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Cinema no Intervalo: UFMA promove sessões gratuitas no Palacete Gentil Braga

Uma pausa após o almoço para descansar e se divertir gratuitamente. É o que propõe o “Cinema no Intervalo”, projeto da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) que será iniciado no dia 16 de março. 

Destinado principalmente aos comerciários e frequentadores da rua Grande, o Cinema no Intervalo será realizado quinzenalmente no Palacete Gentil Braga, sempre no horário de 12h às 13h30. O acesso ao Palacete será feito pela entrada lateral, localizada na rua do Passeio, em frente a Galeria La Ravardiére. O público poderá comparecer a partir das 11h30.

A Diretora de Assuntos Culturais da UFMA, Rosélis Barbosa Câmara, destaca que “o cinema é uma ferramenta de grande importância para a sociedade, principalmente por conta da sua capacidade de transmitir valores, promover reflexão e entretenimento’’. A professora acrescenta que, por meio desse projeto, a UFMA cumpre o seu papel social de contribuir com a democratização da cultura.

A iniciativa conta com a parceria do restaurante Casarão Grill, situado na rua do Passeio. Além do propósito cultural, o Cinema no Intervalo visa potencializar o movimento econômico na região através do desenvolvimento de atrações que complementam a rotina do público que frequenta diariamente os entornos do Palacete Gentil Braga.

A programação será composta por obras que já foram exibidas e obtiveram destaque no Festival Guarnicê de Cinema. Na primeira sessão, serão apresentados quatro curtas-metragens. Conheça os filmes:

Amo, Poeta e Cantador: Murais da Memória pelo Maranhão (25 min, classificação indicativa livre)

Dirigido por Jonas Sakamoto, o documentário foi exibido no Guarnicê 2022.

Sinopse: é uma produção que mostra a feitura de dez painéis de mestres do bumba-meu-boi do Maranhão, assinados pelo artista plástico e graffiteiro, Gil Leros. O projeto percorreu, entre os meses de abril e setembro, partindo de São Luís, as cidades de São José de Ribamar, Axixá, Viana, Barreirinhas, Guimarães e Cururupu, para pintar o rosto de grandes mestres da cultura popular brasileira, que fizeram, e fazem, do Bumba meu Boi do Maranhão uma das maiores expressões artísticas e culturais do mundo.

A Volta Pra Casa (16 min, classificação indicativa livre)

O drama paulista dirigido por Diego Freitas e protagonizado por Lima Duarte rendeu a Guilherme Rodio o prêmio de melhor ator coadjuvante do Guarnicê 2020.

Sinopse: no domingo de Páscoa, Plínio, um marceneiro aposentado, espera a visita da família, que não aparece. Anselmo, o jardineiro da casa de repouso em que ele vive, oferece-se para levá-lo até sua antiga casa. No trajeto, Plínio revisita suas memórias do bairro de Santana em São Paulo.

Neguinho (20 min, classificação indicativa livre)

Um dos destaques do Guarnicê 2020, Neguninho foi agraciado com três prêmios: melhor atriz coadjuvante para Aisha Jambo, melhor atriz para Juliana França e melhor direção para Marçal Viana. 

Sinopse: Jéssica, mãe de Zeca, um menino da periferia que ganhou uma bolsa em uma escola particular, é chamada para uma reunião com a professora do seu filho. Em um encontro cheio de farpas, reflexões e visões de mundo distintas, um veredicto é dado e o destino de Zeca precisará ser decidido.

Fantasma Neon (20 min, classificação indicativa livre)

Um dos destaques do cinema brasileiro em 2022, o curta de Leonardo Martinelli foi premiado com melhor desenho de som para Caio Alvasc e melhor direção de fotografia para Felipe Quintela na última edição do Guarnicê.

Sinopse: Um entregador de aplicativo sonha em ter uma moto. Disseram a ele que tudo seria como um filme musical.

