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O Escuta Ciência recebeu o filósofo Marco Rodrigues e conversamos sobre o seu mais recente livro “Hermenêutica da angústia: frequências existenciais a partir da poética de Nauro Machado”, publicado em 2022.
A obra analisa especialmente a construção poética machadiana em “O anafilático desespero da esperança.”
Na entrevista, o filósofo detalha o sentido de esperança como antecipação, as relações entre a angústia e criação, a morte/vida na poesia e o esclarecimento sobre o significado de São Luís como uma “Tróia arrasada” em Nauro Machado, ao contrário do conceito de “Atenas Brasileira”.
Marco Rodrigues é natural de Teresina (PI), mas está radicado há 40 anos em São Luís, Maranhão.
Graduado em Filosofia e mestre em Letras (Teoria Literária) pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema), é tradutor do grego antigo pela editora Madamu, de São Paulo, docente da rede pública de Educação Básica no município de Paço do Lumiar e do Programa Ensinar, da Uema.
O entrevistado tem três livros publicados:
“O absoluto: mudança dos tempos e o desvanecimento do ser”, de 2011;
“Fragmentos da angústia: crise, decadência e contemporaneidade”, obra de 2017;
“Hermenêutica da angústia: frequências existenciais a partir da poética de Nauro Machado”, de 2022;
Escuta Ciência é um programa de divulgação científica que tem o objetivo de popularizar trabalhos acadêmicos ou da cultura popular. A produção tem apoio da Apruma Seção Sindical e é fruto da Oficina de Divulgação Científica realizada durante a greve dos docentes e técnicos administrativos da UFMA, no primeiro semestre de 2024.
O programa tem produção e apresentação dos professores Carlos Agostinho Couto e Ed Wilson Araújo. Os trabalhos técnicos são de Jorge Sousa.
Uma resposta em “Escuta Ciência 9º ep: filósofo analisa a poética de Nauro Machado”
o inferno do remorso
porque destruir a tua forma
nunca mais repetitiva
embora a soubesse norma
de prenhez de uma água viva
porque destruir a tua tua forma
dentre a grade que te esprema
na estendida cobra
à corda umbilical do poema
haja pranto pranto haja
com o desespero de quebra
no olho cego que se abaixa
na inversão de qualquer regra
o estado sou eu
se um cavalo na praia
corre léguas na areia
sem que com ele caia
a idéia que o golpeia
por mais que se lhe bata
por mais que se a asseie
só a matéria nos mata
sem que a idéia nos peie
ps: deixo como singela homenagem a este mestre da poesia existencialmente comprometida estes poemas que musicalizei dentre vários outros autores de poesia que fazem a minha cabeça
e salve nauro machado!