, foram realizadas diversas feiras criativas, saraus, passeios turísticos, experiências gastronômicas, além de apresentações culturais e oficinas voltadas ao empreendedorismo.

Por sua relevância geográfica e histórica, o Centro também foi a área escolhida pela organização do Mobiliza SLZ para a realização do “Dia D”, ocorrido em 20 de novembro, data simbólica de luta antirracista com o Dia da Consciência Negra. O “Dia D” envolveu diversos parceiros, como o SESI Casarão da Indústria, a Agência Marandu e o Restaurante Quintas da Lisboa, em uma grande mobilização que ocupou a praça João Lisboa e o Largo do Carmo ao longo de todo o dia.

No Itaqui-Bacanga, houve batalhas de rimas de hip hop; oficinas de empreendedorismo, práticas esportivas, culturais e de lazer no evento “Trilhas para a Prosperidade”; e passeio turístico pelo rio Bacanga. Já no Quilombo Liberdade, houve passeio histórico, experiência gastronômica; programação com feiras, desfile e debates na Semana da Consciência Negra; além do evento “Ritmos da Favela”. Na região do Coroadinho, houve uma movimentada feira criativa. E na área da Cidade Operária/Cidade Olímpica, rolou uma extensa programação antirracista no festival criativo “Territórios de Resistência”.

“Minha gratidão e carinho imensos pela acolhida desde o início. Deu muito certo furar a bolha, porque os Territórios Criativos são um celeiro de riquezas infinitas e muitas vezes invisibilizadas. Saio para além de feliz por termos conseguido graças ao Mobiliza SLZ estimular o sentimento de rede, parceria e conexão entre as organizações de base comunitária que fazem parte da Rede de Prosperidade Familiar. Isso tudo é tão verdade que uma das lideranças me pediu para manter esse nome e que sejam atividades fixas dentro do projeto”, enfatizou Déborah Arruda, coordenadora de projetos do Cieds Brasil no Maranhão, que realizou as ações do “Trilhas para a Prosperidade”, com integrantes da Rede de Prosperidade Familiar.

Com a conclusão da quarta edição, o Mobiliza SLZ reafirma seu compromisso com a economia criativa e se projeta para o futuro com ainda mais força, consolidando-se como um movimento essencial para o fortalecimento do turismo, da cultura e do empreendedorismo criativo em São Luís e em todo o Maranhão. O legado deixado por esta edição certamente impulsionará novas ideias e projetos, contribuindo para o crescimento e o reconhecimento da cidade como um hub criativo no cenário nacional e internacional.

Imagem destacada: Centro Histórico de São Luís e outros bairros da capital receberam passeios guiados durante o evento (Foto: Divulgação/Mobiliza SLZ)

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PNAD Covid: IBGE divulga os primeiros resultados sobre o impacto da pandemia no mercado de trabalho

Fonte: IBGE Maranhão / Supervisão de Disseminação de Informações 

Os primeiros resultados da PNAD Covid foram divulgados nesta terça-feira (16) pelo IBGE. O levantamento é uma versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), realizada com apoio do Ministério da Saúde, para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal.

Os dados divulgados hoje correspondem às quatro semanas de maio. A previsão é que, na última semana do mês de junho, com os dados mensais consolidados, o IBGE apresentará dados por grandes regiões e unidades da federação, idade e sexo, entre outros indicadores mais detalhados de afastamento do trabalho e trabalho remoto.

Em meio à pandemia, 28,6 milhões de pessoas estavam fora do mercado de trabalho no mês de maio

Cerca de 17,7 milhões de pessoas não procuraram emprego na última semana de maio por causa da pandemia de Covid-19 ou por falta de oportunidade na região em que vivem. Nesse período, outros 10,9 milhões já estavam desempregados e em busca de uma ocupação. Com isso, o país alcançou a marca de 28,6 milhões de pessoas que queriam um emprego, mas enfrentaram dificuldades para se inserir no mercado de trabalho, seja por falta de vagas ou receio de contrair o novo coronavírus.

Em maio, o IBGE estima que 84,4 milhões de pessoas estavam ocupadas no país, embora 169,9 milhões estivessem em idade para trabalhar. Isso significa que menos da metade (49,5%) estava trabalhando no mês passado.

A pesquisa mostra também que o país somava 29 milhões de trabalhadores na informalidade, que são os empregados do setor privado sem carteira; trabalhadores domésticos sem carteira; empregados que não contribuem para o INSS; trabalhadores por conta própria que não contribuem para o INSS; e trabalhadores não remunerados em ajuda a morador do domicílio ou parente.

Esse contingente, porém, caiu ao longo do mês. Na primeira semana de maio, a taxa de informalidade foi de 35,7%. Já na quarta, ela havia recuado para 34,5%, com a redução de 870 mil postos de trabalho informais em relação ao início do mês.

“A informalidade funciona como um colchão amortecedor para as pessoas que vão para a desocupação ou para a subutilização. O trabalho informal seria uma forma de resgate do emprego, portanto não podemos dizer que essa queda é positiva”, afirma o diretor adjunto de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, complementando que é necessário aguardar os próximos resultados para avaliar com mais precisão o impacto da pandemia nesse grupo.

