Nesta quinta-feira (3 de julho), das 9h às 15h, a Feira da Resex Tauá-Mirim “Maria Máxima Pires” será realizada na Quadra Esportiva do Colégio Universitário (UFMA), no campus do Bacanga, em São Luís.
O evento homenageia, em memória, a militante Maria Máxima Pires, uma importante liderança e ativista pela vida e direitos dos povos e comunidades tradicionais.
A feira já é um tradicional ponto de encontro para a comercialização de produtos orgânicos originários da agricultura familiar do território Tauá-Mirim, na zona rural de São Luís, que luta para ser oficializado como Reserva Extrativista (Resex).
A feira tem ainda comidas típicas, lanches, artesanato e almoço, valorizando os saberes ancestrais e a culinária saudável das chefas de cozinha que cultivam e preparam alimentos saudáveis. “Seguimos ecoando a voz de Maria Máxima Pires em cada barraca, cada conversa e cada gesto de solidariedade”, reiteram a organização do evento.
Os frequentadores também podem adquirir a camisa da Campanha Resex Tauá-Mirim Já!. Ao comprar, você apoia diretamente a criação da Reserva Extrativista Tauá-Mirim e fortalece as comunidades tradicionais da zona rural de São Luís (MA).
Esta edição da feira integra a programação do VII EREPEG (Encontro Regional de Práticas e Ensino de Geografia), que acontece de 2 a 4 de julho, na UFMA.
Ministro FernandoHaddad reage com firmeza à derrubada do IOF, reforça o compromisso com a justiça fiscal e defende o decreto como essencial para garantir programas sociais e equilíbrio nas contas públicas
Boletim Focus – Ao lado do presidente Lula no lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar, Fernando Haddad não deixou dúvidas sobre a resposta do governo. “Pode gritar e falar. Vamos continuar fazendo justiça tributária.” A frase resume o tom com que o ministro da Fazenda reagiu à decisão do Congresso Nacional de derrubar o decreto que ajustava as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras. A medida fazia parte do esforço do governo para corrigir distorções e ampliar a arrecadação de forma progressiva, sem penalizar os mais pobres.
A revogação imediata provocou reação institucional. No mesmo dia, a Advocacia-Geral da União ingressou com uma ação declaratória de constitucionalidade no Supremo Tribunal Federal para garantir a validade do decreto presidencial. Segundo o advogado-geral da União, Jorge Messias, a decisão do Legislativo representa riscos fiscais graves e fere o princípio da separação de poderes.
O ministro da Fazenda voltou a criticar as brechas que beneficiam setores privilegiados e reafirmou o compromisso com um sistema mais justo. “No Brasil, o jabuti é órfão de pai e mãe. Ele aparece numa lei para favorecer um grande empresário. Para tirar esse jabuti do ordenamento jurídico é um parto”, ironizou.
Haddad refutou o discurso de aumento de impostos. Lembrou que o governo anterior congelou a tabela do Imposto de Renda e penalizou os trabalhadores, ao passo que a atual gestão isentou quem ganha até dois salários mínimos e propõe ampliar a isenção para até cinco mil reais. “O congelamento da tabela do IR foi o aumento mais cruel de imposto que um presidente pode fazer.”
Arrecadação em risco e cortes à vista
Com a derrubada do decreto, a estimativa de arrecadação para 2025 cai para R$ 12 bilhões. Haddad afirmou que essa receita seria suficiente para garantir o orçamento de políticas públicas sem descontinuidade. Para compensar, o governo prepara o corte de ao menos R$ 15 bilhões em gastos tributários nos próximos dois anos. Uma proposta mais ampla, que atingiria benefícios constitucionais, foi retirada após pedido de líderes do Congresso.
O ministro afirmou que os ajustes são necessários para evitar prejuízos à população mais pobre e manter o equilíbrio fiscal. “Se tivermos o decreto do IOF e a medida provisória que foi encaminhada, isso vai dar conforto para o Brasil. Não para o governo, mas para o Brasil executar seu orçamento.”
