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Idiocracia na avenida Paulista

As cenas de “adoração” ao bandido Pablo Marçal, durante o ato pelo Dia da Independência, na maior cidade do Brasil, lembram muito o filme “Idiocracia”, já comentado diversas vezes neste blog (veja links no final da postagem).

O protagonista do filme é idolatrado pela massa entorpecida por consumismo e alienante programação dos meios de comunicação.

Na ficção, o “mito” comanda todos os tipos de aberração junto ao seu secretariado corrupto, comparsa dos poderes judiciário e legislativo transformados em monstruosidades.

Outra característica do filme é o gigantesco aparato policial repressivo.

Várias cenas de “Idiocracia” já são percebidas atualmente. A negação da Ciência e do Jornalismo, dois campos de produção do conhecimento fundamentais do processo civilizatório, é sinal de uma caminhada de retrocesso à barbárie.

O nível de obscurantismo chegou ao cúmulo de abolir o uso da água e introduzir em seu lugar um líquido verde produzido pela empresa “Brawndo”, controladora de quase tudo no planeta.

Assim, a água passou a ser considerada imprópria para beber, tomar banho e regar as plantações, sendo usada apenas nos aparelhos sanitários.

Leia aqui a análise completa sobre o filme “Idiocracia”

Leia mais aqui sobre “Idiocracia” e a eleição do presidente da Ucrânia

O filme serviu também para analisar a guerra entre Rússia e Ucrânia (leia aqui).

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Evento sobre mudanças climáticas oferece cursos em diversas áreas

Nos dias 18, 19 e 20 de setembro será realizado, no Auditório Setorial do Centro de Ciências Humanas – CCH, da Universidade Federal do Maranhão, o VI Dcima – Colóquio Internacional Mídia e Discurso na Amazônia. A programação do evento é constituída de mesas redondas, conferências, palestras, minicursos, rodas de conversas e comunicações orais. As inscrições para participar dos minicursos podem ser feitas até o dia 14 de setembro pelo site do evento Colóquio Internacional Mídia e Discurso na Amazônia

Estão sendo oferecidos os seguintes cursos: Oficina de Fotografia Criativa com Celular; Elaboração de Projetos Culturais para captação de recursos; Mulheres e sustentabilidade, Foucaulteando as margens: discurso, cidade e sujeito; Coragem da verdade como prática de liberdade; e Mulheres políticas na América Latina: fronteiras coloniais, territorialidades ancestrais.

Com o tema “Mudanças climáticas e oralidades amazônicas: entre discursos e memórias”, o evento pretende debater as mudanças climáticas e sua influência na vida da população em geral e em particular os povos da Amazônia.

O Colóquio é uma iniciativa do Grupo de Pesquisa em Linguagem e Discurso (GPELD-UFMA/CNPq), Grupo de Pesquisa em Patrimônio Cultural (GPAC-UFMA/CNPq), Grupo de Estudo Mediações, Discurso e Sociedades Amazônicas (GEDAI-UFPA-CNPq), vinculados, respectivamente, aos Programas de Pós-graduação em Letras (PGLetras-UFMA), Programa de Pós-graduação em Cultura e Sociedade (PGCult-UFMA), Programa de Pós-graduação em Letras (PPGLetras-UFPA).

O Colóquio propõe um diálogo com pesquisadores de todas as regiões do Brasil sobre a importância de resguardar a vida de comunidades que mantêm uma relação íntima com a biodiversidade amazônica e que preservam sua cultura por meio de narrativas orais, as quais são fundamentais para manter viva a riqueza cultural e o conhecimento tradicional.

A conferência de abertura será realizada no auditório setorial do Centro de Ciências Humanas – CCH – pela professora Ana Pizarro, da Universidade de Santigado do Chile. Doutora em Letras pela Universidade de Paris, a conferencista destaca-se em mais de 50 anos de atividade intelectual, como especialista em diversos temas. É uma das poucas acadêmicas de origem hispano-americana que decidiu incorporar o Brasil em suas pesquisas.

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Musical “Leci Brandão” vai abrir o Festival Palco Giratório no Maranhão

Gratuita, sessão única do espetáculo ocorrerá no dia 13 de setembro (sexta-feira), às 19h30, no Teatro Sesc Napoleão Ewerton, em São Luís.
Imagem: Alberto Mauricio

A celebração de uma das vozes mais importantes do samba marcará a abertura do Festival Palco Giratório Sesc 2024 no Maranhão – que recebe o projeto nesse formato pela primeira vez no estado. O musical carioca “Leci Brandão – Na Palma da Mão”, da Palavra Z Produções Culturais, será a atração de abertura do evento, que ocorre no dia 13 de setembro, às 19h30, no Teatro Sesc Napoleão Ewerton, em São Luís.