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Regular é censurar?

por Juliano Domingues e Caio Ramos

Fonte: My News

O tema “regulação da mídia” voltou ao noticiário nacional, por ocasião da participação do Brasil na conferência “Para uma internet confiável” (Internet for Trust), em Paris, nos dias 22 e 23 últimos. O secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação da Presidência, João Brant, leu na Unesco uma carta do presidente Lula à diretora-geral da entidade, Audrey Azoulay, em que o governo brasileiro defende a regulação das plataformas digitais.

Mas o que significa regulação? O conceito mais difundido diz respeito a corrigir falhas de mercado, que vão desde monopólios, naturais ou não, à inadequação de informações, passando por externalidades, dentre outras. No entanto, há outras razões, além das falhas de mercado, para se regular, a exemplo da proteção de direitos humanos ou da promoção da proteção social.

Para ilustrar, inicialmente, tratemos sobre regulação não propriamente na mídia, objeto deste texto, mas de outros campos, como o da alimentação de crianças. O governo de Israel, por exemplo, proíbe a venda de refrigerantes em escolas, que devem substituí-los por água ou suco. Batata frita e salsichas também foram banidas do cardápio e deram lugar a sanduíche de atum, verduras e frutas. Na Espanha, discute-se o fim da propaganda de produtos calóricos para crianças, como chocolates, sorvetes e biscoitos.

Outro exemplo é a regulação sobre a indústria de cigarros, que tem no Brasil um caso emblemático: a proibição de anúncios de cigarros completou 22 anos, apesar do lobby de R$ 55 bilhões em verbas publicitárias de que dispunha a poderosa indústria do tabaco à época. Ainda que haja o debate sobre eventuais efeitos colaterais dessa medida regulatória, como uma possível diminuição da concorrência e a concentração de mercado, é inegável o seu papel educativo e de preservação da saúde da população.

Nesses três exemplos, regras foram implementadas por diferentes governos e indústrias, em diferentes países (nenhum deles autoritário, ressalte-se), para preservar a saúde da população. Isso é regular. As marcas de refrigerantes e os produtores de batatas e embutidos certamente ficaram furiosos, assim como as empresas de cigarro. Afinal de contas, é o negócio deles. Mas há uma palavra que ajuda a entender esse tipo de episódio: chama-se externalidade.

Apenas para destacar uma dessas falhas de mercado, quando determinado segmento impacta o bem-estar de outras pessoas que não participam da mesma atividade, tem-se aquilo que os teóricos denominam de custo social da produção. Quando esse custo se mostra alto, o Estado tem o dever de entrar em ação para estabelecer regras capazes de influenciar o comportamento daqueles que causam externalidades negativas – ou, em outras palavras, danos à coletividade.

O caso mais comum é o da emissão de gases poluentes e o contorcionismo em nível global feito por líderes no sentido de reduzir o dano coletivo. É, portanto, dever de governos responder à externalidade com a implementação de políticas públicas, que emergem de um complexo processo de negociação entre governantes, grupos de interesse e setores da sociedade civil organizada.

E antes que alguém sugira se tratar de medida autoritária contra a livre-iniciativa, vale lembrar que esse debate existe, há anos, nos EUA, associado a atividades administrativas do Estado. Uma das primeiras agências reguladoras se chamava Interstate Commerce Comission (ICC) e foi criada em 1887 para coibir abusos praticados por empresários nas ferrovias estadunidenses. Com o tempo, esse tipo de ação se expandiu para diversos setores, como energia, telefonia, aviação, dentre outros, de modo compartilhado entre distintas esferas do poder público, o próprio setor privado e representantes da sociedade civil.

Com o desenvolvimento da microeletrônica e das tecnologias da informação e da comunicação (TICs), os meios de comunicação também passaram a figurar nesse grupo de atividades reguladas pelo Estado. É também nos EUA que surge a FCC, a Federal Communication Comission, a agência reguladora para telecomunicações e radiodifusão, ainda em 1934 – período em que o rádio, fenômeno de massas à época, apresentava suas externalidades.