Crise institucional e disputa política
A ofensiva do governo incluiu ainda um movimento jurídico para preservar prerrogativas do Executivo. “O decreto respeita os limites da lei. Sua derrubada afeta a sustentabilidade fiscal do Estado brasileiro”, disse Jorge Messias. O líder do governo na Câmara, José Guimarães, reforçou que o recurso ao Supremo não é um confronto com o Congresso, mas uma defesa institucional. “Respeitamos a decisão, mas o Congresso também precisa respeitar as atribuições do Executivo.”
As redes sociais também se tornaram palco do embate. Vídeos e campanhas associaram o governo ao aumento da carga tributária. Em resposta, o PT fortaleceu a campanha da “Taxação BBB” (bilionários, bancos e bets) como eixo de sua proposta de justiça fiscal. Haddad, por sua vez, rebateu declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro e destacou os resultados do atual governo. Lembrou que a fome foi drasticamente reduzida e que o Brasil tem hoje a menor taxa de desemprego da história recente. “Essa é a economia que o presidente Lula está construindo para o Brasil.”
Recomposição da base e pauta econômica
O governo mantém articulações para aprovar medidas prioritárias antes do recesso parlamentar. Guimarães informou que buscará alinhamento com o presidente da Câmara, Hugo Motta, para votar temas como a nova LDO, a PEC da segurança, o PL do Imposto de Renda e o ajuste fiscal. “Nossa luta é contra a fome. É para que aqueles que não pagam imposto, passem a pagar. E jamais comprometer quem está no andar debaixo”, afirmou Guimarães.
A equipe econômica também prepara a regulamentação da taxação de grandes fortunas e a revisão de incentivos fiscais ineficientes. A prioridade, segundo Haddad, é avançar nas reformas estruturais sem elevar a carga tributária sobre os que menos ganham. “Não é para o governo. É para o Brasil.”
Agência Tambor – O Maranhão tem 18 deputados federais. Desse total, 14 estiveram diretamente envolvidos no escândalo dos impostos — assunto que tomou conta do debate político brasileiro nos últimos dias.
Esses 14 parlamentares votaram a favor dos ricos, milionários e bilionários do Brasil. Isso representa mais de 75% dos representantes do Maranhão na Câmara dos Deputados.
O Escândalo
No Brasil, as pessoas com alta renda — os ricos, milionários e bilionários — pagam muito menos impostos do que aquelas com renda média ou baixa: a classe trabalhadora, os pobres, os precarizados e a classe média, incluindo pequenos empresários.
O governo Lula está tentando corrigir essa aberração e editou três decretos que altera as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), abrangendo operações de crédito, câmbio, seguro e também títulos ou valores mobiliários.
Escândalo no Congresso Nacional
Mas, na última quarta-feira, 25 de junho, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (MDB), colocou em votação — em alta velocidade e sem debate adequado — uma proposta para suspender os efeitos dos três decretos editados pelo governo Lula em favor de uma justiça tributária no Brasil.
Concretamente, a maioria dos parlamentares atuaram para impedir o aumento das alíquotas do IOF — medida que fará com que super-ricos, milionários e bilionários passem a pagar os impostos devidos no Brasil.
Foram 383 votos a favor de uma elite para além de privilegiada, contra apenas 98 votos favoráveis à manutenção da proposta do governo Lula.
Foi uma articulação do chamado Centrão e da extrema-direita contra a sociedade brasileira.
O texto foi imediatamente encaminhado ao Senado e, lá, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil), fez com que ele fosse aprovado em votação simbólica.
Veja abaixo os deputados federais do Maranhão que votaram a favor dos super-ricos, milionários e bilionários:
Aluísio Mendes (Republicanos) Duarte Júnior (PSB) Detinha (PL) Josimar de Maranhãozinho (PL) Allan Garcês (PP) Pedro Lucas (União) Pastor Gil (PL) Cléber Verde (MDB) Fábio Macedo (Podemos) Josivaldo JP (PSD) Júnior Lourenço (PL) Márcio Honaiser (PDT) Juscelino Filho (União) Marreca Filho (PRD)
Deputados que votaram a favor dos decretos do governo Lula:
Márcio Jerry (PCdoB) Rubens Júnior (PT)
Deputados que não votaram:
Hildo Rocha (MDB) Amanda Gentil (PP) (Licença maternidade) Roseana Sarney está mais uma vez de licença
Agenda Maranhão / texto e fotografias: José Reinaldo Martins
Este ensaio fotográfico foi feito por volta das 5h da tarde, com o sol caminhando “para se pôr”, na lancha de nome Cidade de Alcântara, toda de madeira, fabricada em estaleiro artesanal maranhense.
