Essa lição aprendi com o professor Marcio Carneiro dos Santos, do Departamento de Comunicação Social da UFMA, e passo adiante.
Rigorosamente, a expressão “fake news” não é adequada e pouco usual entre pesquisadores e professores de Jornalismo.
A explicação é simples. A junção das palavras fake = falso e news = notícia em uma expressão caracteriza um oxímoro, figura de linguagem que combina termos de sentido oposto e se excluem mutuamente.
A produção de uma notícia = news implica em uma série de procedimentos de apuração, checagem das informações, ordenamento lógico, coerência e coesão textuais onde não cabe o falseamento ou a distorção do relato com a intenção de induzir a audiência a erro.
Se a notícia é uma forma de conhecimento da realidade e tem o objetivo de aproximar o público do relato sobre o fato, não faz sentido associar o conceito de notícia = news a fake = falso.
Os dois termos “fake” e “news” se excluem, são incompatíveis, as suas definições são distintas e representam sentidos opostos.
Os professores e pesquisadores de Jornalismo preferem usar a expressão “desinformação” em vez de “fake news”.