O público poderá conferir de perto a trajetória da sambista Leci Brandão, uma das maiores artistas brasileiras, que é contada em um musical a partir das histórias de seus orixás, Ogum e Iansã, e por meio do doce olhar de sua mãe, Dona Leci, e de um de seus grandes aliados, Zé do Caroço.

O caminho trilhado pela artista, da ala de compositores da Mangueira a Assembleia Legislativa de São Paulo, é mostrado em cena ao longo de mais de 15 músicas, como “Conversando Com a Saudade”, “Papai Vadiou” e “Corra e Olhe o Céu”, além de sucessos como “Isso é Fundo de Quintal” e “Zé do Caroço”.

A narrativa também é construída a partir da relação entre mãe e filha, muito forte até a morte de D. Lecy, aos 96 anos, em 2019. Grande parte dos números musicais do espetáculo são composições de Leci Brandão, como “Gente Negra” e “Preferência”.

Com duração de 85 minutos e classificação etária de 14 anos, o musical conta com direção geral de Luiz Antônio Pilar e autoria de Leonardo Bruno. A adaptação dramatúrgica é assinada por Luiz Antônio Pilar, Luiza Loroza e Lorena Lima.

Festival Palco Giratório Sesc 2024

O Festival Palco Giratório 2024 traz ao Maranhão uma programação incrível e totalmente gratuita durante o mês de setembro. Serão 21 espetáculos de teatro, dança e circo, além de debates, oficinas e intercâmbios culturais, destinados para todas as idades, vindos de 15 estados (AM, DF, ES, GO, MA, MG, MS, PB, PE, RJ, RN, RR, RS, SC e SP).

Maior projeto de circulação de artes cênicas do Brasil, o evento reúne produções de diferentes estados que abordam temas relevantes como musicalidade, intergeracionalidade, negritude, acessibilidade e inclusão.

A entrada para as atrações do festival é gratuita por meio do ingresso solidário: o público é convidado a doar 1 kg de alimento não perecível, direcionado a instituições sociais atendidas pelo Programa Sesc Mesa Brasil. Os ingressos poderão ser retirados 1h antes do espetáculo no espaço de cada apresentação.

Programação de abertura

A programação de abertura do Festival Palco Giratório 2024 no Maranhão contará com espetáculos em São Luís e Itapecuru-Mirim, além de ações formativas. Veja, abaixo, as ações que integram o primeiro fim de semana do evento:

Espetáculos – São Luís (MA)

13/09, 19h30, no Teatro Sesc Napoleão Ewerton: “Leci Brandão – Na palma da mão”, Lapilar Produções Artísticas (RJ) / Gênero: Musical / Classificação: 14 anos;

14/09, às 19h30, no Teatro Arthur Azevedo: “Herança”, Cia Burlantins (MG) / Gênero: Musical / Classificação: Livre;

15/09, às 15h, no Teatro Sesc Napoleão Ewerton: “Mundos – Uma viagem musical pela infância dos cinco continentes”, Grupo Maria Cutia de Teatro (MG) / Gênero: Teatro / Classificação: Livre;

15/09, às 19h30, no Arthur Azevedo: “A Vagabunda – Revista de uma mulher só”, Grupo Xama Teatro (MA) / Gênero: Teatro / Classificação: 14 anos;

Programação formativa

Pensamentos Giratórios / Debates

15/09, às 17h, no Sede do Boi da Floresta: Pensamento Giratório com a Cia. Burlantins (MG). Mediação: Josiane Silva (MA).

Ações de mediação cultural

13 a 28/09, às 15h, no Teatro Sesc Napoleão Ewerton: Escolas públicas (agendadas).

Programação de espetáculos – Itapecuru-Mirim (MA)

14/09 (sábado), às 19h, na Praça Gomes de Sousa: “Mundos – Uma viagem musical pela infância dos cinco continentes”, Grupo Maria Cutia de Teatro (MG) / Gênero: Teatro / Classificação: Livre.