A embarcação saiu da Rampa da Praia Grande, em São Luís, neste fim de junho de 2025, em um mar calmo, para fazer o trajeto marítimo, pela baía de São Marcos, até a cidade de Alcântara (Maranhão – Brasil).
As pessoas, tranquilas e silenciosas, mais ou menos umas 50 a 70, estavam sentadas nos bancos no espaço principal da embarcação. Algumas poucas optaram em ficar em pé, na popa, apesar de alguns assentos disponíveis.
A tripulação fazia o trabalho cotidiano para garantir uma viagem segura e agradável, incluindo o condutor, dentro de uma cabine na área da proa, e dois responsáveis em manter o motor da lancha funcionando.
Uns poucos passageiros fotografavam com seus celulares.
E outras se aventuravam em viajar no convés (a parte alta, do lado de fora) onde ficam as velas, que estavam fechadas. Duas ou três estavam sentadas nas bordas, se segurando nas cordas das velas e quatro ficaram deitadas no chão tirando uma soneca. E havia até uns três, em pé, falando do “resultado do futebol”, mas precisamente da Copa do Mundo de Clubes da Fifa, nos EUA. Neste espaço, com auxílio da luz solar, saiu este ensaio fotográfico.
A lancha avança pelo mar turvo da Baía de São Marcos e, logo, a calmaria das águas cede lugar a um mar bravio. É o Boqueirão.
E, a partir deste momento, a lancha de madeira começa a fazer dois movimentos ao mesmo tempo: um horizontal, de um lado para outro (balanço da esquerda para a direita e da direita para a esquerda), e o outro, vertical, de cima para baixo.
No movimento de cima para baixo, a lancha, às vezes, parece que vai afundar em meio às ondas, que surgem do nada no meio do mar, e ameaçam cobrir a lancha. Mas, para sossego de todos, ela emerge para a superfície, “sã e salva”.
O movimento de cima para baixo e de baixo para cima acontece ao mesmo tempo em que a lancha balança de maneira horizontal, de um lado para o outro.
Estes dois movimentos são repetidos, num vaivém, de forma contínua, enquanto a lancha avança em sua navegação rumo a Alcântara, deixando São Luís para trás.
Do lado direito da embarcação a água do mar começa a respingar nas pessoas e um tripulante logo baixa as cortinas.
Somente uma passageira sentiu um leve mal-estar. Saiu dos assentos e “se acomodou’ na parte alta da escada de madeira que liga a parte de passageiros ao convés, para “pegar um vento”. Logo ficou melhor.
A maioria, porém, permanece indiferente aos movimentos laterais e verticais, como se estivessem em uma sala de espera de um consultório. Enquanto isso, a lancha navegava rumo ao seu destino com seus dois movimentos: de um lado para o outro e de cima para baixo. O de cima para baixo pode ser traduzido, também, como “afunda não afunda”.
Uma jovem mãe, com um bebê dormindo em seus braços, e crianças e adolescentes acompanhadas de uma senhora, todas sentadas nos bancos, deixam transparecer uma serenidade totalmente indiferente aos balanços verticais e horizontais da embarcação. E algumas aproveitam para tirar um cochilo.
A rota São Luís-Alcântara (e vice-versa) em uma lancha artesanal é sempre um momento único para mim. Mais do que uma aventura, transfigura uma salutar experiência de vida e morte que arrisco fazer.
Mas tudo, em geral, dura menos de 1 hora. Logo Alcântara aparece e o mar volta à calmaria.
Eu, escrevendo ao celular e, ao mesmo tempo, bisbilhotando a vida na embarcação, encerro a crônica, com a aproximação da velha cidade.
Depois de descer da lancha, no frenesi da chegada, em meio a bagagens e pessoas, compro a passagem de volta para o dia seguinte e tomo fôlego para subir a imensa Ladeira do Jacaré.
Alcântara me espera!! Sempre bela, exibe bandeirinhas de São João penduradas nas ruas próximas à Praça da Matriz.