Um salto na linha do tempo e, agora, a bola da vez das externalidades são as redes e mídias sociais digitais. Novamente, o exemplo vem do EUA, onde o todo-poderoso Mark Zuckerberg depôs por mais de cinco horas no Senado, em abril de 2018, sobre regulação e uso indevido de dados de usuários do Facebook. Na ocasião, ele afirmou que “proteger a nossa comunidade é mais importante que maximizar nossos lucros”. Não por coincidência, Zuckerberg falou a língua da regulação após ação do Estado.

O presidente dos EUA, Joe Biden, já se manifestou favoravelmente a essa pauta, em comunicado da Casa Branca no fim do ano passado: “A ascensão das plataformas de tecnologia introduziu novos e difíceis desafios, desde os trágicos atos de violência ligados a culturas tóxicas online, à deterioração da saúde mental e do bem-estar, aos direitos básicos de americanos e comunidades em todo o mundo que sofrem com o surgimento de grandes e pequenas plataformas de tecnologia”.

A carta de Lula lida na Unesco segue essa mesma linha. Em determinado trecho do documento, lê-se uma lista de falhas de mercado, especialmente, de externalidades negativas: “O ambiente digital acarretou a concentração de mercado e de poder nas mãos de poucas empresas e países. Trouxe, também, riscos à democracia. Riscos à convivência civilizada entre as pessoas. Riscos à saúde pública. A disseminação de desinformação durante a pandemia contribuiu para milhares de mortes. Os discursos de ódio fazem vítimas todos os dias. E os mais atingidos são os setores mais vulneráveis de nossas sociedades.”

Adiante, a carta afirma: “A comunidade internacional precisa, desde já, trabalhar para dar respostas efetivas a essa questão desafiadora de nosso tempo. Precisamos de equilíbrio. De um lado, é necessário garantir o exercício da liberdade de expressão individual, que é um direito humano fundamental. De outro lado, precisamos assegurar um direito coletivo: o direito de a sociedade receber informações confiáveis, e não a mentira e a desinformação.”

A externalidade negativa das plataformas digitais tem comprometido direitos básicos de indivíduos e os principais pilares de instituições de regimes democráticos. O que o governo brasileiro ofereceu em Paris está em qualquer manual sobre regulação. Isso não é censura, ao contrário: é dever do Estado. Censurar, na verdade, é tentar interromper, já na partida, o debate sobre um tema tão importante.

Juliano Domingues, professor da Unicap, é autor do livro “O espectro autoritário: como a concentração de mídia fragiliza a democracia” (Ed. Appris, 2021).

Caio Ramos, doutorando do PPGD da Unicap, é mestre em Regulação pela London School of Economics and Political Science.

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Déa Alhadeff lança “Sequestrada”, terceiro livro de uma série ficcional

Após o sucesso do segundo livro da série de ficção “Segredos de Uma Jovem Espiã”, a escritora maranhense Déa Alhadeff, de 29 anos, lança neste sábado (11), às 19h30, na praça do Sol (área de eventos do Tropical Shopping), o terceiro livro da série, intitulado “Sequestrada”.

Depois de 3 anos sem lançar por conta da pandemia, a série” Os segredos de uma jovem espiã” tem uma nova aventura no terceiro livro. “A espiã Charlottie Lance é sequestrada por um velho inimigo, mas consegue escapar; porém, esse é só o começo do que parece ser uma caçada mortal. Assim fica a dúvida: será que os cinco garotos da banda Skyfive junto com os espiões Jake Rivers e Amy Mctravis vão conseguir juntar as pistas deixadas por Lottie e encontrá-la?”, instiga a escritora.

Livros da Série

(Primeiro livro: Os segredos de uma jovem espiã)

O primeiro livro da série, publicado em 2015, gira em torno de Charlottie Lance, uma jovem espiã que estava destinada a ser uma das melhores do ramo, depois do seu pai. Ela tem a missão de cuidar de cinco integrantes de uma grande banda do Reino Unido, que vira alvo de um vilão muito perigoso.

