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Pódio e oásis

Eloy Melonio

Seria exagero comparar a fila do banco a uma caravana de camelos no deserto? Ou ao pódio da Fórmula 1? Talvez, mas não custa tentar. Numa comparação simples, a fila está para a caravana assim como o interior do banco está para o pódio.

O sol abrasador, a areia quente e a lentidão dos camelos classificam os beduínos como viajantes resistentes e pacientes. A pista regular e os carros supervelozes fazem os pilotos de F-1 se sentirem dentro de um jato.

Sem nada disso na cabeça, saí de casa num dia qualquer para ir ao banco. Não imaginava que teria de enfrentar uma boa fila, coisa que não fazia havia muito tempo. E, lá, afetado pelo espírito de cronista, decidi registrar cada momento dessa experiência em passos cronometrados, como se fosse um diário.

Entro na fila às 9h10.

9h13. O cenário é a rua, a calçada, as pessoas. E um calor de matar! À minha frente, muita gente; e eu ainda sou o último, uma posição nada confortável. Encosto-me no muro do prédio vizinho ao banco. Saúdo o Sol e fico aguardando o sinal verde.

9h15. Chega o meu segundo vizinho, um senhor de uns oitenta anos. Dou-lhe bom dia, e ele só me olha. Outros dois acabam de chegar. E agora já são três.

9h25. Pego uma pontinha da sombra da amendoeira que fica no terreno do prédio vizinho. Nesse ponto, a fila assume o formato de um lombo de camelo por causa do recuo do portão de entrada de veículos. E a fila se “reinventa” a cada movimento.

9h40. Faço estas anotações na última página de um livro — velho companheiro quando vou a lugares onde posso sentar e ler. Hoje, infelizmente, não desfruto tal privilégio. Esgotado o espaço da folha, passo para o celular.

10h5. A fila ganha fôlego à minha frente. As pessoas se reorganizam, e eu avanço uns cinco passos. Mas a porta de entrada ainda é um oásis que escapa à minha visão

10h10. A esta altura, a fila já é uma confraria. Desconhecidos se tornam amigos íntimos. Gente falando alto, gente rindo, gente reclamando. Falam de tudo: da pandemia, de um vizinho antipático, e até dos filhos do presidente. Antenado, um senhor metido a engraçado explode: No meu tempo, rachadinha era outra coisa.

10h20. A fila avança, e a amendoeira agora é sombra do passado. O Sol esquece que já me deu bom dia e me encara como se eu fosse um quadrúpede ruminante do deserto. Um ambulante me oferece água mineral. Penso na higiene e na covid-19. “Não, obrigado”. Inspiro-me nos beduínos e tento esquecer a sede por mais algumas dezenas de minutos.

10h27. Um trecho da fila vira uma arena política. Falam dos políticos e dos ministros do STF. Uma aposentada do INSS faz a conta: gás, comida, remédios. Diz que já fez dois consignados e que não lhe sobra quase nada de seu benefício. Seu Jaime, o senhor da “rachadinha”, vira o rosto e canta baixinho: Na vida a coisa mais feia/ É gente que vive chorando de barriga cheia.

10h38. Um grupo de indignados decide entrar com uma representação no Ministério Público contra o banco. Desenham um plano, anotam nomes e telefones. “Onde já se viu?”, questiona uma senhora com jeito de professora. “Largar a gente ao léu, sem nenhuma assistência. Logo esses, que mais têm lucro neste país”.

10h45. A área em frente ao banco vira uma feira. Transeuntes, ambulantes e fileiros se agitam como fotógrafos em busca do melhor ângulo de Lewis Hamilton. Alguns vigiam a porta de entrada da instituição bancária. Um descarado tenta furar a fila. “Na minha frente não entra”, grita um senhor forte com cara de policial.

10h50. O calor fica mais intenso, e o cansaço dá seu primeiro sinal. Penso em tirar a máscara. Uma pergunta me incomoda: Será que sobreviverei até à linha de chegada? E, para aumentar meu desespero, alguém grita lá atrás: “Essa fila não anda, não?”

11h10. Enquanto faço minhas contas (duas horas em pé), a fila se mexe subitamente. Meu vizinho quase beija minha nuca. Olho para trás com cara de zangado. Ele se faz de desentendido.

11h17. O Sol tinindo no meu rosto, a camisa úmida de suor. Fileiro de primeira viagem, esqueci-me de trazer um boné ou um guarda-chuva. E senti na pele a utilidade dos lenços. Meu oásis agora é só uma sala com cadeira e ar-condicionado.