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Suspensão do X acende debate sobre regulação das redes

O debate sobre a regulação das redes sociais é um tema espinhoso que vem à baila quando polêmicas como a desobediência de Musk às leis brasileiras estouram. Parado no Congresso, o PL das fake news trata com minúcia de casos como este, previsto no projeto de regulação das redes, que conta com o apoio do governo nas discussões, garante João Brant, secretário de políticas digitais da Secom

Boletim Focus – Nas redes, o bilionário Elon Musk, alinhado à ultra direita, desafia constantemente a soberania digital do Brasil – especialmente após ter sua rede social, o “X”, que criou após comprar o Twitter, derrubada após decisão do STF no dia 31 de agosto, quando venceu o prazo que a corte deu de 24h para que a empresa estabelecesse representação legal no país.

Desde que Musk comprou o X, o empresário tem o Brasil como alvo. Além das mudanças constantes na estrutura da empresa, com demissões em massa e paralisação de serviços, a gestão de Elon Musk culminou com a afronta à soberania brasileira quando resolveu, motivo da decisão, não cumprir determinações judiciais, descumprir o Código Civil brasileiro e encerrou representação legal no Brasil. 

Na sexta-feira passada, o Moraes havia ordenado a derrubada “imediata, completa e integral” do X no Brasil.  Um dia antes, o X anunciou que não cumpriria a ordem judicial do STF para indicar um representante legal no Brasil. Na própria quinta-feira, Musk viu outra empresa sua, a Starlink, ter suas contas bloqueadas por ordem do ministro Alexandre de Moraes.

A partir da 0h do sábado (31/8), a rede social já estava fora do ar em diversos dispositivos no Brasil, mas a derrubada foi gradual, já que envolve diferentes operadoras de internet espalhadas pelo país. Na sexta-feira (30/8), Moraes determinou uma multa diária de R$ 50 mil, além de outras sanções civis e criminais, para indivíduos e empresas que tentarem acessar o X utilizando mecanismos como VPN (rede virtual privada), mesmo após a ordem de bloqueio.

Como quem dá entrevistas com frases prontas pensando nos cortes que serão produzidos e disseminados fora de contexto, Musk age fora da Lei para se posicionar como vítima e endossar o discurso de “ditadura e censura prévia”. Sua movimentação movimenta a política brasileira às vésperas das eleições municipais – e isso não é uma coincidência. 

A solicitação para a nomeação de um representante ocorreu após a empresa encerrar suas operações no país, em um contexto marcado pelo não pagamento de multas relacionadas ao descumprimento de ordens anteriores sobre a suspensão de perfis na plataforma.

Musk argumenta que as solicitações para suspender perfis violam a liberdade de expressão, algo com o qual ele não concorda, embora tenha acatado pedidos semelhantes em outros países e censurado conteúdo sobre si próprio na rede social.

Caso não cumpra a decisão da Justiça, a plataforma pode continuar bloqueada no Brasil, uma vez que a derrubada é válida até que as ordens judiciais sejam cumpridas, com multas pagas e a indicação de um representante legal no território nacional.

Ataques em série 

A verdade é que a rede social desrespeita o povo brasileiro ao ignorar as determinações do judiciário. Todos sabem qual é o objetivo de Musk: incitar a extrema direita nacional à insubordinação.

Desde abril, o empresário tem atacado o ministro Alexandre de Moraes, iniciando uma série de postagens críticas nas quais o acusa de ser um censor e pedindo seu impeachment. Para essa campanha difamatória, chegou a mobilizar deputados da ultra direita dos Estados Unidos, que fizeram diversas acusações infundadas e foram prontamente apoiados por bolsonaristas.

Leia mais no Boletim Focus

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Memórias do PT: Manoel da Conceição homenageado no Prêmio Fapema de 2017

O líder camponês Manoel da Conceição, um dos fundadores do PT, junto com Lula, foi homenageado no Prêmio Fapema (Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão).

A premiação de Honra ao Mérito teve como patrono o jornalista e político Neiva Moreira. Na edição de 2017 do Prêmio Fapema o secretário de Ciência e Tecnologia era Bira do Pindaré e o presidente da Fapema Alex OIiveira.

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De novo, outra vez?

“Mas é claro que o Sol/ Vai voltar amanhã/ Mais uma vez”

Eloy Melonio é poeta, escritor e compositor

Essa certeza do Renato Russo (Mais Uma Vez/1987) contagia qualquer um de nós, não é verdade? Porque a presença do astro-rei é um dos fenômenos mais belos da natureza. Sempre foi assim, e sempre assim será. Pergunte ao seu pai se o Sol deixou de assinar seu “ponto” alguma vez. Acho que ninguém algum dia pensou em abrir a janela só pra ver se ele realmente estava lá em cima. Ele pode até ficar ali, escondidinho, por trás das nuvens, mas a gente sabe que está lá. Por isso, seu brilho é ampliado numa canção dos Fevers, de 1975: “O Sol nasce para todos/ E se entrega com amor/ Não distingue as fronteiras/ Nem quem nasce de outra cor”.