(Segundo livro: Desaparecido)

O segundo livro, lançado em 2016, propõe continuidade à história que depois de conseguir salvar a banda mais amada do Reino Unido, Charlottie Lance, a nossa jovem espiã, se depara com algo novo: o desaparecimento do seu mais leal companheiro, o agente Rivers ou apenas Jake. Para isso, ela contará com a ajuda da sua melhor amiga, Amy, e dos ajudantes mais atrapalhados e improváveis – os cinco garotos da banda Skyfive. Entre aventuras e mistérios, Lottie embarcará com tudo em seu relacionamento com Zac e descobrirá que não estará mais sozinha.

(Terceiro livro: Sequestrada)

Nesse terceiro livro, a nossa espiã Charlottie Lance é sequestrada por um velho inimigo, mas consegue escapar; porém, esse é só o começo do que parece ser uma caçada mortal.

Será que os cinco garotos da banda Skyfive, junto com os espiões Jake Rivers e Amy Mctravis, irão conseguir juntar as pistas deixadas por Lottie e encontrá-la?

Sequestrada é o terceiro livro da série que está repleta de mistérios e aventuras. Embarque mais uma vez nessa missão, agora em busca da nossa corajosa espiã.

Sobre a autora

Déa Alhadeff tem 29 anos, é formada em Direito e pós-graduada em Computação Forense e Perícia Digital. Lançou seu primeiro livro com 21 anos, a série chamada Os segredos de uma jovem espiã, que ganhou continuação no ano seguinte com o livro Desaparecido. Os segredos de uma jovem espiã, destinado ao público infanto-juvenil, foi premiado pela Academia Poética Brasileira como o livro mais vendido em 2017. Em 2018, Déa lançou o livro Procura-se o Romeu, o qual, em curto período de tempo, foi o terceiro livro mais vendido no mês de janeiro pela Associação Maranhense de Escritores independentes.

Com 8 anos de carreira, Déa já deu mais de mil palestras em escolas e faculdades, além de participações em eventos da Academia de Letras do Maranhão e em outros estados. Ela já possui 3 livros publicados e vários títulos alcançados.

Inspiração na Literatura

Bacharel em Direito, mas hoje trabalhando no ramo da comunicação, com pesquisas e gerenciamento de mídias sociais, a escritora revela suas inspirações na literatura. “Tenho várias influências, como Stephen King, Ágatha Christie, Arthur Conan Doyle, Ally Carter, entre outros. Aqui no Maranhão também temos escritores muito bons. Entre eles a Natália Batista, Rayoline, Sharlene Serra, Marcia Marques e outros. Gosto bastante da literatura jovem delas. Também vale a pena conhecer o trabalho de vários outros escritores maranhenses”, revela Déa.

Os três livros da série “Segredos de uma jovem espiã” podem ser encontrados na Livraria Amei, no São Luís Shopping, dedicada somente a escritores maranhenses.

Data de lançamento: 11 de março (sábado)

Horário: 19h30

Local: praça de Eventos do tropical shopping.

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Rádios comunitárias realizam plenária nacional em Brasília

Nos dias 21, 22 e 23 de março, Brasília será sede da Planária Nacional das Rádios Comunitárias. O evento, que reunirá comunicadores do país inteiro, ocorrerá no auditório do Sindicato dos Professores no Distrito Federal.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias – Abraço Brasil, Geremias dos Santos, o objetivo central do encontro é discutir o futuro dessas emissoras, especialmente, sob a perspectiva da nova gestão federal.

Entre as pautas que serão debatidas está a alteração do Decreto 2.615/1998, que normatizou a atuação das rádios comunitárias. De acordo com o presidente, a legislação se sobrepõe, inclusive, à lei 9.612/1998. “Este texto nos prejudica muito. Praticamente, nos impede de fazer rádio comunitária. Enquanto ele estiver vigente da forma que esta, seguiremos sendo penalizados”.

Além deste assunto, o acesso à verba pública de mídia também integrará a agenda de discussões. “Nós nos agregamos por conta própria em inúmeras campanhas – de vacinação, por exemplo. Não é justo que todos esses recursos sejam escoados para a grande mídia”, salientou.

