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Inscrições abertas para o 20º Congresso da Abraji

Portal Intercom – A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) está com as inscrições para o 20º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo. O evento será entre 10 e 13 de julho, em São Paulo, no campus Álvaro Alvim da ESPM. Nos três primeiros dias ocorrerão as atividades do Congresso e do XII Seminário de Pesquisa em Jornalismo Investigativo. Pelo sétimo ano consecutivo, o domingo (13 de julho) será totalmente dedicado à programação do Domingo de Dados.

Este ano, conforme a organização do evento, as atividades do Congresso serão presenciais, na ESPM, em São Paulo. Não haverão atividades pré-gravadas ou exclusivamente online, apenas transmissões de algumas atividades. Essas transmissões serão gratuitas, mas é necessário realizar a inscrição para ter acesso às atividades.

O Congresso terá suas atividades organizadas em trilhas temáticas. Entre os destaques estão as trilhas sobre Inteligência Artificial (IA) no jornalismo e sobre a COP30 e Meio Ambiente (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), que acontece em novembro, em Belém.

Ainda conforme o site da Abraji, as atividades serão ministradas por jornalistas, comunicadores populares, lideranças indígenas, gestores e representantes de organizações sem fins lucrativos com experiência nas áreas de tecnologia, jornalismo ambiental, gestão e marketing, segurança e proteção de jornalistas, no formato de oficinas, mesas de debate e painéis expositivos. A programação completa será divulgada em breve, nos canais de comunicação da Abraji.

Para participar do Congresso e dos eventos integrados, é necessário adquirir ingressos que variam de acordo com quatro categorias (meia-entrada associados/as à Abraji; meia-entrada não associados(as) à Abraji; profissionais associados(as) à Abraji; profissionais não associados/as à Abraji. Vale destacar que os ingressos do Congresso dão direito aos três primeiros dias do evento (10, 11 e 12 de julho).

Neste primeiro lote, os preços dos ingressos variam de R$160 a R$420, para o Congresso, de R$50 a R$120, para o Domingo de Dados, e de R$210 a R$540, para ambos.

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Edital oferece recursos para eventos de empreendedorismo e inovação

Portal Intercom – A primeira rodada da chamada de Apoio a Eventos de Promoção do Empreendedorismo e da Inovação no Brasil, lançada em uma parceria da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (SETEC/MCTI) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), segue aberta até 16 de maio.

O intuito é selecionar e apoiar eventos de relevância nacional e internacional que promovam difusão do conhecimento, estímulo à propriedade intelectual, transferência de tecnologia, aproximação entre academia e setor produtivo e desenvolvimento sustentável para o país.

O edital de quase R$ 3 milhões será para realização de eventos nacionais e internacionais voltados ao fomento do empreendedorismo e da inovação no país. Conforme o documento, para eventos nacionais o apoio será de até R$ 150 mil e para os internacionais de até R$ 200 mil. Os recursos podem ser aplicados em congressos, conferências, fóruns e seminários.

A chamada publicada é dividida em duas rodadas, sendo a primeira para eventos realizados no segundo semestre de 2025, cujas submissões já estão abertas. Já a segunda começa no dia 4 de agosto, terá submissão até 18 de setembro e será para eventos realizados no primeiro semestre de 2026

Para acessar o edital na íntegra, clique aqui.

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Hoje tem Fernando Pessoa

MAR PORTUGUÊS

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

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Vamos de Cora Coralina

Aninha e suas pedras

Não te deixes destruir…
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.

Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.

Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.

Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.

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Hoje vamos de Mario Quintana

POEMINHA DO CONTRA

Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão…
Eu passarinho!

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+ Paulo Leminski

No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto
 
a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo
 
extinto por lei todo o remorso,
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais
 
mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos
saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.

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Para refletir…

“Na luta de classes,
todas as armas são boas:
pedras,
noite
e poemas.”
(Paulo Leminski)

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Os obscuros 60 anos da TV Globo

Veja a relação de episódios que demonstram o golpismo, as conspirações e os privilégios da maior rede de comunicação do Brasil

1960-1970 (Gênese da Globo e apoio ao regime militar)

1.⁠ ⁠Firmou um acordo ilegal com o grupo Time-Life (1962–67)

2.⁠ ⁠Apoiou o golpe militar de 1964

3.⁠ ⁠Silenciou sobre a repressão no regime militar

4.⁠ ⁠Divulgou propaganda favorável ao AI-5 em 1968

5.⁠ ⁠Censurou jornalistas e políticos críticos à ditadura

6.⁠ ⁠Minimizou a importância da Passeata dos Cem Mil (1968)

7.⁠ ⁠Endossou o slogan “Brasil: Ame-o ou Deixe-o” (1970)

8.⁠ ⁠Promoveu o Milagre Econômico, ignorando a desigualdade

9.⁠ ⁠Ocultou mortes causadas por tortura nos anos de chumbo

10.⁠ ⁠Excluiu opositores da cobertura política durante a ditadura

11.⁠ ⁠Omitiu informações sobre corrupção nas grandes obras da ditadura

12.⁠ ⁠Consolidou um controle monopolista sobre o mercado de TV

1980-1990 (Ditadura e transição para a democracia)