GERMANY - JANUARY 01: Karl Marx. Around 1880. Photography. (Photo by Imagno/Getty Images) [Karl Marx. Um 1880. Photographie.]
Evento gratuito no Rio de Janeiro promove um dia inteiro de atividades, como feira do livro, intervenção cênica da Companhia Ensaio Aberto e espaço infantil, além de rodas de conversa para discutir temas contemporâneos e o legado de Karl Marx
Neste sábado, 28 de junho, de 12h às 21h, a Boitempo e Armazém da Utopia promovem, com apoio das fundações Lauro Campos e Marielle Franco e Maurício Grabois, a primeira edição da Festa de aniversário de Karl Marx na capital carioca.
O espaço do Armazém da Utopia, no Cais do Porto, vai reunir barracas de livros, intervenções cênicas da Companhia Ensaio Aberto, música, tarde de autógrafos venda de camisetas, e o evento vai contar ainda com o Espaço Camaradinha, com atividades infantis, além de visitas guiadas e um bolo para o aniversariante. A entrada é gratuita.
A programação reúne nomes como Arlene Clemesha, Elias Jabbour, José Paulo Netto e Talíria Petrone, que participarão de algumas mesas redondas para debater ecossocialismo, anticolonialismo, o fim da escala 6×1 e os livros de Marx e Engels. O evento conta com a promoção do com o podcast Lado B do Rio e uma parceria com o Festival do Livro do Rio de Janeiro/Sinttel-Rio e Machado & Cia Livraria.
O evento, que acontece desde 2018 em São Paulo, chega ao Rio de Janeiro com a proposta de ampliar o alcance do Dia M e debater assuntos contemporâneas à luz do trabalho do filósofo alemão Karl Marx:
“Era um desejo antigo levar a festa e os debates para outras cidades do Brasil e o Rio de Janeiro é o primeiro passo nessa expansão. Estamos muito entusiasmados com a primeira edição carioca, no ano em que a Boitempo completa três décadas publicando livros comprometidos com a interpretação e a transformação do mundo”, comenta Ivana Jinkings, diretora da Boitempo.
Resultado de um trabalho sistemático de formação de leitores, com cursos e seminários gratuitos organizados pela editora ao longo de muitos anos, a Festa de aniversário do Marx nasceu com a proposta de trazer para mais perto das pessoas a teoria marxiana: “Nosso esforço é para que essa obra fundamental alcance cada vez mais pessoas”, diz Jinkings.
Lançamentos
Ao longo do dia serão lançadas obras como Tempo fechado: capitalismo e colapso ecológico, coletânea organizada por Laura Luedy; Marxismo e judaísmo: história de uma relação difícil, de Arlene Clemesha; O que é identitarismo?, de Douglas Barros; Do socialismo utópico ao socialismo científico, de Friedrich Engels; e O essencial de Marx e Engels, organizado por Marcello Musto, com prefácio de José Paulo Netto.
Sobre a Boitempo
A Boitempo foi fundada em 1995, por Ivana Jinkings. Ao longo de três décadas, consolidou-se produzindo livros de qualidade, com opções editoriais claras. Obras de alguns dos mais influentes pensadores nacionais e internacionais compõem um catálogo que conta com nomes como Karl Marx, Friedrich Engels, David Harvey, Angela Davis, Maria Rita Kehl, Ricardo Antunes, Leonardo Padura, György Lukács, Antonio Gramsci, Nancy Fraser, entre muitos outros. O nome da editora – inspirado em um poema de Carlos Drummond de Andrade – é uma homenagem ao maior poeta brasileiro e também ao criador da primeira Boitempo: o dirigente comunista Raimundo Jinkings, pai de Ivana.
A editora desenvolve desde 1998 um consistente trabalho de recuperação da obra de Karl Marx e Friedrich Engels, com traduções diretamente dos originais e aparatos que fazem de suas edições referência para todos os interessados nos dois autores. A coleção Marx-Engels conta hoje com 36 obras no catálogo e prevê para o segundo semestre deste o lançamento do aguardado Teorias do mais-valor, que alguns chamam de o Livro IV de O capital.
