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Flávio Reis e Wagner Cabral avaliam a vitória eleitoral contra fascismo

Fonte: Agência Tambor

Em 2018, a extrema direita conseguiu a hegemonia do campo político conservador no Brasil, elegendo para presidente um parlamentar que nunca tinha tido qualquer tipo de protagonismo, mais conhecido por sua estupidez desmedida. Em 2022, após submeter o país a uma série de violências e fazer uma campanha eleitoral bilionária, onde orçamento federal foi todo direcionado para compra de votos, essa mesma extrema-direita, de viés evidentemente fascista, perdeu a eleição.

Os bloqueios ilegais, em estradas no país, promovidos por bolsonaristas insatisfeitos com os resultados das eleições presidenciais desse ano, renderam episódios cômicos, mas também muita violência. Eles querem uma intervenção militar, deixando claras as ideias que movem esse setor da sociedade. E agora? Qual as perspectivas do fascismo no Brasil?

Para falar sobre este assunto o Jornal Tambor dessa segunda-feira (07/11) entrevistou Flávio Reis e Wagner Cabral. Ambos são professores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Flávio é cientista político e Wagner é historiador.

(Veja, ao final desse texto, a edição do Jornal Tambor com Flávio Reis e Wagner Cabral)

Sobre as manifestações pedindo golpe militar a luz do dia, claramente financiadas por uma extrema direita que ainda está no Governo Federal, Wagner Cabral lembrou que “intervenção militar, para restabelecer a democracia, foi o discurso utilizado em 1964, para implantar uma ditadura no Brasil”.

Flávio Reis enfatizou que é preciso travar uma batalha na comunicação. “O nível de desinformação no Brasil é absurdo”, disse ele ao se referir a extrema direita, lembrando que “Bolsonaro só não levou o país à destruição institucional porque não teve tempo”.

Wagner e Flávio ressaltaram a grandeza da vitória, contra a maior máquina já montada na história brasileira, para cometer todo tipo de abuso de poder numa eleição. Wagner lembrou eu a Policia Rodoviária Federal foi transformada em uma “polícia política”.

Provocados, os dois admitiram otimismo diante do cenário, levando em consideração a história do país e o sufoco que a democracia passou nos últimos quatro anos. Na opinião de Flávio “o povo brasileiro deu uma lição” em setores da elite e da classe média. Ele também afirmou que “é o encontro com uma redemocratização inconclusa”, ao responder sobre uma possível semelhança com o a década de 1980.”

E Wagner, lembrando os equívocos da transição brasileira após os 20 anos da ditadura implantada em 1964, enfatizou que “os crimes cometidos pelo bolsonarismo não podem ser esquecidos, nem perdoados”, pelo bem da democracia.

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