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UFMA: mobilização da comunidade universitária adia a reunião do Consun

Uma nota oficial do Gabinete da Reitoria da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), distribuída na tarde de hoje (26), informa que a reunião do Conselho Universitário (Consun) convocada para terça-feira (27) está adiada.

“Por solicitação de membros do CONSUN, em especial diretores de centro, de mais tempo para consultar, analisar e discutir os documentos, resolve adiar a 111ª Sessão Extraordinária do Conselho Universitário/CONSUN, marcada para o dia 27 de abril, às 8 horas, na Plataforma Google Meet”, esclareceu a UFMA.

Segundo a nota, a Reitoria “estabelecerá cronograma e metodologia que atendam ao processo de consulta aos documentos e a sua consequente deliberação coletiva, em nova reunião do CONSUN, a ser oportunamente marcada.”

A reunião iria apreciar mudanças profundas no Estatuto e no Regimento Geral da UFMA, sem consulta prévia aos professores, estudantes e técnicos administrativos.

As propostas de alteração estatutária e regimental não foram submetidas aos órgãos colegiados da Universidade e seriam votadas intempestivamente na reunião dos conselheiros.

Ao tomar conhecimento das alterações, os três segmentos da UFMA questionaram o método imposto pela Reitoria para mudar o Estatuto e o Regimento Geral à revelia das assembleias dos cursos, dos conselhos de centro e dos fóruns de estudantes e técnicos administrativos.

A Associação dos Professores da UFMA (Apruma), seção sindical do Andes, mobilizou a categoria para questionar a forma como a Administração Superior tentava impor mudanças na gestão da instituição. Em nota distribuída nos meios de comunicação, a entidade afirmou que as alterações propostas “tramitaram em sigilo e sem respaldo jurídico”, constituindo “uma afronta à autonomia universitária.”

“Em tempos de aulas remotas, mortes de servidores e estudantes, as propostas alteram o caráter público e estatal da UFMA, centralizam no reitor todas as decisões, que passa a ter maior poder que o Conselho Universitário. A prioridade, agora, é a vida e a luta por recursos públicos para a Educação Pública, que sofreu corte de 3,8 bilhões de reais”, enfatizou a Apruma.

A entidade seguirá em mobilização para que qualquer mudança na gestão da UFMA seja feita com base no diálogo, ouvindo todas as partes interessadas, assegurando os princípios da democracia, transparência e autonomia universitária.

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