Durante o período mais forte da pandemia do novo coronavírus o Auxílio Emergencial passou a ser um ativo importante nos índices de aprovação e popularidade do governo Jair Bolsonaro.
O presidente sentiu nas pesquisas o efeito da injeção do dinheiro no bolso da população pobre. Somado ao Bolsa Família, o Auxílio Emergencial acendeu a luz verde para a reeleição de Bolsonaro em 2020.
Falta, apenas, rebatizar o Bolsa Família e transformá-lo no Renda Brasil, apagando a marca tucano-petista para criar um novo mote publicitário de ajuda aos pobres, sob a insígnia nacionalista e uma provável paleta de cores verde e amarela.
Momentaneamente há um conflito entre a sedução eleitoreira de Bolsonaro e as restrições orçamentárias somadas à antipatia pelos pobres do ministro da Economia Paulo Guedes.
Para evitar um desgaste maior com a equipe econômica, o presidente faz um recuo tático no Renda Brasil, mas na virada de 2021 para 2022, ano eleitoral, o tema voltará à pauta com todo vigor.
O bolsonarismo, que odeia os programas sociais pejorativamente denominados “esmola para os pobres”, vai mudar de opinião em nome da reeleição do presidente.
Espelhado no PSDB e no PT, pai e mãe dos programas sociais recentes, Bolsonaro vai manter e aperfeiçoar tudo aquilo que condenava.
Assim, o Renda Brasil tende a ser o maior cabo eleitoral de 2022.