Sobre o Armazém da Utopia
O Armazém da Utopia é a casa da companhia Ensaio Aberto, mas também é um porto aberto para receber os coletivos irmãos do Brasil, da América Latina, da África e de todos os lugares do mundo. É um porto aberto de pesquisa de linguagem, lugar onde outros coletivos possam “fundear ou amarrar e estabelecer contatos e comunicação, lugar de descanso e de refúgio”. Lugar de abrigo, mas sobretudo um Armazém da Utopia, de construção de cidadania onde os homens e mulheres possam adquirir fôlego e estabelecer novos laços; um porto que em vez de amarrar à terra ajude a navegar, a recobrar forças, a encontrar um ao outro, para podermos sobreviver e até vicejar em meio ao turbilhão.
Programação
*14h – 15h* Ecossocialismo ou extinção Com Eduardo Sá Barreto, Natan Oliveira e Talíria Petrone Mediação de Bruno Araújo (Planeta A Podcast) Lançamento: Tempo fechado: capitalismo e colapso ecológico, coletânea organizada por Laura Luedy
*15h30 – 16h30* Como começar a ler Marx e Engels? Aula com José Paulo Netto Mediação de Luiz Felipe Osório Lançamento: O essencial de Marx e Engels, organizado por Marcello Musto e com prefácio de José Paulo Netto e Do socialismo utópico ao socialismo científico, de Friedrich Engels
*17h – 18h* Anticolonialismo e marxismo: de Marx a Gaza Com Arlene Clemesha, Elias Jabbour e Josemar Carvalho Mediação de Dani Balbi Lançamento: Marxismo e judaísmo: história de uma relação difícil, de Arlene Clemesha
*18h30 – 19h30* Ideologia e luta pelo fim da escala 6×1 Com Douglas Barros, Kênia Miranda e Marcelo Carcanholo Mediação de Daniel Soares (Podcast Lado B do Rio) Lançamento: O que é identitarismo?, de Douglas Barros
Trabalho coletivo do ETC apresenta resultados de pesquisa nos e-books
O lançamento acontecerá na próxima segunda-feira, 30 de junho, a partir das 19h, no Cine SESC Deodoro, em São Luís
O Grupo de Pesquisa em Comunicação, Tecnologia e Economia (ETC), vinculado à Universidade Federal do Maranhão, lançará na próxima segunda-feira, dia 30 de junho, duas ferramentas para guiar a construção de redes e comunidades e para orientar a mediação de saberes a partir de práticas de curadoria.
Tratam-se dos protocolos “Tecer, Rendar e Urdir – Protocolo para criação de redes e comunidades”, de autoria de Sylmara Durans e Ramon Bezerra, e “Protocolo de Curadoria”, de autoria de Vitor Hugo Guimarães, Isys Basola e Ramon Bezerra Costa – todos vinculados ao Grupo de Pesquisa ETC.
O lançamento acontecerá a partir das 19h no Cine SESC Deodoro e contará também com a roda de conversa “Imaginar futuros possíveis: comunidades resilientes e práticas curatoriais”, reunindo autores e convidados que vão dialogar sobre os processos, desafios e horizontes que permeiam essas experiências.
O livro “Tecer, Rendar e Urdir” propõe-se a incentivar e guiar a criação de redes e comunidades em uma sociedade composta por seres diferentes, como uma alternativa às polarizações sociais presentes na contemporaneidade. A publicação convida também o leitor a interagir com os conteúdos, testando e contribuindo com a proposta. Para Sylmara Durans, construir redes e comunidades é algo vital: “Em uma sociedade marcadamente individualista, acreditamos que tecer redes e comunidades é uma necessidade e, em última instância, é o que garante a nossa existência.”
Já o “Protocolo de Curadoria” busca oferecer orientações práticas de curadoria para lidar com o excesso de conteúdos e informações, em que a abundância dificulta a escolha, a organização e a compreensão do que consumimos. Vitor Hugo Guimarães, um dos autores, pontua que este protocolo também “informa sobre o que é curadoria, a sua importância, a sua história e apresenta exemplos de curadores e curadorias de diversas áreas”.
O professor do Departamento de Comunicação da UFMA, Ramon Bezerra, ressalta que a ideia das publicações surgiu para aproximar os estudos feitos por estudantes da graduação e pós-graduação: “A intenção foi investir na divulgação científica e elaborar documentos de fácil e rápida consulta visando à aplicação de ideias listadas, por isso chamamos de protocolos.”