11h30. Nuvens mal-encaradas ameaçam a estabilidade da fila. Olho para os lados, e não vejo onde me abrigar. Os dois orelhões de um velho telefone público conjugado já estão ocupados. Um poste já me salvou do sol, mas não me salvaria na chuva.

11h35. Sem hesitar, ela dá o ar de sua desgraça. Fina, mas fazendo todo mundo correr à procura de um abrigo que não existe. Acho uma brecha sob o guarda-sol do vendedor de água mineral, de quem, alguns minutos antes, recusara uma garrafinha. A fila se desfaz, e a rua vira literalmente um deserto.

11h50. O Sol reaparece, e o cenário ganha cor novamente. Avisto a porta de entrada do banco e acredito na ilusão do oásis.

11h53. Avanço três metros. Olho pra trás e conto as milhas que percorri, mesmo achando que não saía do lugar. Recupero a energia e a coragem. Na fila preferencial, convenço-me de que sou um “terceirão” de primeira viagem e de que vou completar o percurso.

12h05. Na reta de chegada, imagino a bandeira quadriculada tremulando. E a torcida gritando: Vai, vai! Sinto vontade de levantar os dois braços como fazem os pilotos da F-1 e gritar: Yeah!

12h10. Subo ao pódio. Agora é só esperar o troféu. Minha língua lambe os lábios como se saboreasse o champanha. Num breve devaneio, os gritos da arquibancada me convencem de que sou um vencedor.

12h11. A funcionária que cuida da entrada faz o sinal que esperei por cerca de três horas. Mede minha temperatura e me deixa entrar.

12h12. Sem nenhuma pressa, passo pela porta giratória como se ela fosse só minha.

12h13. Estou dentro da agência. Exatamente como imaginava: um oásis.

Eloy Melonio é contista, cronista, letrista e poeta.

(*) Publicado no blog do ED WILSON em 17 de julho de 2020

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Lula condena taxa de juros: “Ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%”

“E a verdade é que um país capitalista precisa de dinheiro, e esse dinheiro precisa circular, não apenas na mão de poucos, na mão de todos”, disse o presidente, nesta segunda-feira (24), em Portugal

Fonte: Site do PT

Enquanto o comandante do Banco Central, Roberto Campos Neto, tenta, inutilmente, imprimir algum verniz técnico para a decisão política de manter a taxa Selic na estratosfera, o presidente Lula expõe o risco de uma crise de crédito pelo qual passa o Brasil em decorrência do arrocho monetário imposto pelo bolsonarista. Nesta segunda-feira (24), no Fórum Empresarial Brasil-Portugal, em Matosinhos, na região do Porto, em Portugal, Lula voltou a criticar a taxa de juros de Neto, um dos maiores entraves ao crescimento econômico do país.

“Nós temos um problema, primeiro-ministro [António Costa], que não sei se Portugal tem, que a nossa taxa de juros é muito alta, é muito alta”, discursou Lula. “No Brasil, a taxa Selic, que é a taxa referencial, está a 13,75%”, explicou o presidente. “Ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%, ninguém”.

“E a verdade é que um país capitalista precisa de dinheiro, e esse dinheiro precisa circular, não apenas na mão de poucos, na mão de todos”, afirmou o presidente, em referência à escassez de crédito provocada pela taxa Selic.

“É por isso que eu digo sempre: a solução do Brasil é a gente voltar a colocar o pobre no Orçamento, é a gente garantir que as pessoas pobres possam participar, porque quando eles virarem consumidores, eles vão comprar”, argumentou o petista.

“Quando eles comprarem, o comércio vai vender. Quando o comércio vender, vai gerar emprego, vai comprar mais produtos da fábrica”, esclareceu Lula. “Não precisa importar da China, pode comprar produtos produzidos no Brasil, e a gente vai gerar mais emprego, e mais emprego vai gerar mais salário. É uma coisa mais normal da roda gigante da economia funcionando e todo mundo participando”, observou o presidente.

Leia mais no site do PT

Imagem destacada / Lula, em Portugal: taxa de juros atual impede o consumo das famílias.