Diante disso, não há como contestar o popular verso bíblico: “há tempo para todo propósito debaixo do céu”. Pois é com essa outra certeza que o livro de Eclesiastes ― quarto livro poético da Bíblia ― abre o capítulo 3. E diz mais: “tempo de estar calado, e tempo de falar”.

Essas citações servem para contextualizar o assunto desta conversa. Porque a “campanha eleitoral” já está à nossa porta. E, com ela, o “palavreado”. Ou seja, muita gente falando disso e daquilo. Acusações, ofensas pessoais, promessas. Palavras —cegas e afiadas — lançadas aos ouvidos desconfiados de uma boa parte do eleitorado.

E não tem pra onde correr. Porque os donos da palavra estão em toda parte. Simpáticos, acessíveis; abraçando os velhinhos, tirando selfies com os jovens, comendo mocotó nas feiras populares. O tipo perfeito resumido na tão-sonhada “gente boa”.

E neste tempo de promessas mirabolantes, “vale tudo”. Inclusive lembrar o grande Tim Maia. “Só não vale” contar piada pra morto. Mas, acredite, tem cada promessa que nem defunto leva à sério.

Tudo isso é tão incontestável quanto a volta do Sol manhã. Mas, quando esse tempo terminar, acho que muita gente vai fazer coro com o Benito de Paula: “Graças a Deus, graças a Deus”. Outros, certamente, ficarão com a velha e cansada “Já vão tarde!”

E o palavreado de que falei é o que não vai faltar. Porque já está nas ruas desde o dia 16 de agosto, quando os candidatos entoaram, com toda a força de seus pulmões, este versinho popular dos Demônios da Garoa: “Óinóis aqui traveis” (1994).

E, assim, “queridos amigos” (Ôpa! Eu também?!), o tempo de que nos fala o livro bíblico também chegou à seara político-partidária.

Agora é falar, falar e falar. Porque “falar” é como a “onda” perfeita do Medina. Perfeita porque que é a característica que nos torna mais humanos. Que nos aproxima, que nos divide. Que defende a paz, que promove a guerra. E que, especialmente, revela sentimentos: “E por falar em saudade, …” (Toquinho e Vinícius de Moraes).

Esse verbo ― seja qual for o tempo ou o modo ― e até mesmo com “os erros do meu português ruim” (“Detalhes”, Roberto Carlos) é a arma mais potente dos políticos nesta fase de sua vida política. Se bem que, em muitos casos, dinheiro também fala alto.

Salvo raras exceções, o conteúdo das falas e discursos é, em essência, “falatório” geral. E, aqui, se você associar a frase aspeada a um verso do genial Chico Buarque, é sinal de que está lúcido e antenado.

Assim que aparecem na TV, nossa sala de serve de palco de uma senhora chamada “retórica”, cujo sentido linguístico é o “uso persuasivo da linguagem”. Grandes líderes seduzem multidões porque “valem quanto falam”.

E nós, os eleitores? Verdade seja dita: não somos tão diferentes. Muitas vezes entramos nessa dança. Muitos, inclusive, indiferentes. E também temos os nossos pecados. Gente que ainda vota por sugestão de um parente, submissão, dinheiro. Nessa selva de lobos famintos, ainda há muita presa fácil.

Em sua sabedoria, o povo diz que “tudo o que é bom dura pouco”. Talvez por isso mesmo os trinta e cinco dias do “horário eleitoral gratuito” parecem uma eternidade. As apresentações individuais se misturam com comerciais de supermercado, água sanitária, bombom de alho e, principalmente, as “bets” da vez (bet.promessa, bet.mentira, bet.dedo-duro, bet.não-sei-mais-o-quê). Não quero ser categórico, mas muita gente está “pê-da-vida” com essa novela reprisada a cada dois anos.

De tudo, o pior é que não inovam, não se renovam. O “nós aqui traveis” é o mesmo de dois anos atrás. Sem tirar ou botar. Os programas são iguais (ou piores) aos da campanha anterior. Excetuando-se alguns tubarões, o resto é tudo piabinha. Em vez de defender novas ideias e projetos, o que fazem é, via de regra, “chover no molhado”.