13.⁠ ⁠Desconsiderou os primeiros comícios das Diretas Já (1984)

14.⁠ ⁠Blindou a eleição indireta de Tancredo Neves

15.⁠ ⁠Manipulou pesquisas Proconsult para prejudicar Brizola

16.⁠ ⁠Boicotou o governo Leonel Brizola e suas obras sociais

17.⁠ ⁠Endossou os primeiros planos econômicos do governo José Sarney contra a hiperinflação

18.⁠ ⁠Apoiou maciçamente a candidatura de Fernando Collor e criminalizou os líderes populares como Brizola e Lula

19.⁠ ⁠Manipulou a cobertura do debate eleitoral Lula x Collor (1989) no Jornal Nacional

1990-2000 (Redemocratização e ascensão neoliberal)

20.⁠ ⁠Defendeu o confisco da poupança no Plano Collor

21.⁠ ⁠Promoveu a abertura indiscriminada da economia brasileira

22.⁠ ⁠Escondeu escândalos durante o governo Collor até o impeachment

23.⁠ ⁠Veiculou o caso Escola Base (1994) sem verificar informações

24.⁠ ⁠Exaltou o Plano Real sem questioná-lo (1994)

25.⁠ ⁠Blindou as privatizações de FHC

26.⁠ ⁠Defendeu os bancos e o Proer durante a crise financeira

27.⁠ ⁠Apresentou apoio velado à Reforma da Previdência neoliberal de FHC

28.⁠ ⁠Ignorou o movimento “Fora FHC” no final dos anos 1990

29.⁠ ⁠Aceitou a emenda da reeleição de FHC e omitiu críticas ao câmbio artificial

30.⁠ ⁠Escondeu greves e protestos sociais durante os anos 90

31.⁠ ⁠Ignorou denúncias sobre trabalho escravo no campo

32.⁠ ⁠Criminalizou sistematicamente movimentos sociais

2000-2010 (Oposição ao governo Lula)

33.⁠ ⁠Liderou uma campanha contra Lula nas eleições de 2002

34.⁠ ⁠Estigmatizou o MST e outros movimentos sociais

35.⁠ ⁠Distorceu a cobertura do “mensalão” (2005)

36.⁠ ⁠Perseguiu figuras históricas do PT, como José Dirceu, José Genoíno, entre outros

37.⁠ ⁠Favoreceu candidatos tucanos nas campanhas de 2006 e 2010

2010-2025 (Impeachment da Dilma e ascensão da extrema direita)

38.⁠ ⁠Rotulou manifestantes de 2013 como “vândalos”

39.⁠ ⁠Apoiou Aécio Neves à candidatura presidencial

40.⁠ ⁠Exaltou misoginia contra Dilma Rousseff durante a posse presidencial

41.⁠ ⁠Reforçou a narrativa favorável ao impeachment de Dilma Rousseff

42.⁠ ⁠Deu apoio irrestrito à operação Lava Jato

43.⁠ ⁠Divulgou os vazamentos seletivos da Lava Jato

44.⁠ ⁠Fortaleceu a narrativa anti-PT e criminalização do partido

45.⁠ ⁠Tratou o juiz Sergio Moro como um herói, ignorando sua parcialidade

46.⁠ ⁠Deu amplo espaço ao PowerPoint de Dallagnol

47.⁠ ⁠Chamou a tragédia de Brumadinho de “acidente”

48.⁠ ⁠Vazou conversa gravada ilegalmente entre Dilma Rousseff e Lula

49.⁠ ⁠Apoiou indiscriminadamente a prisão de Lula, que o excluiu da eleição de 2018

50.⁠ ⁠Ignorou o conluio entre Moro e Dallagnol e a Vaza Jato

51.⁠ ⁠Defendeu a Reforma Trabalhista e da Previdência de Temer

52.⁠ ⁠Endossou a entrega do pré-sal ao capital estrangeiro

53.⁠ ⁠Se aproximou oportunisticamente de Bolsonaro

54.⁠ ⁠Fez apologia ao agronegócio e ignorou sua destruição ambiental

55.⁠ ⁠Omitiu informações sobre as fake news nas eleições de 2018

56.⁠ ⁠Deu espaço a discursos antivacina e negacionistas

57.⁠ ⁠Continuou contratos publicitários com governos investigados

58.⁠ ⁠Apoiou a venda de estatais, como a Eletrobras, BR Distribuidora e refinarias

59.⁠ ⁠Fez campanha pelo Banco Central independente

60.⁠ ⁠Nunca fez uma autocrítica verdadeira sobre seu monopólio midiático

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Garrincha não pensa

Crônica de Nélson Rodrigues após o jogo Botafogo 2 x 1 Fluminense, em 10 de julho de 1958, no Maracanã. O texto integra o livro “À sombra das chuteiras imortais”

Amigos, estou diante de um problema, que é o seguinte: —Garrincha foi, há pouco tempo, meu personagem da semana. Poderei repeti-lo sem irritar os leitores? Eis a verdade, porém: — não se trata de escolher, de optar.