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Tambor pra Celso Borges

Autor: Chico Nô

No dia de São Jorge
Celso Borges viajou – bis
Se encantou lá nas estrelas
No céu da ilha do amor – bis

Tambor chorô poesia
Beira mar quem te levou
No carrossel do destino
Vai seguindo o trovador

Nossa Ilha é só tristeza
Valei me meu São João
Quero ouvir os teus poemas
Na fonte do Ribeirão

Saudade pra quem te lembra
Canção para quem ficou
No azulejo da memória
Teu cantar se eternizou

Vento trás e vento leva
Vai simbora viajar
Segue em paz meu poeta
E deixa côro panhar!!!

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Por um orçamento democrático e autônomo

Ao longo das duas últimas décadas houve um processo de expansão das universidades, especialmente, com o advento do Programa de Reestruturação das Universidades Brasileiras – REUNI. Nesse período, a UFMA cresceu de forma quantitativa, com a criação de novos cursos de graduação e pós-graduação, o que propiciou sua interiorização e o ingresso de novos professores e técnicos educacionais em seus quadros. A expansão veio acompanhada de uma democratização no ingresso nos cursos de graduação, por meio do Sistema de Seleção Unificado – SISU, e da política de cotas (lei 12711/2012), propiciando uma modificação na comunidade estudantil, cujo crescimento tem implicado na necessidade de melhorias em todas as dimensões para atendê-la.

Todas essas mudanças ensejam novas políticas articuladas, práticas inovadoras de gestão que incluam, necessariamente, transparência, critérios amplamente debatidos pela comunidade acadêmica e que sejam mensuráveis e auditáveis. As perguntas mais recorrentes entre as Unidades Acadêmicas é: Porque os recursos não são descentralizados por meio de modelos matemáticos? Porque esse tema retorna ao cenário, apenas, em momentos de consulta à comunidade acadêmica para o cargo de reitor?

Se na UFMA a ideia de distribuição de recursos financeiros por meio de modelos matemáticos, pode parecer estranha, sua utilização é recorrente para repartição de recursos financeiros e mesmo humanos. Ademais, a gestão orçamentária de uma Universidade, que depende fundamentalmente da verba de custeio originária do Tesouro Nacional, e distribuída pelo Ministério da Educação, é feita por meio de um modelo matemático produzido pela Andifes, conforme podemos visualizar:

Apesar de aparentemente complexo, o modelo proposto pela Andifes, adotado desde 1996, considera os parâmetros acadêmicos, tais como a quantidade de alunos ingressantes, diplomados, fator de retenção, turno do curso, curso fora da sede, etc. Isso nos leva à conclusão de que a quantidade de recursos que a UFMA recebe anualmente, por exemplo, depende estritamente desses indicadores. O planejamento orçamentário é peça-chave para que a Universidade possa se organizar e cumprir suas funções sociais e educacionais, haja vista que um planejamento eficaz promove a democratização da gestão do ensino público e toda a sociedade sai ganhando.

Na Constituição Federal de 1988 em seu artigo 206 são estabelecidos como princípios básicos do ensino no país, dentre outros, o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e a gestão democrática do ensino. Os princípios considerados fundamentais para a Gestão Democrática devem estar voltados para a descentralização a qual inclui formas não hierarquizadas de discussão, decisões e diferentes ações, envolvendo no cotidiano universitário a comunidade interna e externa. Para uma gestão democrática é imprescindível buscar transparência em todas e quaisquer decisões ou ações realizadas no ambiente universitário. E, nesse sentido, a autonomia das universidades, definida no artigo 207 da Constituição Federal, comporta três grandes áreas: a financeira; a administrativa; e, a pedagógica, todas voltadas para o princípio da indissolubilidade do tripé ensino, pesquisa e extensão.

Diante do exposto, algumas reflexões nos parecem necessárias quanto ao exercício dos princípios de Gestão Democrática e Autonomia na UFMA: como teremos uma universidade democrática, uma vez que as decisões têm sido centralizadas na figura do reitor, como podemos ver nas diversas resoluções aprovadas ad referendum, a exemplo da Resolução nº 2.639, CONSEPE/2022, que dispõe sobre normas e procedimentos para a inserção e oferta de componentes curriculares integral ou parcialmente, na modalidade EAD, nos cursos de graduação presencial. Ora, como um tema tão importante, que afeta diretamente o ensino na universidade, pode ser imposto sem realizar o mínimo debate no seio da comunidade universitária, enquanto as outras universidades não aceitaram essa imposição do governo? É a esse tipo de decisão que se refere o princípio da autonomia da universidade? Como esse tipo de ação garante a gestão democrática na UFMA?