As publicações contam também com identidade visual e ilustrações originais assinadas por Camila Franciely Santos Araújo, graduanda do Curso de Comunicação Social – Jornalismo. As ilustrações, pensadas e executadas por Camila, são guiadas pelos temas abordados nos dois protocolos e procuram refletir os conceitos. É uma evidência de que arte e ciência podem caminhar juntas, como parte do processo de elaboração de novos sentidos.
As pesquisas que originaram os protocolos contaram com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Maranhão, a Fapema, por meio de edital de ecossistemas de inovação e bolsa de iniciação científica. O CNPq também proporcionou uma bolsa na mesma modalidade.
O lançamento conta com o apoio do SESC e da Apruma, além de docentes, discentes do curso de Comunicação Social da UFMA, membros da rede do ETC Hub e apoiadores do grupo.
RESUMO:
O quê:
Lançamento dos protocolos “Tecer, Rendar e Urdir” e “Protocolo de Curadoria”
Onde
Cine SESC Deodoro – Av. Silva Maia, 164 – Centro, São Luís
Data:
30 de junho, às 19h
Realização: Grupo de Pesquisa ETC – Universidade Federal do Maranhão
Os atores Tiago Marques, Gabriel Braga, Sofia Cartágenes, Karliene Moreira, Fitcha e Zanto Holanda representam animais de diferentes espécies
A estreia será dia 5 de julho, às 17h, no Teatro João do Vale, com reapresentação no dia 6 de julho, no mesmo horário
E se quatro animais brasileiros, de diferentes espécies, se unissem em um plano para salvar o mundo? E se eles fossem convocados por uma fada? E se essa fada fosse uma sapa? Essa história cheia de fantasia, educação e muito bom humor acontece em Endêmicos, espetáculo musical inédito da escritora maranhense Keilla Kalli (K.Kalli), que será apresentado nos dias 5 e 6 de julho, às 17h, no Teatro João do Vale.
Apostando na sensibilidade única das crianças, a autora criou um mundo fabuloso e imaginativo – onde os animais falam, têm personalidades fortes e cantam lindamente. Na aventura, Juba, Toly, Placo e Muri são filhotes de animais endêmicos – espécies que existem somente em uma única região do mundo.
Uma ararajuba chamada Juba é um maranhense arretado, a Toly é uma tatu-bola muito inteligente vinda diretamente do Piauí, o Placo é um lagartinho do cipó mineiro cheio de carisma. E a doce Muri é uma macaquinha bailarina do Espírito Santo. O grupo é liderado pela sapa-fada Melani Admirável, uma espalhafatosa gaúcha que promete arrancar muitas gargalhadas do público.
Quem dá vida à história são artistas experientes no teatro musical maranhense. A direção geral é de Brícia Queiroz, com coreografias de Rebeca Carneiro e direção musical de Paulo Cardoso. Com um elenco de peso composto por Tiago Marques, Gabriel Braga, Sofia Cartágenes, Karliene Moreira, Fitcha e Zanto Holanda, Endêmicos vai trazer um forte trabalho de corpo, voz e teatro.
“Endêmicos é a realização de um sonho e a minha expectativa é que a nossa mensagem desperte o cuidado e o amor pela natureza”, revela a escritora K. Kalli, também compositora das músicas. Os ingressos já estão disponíveis para a venda pelo site https://endemicos.info/, que traz as belas ilustrações de Bruno Leite, informações sobre o elenco e toda a pesquisa científica que dá base ao espetáculo.
A montagem tem todos os elementos para ser uma experiência encantadora, daquelas que as crianças não costumam esquecer jamais. Acompanhe todas as atualizações sobre o musical no instagram: @endemicosmusical
Sobre a autora
K.Kalli (@k.kalli_escritora) é maranhense, natural de São Luís. Bióloga e escritora, produz obras em diversos gêneros literários. Tem dois livros infantis publicados: Joana artista, João dentista (2021) e Marcelo Caramelo (2023), uma crônica contemplada com o Prêmio Literário Paulo Setúbal (2022), Prêmio Tilden Santiago de Ecologia e Política (2023), Mais Artes Literárias – Prêmio Maranhão de Literatura (2024), publicações em sete antologias poéticas e uma antologia de contos infanto-juvenis. Ela acredita no poder das narrativas, por isso sua escrita aborda temas de impacto social.