Por fim, acompanhe uma apresentação simulada do palavreado de que falei. Sugiro que ouça direitinho o que os “seis” candidatos de diferentes PARTIDOS têm a dizer:

TERREIRO DEMOCRÁTICO: Boa noite! Sou Babá Corpo Fechado. Sempre ao lado do meu povo, graças a São Sebastião. Mais do que nunca, preciso muito do seu voto;

ACREDITEMOS: E aí, pessoal? Beleza? Aqui é o Jairton Kal Minho. Não votem nesses candidatos do time da vingança. Votem em mim pra gente acabar com eles;

FÉ E ESPERANÇA: A paz do Senhor, irmãos! Sou Tomé Inabalável, nascido e criado na Vila Fé em Deus. Esta é a minha quarta candidatura. Perdi todas, mas nunca perdi a fé;

PALAVRA E AÇÃO: Sou Aurélio José Palavra Fácil. Chega de escolher o menos pior.

Agora é a hora de escolher o mais melhor;

JUSTIÇA SOCIAL: Sou Judas Saindo de Fininho. Dinheiro não faz parte do meu projeto de governo, só do meu projeto de vida.

Falando sério, “queridos amigos”, esta eu ouvi (de uma candidata): “Você pode trocar seu voto por CEM REAIS, mas vai ficar sem saúde, sem emprego, sem água…”.

E, enfim, nosso último candidato, do DIVAGAR DEVAGARINHO. Nervoso, ele fala com voz suave e pausada: “Amados, amadas e amades, muito boa noite! Sou o irmão José João Dimas Fala Mansa da Silva. Que Deus abençoe a todos vocês!”

O pobrezinho falou bem, não lembrou seu número e não teve tempo de dizer “Amém!”. Espero que, na próxima, eleição ele fique mais atento ao relógio.

Afinal, nem sempre há tempo pra tudo na disputa eleitoral.

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Universo infantil é destaque na programação do Festival Palco Giratório 2024

Evento terá 16 dias de atividades no Maranhão, com apresentações gratuitas em São Luís, Itapecuru-Mirim e Caxias. Companhias de SP, PE, RR, SC, AM, MG e MA compõem o cronograma de ações voltadas ao público infanto-juvenil.

SÃO LUÍS – Uma oportunidade de divertimento, aprendizagem e vivência da infância. Assim foi pensada a programação infanto-juvenil do Festival Palco Giratório Sesc 2024 no Maranhão, que recebe o projeto nesse formato pela primeira vez no estado – com atrações gratuitas de 13 a 28 de setembro, reunindo artistas locais e nacionais nas cidades de São Luís, Caxias e Itapecuru-Mirim.

Além de celebrar as artes cênicas, o projeto contempla em seus 16 dias de atividades uma programação voltada às crianças, com espetáculos de alta qualidade de companhias de diversas regiões do Brasil.

A primeira atração voltada ao público infantil ocorrerá no dia 16 de setembro (segunda-feira), com o espetáculo circense “Com Quantas Palhaças Se Faz Um Circo”, do coletivo maranhense O Circo Tá Na Rua.

Com duração de 50 minutos, a apresentação passeia pelo malabarismo, equilibrismo, acrobacias de solo, mágicas, músicas, com muita palhaçaria para contar as histórias da Palhaça Felinta e da Palhaça Xia na montagem do seu próprio “CIRCO”. A sessão será realizada às 15h, no Teatro Sesc Napoleão Ewerton.

Outro destaque maranhense na programação destinada às crianças será o espetáculo “Meu Amigo Charlie Brown – Tirinhas Musicais”, do Encanto Coletivo Cultural, no dia 27 de setembro (sexta-feira), no palco do Teatro João do Vale, às 19h30.

Inspirado no universo dos Peanuts, a peça aborda as histórias de Charlie Brown e Snoopy e é construída por meio de fragmentos das situações de infância dos personagens, com canções que refletem temas que vão da família a amizade e lealdade.

Atrações nacionais

Narrativas infantis de todo o Brasil também terão espaço no Festival Palco Giratório Sesc 2024 no Maranhão. Coletivos de Santa Catarina, São Paulo, Pernambuco, Roraima, Amazonas e Minas Gerais apresentam ao público histórias que incorporam poesia, circo e música, além de discutir temas como diálogo com os pais, amizade, transformações culturais, sonhos, entre outros.