Quanto à gestão financeira e patrimonial destaca-se a construção da Biblioteca Central do campus São Luís, que vem se arrastando há anos, por meio de aditivos, evidenciando uma visível distorção da aplicação dos recursos na universidade, tendo em vista a diversidade de problemas estruturais nas unidades acadêmicas e nos diversos campi que afetam o funcionamento cotidiano das atividades da universidade. A este respeito destacam-se a falta de água potável, de manutenção permanente dos banheiros, das salas de aula, dos gabinetes dos professores, salas dos grupos de pesquisa, laboratórios de informática dos estudantes, enfim, o sucateamento de toda a infraestrutura de todas as unidades acadêmicas, comprometendo assim a realização da atividade fim da universidade: ensino, pesquisa e extensão. Tudo isso evidencia uma gestão sem compromisso com os princípios da administração pública da legalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

A ideia de gestão vigente, culturalmente instituída, em que os problemas são vistos de forma isolada, mostra claros sinais de esgotamento. Esse modelo pode até funcionar quando se tem muitos recursos, como no período do REUNI, em que a política do pires é usada como estratégia “dividir para conquistar”, mas nos períodos de “vacas magras” os problemas ficam mais patentes.

Retornando a UFMA, observamos que as funções gratificadas e Cargos de direção estão distribuídos na atividade meio da instituição.  Então, cabe-nos questionar, por fim: Qual democracia temos na UFMA? Qual democracia queremos para a UFMA!

Cidinalva Silva Camara Neris – Estudos Africanos e Afro-Brasileiros

Joao de Deus Mendes da Silva – Matemática

Luciano da Silva Façanha – Filosofia

Maria do Rosario de Fátima Fortes Braga – Técnica em Assuntos Educacionais

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Mara Pop lança “Ladeira & Gravidade”

Fonte: Mundioca

Mara Pop prepara um grande lançamento, cinco músicas inéditas e mais versões que vão fazer o chão tremer, em maio de 2023.

Como a gente não se segura quando o assunto é amor e música, vocês vão receber feito um beijo na boca o single Ladeira e Gravidade, interpretada por Lucélio Muirax e Maria Itskovich. Essa coisa linda estará disponível em todas as plataformas dia 28 de abril e vamos provar desse sabor delícia que é o Mara Pop Dois – O Novo Som do Brasil. A música é uma balada romântica, daquelas que realmente marcam o coração.

O repertório do novo disco que sai mês que vem está repleto de ritmos atualizados. Temos a Pisadinha na Fulô, que além de tudo é uma grande homenagem do grupo ao genial maranhense Joao do Vale.

Vai rolar também o som vibrante e pra cima de Abalada e Alada, o Rio de PiranhasMana, uma música atual que incentiva a positividade na atmosfera diversa do amor.  

Fica agendado para maio desse ano o álbum completo, canções novinhas com as interpretações de Rafael XadrezKelly MenezLucélio MuiraxMaria Itskovich e Beto Ehong, que também assina a produção junto com o DJ TiCall Caio Oiak.

Enfim, o Mara Pop Dois promete e não é pouco: balada, funk, piseiro, baião, trap e muito mais.

Aproveita para fazer o pre-save de Ladeira e Gravidade e aumenta o som pra ouvir o primeiro trabalho lançado que está bombando nas plataformas streams.

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ABPCom realiza webinário com pesquisador moçambicano

Fonte: Site da ABPCom

A ABPCom promove na próxima terça-feira (25/04), às 10h (horário de Brasília) o webinário Moçambique: Comunicação, Comunidades e Saúde com Joaquim Domingos Lequechane, diretor do Centro de Investigação Operacional da Beira (CIOB), Delegação Provincial de Sofala, do Instituto Nacional de Saúde de Moçambique. O evento será online, gratuito e transmitido pelo canal do YouTube da associação.

Nesta conversa, Joaquim abordará como se dá o trabalho junto as comunidades moçambicanas, em especial na Cidade da Beira e Chimoio, distantes 1200 KM da capital do país, Maputo. Trata-se de uma oportunidade para conhecermos mais sobre a comunicação e cultura de nossos irmãos africanos.

Os projetos têm a participação ativa das comunidades para o controle e prevenção de doenças contagiosas nas regiões, por meio de mapeamentos e conversas com moradores locais, são identificadas as dificuldades, discutidas as possíveis soluções para os problemas, sempre com a participação ativa das comunidades. Joaquim abordará suas experiências nos casos de HIV e Malária.

