Fonte: Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo)
Começou nesta sexta-feira (28.out.2022) a segunda vigília cívica que busca barrar tentativas de tumultuar as eleições e uma ruptura institucional. Articulada por organizações da sociedade civil, a iniciativa é um movimento não partidário que reúne juristas, pesquisadores, professores, empresários, advogados, ativistas e vários outros profissionais que defendem a soberania do resultado das urnas.
Mais uma vez, organizações da rede do Pacto pela Democracia, da qual a Abraji faz parte, vão atuar em 15 frentes para ajudar todos os trabalhadores e cidadãos envolvidos no segundo turno. Assim como no primeiro turno, o grupo monitora e está preparado para mobilizar ações ao longo de todo o dia. A Abraji também vai acompanhar casos de violação às liberdades de imprensa e de expressão diretamente da sede da OAB em São Paulo.
A vigília cívica reúne diversas entidades como Comissão Arns, Comitê de Defesa da Democracia, Coalizão em Defesa do Sistema Eleitoral, Conectas Direitos Humanos, Democracia em Xeque, Direitos Já!Instituto Ethos, Fundação Tide Setubal e Transparência Internacional.
O ato de abertura desta sexta-feira reuniu nomes como a socióloga e banqueira Neca Setúbal, o diretor da Faculdade de Direito da USP, Celso Campilongo, o jurista José Gregori, a presidente da OAB-SP, Patricia Vanzolini, e a escritora e jornalista Bianca Santana. Ex-ministros da Justiça e do Supremo Tribunal e a ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge mandaram vídeos com depoimentos.
“Nosso movimento não para aqui. Vai continuar até a posse e nos primeiros meses do novo governo”, lembrou José Gregori. “Não vamos ter a ilusão de descanso semana depois do pleitol”, completou. A presidente da OAB pontuou que as reuniões começaram como uma resposta aos ataques institucionais, narrativas de golpes, tentativas de descredibilizar as urnas e o crescimento das milícias digitais.
Abraji e outras organizações ligadas ao jornalismo
No fim de semana, sindicatos de jornalistas de todos os Estados estarão de plantão para atender jornalistas envolvidos na cobertura.
Reunidos em encontros quinzenais desde abril, representantes de 10 organizações têm feito um mapeamento dos principais ataques e riscos contra jornalistas durante o ciclo eleitoral. São elas: ARTIGO 19, Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Associação de Jornalismo Digital (Ajor), Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Intervozes, Instituto Palavra Aberta, Instituto Vladimir Herzog, Repórteres sem Fronteiras (RSF) e Tornavoz.
A Abraji também vai acompanhar casos de violação às liberdades de imprensa e de expressão diretamente da sede da OAB em São Paulo. Denúncias podem ser feitas pelo email abraji@abraji.org.br. A Abraji vai compartilhar informações com outras nove organizações ligadas à imprensa que também estarão de plantão de forma remota.