Entre as 74,6 milhões de pessoas que estavam fora da força de trabalho (que não estava trabalhando nem procurava por trabalho) na última semana de março, 23,7% gostariam de trabalhar, mas não buscaram trabalho devido à pandemia ou por falta de oportunidade no local onde vivem. Já 25,7 milhões (34,4%) gostariam de trabalhar. Esses indicadores ficaram estáveis nas quatro semanas de maio.

Já entre as 84,4 milhões de pessoas ocupadas, na última semana do mês, 14,6 milhões estavam temporariamente afastadas do trabalho devido ao isolamento social ou férias coletivas, o que representava 17,2% do total de empregados. 

Ainda entre os ocupados, a PNAD COVID19 mostra que 8,8 milhões trabalharam de forma remota na última semana de maio. Isso representa 13,2% da população ocupada e não afastada do trabalho em virtude da pandemia. Na primeira semana, esse número era de 8,6 milhões de trabalhadores em regime de home office ou teletrabalho.

Em maio, 3,6 milhões de pessoas com sintomas de Covid-19 procuraram rede de saúde

A PNAD COVID19 mostra também que na quarta semana de maio, 3,6 milhões de pessoas com sintomas de gripe procuraram atendimento médico em unidades da rede pública e privada de saúde no país. Mais de 80% desses atendimentos foram na rede pública de saúde.

Desse total em busca de atendimento, 1,1 milhão se dirigiram a hospitais e 127 mil foram internadas. No entanto, 22,1 milhões de pessoas relataram ao menos um dos 12 sintomas comuns a diversas gripes e que podem ocorrer na Covid-19.

Entre os 3,6 milhões que procuraram atendimento, podendo ter buscado mais de um tipo, 43,6% foram ao Posto de saúde, Unidade Básica de Saúde (USB) ou Equipe de Saúde da Família; 23,4% a pronto socorro do Sistema Único da Família ou Unidade (SUS) de Pronto Atendimento (UPA) e 17,3% a hospital do SUS. Na rede privada, a procura foi de 9,4% em ambulatório ou consultório privado; 12,8% em hospital privado e; 3,6% em pronto socorro privado. A pesquisa verificou que ao longo do mês de maio houve um aumento de 94 mil para 127 mil no número de internações hospitalares.

O sintoma mais frequente, segundo a PNAD COVID19, foi a dor de cabeça, relatada por 10,2 milhões, seguido por nariz entupido ou escorrendo, queixa de 8,3 milhões, pela tosse, estimada em 6,5 milhões e por dor muscular, relatada por 5,9 milhões de pessoas. Dor de garganta (5,0 milhões), febre (4,8 milhões), perda de cheiro ou de sabor (3,7 milhões), fadiga (3,3 milhões) e dificuldade de respirar (2,9 milhões) foram outros sintomas de gripe captados pela pesquisa.

PNAD Covid no Maranhão

No Maranhão, uma equipe composta por 150 profissionais, entre entrevistadores, supervisores e coordenadores, trabalha para alcançar aproximadamente 9.700 domicílios em 207 municípios do estado. Porém, a equipe vem encontrando dificuldades para efetivar as entrevistas, que são feitas via telefone e duram, em média, 10 minutos.

“Nossos agentes de pesquisa enfrentam dois grandes obstáculos para coletar os dados para a PNAD Covid: a desconfiança apresentada pelas pessoas que recebem nossos telefonemas, alarmadas diante de episódios comuns de golpes e fake news; e a ausência de cobertura de serviços de telefonia em algumas regiões do estado, sobretudo nas áreas rurais”, relata Elcylene Mendes Rodrigues, coordenadora da PNAD Covid no Maranhão.

A cidade de Chapadinha, que, de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura municipal, soma 1.658 casos do novo coronavírus, faz parte da microrregião que apresenta maior dificuldade na coleta de dados da PNAD Covid no Maranhão. Assim, a equipe da Agência do IBGE em Chapadinha aumentou os esforços, nas últimas semanas, com o objetivo de ampliar o índice de cobertura da pesquisa.

“Seguimos conscientizando a população sobre a relevância dessa pesquisa, uma vez que as informações obtidas por meio dela são fundamentais para apoiar governo e sociedade na tomada de decisões de combate à pandemia, além de possibilitar um monitoramento mais eficaz de indicadores socioeconômicos, especialmente relacionados ao mercado de trabalho”, explica João Ricardo Silva, analista de planejamento do IBGE.

Os moradores que receberem o telefonema podem confirmar a identidade dos agentes de coleta por meio do site Respondendo ao IBGE (https://respondendo.ibge.gov.br/) ou do telefone 0800 721 8181, e informar matrícula, RG ou CPF do entrevistador. Também pela central de atendimento é possível confirmar se o número de telefone da ligação recebida realmente é de um entrevistador do IBGE.

Em caso de impossibilidade de prestar os dados no momento da chamada, o informante pode agendar com o entrevistador o momento mais oportuno para que este retorne a ligação.