Joaquim Domingos Lequechane é Licenciado em Saúde Pública no Instituto Superior de Ciências de Saúde, Maputo e atualmente faz doutorado em Doenças Tropicais e Saúde Global, no Instituto de Higiene e Medicina Tropical, na Universidade Nova de Lisboa, Portugal. Teve como parceiros nacionais e internacionais de pesquisa de diversas OSCs e instituições internacionais, entre elas: CIOB: EDCTP, Clinton Health Access International (CHAI), USAID, IHMT-NOVA, Fundação Belmiro de Azevedo (FBA), Portugal, Instituto Internacional de Vacinas (IVI), FNUAP, Health Alliance International(HAI)/Comité de Saúde de Moçambique (CSM), Universidade Carolina do Norte, Eua.

O evento será transmito pelo canal do YouTube da ABPCom, a partir das 10h (horário de Brasília) e todes que acompanharem sincronamente terão direito a certificado de participação.

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Atlas da Notícia 2023 convida pesquisadores(as) para contribuir em coleta de dados

Fonte: Portal Intercom

Atlas da Notícia, o mais completo censo do jornalismo local no Brasil, ainda está recebendo adesões de pesquisadores(as) de todo o país para sua sexta edição,cuja coleta de dados deve ser concluída em junho. Realizado pelo Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (ProJor) e executado pelo Volt Data Lab, o Atlas da Notícia cobre os 5.570 municípios brasileiros para identificar veículos de imprensa, obter informações sobre a atividade jornalística no país, registrar a abertura e o fechamento de empresas de comunicação e identificar desertos de notícias.

O projeto adota o modelo de crowdsourcing, com a colaboração de professores(as) e estudantes de escolas de jornalismo das cinco regiões do país e de voluntários para a coleta de dados, e traz uma novidade interessante para pesquisadores(as) em 2023: uma ferramenta que permitirá o cruzamento de dados do censo com outras bases de dados, ampliando as possibilidades de produção de conhecimento sobre o tema.

Para aderir à pesquisa, preencha o formulário: https://www.atlas.jor.br/voluntarios-form/.

Para registrar interesse na ferramenta de pesquisa, preencha este formulário: https://www.atlas.jor.br/ferramenta-para-pesquisadores/.

Inspirado no projeto America’s Growing News Deserts, da Columbia Journalism Review, o Atlas da Notícia é uma iniciativa que tem o apoio institucional da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e patrocínio da Meta. A Intercom, enquanto maior e mais abrangente associação do campo científico da Comunicação do Brasil, apoia a divulgação do projeto junto à comunidade acadêmica desde 2020.

Na última edição, o Atlas da Notícia teve a participação de 174 colaboradores(as) voluntários(as) e identificou 13.734 veículos jornalísticos em atividade no país. Os resultados podem ser conferidos no site do projeto.

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Pintura: Silvio Martins abre exposição “É teu o olhar”

A exposição de pinturas “É o teu olhar” tem início dia 22 de abril e vai até 6 de maio, na Casa Verde Espaço Holístico, São Francisco. A abertura ocorrerá às 18h. Compõem a mostra 16 telas em acrílico pintadas por Silvio Martins.

Segundo ele, a mostra nos convida a observar linhas, retas, curvas e cores numa velocidade contemplativa; isto é, sem a rapidez com que olhamos um outdoor.  

Praticante de yoga, Silvio Martins começou a pintar no período da pandemia. “Pintar é uma atividade prazerosa e terapêutica. Quando pinto minha percepção de tempo evapora”, explica.

 A exposição conta ainda com a curadoria do premiado artista plástico Cláudio Costa.

 “É teu o olhar” tem como pano de fundo máscaras que convidam o observador a olhar e, talvez, ver o que ainda não foi visto.  

SERVIÇO

O quê: Exposição de pinturas “É o teu olhar”

Onde: Casa Verde Espaço Holístico (rua das Quaresmeiras, 19, São Francisco)

Quando: 22 de abril a 6 de maio

Abertura: 22 de abril, às 16h

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Alexandre de Moraes vota para tornar réus responsáveis por atos terroristas do 8 de janeiro

Pelo menos 100 suspeitos, presos por atos criminosos nos prédios dos Três Poderes, foram denunciados pela Procuradoria Geral da República (PGR). Prejuízos ao patrimônio nacional chegam a R$ 26,2 milhões

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou nesta terça-feira, 18, para tornar réus os bolsonaristas responsáveis pelos atos terroristas de 8 de janeiro de 2023, quando criminosos depredaram sedes dos Três Poderes, em Brasília. Os prejuízos aos cofres públicos chegaram ao valor de R$ 26,2 milhões.

