Suplentes da extrema direita vão assumir vagas na Câmara Federal, inclusive um bispo da Igreja Universal. Na semana da Independência do Brasil, o Centrão (Partido Progressista e Republicanos) tem acesso ao time titular de Lula
O deputado federal André Fufuca (PP-MA) é premiado com o Ministério dos Esportes. Seu primeiro suplente, que vai assumir a vaga na Câmara Federal, é Alan Garcês (PP-MA). Ele obteve apenas 18.114 em 2022.
Ambos são bolsonaristas convictos e Garcês, médico originário do Pará, é um ruidoso ativista do conservadorismo no Maranhão.
Outro representante da extrema direita, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), recebeu o Ministério dos Portos e Aeroportos. O novo ministro, chamado Silvinho, é filho de um direitão da política tradicional de Pernambuco, o ex-deputado federal Silvio Costa.
Com o anúncio de Silvinho para o ministério, um bolsonarista neopentecostal vai ser premiado com o mandato de deputado federal. Trata-se do bispo da Igreja Universal Ossesio Silva, que declarou voto em Jair Bolsonaro no 2º turno de 2022 (veja imagem destacada).
Na semana da Independência do Brasil, o Centrão (Partido Progressista e Republicanos) ganha acesso ao time titular de Lula.

É simples entender. Lula não foi candidato a santo e sim a presidente. Nesse país complexo, ele precisa fazer acordos com todos os campos políticos. Se não fizer alianças, não governa. Talvez nem ganhasse a eleição se não atraísse o PSDB, com Geraldo Alckmin de vice na chapa do PT.
E se Lula fizer alianças apenas no campo da esquerda, fica isolado.
O campo progressista, fiel até a morte, já vota com Lula desde sempre. Por isso ele precisa buscar apoio no outro lado, ou seja, na oposição, junto aos adversários. Essa é a regra.
Lula precisa também ampliar a sua base junto aos inimigos, incluídos aí os bolsonaristas.
O pragmatismo funciona assim. E ponto final.