O Teatro Sesc Napoleão Ewerton, do Sesc-MA, em São Luís, será palco de renomados espetáculos ao longo do mês de setembro. No dia 15 (domingo), às 10h, o Grupo Maria Cutia (MG) apresenta uma viagem musical pelo mapa-múndi guiada por canções da infância dos cinco continentes: “Mundos”, peça que é acompanhada por banda ao vivo, com atores cantando e dançando canções populares de sete países, numa atmosfera de sonho e poesia. No dia 17 (terça-feira), às 15h, o coletivo La Luna Cia de Teatro (SC) leva ao público o espetáculo “Circo de Los Pies”, animação cômico-circense centrada na história da palhaça Asmeline e seus dois pés sem conserto: “Pezão” e “Pezinho”.

No mesmo local, no dia 21 (sábado), às 17h, “Quatro Luas” (PE), d’O Bando Coletivo de Teatro, é interpretado por um grupo de ciganos reunidos sob a sombra de uma velha árvore, com foco na história de Federico, um jovem ciganinho órfão fascinado pela Lua Cheia, com o sonho de subir em um cometa e voar bem alto em direção às estrelas. Já no dia 23 (segunda-feira), às 15h, a programação abre espaço para o Grupo Locômbia Teatro de Andanças e o espetáculo “Mar Acá – Mitologia Latino-Americana” (RR), que combina elementos da mitologia latino-americana, destacando a cultura ancestral de forma poética.

Outro espaço de destaque para a programação infantil do Festival Palco Giratório Sesc 2024 será o Teatro João do Vale, que receberá os espetáculos “Cabelos Arrepiados” (AM), do Buia Teatro Company, no dia 26, às 19h30, e “A Fábrica dos Ventos” (SP), da Trupe Lona Preta, no dia 28, também às 19h30. Enquanto o primeiro é inspirado na literatura fantástica de Wilhelm Bush e Edgar Allan Poe, no estilo de Tim Burton, o segundo conta a história de um reino onde a vida gira em torno das bexigas.

A entrada para as atrações do festival é gratuita por meio do ingresso solidário: o público é convidado a doar alimentos não perecíveis, direcionados a instituições sociais atendidas pelo Programa Sesc Mesa Brasil. Os ingressos poderão ser retirados 1h antes do espetáculo no espaço de cada apresentação.

Fique por dentro da programação infantil completa do Festival Palco Giratório Sesc 2024:

15/09 (domingo), às 15h, no Teatro Sesc Napoleão Ewerton: “Mundos – Uma viagem musical pela infância dos cinco continentes”, Grupo Maria Cutia de Teatro (MG) / Gênero: Teatro / Classificação: Livre;

16/09 (segunda), às 15h, no Teatro Sesc Napoleão Ewerton: “Com quantas palhaças se faz um circo?”, Coletivo O Circo tá na Rua (MA) / Gênero: Circo / Classificação: Livre;

17/09 (terça), às 15h, no Teatro Sesc Napoleão Ewerton:  “Circo de Los Pies”, La Luna Cia de Teatro (SC) / Gênero: Circo / Classificação: Livre;

21/09 (sábado), às 17h, no Teatro Sesc Napoleão Ewerton: “Quatro Luas”, de O Bando Coletivo de Teatro (PE) / Gênero: Teatro para as infâncias / Classificação: Livre;

23/09 (segunda), às 15h, no Teatro Sesc Napoleão Ewerton: “Mar Acá – Mitologia Latino-Americana”, Grupo Locômbia Teatro de Andanças (RR) / Gênero: Circo / Classificação: 6 anos;

26/09 (quinta), às 19h30, no Teatro João do Vale: “Cabelos Arrepiados”, Buia Teatro Company (AM) / Gênero: Opereta, formas animadas, teatro para as infâncias / Classificação: Livre;

27/09 (sexta), às 19h30, no Teatro João do Vale: “Meu amigo Charlie Brown – Tirinhas Musicais”, Encanto Coletivo Cultural (MA) / Gênero: Teatro / Classificação: Livre;

28/09 (sábado), às 19h30, no Teatro João do Vale: “A Fábrica dos ventos”, da Trupe Lona Preta (SP) / Gênero: Comédia / Classificação: Livre.

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Vem aí o 8º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental

O Ceará vai receber em setembro, entre os dias 19 e 21, a oitava edição do Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental. Este evento que reúne jornalistas de todo o país atuantes na pauta socioambiental, será realizado na região Nordeste pela primeira vez, mais precisamente na cidade de Fortaleza.

Organizado pela Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental (RBJA), Instituto Eco Nordeste e Instituto Envolverde, com apoio do Curso de Jornalismo da Universidade de Fortaleza (Unifor) e da Oak Foundation, a participação é gratuita, basta fazer a inscrição prévia, de forma online.

