O porto e povoado de Ponta dos Almeida,
também conhecido como Aquiles Lisboa, é um dos acessos às ilhas da Reserva
Extrativista (Resex) de Cururupu. Nesse lugar aprazível você pode se hospedar
na casa de dona Neném e seu Zé Cambeta, pessoas ilustres e receptivas que nos
acolheram em mais uma viagem inesquecível pelo litoral ocidental do Maranhão.
Saindo da sede do município de Cururupu você dirige por cerca de uma hora em uma estrada rural até chegar em Ponta dos Almeida, onde pode tomar uma embarcação para as ilhas da Resex.
Nessa viagem nós fizemos o deslocamento
até a ilha de Mangunça, em aproximadamente uma hora e meia de viagem, depois
contornamos a ilha até chegarmos na praia da Taboa.
Não existem linhas regulares de barcos.
Para fazer essa viagem você tem de juntar uma turma e alugar uma embarcação.
A viagem é mais confortável no começo do
ano, quando caem as primeiras chuvas, ou após o período chuvoso, em agosto.
Nesses dois períodos a estrada Cururupu – Ponta dos Almeida fica em condições
razoáveis.
No período das chuvas intensas não é
recomendável transitar pela estrada porque tem muitos alagamentos.
Existem várias formas de acessar as ilhas da Reserva
Extrativista (Resex) de Cururupu: pelo porto principal localizado na própria
sede do município ou nos povoados Pindobal e Ponta dos Almeida (Aquiles
Lisboa), portos secundários onde também é possível tomar embarcações e visitar
lugares belos na região das Reentrâncias Maranhenses, Floresta dos Guarás ou
Arquipélago de Maiaú (os três nomes designam a mesma região).
Chegando em Cururupu, você pode acessar uma estrada rural até chegar em Ponta dos Almeida (Aquiles Lisboa), com um deslocamento de aproximadamente uma hora (de carro). No primeiro semestre a estrada fica bastante danificada devido às chuvas intensas. Por isso é recomendável fazer a viagem entre os meses de agosto até dezembro.
Veja no vídeo abaixo como é feito o percurso de barco.
Mangunça é uma ilha pouco habitada e na área do “fundo da
ilha” está localizada a comunidade Taboa, onde vivem seis famílias.
Com belas paisagens de campos, mata, lagos, restinga, apicum,
dunas e praia, a Taboa é um lugar desafiador para conhecer. As imagens são de
Marizélia Ribeiro.
Não existem rotas convencionais de barcos nem pousadas para o eixo Mangunça/Taboa. Se você quiser desfrutar esses lugares tem de juntar uma turma corajosa e despojada, alugar uma embarcação e encarar a aventura.
Depois de sair da vila principal de Mangunça você segue de
barco até o pequeno porto de Taboa. Chegando lá, o deslocamento até a vila de
seis casas é feito de carroça e a pés.
Leve protetor solar, chapéu, repelente, saco de dormir, rede
ou barraca para acampar. A culinária é farta, principalmente peixe para comer
cozido, grelhado ou frito.
Esqueça o bucolismo. Na Taboa se trabalha muito, de chuva a
sol, com pescaria, criação de gado, ovinos e caprinos, pequena agricultura
familiar e extrativismo.
A vida é dura, mas você encontra pessoas muito agradáveis,
como Dutra, Deleon, Nalva, Nildo, Louro e tantos outros que nos receberam nas
suas casas.
Embora seja um lugar isolado, de difícil acesso, na Taboa os
moradores fazem adaptações com placas solares para obter energia que ilumina
das casas e fazem “rodar” aparelhos eletrodomésticos.
Veja como funciona o sistema de energia solar na casa de Nalva e Nildo.
O principal meio de comunicação ainda é o velho rádio AM. Sinal de celular é um sonho, mas um dia chega. Sem luz elétrica, um dos baratos em Taboa é acender uma fogueira e bater papo até tarde da noite, sob um deslumbrante céu estrelado.
Abaixo, veja como é a relação entre os moradores da Taboa e os programas jornalísticos de rádio AM.