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Abraji repudia ataques transfóbicos a jornalistas

A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) repudia as atitudes de cunho transfóbico contra duas profissionais de imprensa brasileiras por parte de autoridades municipais.

No dia 16.fev.2023, na quinta-feira antes do Carnaval, em sessão da Câmara de Vereadores de Riachão do Jacuípe (BA), a repórter Alana Rocha, da Rádio Gazeta FM, foi atacada pelo vereador Valdiney Pereira de Jesus (UB), conhecido como Boca de Deus. O vereador usou palavras jocosas para se referir à jornalista, uma mulher trans.

No domingo (19.fev.2023), em São Pedro da Aldeia (RJ), a repórter Sara York, colunista do site 247, foi agredida fisicamente por um dos secretários da prefeitura e por seguranças quando tentava fotografar, do palco, o evento de Carnaval municipal. Mulher travesti, York, que tem baixa visão, levou uma gravata e foi retirada do lugar, embora tivesse sido autorizada, anteriormente, a estar no local.

De acordo com a jornalista, o agressor foi o secretário de Ordem Pública, Diego Alves, e alguns seguranças. A Abraji tentou contato tanto com o vereador de Riachão do Jacuípe quanto com o prefeito de São Pedro da Aldeia, Fábio do Pastel, mas não obteve respostas.

Transfobia é inaceitável em qualquer circunstância, seja com palavras ofensivas ou agressões físicas. Torna-se mais grave quando é usada para coibir o trabalho da imprensa. A Abraji se solidariza com as duas profissionais, seus colegas e familiares. E cobra das autoridades públicas o zelo pelas garantias constitucionais das duas jornalistas e pela apuração desses episódios lamentáveis.

Diretoria da Abraji, 27 de fevereiro de 2023.

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