O formato escolhido para a edição deste ano é o híbrido (presencial e remoto) para facilitar e ampliar o acesso ao público interessado.

Nomes importantes da área já estão confirmados, como André Trigueiro (Globonews), Afra Balazina (Fundação SOS Mata Atlântica), Dal Marcondes (Envolverde), Kátia Brasil (Amazônia Real), Maristela Crispim (Eco Nordeste), Paulo André Vieira (((o))eco), Samira de Castro (Fenaj), Sérgio Xavier (Fórum Brasileiro de Mudança do Clima – FBMC) e Stefano Wrobleski (InfoAmazonia), dentre outros.

A programação completa pode ser acessada aqui.

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3ª Feira Emaranhadas celebra Dia da Amazônia

Em alusão ao Dia da Amazônia, no dia 5 de setembro, acontecerá a terceira edição da Feira Emaranhadas – mulheres e suas resistências na Amazônia Maranhense. A feira será realizada na Praça Deodoro, no centro de São Luís, e contará exclusivamente com exposição de produções femininas da agricultura familiar, artesanato e alimentação. 

Além da produção feminina, o evento ainda contará com a apresentação de dois grupos femininos: Maracatu Baque Mulher São Luís e o grupo Ellas do Forró que vão animar a feira durante toda a manhã.

Assim como nas edições passadas, a feira busca promover a autonomia econômica das mulheres e destacar a importância das práticas sustentáveis que contribuem para a preservação de práticas de bem viver e manutenção da autonomia feminina e de territórios, especialmente no contexto de preservação ambiental frente às mudanças climáticas.

Maranhenses no contexto das mudanças climáticas

A Amazônia Maranhense tem enfrentado desafios ambientais críticos.  Trata-se de uma das regiões amazônicas com as maiores taxas de desmatamento. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), entre agosto de 2022 e julho de 2023, o bioma maranhense perdeu cerca de 980km² de floresta, o que representa aproximadamente 7% do desmatamento de toda a Amazônia Legal nesse período.

Esse desmatamento tem graves consequências para a biodiversidade local, com a perda de habitats e espécies nativas. Além disso, comunidades tradicionais, rurais, indígenas e quilombolas, têm sua sobrevivência cultural e econômica ameaçadas, à medida que os recursos naturais dos quais dependem são destruídos.

Nesse cenário, as mulheres desempenham um papel central na manutenção e transmissão de práticas sustentáveis que não apenas garantem a segurança alimentar de suas comunidades, mas também colaboram na mitigação dos efeitos do desmatamento e outras violações ambientais. para se ter ideia, o desmatamento é uma das principais ações humanas que colaboram para o aquecimento global.

As mulheres da RM de São Luís, especialmente as mulheres negras, enfrentam sucessivas violações, devido à ausência de políticas e ações que melhorem suas condições de vida e atuem para mitigar os efeitos negativos das desigualdades estruturais sobre seus corpos – sendo elas as mais afetadas pelos impactos da crise climática em um estado que, atualmente, possui apenas 20% de sua cobertura nativa do bioma amazônico (Imazon).

No contexto da Amazônia maranhense, essa vulnerabilidade é ampliada pela dependência das mulheres em relação aos recursos naturais para sua subsistência e pela falta de acesso a políticas públicas que garantam sua proteção.

Fortalecimento das mulheres e suas práticas

Em um contexto de grande degradação ambiental e conflitos territoriais, as consequências diretas na vida e na sustentabilidade das mulheres, acompanhadas pelas Emaranhadas, intensificam-se cada vez mais. A poluição do ar em São Luís, por exemplo, tem ultrapassado os limites estabelecidos pelo Conama, afetando a saúde, bem-estar e comprometendo recursos naturais essenciais para a subsistência econômica desses territórios, como água, solos e biodiversidade local. Além disso, a emissão de CO² em São Luís, a concentração da população urbana e o aumento do número de mortes por poluição na cidade demonstram a necessidade de ações efetivas para proteger a região e suas comunidades.

A autonomia econômica das mulheres, fortalecida pela Feira Emaranhadas, é uma forma de resistir ao sistema supracitado. Segundo a coordenadora geral da Feira, Karoline Ramos, “a realização do projeto é pautada na necessidade de enfrentar e sensibilizar sobre os impactos negativos dos processos econômico-desenvolvimentistas na região amazônica, especialmente em relação à devastação ambiental, violência e invasão de terras, que afetam diretamente a vida das mulheres e aumentam sua vulnerabilidade”, afirma. 