Ontem, só houve em campo um nome, uma figura, um show: — Garrincha. Os outros três campeões do mundo estavam lá também. Mas Didi, Zagalo e Nílton Santos pertencem à miserável condição humana.

São mortais e suscetíveis de todas as contingências da carne e da alma. Jogaram por honra da firma e por um dever contratual. Estavam exaustos e no extremo limite de suas resistências emocionais e atléticas.

Garrincha, não. Garrincha está acima do bem e do mal. O problema de forma física e técnica não existe para ele, nunca existiu.

Como os três outros campeões mundiais do Botafogo, ele foi massacrado por apoteoses consecutivas. Desde Brasil x Suécia que o “seu” Mané está em vigília permanente. E, no entanto, vejam vocês:
— apareceu em campo com uma disposição vital esmagadora.

Ninguém mais ágil, mais plástico, mais alado. Em campo, desde o primeiro minuto, foi leve como uma sílfide. O futebol era, nesta terra, um esporte passional, sombrio, cruel. O torcedor já entrava em campo vociferando: — “Mata! Esfola!”.

Ontem, porém, no Botafogo x Fluminense*, sentiu-se uma curiosa reação: — Garrincha trazia para o futebol uma alegria inédita. Quando ele apanhava a bola e dava o seu baile, a multidão ria, simplesmente isto: — ria e com uma saúde, uma felicidade sem igual.

O jornalista Mário Filho observou, e com razão, que, diante de Garrincha, ninguém era mais torcedor de A ou de B. O público passava a ver e a sentir apenas a jogada mágica. Era, digamos assim, um deleite puramente estético da torcida.

Aconteceu, então, o seguinte: — foi-se assistir a um jogo e viu-se Garrincha. No fim, já as duas torcidas queriam apenas que Garrincha apanhasse a bola e começasse a fazer as suas delirantes fantasias.

Então, aplaudiam nas arquibancadas, cadeiras e gerais, com uma euforia de macacas-de-auditório.

Por exemplo: — o meu caso. Eu estava lá, como pó-de-arroz nato e hereditário, para torcer pela vitória do Fluminense e contra a vitória do Botafogo. Súbito começo a exultar também. Diante de cada jogada de Garrincha, eu experimentava a alegria que as obras-primas despertam.

E, no entanto, vejam vocês: — chamavam este homem de retardado! Só agora começamos a fazer-lhe justiça e a perceber a sua superioridade. Comparem o homem normal, tão lerdo, quase bovino nos seus reflexos, com a instantaneidade triunfal de Garrincha.

Todos nós dependemos do raciocínio. Não atravessamos a rua, ou chupamos um chica-bon, sem todo um lento e intrincado processo mental. Ao passo que Garrincha nunca precisou pensar. Garrincha não pensa. Tudo nele se resolve pelo instinto, pelo jato puro e irresistível do instinto.

E, por isso mesmo, chega sempre antes, sempre na frente, porque jamais o raciocínio do adversário terá a velocidade genial do seu instinto.

No segundo tempo, quase não lhe deram bola. E aconteceu o inevitável: — o Botafogo caiu verticalmente. O Fluminense podia ter empatado, até. Mas ficamos num joguinho platônico, um futebol inofensivo, de passes para os lados e para trás.

Resta saber: — de quem é a culpa? De uma indigência de recursos táticos?
Ou faltou-nos um Garrincha, com suas penetrações fulminantes, as suas geniais invenções?

No primeiro tempo, botafoguenses e tricolores punham as mãos na cabeça: — “Isso não existe!”. Eu falei, mais atrás, que ele foi, na sua agilidade, algo de muito leve, de muito etéreo. De fato, na etapa inicial, Garrincha deu uma bicicleta de sílfide.

Terminado o jogo, saímos do estádio com a ilusão de que tínhamos visto não um jogo, não dois times, mas uma figura única e fantástica: — Garrincha, o meu personagem da semana.

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32ª Romaria do Trabalhador é tradição no 1º de maio

Pastorais sociais, centrais sindicais, movimentos populares, estudantis e organizações ambientais participam neste 1º de maio (quinta-feira) da 32ª Romaria do Trabalhador da área Itaqui-Bacanga.

Em 2025 o evento apresenta o tema “Cuidar da casa comum, esperançar com fé e ação” e o lema “Deus viu que tudo era bom”.

A organização da romaria foi precedida de palestras e atividades de formação sobre meio ambiente, educação, direito a creche e mobilidade urbana, com a participação de especialistas nessas temáticas e debate entre os participantes.

O fim da escala 6×1, redução da jornada de trabalho e a defesa dos recursos naturais estão na pauta de reivindicações da romaria.

Roteiro – A concentração para o início da caminhada acontece a partir das 15h30, próximo ao Cemitério do São Raimundo, na área Itaqui-Bacanga.

O percurso segue pelo trecho urbano da BR-135 (Avenida dos Portugueses) e finaliza na praça 1º de maio, na Vila Embratel.