Representantes do governo federal – Ministério das Comunicações e da Secretaria de Comunicação – estão confirmados na programação. Qualquer integrante de rádio comunitária poderá participar, basta se inscrever através do link: https://docs.google.com/forms/d/1LN4jP0Fs8ihW7GbN0lWIhFaEMmKE-28CcycPOyiIUD8/viewform?pli=1&pli=1&edit_requested=true.

Nós temos convicção da importância do nosso papel e vamos lutar por ele. Algumas pessoas ainda desconsideram o rádio. Mas ele segue sendo protagonista na vida das pessoas. E muitas radiocoms também o são”, reforçou Santos.

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 6ª edição do Censo Atlas da Notícia vai apresentar novos dados sobre o jornalismo local

Fonte: Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo)

O maior e mais rico censo sobre a presença do jornalismo local no Brasil teve sua sexta edição confirmada nesta quarta-feira (8.mar.2023). O anúncio do novo Atlas da Notícia foi realizado pelo Projor (Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo), que comanda a iniciativa, e pelo Volt Data Lab, responsável pela organização, análise e publicação dos dados a serem coletados nesta edição. Além de atualizar o mapa de veículos jornalísticos nos 5.570 municípios do país, a pesquisa vai levantar informações ligadas à atividade jornalística e sobre a abertura e fechamento de empresas de comunicação.

No último mapeamento, que registrou 13.734 veículos jornalísticos em atividade no Brasil, identificou-se uma tendência positiva para o país: os desertos de notícias, onde a população não dispõe de informações de veículos jornalísticos locais, reduziram em 9,5%, com a saída de 312 municípios dessa condição. No entanto, de acordo com a quinta edição, 2.968 cidades ainda constavam na lista de desertos de notícias – 5 em cada 10 municípios -, o que significa que 29,3 milhões de pessoas (13,8% da população brasileira) permaneciam sem acesso a informações jornalísticas locais.

Também foi divulgado o desenvolvimento de nova ferramenta, que viabilizará o cruzamento de dados do Atlas da Notícia com outras bases, para que jornalistas e pesquisadores avancem na análise e exploração dos números levantados. Quem tiver interesse em acessar o recurso pode responder a este formulário on-line.

Além do Volt Data Lab, liderado pelo jornalista Sérgio Spagnuolo, que também é diretor da Abraji, está envolvido na iniciativa o jornalista Sérgio Lüdtke, responsável por coordenar a pesquisa no país com os pesquisadores regionais Angela Werdemberg (Centro-Oeste), Dubes Sônego (Sudeste), Jéssica Botelho (Norte), Mariama Correia (Nordeste) e Marcelo Fontoura (Sul).

O Atlas da Notícia também recebe apoio de professores e estudantes de escolas de Jornalismo das cinco regiões do país e de voluntários que ajudam na coleta dos dados. Ao todo, a edição passada contou com a colaboração de 174 voluntários de 28 escolas de Jornalismo. Interessados em colaborar com a nova edição do levantamento estão convidados a preencher este formulário de adesão.

Francisco Rolfsen Belda, presidente do Projor, afirma que “o Atlas da Notícia já está consolidado como um importante instrumento de pesquisa para a comunidade acadêmica e como uma fonte de dados valiosos para organizações interessadas em planejar sua atuação no mercado profissional. Agora, a partir de 2023, acreditamos que o Atlas da Notícia possa ajudar também na formulação de políticas públicas de fomento ao jornalismo local, sobretudo em regiões onde a presença de veículos comerciais é escassa”.

O censo, que é inspirado no America’s Growing News Deserts, projeto da Columbia Journalism Review, conta com o apoio institucional da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e patrocínio da Meta. Enquanto a sexta edição não sai, vale conferir mais destaques da última edição, divulgados em fev.2022.

