Nesta quarta, dia 19 de junho, a diversidade de ritmos e sotaques do nosso São João terá um encontro de percussionistas, compositores e cantadores na 2ª edição da Mostra de Sotaques.
O evento é aberto ao público e abre a programação do Balaio de Sotaques do Sesc Deodoro, a partir das 17h. O Arraial no Sesc Deodoro acontece nos dias 21, 22 e 24 de junho, das 18h às 22h.
Com uma proposta educativa, a “Mostra de Sotaques” traz as apresentações diversas onde os artistas vão explicar a origem dos grupos, bem como conversar com o público sobre as características de cada ritmo e os instrumentos usados nas produções.
Na segunda edição da mostra, o público vai festejar e se divertir com o show “Toques, cantos e encantos” com as caixeiras da Mestra Roxa, tambor de Crioula Oriente, Dança do Lelê de São Simão, Cacuriá Balaio de Rosas, Dança do Coco Pirinã e Boi do Mestre Basílio (sotaque zabumba). A noite encerra com um show musical do Grupo Criou-lá.
Natural do quilombo Santa Rosa dos Pretos, Itapecuru-Mirim, desde criança Mestra Roxa acompanhava sua mãe e as demais caixeiras nos festejos da sua terra local. Ela espalha as sementes de saberes ancestrais tanto nas festas do Divino Espírito Santo como caixeira régia e coreira do Tambor do Mestre Felipe.
O Tambor de Crioula Oriente foi criado a partir dos trabalhos sociais realizados com jovens na comunidade Vila Passos. Seus compositores e intérpretes compõem músicas próprias com temas ligados à história afro-brasileira, resistência negra e atualidades maranhenses e brasileiras.
A Dança do Lelê de São Simão é centenária e chega ao Balaio de Sotaques com sua música de melodias e versos improvisados ao som do cavaquinho, rabeca, violão, pandeiro, tambor e cabaça. Natural das regiões de Rosário e São Simão, a manifestação teve o comando do senhor Laurentino Cardoso Sacramento, que muito contribuiu com a cultura maranhense.
A alegria e a tradição são marcas do trabalho do Cacuriá Balaio das Rosas, antigo Cacuriá de Dona Teté. Detentora do título honorável de dama da cultura popular maranhense, Teté se transmutou em um símbolo do nosso estado, imortalizada em suas canções, seu toque de caixa e sua paixão pela cultura popular.
Com a riqueza do ritmo e dos cantos inspirados nos babaçuais do interior do Maranhão, a Dança do Coco é uma brincadeira dançante em roda acompanhada de muita cantoria. A sonoridade fica ainda mais bonita com as batidas do côco que os dançarinos carregam nas mãos. Com mais de 50 anos de trajetória, o Coco Pirinã é um dos principais grupos do Maranhão.
O bumba meu boi de Mestre Basílio é originário do município de Guimarães (MA), na região da Baixada. De raiz essencialmente negra, o sotaque de zabumba tem uma cadência forte e marcante. O grupo é composto por 70 brincantes, entre vaqueiros, tapuias, chapéus de fita, campeadores, cantadores e tocadores.
O grupo “Criou lá” faz um show vibrante, dançante, com uma proposta que vai além do entretenimento. Músicas com letras fortes, estética sonora ousada e variedades de ritmos aos sons dos nossos tambores, revelando a forte identidade do Maranhão na atitude, poesia e conceito.
A agenda do Sesc Balaio de Sotaques contempla todas as manifestações culturais e o arraial resgata a força e a beleza das nossas tradições. Mais do que entretenimento, o Balaio de Sotaques tem como proposta educativa a valorização da identidade maranhense por meio da celebração da cultura e da difusão das manifestações, transmissão de saberes oriundos desse universo em que a memória, a ritualidade, a oralidade e a ancestralidade estão presentes.
MOSTRA SOTAQUES
Local: Praça do Pantheon (ao lado da Deodoro)
Dia: 19 (quarta-feira)
17h – Show musical “Toques, cantos e encantos”, com Mestra Roxa
17h30 – Tambor de Crioula Oriente
18h – Dança do Lelê de São Simão
18h30 – Cacuriá de Dona Teté
19h30 – Dança do Coco Pirinã
20h – BMB do Mestre Basílio (Z)
21h – Show musical, com Grupo Criou-lá