Ficha Técnica
Idealização e Texto: K. Kalli
Composições: K. Kalli
Arranjos: Alan Fonseca
Direção: Bricia Queiroz
Direção Coreográfica: Rebeca Carneiro
Direção Musical: Paulo Cardoso
Assistência de Direção: Layana Ribeiro
Produção Geral: Rebeca Carneiro e Davi Nunes
Figurino: Gabriel Gama Cunha
Iluminação: Grazy Frota
Cenografia: Adriana Aranha
Ilustrações: Bruno Leite (@boorun0)
Adereçaria: Tons de Maria
Social Media e Design Gráfico: Brícia Queiroz
Elenco: Tiago Marques, Gabriel Braga, Sofia Cartágenes, Karliene Moreira, Fitcha, Zanto Holanda
Em São Pedro de Água Branca e Vila Nova dos Martírios, mais de 600 famílias de camponeses pobres sem terra estão ameaçadas pela empresa Suzano SA (do ramo de papel e celulose), na área da chamada Gleba 01. A mesma situação acontece em Imperatriz, onde mais de 500 famílias ocupantes da área conhecida como Viva Deus, estão ameaçadas pela mesma dita empresa, no estado de latifundiários, o Maranhão.
A empresa Suzano, que desde o ano de 1980 vem acumulando terras na parte oeste do Estado do Maranhão, já acumula em torno de um milhão e trezentos mil hectares (1,3 milhão de ha), principalmente nos municípios de Imperatriz, Açailândia, Bom Jesus das Selvas, Buriticupu, São Pedro da Água Branca e Vila Nova dos Martírios), quase toda área coberta com plantio de eucalipto.
Além do grande crime contra a segurança alimentar a Suzano também comete um enorme crime ambiental devido o eucalipto ser um dos maiores sugadores de água superficial e subterrânea e que seu forte aroma expulsa todos animais originários da floresta amazônica. E que estes plantios seriam para implantação de uma planta de extração de celulose, tal planta foi implantada a 15 km da cidade de imperatriz que vem funcionando com significativos danos ambientais.
Das quatro áreas ameaçadas pela empresa e pelo Estado a de maior prejuízo tem sido o Acampamento Palmeiras, com 120 famílias, no município de São Pedro de Água Branca. Essas famílias, foram despejadas depois de dois anos cultivando a terra, tiveram seus barracos e plantações destruídas (macaxeira, banana, abacaxi, caju, manga, abacate, abacaxi, acerola, abóbora, arroz…), mas continuam acampados na área da antiga fazenda Jurema, sob pressão dos “guardas” da empresa fortemente armados rondando o acampamento e coagindo as pessoas nas estradas, como também a empresa está infestando a região com uso de venenos.
No dia 9 de maio deste ano o Supremo Tribunal Federal havia suspendido a reintegração de posse concedida pelo juiz Delvan Tavares, da Vara Agrária de Imperatriz, mas no dia 30 do mesmo mês, o mesmo Supremo voltou atrás e manteve a reintegração de posse, remarcando-a para o dia 30 de junho.
Diante da situação bastante coercitiva, vimos através desta nota repudiar todas atitudes dos poderes constituídos que se posicionam em defesa do crime ao meio ambiente, crime à segurança alimentar e contra centenas de famílias de camponeses pobres sem terra na sua maioria comprovadamente ocupantes das terras muito antes da Suzano iniciar sua apropriação das terras na década de 80.
Conclamamos a todos defensores da luta camponesa pela terra e dos direitos humanos a somar conosco nesta batalha em defesa das famílias camponesas em lutas e contra o latifúndio e a conivência dos poderes constituídos do Estado.
Nota do Cepasp (Centro de Educação, Pesquisa e Assessoria Sindical e Popular – Marabá/PA)
Cemitério do Gavião, na Madre Deus, terá de efetuar ajustes na gestão administrativa e ambiental
A Justiça condenou o Município de São Luís a realizar o licenciamento e a regularização ambiental de seus cemitérios públicos e a reparar os danos ambientais causados em todos os nove que estão sob a administração da empresa São Marcos, no prazo de um ano.