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Governo Lula lança ações contra a desigualdade no mercado de trabalho

Estudos divulgados esta semana mostram que, no fim do governo Bolsonaro, mulheres sofriam mais com o desemprego e ganhavam menos que os homens, apesar de terem estudado mais

Fonte: Site do PT / Imagem destacada: No fim de 2022, mulheres eram 44% da força de trabalho no Brasil, mas representavam 55% das pessoas desempregadas (Foto: Tania Rego/Agência Brasil)

Nesta quarta-feira, 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, o governo Lula anuncia uma série de medidas em prol das brasileiras. Em meio às 25 ações que serão anunciadas, destacam-se iniciativas para fortalecer as trabalhadoras, muito maltratadas nos últimos quatro anos.

Além do envio ao Congresso de um projeto de lei que estabelece salário igual para homens e mulheres que exercem a mesma função — promessa de campanha do presidente Lula —, serão lançados programas de crédito especial para empreendedoras e agricultoras familiares e de estímulo a empresas e projetos tecnológicos liderados por mulheres, entre outras ações.

Levantamentos divulgados esta semana mostram a importância dessas medidas. Segundo o Boletim Especial 8 de Março, divulgado na segunda-feira (6) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Brasil regrediu na busca pela igualdade de gênero no mercado de trabalho.  

Dados do IBGE referentes ao terceiro trimestre de 2022 mostram que, embora as mulheres representassem 44% da força de trabalho no Brasil, elas somavam 55,5% das pessoas desempregadas. Enquanto 6,9% dos homens estavam desocupados, esse índice subia para 11% entre as mulheres.

Já em termos de rendimentos, as mulheres ganhavam, em média, 21% a menos do que os homens. A disparidade salarial ocorria até mesmo em setores nos quais elas são a maioria da força de trabalho. Nos serviços domésticos, por exemplo, o salário delas era 20% menor do que o dos homens. E no grupamento educação, saúde e serviços sociais, 32% menor.

A situação se agravava entre as mulheres negras. Maiores desalento, desocupação e subocupação faziam com que entre as trabalhadoras negras a taxa de subutilização fosse de 30,2%. Entra as mulheres não negras, o índice era de 19,2%; e entre os homens, de 15,9%.

Estudam mais, ganham menos

Outra pesquisa, também com dados do terceiro trimestre de 2022, mas focada no estado de São Paulo, dá uma boa ideia da injustiça que ocorre no mercado de trabalho. 

Segundo o levantamento Perfil da Mulher Paulista: Demografia, Escolaridade, Trabalho e Renda, publicado pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), as mulheres têm maior escolaridade que os homens na faixa etária que vai dos 25 aos 54 anos. 

Mesmo assim, elas ganham menos. “O rendimento médio do homem não negro por hora no terceiro trimestre de 2022 era de R$ 27,15, e o da mulher não negra, de R$22,09. Homens negros faturavam R$ 15,65 por hora e mulheres negras, R$ 13,86”, informa matéria da Folha de S. Paulo sobre o estudo.

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Sindicalista e professora expõem violência de Abigail Cunha

Fonte: Agência Tambor

A deputada estadual Abigail Cunha (PL), agora secretária da Mulher do Estado do Maranhão, foi alvo de críticas e denúncias após compartilhar imagem nas redes sociais expondo empregadas domésticas (mulheres negras) que trabalham em sua casa.

Na foto, as mulheres estão descalças e com toucas de cabelo. Na legenda da publicação, Abigail escreveu: “Para quem anda dizendo que não gosto das mulheres negras. Puro preconceito, as donas da minha casa são negras e são mulheres de batalha e verdadeiras”. A foto foi excluída horas depois da postagem.

Internautas disseram que a postura da deputada foi racista e classicista. Mais de 50 entidades, que representam mulheres no Maranhão, assinaram um documento pedindo a revogação da nomeação de Abigail Cunha para a Secretaria da Mulher.

Para falar sobre o assunto, o Jornal Tambor desta segunda-feira (06/03) entrevistou Maria Isabel Castro Costa e Tatiana Reis.

Maria Isabel é diretora do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas do Maranhão (Sindoméstico) e diretora da Federação Nacional das Trabalhadoras Doméstica.

