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Claudio Lima lança single, coleção de camisetas e faz live na Casa D’Arte

O samba “Ser o Mano”, de sua autoria, estará disponível em todas as plataformas digitais a partir do próximo dia 3 de outubro. Na semana seguinte, dia 10, Cláudio Lima volta a apresentar o espetáculo “Qualhira em live”, no projeto Quintal Cultural, na Casa d’Arte, Raposa, às 17h, com participação especial de Zeca Baleiro. O repertório de “Qualhira” reúne canções que buscam uma representatividade homoafetiva.

Claudio Lima será acompanhado por Japona e Luís Cruz (violão, guitarra, percussão e bateria). No repertório, além de composições de Johnny Alf, Renato Russo, Milton Nascimento, Chico Buarque, Gilberto Gil, Cazuza, Ângela Rorô e Caio Prado, Claudio Lima vai interpretar a canção nova, “Ser o mano”, e “Qualhira”, de Zeca Baleiro, feita especialmente para a estreia do show, em 2019. Zeca também vai cantar a música. Ele enviou uma versão em voz e violão, que será mostrada na live.

“O show será basicamente o mesmo do ano passado, com alguns retoques no repertório e na interpretação. Ele conta a história dos meus 47 anos de qualhiragem por meio de canções que fizeram parte da minha vida numa época em que ninguém falava sobre o assunto. Mas a música popular falava, embora através de códigos, não abertamente como hoje”, afirma o artista.

O novo single “Ser o Mano” é um dos novos sambas do artista, que cita Caetano Veloso e Torquato Neto. “Fala sobre desigualdade, discriminação, crueldade, mas também sobre ser gente que é pra brilhar e pra desafinar o coro dos contentes”.

Camisetas – Cláudio Lima criou novas camisetas, máscaras e ecobags da coleção Qualhira. A venda dos produtos servirá para cobrir os custos do show, além de funcionar tanto para a construção de uma identidade visual como para promover engajamento. “As camisetas que estampam em letras grandes a palavra qua-lhi-ra são um sucesso… várias pessoas já me falaram que vestiram a peça e se sentiram empoderadas”. Vendas pelo whatsapp 88442173.

O clipe – “Ser o Mano” também ganhou um clipe com direção de Emanuell Rebelo, Mateus Rizoka, Tairo Lisboa e Thaís Lima. As imagens mostram o cantor em sua própria casa em tom intimista e diante do contexto da pandemia.

Qualhira

“Qualhira” é mais uma faceta de uma carreira marcada pela diversidade. Em seus três discos, Cláudio Lima cantou clássicos da música americana, como MyFunnyValentine e grandes compositores brasileiros, entre eles Tom Zé, Tom Jobim e os maranhenses Josias Sobrinho, Cesar Teixeira e Bruno Batista, entre outros.

O título do show faz uma brincadeira com o termo pejorativo local “qualhira” atribuído a homens afeminados, delicados ou gays. Um dos destaques é a música título – Qualhira – composta por Zeca Baleiro. Foi a primeira vez que Claudio Lima interpretou uma música de Zeca. “A canção tem tudo a ver com aquilo que eu quero dizer nesse momento”, afirma o cantor. 

CLAUDIO LIMA

Lançamento do single SER O MANO

Dia 3 de outubro em todas as plataformas digitais

Live Qualhira

Dia 10 de outubro – projeto Quintal Cultural -Casa d’Arte, Estrada da Raposa

Lançamento do clipe

Dia 16 de outubro

Ser o Mano (Claudio Lima)

o que adianta ser humano

se os mano não tá bem

nem mesmo pra lutar?

o que adianta ter dinheiro

e ser um prisioneiro

morando numa bolha

de falsos privilégios?

dia após dia resistindo

contra essa crueldade

de quem só quer ver à margem

os que lhe são diferentes

olho no olho, gente é gente

e gente é pra brilhar

e pra desafinar

o coro dos contentes

o que adianta ser humano

se os mano não tá bem

só mesmo pra lutar

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