A administradora São Marcos deverá reparar os danos ambientais causados em todos os nove cemitérios públicos que administra, no prazo de dois anos, seguindo um Projeto de Recuperação de Área Degradada (PRAD) e indenizar os danos ambientais irreparáveis e os intercorrentes causados pelo funcionamento ilegal dos cemitérios.
O Município de São Luís e a empresa São Marcos ficam proibidas de ampliar os cemitérios ou abrir novos jazigos, enquanto os cemitérios – do Gavião, Anjo da Guarda/São Raimundo, Vila Embratel, Vila Maranhão, Maracanã, Turu, Tibiri, São Cristóvão/Tirirical e Santa Bárbara – afetados pela decisão não estiverem regularizados.
CEMITÉRIOS SEM LICENCIAMENTO AMBIENTAL
A sentença, do juiz Douglas de Melo Martins (Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís), de 16 de junho, acatou pedido do Ministério Público para responsabilizar a empresa São Marcos e Município de São Luís, pelos danos ambientais causados pelo funcionamento de cemitérios públicos sem licenciamento ambiental.
Segundo a denúncia do Ministério Público, a administradora dos cemitérios públicos de São Luís não possui contrato de concessão válido e nenhum dos cemitérios possui licenciamento ambiental, faltando meios de controle ou redução dos danos ambientais causados pela infiltração de líquidos dos sepultamentos.
De acordo com o inquérito civil juntado ao processo, o Município de São Luís está ciente de que os cemitérios funcionam sem licenciamento ambiental e de toda a irregularidade ambiental e administrativa envolvida, mas foi omisso em relação à regularização dos cemitérios, bem como quanto ao controle dos danos causados ao ambiente.
RESPONSABILIDADE
A administradora São Marcos alegou que a responsabilidade em obter as licenças ambientais seria do Município de São Luís, e diz ter recebido multas ambientais devido à ausência das licenças. Por fim, afirmou não haver dano ambiental constatado e que tomou todas as medidas cabíveis para a emissão das licenças ambientais, sem sucesso.
Conforme a sentença, devido à negligência na preservação do meio ambiente durante o processo de sepultamento ao longo de várias décadas, diante da omissão no cumprimento da legislação, os cemitérios funcionam por anos sem qualquer controle ou redução dos danos ambientais causados pela infiltração dos resíduos líquidos dos sepultamentos, bem como dos demais danos ambientais.
Essa conduta, segundo o juiz, polui os lençóis freáticos com substâncias nocivas, além de microrganismos provenientes da decomposição dos corpos e a provável ocorrência de contaminação das águas subterrâneas na área dos cemitérios tem o potencial de se espalhar para áreas vizinhas, especialmente devido à infiltração causada pelas águas da chuva.
O Governo do Estado do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), lançou o edital de seleção de propostas de atividades para compor a programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) 2025. A iniciativa tem como objetivo fortalecer a popularização da ciência em todo o estado, promovendo ações que despertem o interesse da sociedade pelo conhecimento científico, tecnológico e pela inovação. Poderão se inscrever pesquisadores, professores, estudantes, instituições de ensino e pesquisa, startups, coletivos, ONGs, entre outros agentes do ecossistema de CT&I.
A SNCT é uma mobilização nacional coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e, no Maranhão, é organizada anualmente pela Secti com uma vasta programação que inclui oficinas, palestras, exposições, feiras, apresentações culturais, rodas de conversa, experiências científicas e atividades interativas.
Inscrições abertas
As inscrições de propostas já estão abertas e devem ser feitas por meio da plataforma oficial da SNCT Maranhão:
No portal, os interessados também encontram o edital completo, com informações sobre os critérios de seleção, formatos de atividade, cronograma e orientações para a submissão das propostas.
A secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Natássia Weba, reforça o convite à participação da sociedade. “A SNCT é um espaço democrático, de troca de saberes e valorização da ciência feita no Maranhão. Queremos uma programação diversa, que represente todas as regiões do estado e que aproxime a ciência das pessoas. A participação da sociedade é essencial para o sucesso dessa construção coletiva”, destacou.
A edição 2025 da SNCT no Maranhão promete ser ainda mais ampla e colaborativa, fortalecendo a cultura científica como ferramenta de transformação social.