Tatiana Reis é Historiadora, professora da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e doutora em Estudos Étnicos e Africanos.

Confira a entrevista completa de Maria Isabel Castro Costa e Tatiana Reis

Segundo a Organização Internacional do Trabalho, o Brasil é o país com mais empregadas domésticas no mundo, sendo que apenas 28% têm carteira assinada e direitos efetivos. Para a sindicalista, a postura de Abigail foi “inadequada” e “desnecessária”, e que esse caso explicita o racismo arraigado em nossa sociedade.

“Precisamos saber as condições de trabalho dessas trabalhadoras. Isso é um comportamento típico de pessoas racistas. As mulheres foram colocadas em uma situação de constrangimento”, afirmou Maria Isabel Castro.

Tatiana explicou que as trabalhadoras foram expostas de maneira “indevida” no ambiente de trabalho e que a questão racial é estruturante no trabalho doméstico. De acordo com dados de 2018 do IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas), das cerca de 6,2 milhões de trabalhadoras do setor, 5,7 são mulheres negras.

“Nós sabemos que o trabalho doméstico é uma herança do período escravista, racista, que ainda hoje relega um lugar de inferiorização às mulheres negras. Essa atividade em nosso país ainda é desvalorizada. É reservada às trabalhadoras domésticas o lugar de subordinação, de servilismo, de baixa remuneração e desprestígio em nosso país”, complementou a professora.

Ao final da entrevista Isabel e Tatiana reforçaram que é necessário a implementação de políticas públicas que garantam os direitos trabalhistas das empregadas domésticas. As duas lembraram ainda, que a valorização e reconhecimento de mulheres negras começa quando “incluímos elas nos espaços de poder”, e que a Secretaria da Mulher precisa de pessoas comprometidas com a defesa dos direitos das mulheres e não o contrário.

A Agência Tambor procurou a deputada e Governo do Maranhão para falar sobre o caso, mas ainda não teve respostas.

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Nova temporada do Quintas Resistentes estreia dia 9 de março

Tá quase na hora! A nova temporada do programa Quintas Resistentes estreia na quinta-feira, dia 9 de março, às 20 horas, ao vivo nas redes do NPC (Núcleo Piratininga de Comunicação).

Euro Mascarenhas, Gabriela Gomes e Jessica Santos irão receber Helena Martins, jornalista, professora e integrante do Diracom para uma conversa sobre os desafios da democratização da comunicação nos próximos anos de Governo Lula.

Uma pauta extremamente importante na conjuntura atual.

Não perca!

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Lula: “A Petrobrás é um patrimônio deste país e não apenas dos acionistas”

Em entrevista à Band FM, o presidente Lula defende que a empresa retome os investimentos para garantir a soberania energética do país. E volta a denunciar a absurda política de juros do Banco Central

Fonte: Site do PT / Imagem destacada / Lula: “Só vamos ter o controle da Petrobrás em abril. Aí, vamos discutir com mais seriedade o papel dela no desenvolvimento econômico” (Foto: Ricardo Stuckert)

– Lula defendeu, em entrevista ao programa O É da Coisa, da Band FM, na noite de quinta-feira (2), uma Petrobrás comprometida não só com o pagamento de dividendos a acionistas, mas também com investimentos que garantam a soberania energética do país. O presidente também voltou a denunciar a política de juros altos do Banco Central.

Na conversa com o jornalista Reinaldo Azevedo, Lula criticou o fato de a Petrobrás ter distribuído R$ 215 bilhões para acionistas no ano passado enquanto cortou drasticamente os investimentos em pesquisa e no futuro da própria empresa. 

“A Petrobrás é uma indústria de energia e tem que fazer investimento para que possa, cada vez mais, descobrir novas coisas. Ela precisa investir em etanol e biodiesel de segunda geração, em hidrogênio verde. A Petrobrás é um patrimônio deste país e não apenas dos acionistas”, defendeu o presidente. 