Ao promover práticas agrícolas sustentáveis, artesanais, bem como a preservação do conhecimento tradicional, busca contribuir para a manutenção do ecossistema local, frente ao modelo predatório de progresso. Dessa forma, a feira é uma oportunidade para celebrar o Dia da Amazônia de forma ativa e engajada, estimular o empreendedorismo feminino local e promover o consumo consciente, apoiando diretamente as mulheres que estão na linha de frente da resistência pela manutenção do bioma e dos povos da Amazônia maranhense. 

Uma realização da Rede Emaranhadas, em parceria com o Coletivo Reocupa e apoio do Fundo Casa Socioambiental, Elas+ Doar para Transformar, Amazônia de Pé e Instituto Clima e Sociedade (ICS).

SERVIÇO

O que: 3ª Feira Emaranhadas

Quando: 05 de Setembro,  das 8h às 13h

Onde: Praça Deodoro, Centro de São Luís.

Contato: Rede Emaranhadas: emaranhadasma@gmail.com; telefone: 98 981282313

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Inscrições abertas para o 2° Maravilha-Simpósio Nacional de Artes Cênicas no Maranhão

O 2° Maravilha (Simpósio Nacional de Artes Cênicas do Maranhão) é um evento voltado para estudantes, professores e pesquisadores, que acontecerá em formato presencial com uma ampla programação, compartilhamento de pesquisas, conhecimentos e saberes artísticos, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), durante três dias, de 06 a 08 de novembro deste ano. Com abrangência nacional, as inscrições para submissão dos trabalhos ficarão abertas a partir do dia 26 de agosto a 16 de setembro de 2024.

O evento surgiu da necessidade de ampliar a mostra de pesquisas em Artes Cênicas do Maranhão e fazer um intercâmbio artístico e cultural entre pesquisas desenvolvidas em todo o Brasil. Tudo foi pensado juntamente com os estudantes da UFMA, que tiveram o protagonismo de criar conexões interativas com o meio artístico e acadêmico, a escolha do nome do evento, a concepção e a produção da primeira edição como nos conta a professora Dra. Michelle Cabral, do Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas da UFMA.

“A ideia do Maravilha surgiu em meio a consolidação do nosso Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas, do Mestrado. Já tínhamos como projeto de estruturação e crescimento do programa, uma publicação e um evento científico que pudesse reunir os nossos mestrados num evento que fosse nacional, para intercambiar com pesquisas, principalmente, no eixo Norte e Nordeste, do país. A criação foi toda pensada pelos nossos estudantes que tiveram todo o protagonismo, como por exemplo, a escolha do nome MARAVILHA, que tem o “MARA” em alusão ao Maranhão e a maravilha que é a estruturação da pesquisa, da ciência e da arte, assim como a concepção e a produção da primeira edição”, explica Michelle.

Nesta segunda edição, a temática será o “Corpo Político e suas Insurgências”, para pensar sobre um corpo político que possa levantar questões que causam incômodos no sistema e provocam rupturas que obrigam a refletir as práticas dos fazedores de arte. A expectativa gira em torno da diversidade de trabalhos que estão sendo desenvolvidos em linguagens artísticas, como a performance, o circo, o teatro e a dança, principalmente, com artistas e pesquisadores das regiões Norte e Nordeste do país. Este projeto conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), nos relata a coordenadora do Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas da UFMA, a professora Dra. Gisele Vasconcelos.

“Primeiramente, a gente está muito feliz pela oportunidade de realizar esse evento de forma presencial. O primeiro Maravilha, sofreu os impactos da pandemia, e foi todo produzido de forma remota. E agora a gente tem a oportunidade de fazer o 2° Maravilha de forma presencial, contando com participação de palestrantes e convidados de todo o Brasil, principalmente do eixo Norte e Nordeste. E isso só está sendo possível graças ao apoio da Fapema, por meio do edital de apoio a eventos, que está possibilitando a realização deste, em novembro de 2024”, explica Gisele.

A programação será divulgada posteriormente e as inscrições poderão ser feitas através do link https://drive.google.com/file/d/1cZz1FbkTDnDpdpyoJ-9i8IURM0eC8zK0/view?usp=drivesdk

Mais informações através do e-mail secretaria.ppgac@ufma.br e/ou pelo perfil oficial do Instagram @ppgac.ufma

SERVIÇO

2° Maravilha-Simpósio Nacional de Artes Cênicas no Maranhão

– Inscrições: De 26 de agosto a 16 de setembro de 2024.

– Data: De 06 a 08 de novembro de 2024.

– Local: Universidade Federal do Maranhão (UFMA).