O julgamento dos 100 suspeitos, que seguem presos após denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), teve início no plenário virtual. Outros nove ministros têm até o dia 24 de abril para incluírem seus votos no sistema eletrônico da Corte.

Moraes destacou que as condutas dos denunciados são gravíssimas e que tentar destruir a democracia é inconstitucional.

“Tanto são inconstitucionais as condutas e manifestações que tenham a nítida finalidade de controlar ou mesmo aniquilar a força do pensamento crítico, indispensável ao regime democrático, quanto aquelas que pretendam destruí-lo, juntamente com suas instituições republicanas, pregando a violência, o arbítrio, o desrespeito à Separação de Poderes e e aos direitos fundamentais”.

Tirania

Para o ministro da Suprema Corte, os criminosos praticaram tirania, violência, foram arbitrários e quebraram os princípios da República.

“Em suma, pleiteando a tirania, o arbítrio, a violência e a quebra dos princípios republicanos, como se verifica pelas manifestações criminosas ora imputadas ao denunciado”.

Crimes e prisões

Os responsáveis pelos atos terroristas, caso se tornem réus, responderão pelos crimes de associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

Imagem destacada / 8 de janeiro: Ministro Alexandre de Moraes vota para tornar réus responsáveis por atos terroristas. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Coroba é premiado por ação na saúde

A gestão do prefeito Benedito Coroba, em Itapecuru Mirim, tem inovado com várias iniciativas. É um trabalho que vem sendo reconhecido, em todo o Maranhão.

Uma dessas ações da atual gestão da prefeitura de Itapecuru foi premiada, recentemente, duas vezes. Estou falando do Centro de Assistência a Saúde Integrativa e Plantas Medicinais (CASIPLAM), criado há apenas um ano.

Em dezembro do ano passado, Benedito Coroba recebeu homenagem no I Simpósio das Práticas Integrativas e Educação Popular em Saúde, promovido pelo Governo do Estado do Maranhão.

Na ocasião, Itapecuru foi premiada pelo Conselho Regional de Farmácia, que estava fazendo 60 anos. A entidade deu uma honraria para Benedito Coroba, por ele ter sido o primeiro prefeito a investir em centro focado em cuidar das pessoas, com plantas medicinais e práticas integrativas, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Prefeito Coroba exibe premiação concedida pelo Conselho Regional de Farmácia

Mais recentemente, por conta desse mesmo CASIPLAM, Itapecuru Mirim foi premiada no I Congresso Estadual do Municipalismo Maranhense, promovido pela Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM), evento realizado mês passado, entre os dias 13 e 14 de março.

O CASIPLAM é um espaço terapêutico, criado na gestão de Benedito Coroba com o objetivo de cuidar das pessoas com tratamentos naturais, como uso de plantas medicinais, remédios fitoterápicos, óleos essenciais, meditação, osteopatia e acupuntura.

Saúde humanizada

O CASIPLAM oferece tratamento alternativo à Medicina tradicional para todas as faixas etárias, atendendo todas as doenças, de forma preventiva e curativa.

A iniciativa recebeu o Prêmio de Boas Práticas do evento da FAMEM. Na ocasião, o prefeito Benedito Coroba, acompanhado de vereadores, secretários e assessores, participou da premiação e recebeu o cheque no valor de R$ 3 mil reais.

O Centro de Assistência a Saúde Integrativa e Plantas Medicinais funciona em um prédio com 9 cômodos de 35 m quadrados, tendo expediente de segunda a sexta-feira com apoio de 11 profissionais, incluindo especialistas e auxiliares.

No Casiplam, moradores recebem tratamento de saúde preventivo e curativo

Todos aqueles que buscam atendimento de qualidade e humanizado, em qualquer faixa etária, são atendidos. E os resultados já começam a aparecer: pacientes com hipertensão e diabetes, sob o controle do acompanhamento do que é prescrito no local, têm registrado controle da doença.

Pacientes com autismo, após melhoria na seletividade alimentar, incluindo uso de chás terapêuticos e óleos essenciais, também apresentam melhorias no comportamento. E pacientes com transtornos mentais leves recebem práticas de meditação como complemento a todos os tratamentos.

O prêmio é mais do que um reconhecimento a uma iniciativa em prol da saúde pública. É uma demonstração de que, não somente é possível fazer com recursos públicos, mas ir além do que é dever constitucional, inovando as práticas de gestão.