Ele explicou que, como acionista majoritário da estatal, o governo vai mudar o direcionamento da empresa, que nos últimos anos, além de cortar os investimentos, passou a vender seus ativos, como a empresa de distribuição BR, refinarias e gasodutos.

“A Petrobrás não é uma empresa para vender seus ativos como está vendendo. E, se ela não tivesse investido em pesquisa, não teríamos descoberto o pré-sal. Nós temos que pensar a Petrobrás como empresa, mas também como uma indústria de interesse estratégico do Brasil. A gente, jamais, vai querer que a Petrobrás tenha prejuízo, mas a Petrobrás tem que fazer investimento, se não ela fica uma empresa ultrapassada”, alertou.

Outra preocupação do presidente é com a política de preços da empresa, que fez com que o brasileiro pagasse cada vez mais caro pelos combustíveis e pelo gás de cozinha. Mas, para realizar essa mudança, é preciso concluir o processo de formação da nova diretoria e do novo conselho da empresa, o que só deve ocorrer em abril.

“Você está lembrado que eu disse que vamos abrasileirar o preço do petróleo. É que fizeram uma mudança nas empresas estatais que, para indicar os diretores e o conselho, leva tempo. Nós só vamos ter o controle da Petrobrás em abril. Aí nós vamos discutir com mais seriedade o papel da Petrobrás no desenvolvimento econômico deste país”, anunciou.

Juros altos não têm justificativa

Em outro momento da entrevista, Lula voltou a alertar para a ameaça ao crescimento do país representado pela altíssima taxa de juros praticada pelo Banco Central, que faz o Brasil ter hoje a maior taxa de juros real do mundo.

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Com novo Bolsa Família, governo Lula convoca país a enfrentar a fome

Fonte: Site do PT

MP que institui o novo programa social foi assinado pelo presidente Lula. O Bolsa Família agora tem benefícios adicionais para famílias com crianças e jovens com menos de 18 anos

As famílias brasileiras voltaram a sorrir com a certeza de que vencerão a fome, a miséria e a pobreza. Nesta quinta-feira (2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a Medida Provisória (MP) que lança o novo Bolsa Família com valor mínimo de R$ 600 e benefícios adicionais.

Com a meta de distribuir recursos no valor de R$ 13,2 bilhões e beneficiar 21,86 milhões de famílias, o programa social vai direcionar pagamentos de R$ 150 para cada criança de até 6 anos de idade e R$ 50 para cada integrante da família com idade entre 7 e 18 anos incompletos, além de gestantes.

A previsão é que os benefícios comecem a ser pagos a partir de 20 de março, com 55 milhões de brasileiras e brasileiros atendidos.

“Esse não é um programa de um governo. Esse não é um programa de um presidente da República. Este é um programa de toda a sociedade brasileira. E que só vai dar certo se a sociedade brasileira assumir a responsabilidade de fiscalizar o Cadastro Único que nós estamos fazendo. Porque o programa só dará certo se o cadastro permitir que o benefício chegue, exatamente nas mulheres, homens e crianças que precisam desse dinheiro”, destacou Lula ao relançar o Bolsa Família.

Durante a cerimônia, o presidente também fez questão de enfatizar a relevância do papel do Bolsa Família na movimentação econômica do país. Ele afirmou que o maior desafio do Brasil é fazer a economia voltar a crescer, com geração de renda e empregos.

“O Brasil só vai gerar emprego se a economia crescer. Se o governo federal não investir dinheiro como indutor do desenvolvimento, nada vai acontecer. Não haverá crescimento na economia nem emprego nem distribuição de renda nem desenvolvimento”.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, destacou as 700 mil famílias, que estavam de fora do programa, e agora serão contempladas com os benefícios. Reforçou ainda que o Bolsa Família integra outros 32 programas sociais de incentivo na conquista do emprego formal e geração de renda.

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Imagem destacada / Lula, no lançamento: “Esse não é um programa de um governo, de um presidente da República. Este é um programa de toda a sociedade brasileira” (Foto: Ricardo Stuckert)